quinta-feira, 27 de junho de 2013

Reino Unido ganha curso de formação em Heavy Metal


No Reino Unido, a universidade New College Nottingham passou a oferecer um curso inédito para seus estudantes: formação em Heavy Metal. O curso, que começa em setembro e tem duração total de 2 anos, ensinará desde a história do heavy metal e sua influência na televisão, video-games e outros, como também permitirá aos alunos se apresentarem em diversos eventos por toda a Inglaterra, em bandas, como aulas práticas.

Apesar de muito criticada pela Campaign for Real Education (Campanha para Real Educação, em português), uma campanha do governo inglês para promover a educação e melhorar a qualidade de suas escolas e professores, músicos profissionais da faculdade defendem a formação e levam o gênero musical Heavy Metal tão a sério quanto música Classica e Jazz, por exemplo.


A New College Nottingham é pioneira na criação deste curso, mas a adoção do Heavy Metal como uma fonte de estudo não é inédita. Na Berklee College of Music, instituição de ensino superior de música nos Estados Unidos, onde há um grande foco no estudo de Jazz, o Heavy Metal já ganhou seu espaço e hoje faz parte da grade curricular oficial de alguns de seus cursos.

O Processo Da Criação Artística


 Desde as mais remotas eras o ser humano sempre procurou um meio de expressar-se. Ora para aplacar as forças da natureza, para invocar as divinda desque as governavam ou para celebrar algo que fosse importante para o grupo, representando, de formas variadas, fenômenos e seres ao seu redor. O canto de um Xamã, invocando as divindades, esculturas entalhadas em pedra, imagens e pinturas representativas de animais, deuses e semi-deuses, são os primeiros passos da grandiosa aventura criativa da civilização.  A priori não poderia existir uma única fórmula que fosse apreendida e ensinada como um padrão efetivo no
processo da criação conceitual e artística. O dilema e a grande dificuldade de qualquer forma de expressão de arte atualmente existente - ou ainda a ser desenvolvida - reside no fato da multiplicidade e diversidade da natureza do meio do realizador, bem como de seu  modus operandi. 
 
Se hoje vemos uma pintura rupestre ou o entalhe em  rocha da Vênus de Laussel (28.000 AC) e "sentimos" que é uma arte dita "primitiva" - e por essa razão, extremamente pura e despojada de pretensão (?) -, podemos presumir de forma errônea, pois esses homens e mulheres tinham a intenção de ritualizar o que
para eles era considerado algo mágico, sobrenatural, religioso - e posteriormente - cívico, político e social. Então, essas expressões, não tinham o olhar estético que hoje, desde a mais tenra idade possuímos, pois seu modo era, fundamentalmente, ritual, o que permaneceu desse modo por milênios. Há pouco mais de sete séculos vivemos a era estética. Desde J. S. Bach (e durante todo o século XVII -, quando o processo de criação musical estava subordinado a uma ordem e regras muitas vezes restritivas - o próprio Bach subverteu essa mesma ordem, enriquecendo sobremaneira a herança musical da humanidade -, até o presente momento, em que sofisticados  software e  hardware, gerenciados por tecnologias de última
geração, realizam complexas operações) os inventores da arte atual deparam-se com grandes dilemas. Se por um lado as facilidades  trazidas pela moderna tecnologia realizam facilmente tarefas de extrema complexidade nunca antes imaginadas a um custo de produção muito baixo, a profunda compreensão dos
meios de criação e produção de nossos antepassados  não estão tendo a devida atenção. Essa constatação remete-nos a uma padronização conceitual e intelectual de baixo nível, superficial, com pouco conteúdo, baseando-se em valores que estruturaram-se e consolidaram-se nos últimos trinta anos. Esses mesmos valores e conceitos são direcionados exclusivamente pelo mercado, com suas relações de investimento e retorno financeiro, gerenciados pela fórmula dos quatro pês (do marketing). Por detrás do "conteúdo atrativo" de alguma criação artística - produto ou serviço, pessoal ou coletiva - de modo especial em música e cinema - existe um elaborado plano de promoção e venda. Claro que a cena atual está repleta de
exceções, devido principalmente a esforços pessoais e de pequenos grupos organizados. Comparativamente, a relação entre a proporção aritmética desses oásis criativos e a proporção geométrica dos produtos de consumo de massa impostos por poderosos grupos econômicos detentores de organizadas estruturas comerciais e promocionais não chega a ser significante, mas o processo de pasteurização da arte e da cultura atuais influencia diretamente os criadores, que infelizmente, acabam - com o passar do tempo - por fazer mais e mais concessões, desfigurando, por completo, algo que poderia ser diferencial.  Fórmulas
padronizadas estão sendo amplamente difundidas através dos mais variados meios. Que essas criações estereotipadas, essas meias verdades, objetivam o lucro não resta dúvida - o que não acontecia nos séculos passados, mesmo se uma obra fosse encomendada ou se o artista fosse um simples  empregado que deveria
produzir arte para o consumo do patrão.
 
