Programas de fomento apoiarão 70 composições inéditas na próxima edição da Bienal de Música Brasileira Contemporânea.
Se depender dos programas de apoio, a 20ª Bienal de Música Brasileira Contemporânea tem tudo para ser um grande sucesso. Patrocinado pela Funarte, a mais importante mostra da produção para concerto do País conta para sua próxima edição, prevista para 2013, com o incentivo de duas linhas de fomento já disponibilizadas pela instituição. Com a primeira, 30 composições inéditas serão escolhidas em concurso; a segunda possibilitará a encomenda de mais 40 peças a músicos consagrados.
As Bienais, que contaram desde o início com o apoio ativo da Escola de Música (EM), foram sempre experiências ecléticas que, recusando o unilateralismo estético e ideológico, acabaram por se afirmar como exposição das mais variadas correntes da nossa produção contemporânea. Esta preocupação também norteia o Prêmio Funarte de Composição Clássica, cujo edital da edição 2012 já foi publicado, e contemplará duas obras sinfônicas, uma das quais poderá ser para orquestra de sopros; três obras para orquestra de câmara e três para orquestra de cordas; seis obras para conjuntos de seis a dez intérpretes; oito para coros ou para trios, quartetos ou quintetos instrumentais e/ou vocais, ou para música eletroacústica mista; oito para solos e duos instrumentais e/ou vocais, ou para obras acusmáticas. Cabe mencionar que o instrumental pode incluir o órgão Tamburini, do Salão Leopoldo Miguez (Veja box). As inscrições vão até 28 de setembro, sendo que as obras selecionadas serão executadas na 20ª Bienal.
Podem concorrer compositores brasileiros ou radicados no país há no mínimo três anos e as premiações variam de R$ 8 mil a R$ 30 mil. As partituras ou CDs/DVDs (nos casos de música eletroacústica ou acusmática) deverão ser entregues sem informações que possibilitem identificar seu compositor. A análise dos trabalhos inscritos caberá a uma comissão externa, composta por integrantes de notório conhecimento. Entre os critérios de avaliação estão a qualidade da obra e a sua viabilidade de execução.
A Funarte encomendará
também a 40 compositores obras para orquestra sinfônica, de sopros, de câmara e
de cordas; conjuntos de dois a dez intérpretes vocais e/ou instrumentais, coro,
música eletroacústica mista ou acusmática e solos. A escolha dos que receberão
a encomenda será feita, mediante votação, por um colégio formado por 74
compositores que participaram de cinco ou mais Bienais, e por nove regentes que
atuaram em duas ou mais Bienais. Cada um dos 83 participantes desse colégio
indicará ao Centro da Música da Funarte 10 nomes merecedores, a seu critério,
de receber encomenda. O Centro da Música computará os 830 votos recebidos e
distribuirá as encomendas de acordo com a votação atribuída a cada indicado.
Como no caso do Prêmio Funarte de Composição Clássica, os incentivos variarão
entre R$ 8 mil e R$ 30 mil
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