Ao fruir os quadros de um Bruegel, um Boticelli ou de um Archinboldo, as esculturas e formas arquitetônicas de um Michelangelo, Bernini ou Borromini, os sons proféticos de um Gesualdo da Venosa , a fantasia das Mil e Uma Noites ou as maravilhosas aventuras do Quixote de Cervantes, deparamo-nos com algo
desconcertante, pois constata-se que todos esses fazeres e meios vieram de um único local: a imaginação humana. Claro que a idéia inicial - matéria prima do todo criativo - foi, pode e deve ser filtrada, trabalhada, exaustivamente estudada, calculada, transformada, variada, adicionada e tantas vezes modificada e
repensada. Mas mantém-se inalterada a sua essência  - a engenhosidade da invenção. Podemos, hoje, visualizar uma página da web - através dos pré- fabricados templates - e o "pai da criança" garantirá que é uma obra de arte do mais alto nível, que não pode ser mudada em nada e ai daquele que discordar ou
fizer alguma sugestão... Outro grande dilema: o que é arte hoje? Claro que o exemplo extremo acima citado deixa transparecer claramente o pouco ou nenhum conhecimento dos grandes mestres do passado - alguns de talento tão grande que algumas obras chegam a ser incompreensíveis para o  público leigo.  Loops,
templates,  samplers,  copy and paste são alguns exemplos do processo criativo contemporâneo. A técnica - computacional ou não - substituiu a criatividade e o processo de "artesanato artístico" por algo já esperado, padronizado e pasteurizado. Os fazedores de arte e de cultura reproduzem padrões, as agências anunciam, os comerciantes vendem e o público consome. Uma cadeia que nos remete ao conto de João do Rio, do início do século XX: O Homem da Cabeça de Papelão. Na "contra-cultura da mediocridade" anda, felizmente, a grande maioria dos escritores e dos cineastas, teatrólogos, pintores, companhias de balé e alguns músicos e grupos musicais alternativos os quais desenvolvem produtos, idéias e conceitos inovadores que podem trazer visões realmente diferenciadas em um
mundo em constante transformação

                                                                                                                                 Andersen Viana

Mulheres ainda são minoria na Arte?


Com trabalhos de Frida Kahlo, Nan Goldin, Louise Bourgeois, Lygia Pape e outras 61 artistas, exposição no Rio de Janeiro reacende a questão: mulheres ainda são minoria na arte?


Por volta de 1880, todas as quintas-feiras à noite, um grupo célebre de amigos se reunia no Café Guerbois, em Paris, para discutir os rumos que a arte deveria tomar. Era o ponto de encontro de Auguste Renoir, Edgar Degas, Claude Monet e outros tantos. Os artistas ali presentes possuíam ao menos duas características em comum: queriam discutir os caminhos que enxergavam para seu ofício e pertenciam, todos, ao sexo masculino. Ainda que o impressionismo tenha sido o primeiro movimento artístico com integrantes mulheres e existam evidências de que a produção de Mary Cassatt e Berthe Morisot não fosse desvalorizada pelos colegas, as pintoras não eram bem-vindas nos espaços públicos de discussão. Considerava-se a vida noturna de Paris um território masculino e só se abriam exceções para aquelas que tinham o objetivo de servir ou entreter os homens. “Considero escritoras e políticas uma aberração, um bezerro de cinco pernas”, disse Renoir. “A mulher artista é ridícula, mas sou a favor das cantoras e das dançarinas.”
No século 19, não era só em Paris que as mulheres causavam desconforto quando saíam da esfera privada para a pública. A mostra The Centennial Exposition, realizada na Filadélfia em 1876, destinou um pavilhão às artistas. De forma eclética, a curadoria reuniu esculturas, bordados e pinturas, produzidos por profissionais e amadoras; fez do gênero o critério para a disposição dos trabalhos. A opção foi contestada: feministas radicais recusaram-se a participar, avaliando a escolha como uma forma de institucionalizar a diferença. A exposição se ¬tornou, ao mesmo tempo, um símbolo da luta por direitos iguais e uma evidência do status diferenciado que a mulher ocupava.

Quase um século e meio depois, o Centro Cultural Banco do Brasil do Rio de Janeiro sedia uma mostra dedicada exclusivamente ao gênero feminino e retoma, de certa forma, a mesma questão. Elles: Mulheres Artistas na Coleção do Centro Georges Pompidou, cuja abertura será dia 24 de maio, traz ao país 120 trabalhos de 65 expoentes, datados de 1907 a 2010. Estarão reunidas obras de criadoras pioneiras, como Frida Kahlo e Louise Bourgeois, e contemporâneas, como Valie Export, Nan Goldin e Sophie Calle. A elas, juntam-se brasileiras como Lygia Pape, Anna Maria Maiolino e Anna Bella Geiger. Quando exibida na capital francesa, em 2010, a coletiva foi acompanhada de debates e entrevistas que discutiam o recorte proposto pelo museu parisiense. “Há sentido em segregar o trabalho das artistas? Existe um componente feminista na mostra? Acho que devem ser questões abertas e a melhor parte da exposição é sentir que as perguntas não foram respondidas”, diz a crítica de arte Amelia Jones, em um vídeo publicado no site da instituição.
“Achei a exposição absolutamente formidável. Por que não a organizaram antes?”, indaga a historiadora Linda Nochlin, em outro depoimento. A estudiosa que vibra com a iniciativa do Pompidou é autora de um dos primeiros artigos a questionar a participação da mulher na história da arte, publicado no início dos anos 70. Em Why Have There Been No Great Women Artists? (Por Que Não Tem Havido Grandes Mulheres Artistas?), Linda trouxe para o centro das discussões uma questão até então ignorada: qual o motivo de não existirem artistas do sexo feminino equiparadas a Leonardo da Vinci e Michelangelo?

Explosão
No inventário da coleção real espanhola, datado de 1582, a italiana Sofonisba Anguissola, pintora da corte por cerca de 20 anos, é mencionada como uma excelente retratista, acima de todos os pintores de sua época. Primeira artista de que se tem notícia a adquirir fama, ela concebeu trabalhos confundidos com os de Ticiano e Leonardo da Vinci. Sua atuação, no entanto, foi prejudicada pelo surgimento de uma estética que valorizava a relação entre o material e o celestial. Essa dualidade encontrou expressão máxima nas representações do nu feminino. Por ser mulher, Sofonisba jamais poderia realizar tais obras sem violar o código social do período.

Na mesma época, a fama de ¬Marietta Robusti como exímia retratista se espalhou pelas cortes da Áustria e da Espanha. A possibilidade de a veneziana tornar-se pintora oficial de um dos reinos foi rapidamente vetada por seu pai, o pintor Tintoretto. Retrato de um Homem Velho com Garoto (c. 1585) é o único quadro que a maioria dos estudiosos atribui a Marietta. Durante muito tempo, a obra figurou entre os melhores trabalhos de Tintoretto. Somente em 1920 as iniciais de sua filha foram descobertas.
Como ainda acontece hoje, quanto maior a fama do autor, maior o preço atingido pelas obras de arte. Por esse motivo, atribuíam-se a colegas homens mais conhecidos muitos trabalhos produzidos por mulheres. Em 1922, por exemplo, o Metropolitan Museum, em Nova York, adquiriu a tela Charlotte du Val d’Ognes acreditando tratar-se de um Jacques-Louis David. Descobriu-se, em 1951, que a obra tinha sido realizada por uma das alunas do pintor francês (sua identidade ainda é objeto de discussão). O Metropolitan só fez a correção 26 anos depois. A pintura, enaltecida inicialmente pelo próprio museu por expressar “um austero gosto do tempo”, sofreu uma depreciação quando a autoria de David foi contestada. Rapidamente, os historiadores passaram a enxergar no quadro um “tratamento gentil” e o “espírito feminino”.
Até o fim do século 19, o acesso à instrução artística era marcado pela desigualdade entre os sexos. A admissão de mulheres na Escola de Belas-Artes na França, em 1887, foi antecedida por uma década de intensos debates. Os refratários tinham como argumento o desconfortável confronto das artistas com nus masculinos nas classes de modelo vivo. Uma comissão para discutir o tema foi estabelecida na própria academia. Numa das reuniões, a participante Virginie Demont-Breton se surpreendeu com um grito do arquiteto Charles Garnier a respeito de homens e mulheres estudarem debaixo do mesmo teto: “Isso produzirá uma explosão que irá destruir por completo a arte”.

Gorila
No início dos anos 80, uma série de pôsteres circulava pela cidade de Nova York. Um deles trazia em letras garrafais o título As Vantagens de Ser uma Artista Mulher. E vinha acompanhado de uma série de respostas: ser incluída em versões revisadas da história da arte, trabalhar sem a pressão do sucesso, não ter de passar pelo embaraço de ser chamada de gênio e assim por diante. As intervenções eram assinadas pelo Guerrilla Girls, um grupo anônimo de artistas que até hoje se esconde por trás de máscaras de gorila. O ¬coletivo surgiu para protestar contra um conjunto de exposições na Europa e nos Estados Unidos que insistia em exibir, na sua maioria, trabalhos assinados por homens. O objetivo era provar, por estatísticas, a conduta misógina dos museus. Um dos trabalhos mais famosos do Guerrilla poderá ser conferido na capital fluminense: num cartaz de 1989, A Grande Odalisca, do pintor francês Jean-Auguste Dominique Ingres, tem seu rosto substituído pelo de uma macaca. Abaixo da colagem há uma inscrição: “As mulheres precisam estar nuas para entrar no Metropolitan Museum? Menos de 5% dos artistas nas seções de arte moderna são mulheres, mas 85% dos nus são femininos”.
Os pintores modernistas, de Renoir a Pablo Picasso, colaboraram na disseminação da imagem da mulher como um objeto para a observação e o prazer. Suzanne Valadon foi uma das primeiras pintoras a subverter essa ideia. Ao dedicar-se ao nu, a francesa rejeitou a noção do corpo feminino como uma superfície controlada pelo olhar masculino. Ela explorou os gestos desajeitados das mulheres, que apareciam quase sempre em situações cotidianas. Sua obra La Chambre Bleue (O Quarto Azul, 1923), que poderá ser vista no CCBB, é uma releitura de Vênus e o Tocador de Alaúde, assinada por Ticiano no século 16. Enquanto o italiano mostrava uma mulher nua, observada por um homem, Suzanne retrata uma figura feminina forte, vestida, que fuma e lê livros. Frida Kahlo também alterou os padrões até então estabelecidos na representação do gênero feminino. Na primeira individual da mexicana em Nova York, em 1983, um especialista avaliou suas pinturas como mais “obstétricas do que estéticas”. A reprovação se justifica pelo espanto que suas telas, narrando experiências tão intensas quanto um aborto, causavam na época. Para Frida, a arte era uma maneira de dialogar com sua realidade íntima e os quadros explicitavam a dualidade entre sua imagem exterior, reinventada por enfeites e ornamentos, e a interior, marcada pelo sofrimento. Em La Columna Rota (A Coluna Quebrada, 1944), um dos autorretratos mais famosos de Frida, a pintora se mostra com a coluna mutilada e o corpo coberto de pregos.

Essas e outras questões referentes à representação da mulher encontraram expoentes radicais algumas décadas adiante. Em 1968, uma mulher de cabelos emaranhados, vestida com uma jaqueta de couro agarrada e uma calça com um recorte triangular entre as pernas, deixando visíveis os pelos pubianos, entrou em um cinema pornô e circulou entre as fileiras repletas de homens. Na performanceAction Pants: Genital Panic (Calças em Ação: Pânico Genital), Valie Export fez os espectadores confrontarem a realidade com as imagens exibidas na tela. Há uma filmagem, no mesmo ano, em que a artista aparece vestindo uma caixa de papelão com dois buracos para os seios. Ao seu lado, um homem segura um megafone e convida os transeuntes a tocá-la. Valie subverte o fetichismo que envolve o corpo feminino e transforma os homens em objeto. Como ela, muitas mulheres recorreram a vídeos e performances para demonstrar como sua experiência foi suprimida e marginalizada na cultura ocidental. O fim dos anos 60 e o início dos 70 assistiram à eclosão de vários trabalhos de cunho feminista. A escultora franco-americana Louise Bourgeois participou ativamente de protestos. Na exposição do CCBB, poderão ser vistas quatro obras de sua autoria, datadas de 1949 e 1989.
Essas discussões, olhadas retrospectivamente, parecem ter pouco eco na realidade brasileira. O contexto do país era diverso daquele que possibilitou a organização de movimentos artísticos feministas nos Estados Unidos. A ditadura militar que se instaurou em 1964, por exemplo, exigia discussões mais imediatas, fazendo com que as temáticas relativas às mulheres fossem abordadas apenas pela tangente. “Podemos ser feministas sem explicitar nenhum assunto específico do território feminino. Daí várias artistas fazerem trabalhos contundentes sobre a violência sem mostrar imagens consideradas violentas”, argumenta a mineira Rosângela Rennó.

Atualmente, o reconhecimento de artistas mulheres faz os debates sobre gênero na arte soarem ultrapassados. Menos de um quarto dos expoentes nas duas últimas bienais em São Paulo, no entanto, era do sexo feminino. Em 2011, mais de duas décadas após o primeiro levantamento, o coletivo Guerrilla Girls decidiu realizar uma nova contagem das obras do Metropolitan Museum. Deparou-se com um dado surpreendente: diminuíram tanto o número de mulheres nas seções de arte moderna e contemporânea (de 5% para 4%) quanto o número de nus femininos (de 85% para 76%). “Será esse o progresso? Menos artistas mulheres e mais nudez masculina? Adivinhe se podemos guardar nossas máscaras?”, declararam as ativistas em uma entrevista no ano passado. Talvez a exposição, que aterrissa neste mês no Brasil, levante mais questões do que se poderia imaginar.




Artes Visuais: lançados dois editais


Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça – 6ª edição e Programa Rede Nacional Funarte Artes Visuais 10ª edição estão com inscrições abertas até 26 de junho
Publicado em 10 de maio de 2013ImprimirAumentar fonte
A Fundação Nacional de Artes – Funarte publicou no Diário Oficial da União, nesta sexta-feira, 10 de maio, duas portarias que instituem o Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça – 6ª Ediçãoe o Programa Rede Nacional Funarte Artes Visuais 10ª edição.As inscrições se encerram dia 26 de junho e somente poderão ser feitas pela internet, na plataforma SalicWeb.
Para isso, os proponentes devem acessar o link http://sistemas.cultura.gov.br/propostaweb/. Quem não é cadastrado deve, primeiramente, selecionar a opção “Não sou cadastrado”  e preencher a ficha cadastral. Em seguida, deve acessar o link de inscrição. No momento de escolher em qual edital vai se inscrever, o proponente deve selecionar a opção Editais de Premiação e, depois,Artes Visuais. Então, será possível visualizar os editais em aberto e optar pelo que receberá a proposta.

Acesse abaixo as informações sobre cada edital

Prêmio de Artes Plásticas Marcantonio Vilaça – 6ª edição
Programa Rede Nacional Funarte Artes Visuais 10ª edição


quarta-feira, 26 de junho de 2013

O THEATRO MUNICIPAL DO RIO DE JANEIRO ANUNCIA AUDIÇÕES PARA SOLISTAS DAS ÓPERAS DA TEMPORADA 2014.


O Theatro Municipal do Rio de Janeiro, vinculado à Secretaria de Estado da Cultura, anuncia AUDIÇÕES para papeis solistas das seguintes óperas de sua Temporada 2014:

CARMEN, de Georges Bizet.
Personagens: Carmen, Don José, Micaela e Escamillo.
Período de montagem: de 18 de março a 15 de abril de 2014
Nove récitas previstas

SALOMÉ, de Richard Strauss.
Personagens: Salomé e Herodes.
Período de montagem: de 2 a 26 de junho de 2014
Cinco récitas previstas

WOZZECK, de Alban Berg.
Personagens: Marie, Wozzeck e Capitão
Período de montagem: de 4 a 31 de agosto de 2014
Quatro récitas previstas

A FLAUTA MÁGICA, de Wolfgang Amadeus Mozart.
Personagens: Tamino, Pamina, Papageno, Sarastro e Rainha da Noite.
Período de montagem: de 3 de novembro a 7 de dezembro de 2014
Oito récitas previstas.

As audições, sob responsabilidade artística do Maestro Isaac Karabtchevsky e do Maestro Silvio Viegas, serão realizadas neste ano de 2013 em dois locais:

• na ITÁLIA, em Riva del Garda, de 6 a 10 de agosto, no Auditório do Conservatório F.A. Bonporti, no Largo Marconi. Inscrições até o dia 25 de julho.

• no BRASIL, no Rio de Janeiro, dias 19, 21 e 23 de setembro, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, Praça Floriano, s/n. Inscrições até o dia 5 de setembro.

As inscrições serão feitas exclusivamente por e-mail, em que deve constar o NOME COMPLETO, NÚMERO DE DOCUMENTO DE IDENTIDADE, TIPO DE VOZ e PAPEL PARA O QUAL AUDICIONARÁ.


Para as audições na Itália: info@musicarivafestival.com.


Para as audições no Brasil: artisticatheatromunicipal@gmail.com.


Mais informações: info@musicarivafestival.com

artisticatheatromunicipal@gmail.com

TRIO GUARNERI DE PRAGA


Cultura Artística
 Música de Câmara Temporada 2013

TRIO GUARNERI DE PRAGA

 Čeněk Pavlík   violino
Marek Jerie   violoncelo
Iván Klanský   piano

27 de junho, 21 horas


PROGRAMA
Ludwig van Beethoven (1770-1827)
Allegretto para piano, violino e violoncelo em si bemol maior WoO 39

Franz Schubert (1797-1828)
Trio Nº 2 para piano, violino e violoncelo em mi bemol maior Op. 100 D.929

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Quando
27 de junho, quinta-feira, 21 horas
Onde
Teatro Cultura Artística Itaim (303 lugares)
Av. Presidente Juscelino Kubitschek 1830, Itaim Bibi
Quanto
Ingressos a R$ 60,00
Meia-entrada para estudantes e idosos (R$ 30,00)
Preço especial (R$ 10,00) para estudantes de até 30 anos, a partir de meia-hora antes do concerto

À venda pela Ingresso Rápido – em ingressorapido.com.br e 4003-1212. E na bilheteria, no dia do evento, a partir das 15h.
Duração
Aproximadamente 60 minutos, sem intervalo. Na abertura da noite, a jornalistaGioconda Bordon sobe ao palco para uma conversa rápida e informal com os músicos
Mais informações

www.culturaartistica.com.brT

Jazz Sinfônica e Arismar do Espírito Santo se encontram pela primeira vez no palco do Auditório Ibirapuera


 
Talento, virtuosismo e criatividade resumem a obra de Arismar do Espírito Santo, convidado do concerto desse mês da Jazz Sinfônica, corpo artístico da Secretaria de Estado da Cultura, na série Jazz Sinfônica +, que faz apresentações nos dias 28 e 29 de junho, às 21h , no Auditório Ibirapuera.
Considerado um dos maiores nomes do cenário instrumental brasileiro, Arismar divide, pela primeira vez, o palco com a Jazz Sinfônica, em um programa que traz suas composições e revela seu talento como instrumentista. Ao longo do programa ele toca piano, baixo, violão de sete cordas, guitarra e bateria.
“Esse é um concerto para mostrar, sobretudo, a versatilidade de Arismar como compositor. Ele consegue como poucos passear por diversos gêneros musicais e está sempre aberto a novas influências”, destaca Fábio Prado, maestro adjunto da Jazz Sinfônica e regente das duas apresentações.
No repertório, músicas como “Boa Viagem”, “Seu Zezinho”, “Valsa Curitibana”, entre outras. Além das composições do instrumentista, o programa traz ainda a estreia mundial de uma peça inédita. “Arismar Overture”, de Alexandre Mihanovich, foi especialmente encomendada pela Jazz Sinfônica para homenagear o convidado. O concerto conta ainda com a participação do baixista Thiago Espírito Santo, filho de Arismar, e do baterista e percussionista Cleber Almeida.
A série Jazz Sinfônica + traz ícones da MPB e do cenário internacional, em espetáculos embalados pela linguagem orquestral do jazz. Em 2013, o grupo já recebeu Cesar Camargo Mariano e o baixista camaronês Richard Bona.

SOBRE A JAZZ SINFÔNICA
A Jazz Sinfônica foi criada pela Secretaria de Estado da Cultura em 1989, com o intuito de resgatar as tradições das orquestras de rádio e televisão que fizeram sucesso entre os anos 1930 e 1970. Com formação bastante singular, une a orquestra dos moldes eruditos a uma big band de jazz. O resultado é uma sonoridade exclusiva, que tem lhe conferido protagonismo na criação de uma nova estética orquestral brasileira por meio de arranjos contemporâneos e únicos.
Um dos grandes nomes da orquestra, responsável por transformar as melodias populares de compositores brasileiros em arranjos sinfônicos, foi Cyro Pereira (1929-2011), maestro dos Festivais da Record dos anos 1960 e um dos fundadores do grupo, que criou o repertório fundamental do grupo e ajudou a transformá-la numa das poucas com esse formato no mundo. Depois dele, a Jazz Sinfônica formou uma equipe de orquestradores de excelência, que trabalham para a formação do seu repertório – o grupo produz, em média, 100 partituras por ano e conta com um acervo de mais de 1,4 mil delas.
Formada por 82 músicos, a Jazz Sinfônica apresenta-se em concertos regulares na capital e interior de São Paulo, em muitos com importantes convidados. Já tocou com Tom Jobim, Milton Nascimento, Gal Costa, João Bosco, Toquinho, Paulinho da Viola, Daniela Mercury, John Pizzarelli, Stanley Jordan, Gonzalo Rubalcaba, Dee Dee Bridgewater e Paquito de D’Rivera, entre outros.
O diretor artístico e regente titular da Jazz Sinfônica é João Maurício Galindo e Fábio Prado seu regente adjunto. Desde janeiro de 2012, a orquestra é administrada pela Organização Social de Cultura Instituto Pensarte.



SERVIÇO:
Jazz Sinfônica + Arismar do Espírito Santo
Participação de Thiago Espírito Santo e Cleber Almeida
Dias: 28 e 29 de junho, às 21h
Local: Auditório Ibirapuera
Classificação etária: 10 anos
Duração: 90 minutos
Capacidade: 806 lugares
Ingressos: R$ 20 (inteira) e R$10 (meia-entrada)
Na bilheteria do Auditório Ibirapuera e através do site da
Ingresso.com ( www.ingresso.com.br)  ou pelo telefone 4003-2330
Bilheteria: Não abre na segunda-feira.
Terça a quinta das 11h às 18h
Sexta das 11h às 22h
Sábado das 9h às 22h
Domingo das 9h às 20h

Telefone: (11) 3629-1075

SELEÇÃO: Atriz para Protagonista de Musical - RJ


Selecionamos uma atriz para fazer a protagonista de um musical, com estreia para 10 de outubro no Teatro Anglo Americano-Barra da Tijuca.
Todas as etnias e idades.
Interessadas enviar fotos, videobook para o e-mail:

thais@elementosproducoes.com.br

terça-feira, 25 de junho de 2013

Evento promete aulas de música gratuitas em todo o País



Evento promete aulas de música gratuitas em todo o País Ação que se iniciou no Reino Unido terá versão brasileira. Organizadores preveem mais de 200 pontos de ensino de música gratuitamente em todo País. Inspirada no 'National Learn to Play Day' ('Dia Nacional para Aprender a Tocar'), do Reino Unido, o Brasil agora terá sua própria campanha do "Dia Nacional do Ensino da Música". No Reino Unido, a ação está segunda edição, tendo ocorrido no último dia 16 de março em todos os países que compõem o Reino, a saber: Inglaterra, Escócia, Irlanda do norte e País de Gales. No Brasil, durante os dias 12 e 13 de julho lojistas, escolas, conservatórios professores particulares e até aulas por Google Hang Out serão oferecidas gratuitamente em todo o Brasil. Para Daniel Neves, organizador do Dia Nacional do Ensino da Música no Brasil e vice presidente da ANAFIMA (Associação Nacional dos Fabricantes de Instrumentos Musicais e Áudio), a ação promete oferecer gratuita

Seleção de ator para mini série


Selecionamos Ator para interpretar político corrupto em Minissérie.
Perfil: Entre 38 e 43 anos.
Interessados enviar fotos com idade e telefone, paraelenconovo@hotmail.com

Assunto: Minissérie

Coleção Aplauso disponibiliza acervo digital da cultura nacional



Coleção Aplauso, lançada pela Imprensa Oficial. Neste site você encontra biografias de artistas, cineastas e dramaturgos além de roteiros de cinema, peças de teatro e a história de diversas emissoras de TV. Todo esse acervo digital pode ser acessado gratuitamente.
Em um clique, você viaja pela história do cinema, da televisão e do teatro brasileiro na companhia de seus principais protagonistas. Uma ação para estudantes, pesquisadores e interessados na história da nossa cultura.


MEC vai abriu inscrições para 90 mil bolsas do Prouni


As inscrições para o Programa Universidade para Todos (Prouni) 2013 foram abertas nesta sexta-feira (21). Ainda não há um horário definido para que o sistema comece a receber as inscrições, segundo o Ministério da Educação. O prazo termina às 23h59 do dia 25 de junho, e o resultado da primeira chamada será divulgado no dia 28 de junho.
Nesta edição, o Prouni vai oferecer 90.010 bolsas, sendo 55.658 integrais e 34.352 bolsas parciais (50% da mensalidade), segundo balanço parcial do Ministério da Educação.
Os convocados na primeira chamada deverão comprovar as informações nas universidades entre os dias 28 de junho e 5 de julho. O resultado da segunda chamada sai em 13 de julho, e a comprovação deve ser feita entre 15 e 19 de julho.
Somente poderá se inscrever no processo seletivo do Prouni o estudante brasileiro que não possui diploma de curso superior, que tenha feito no mínimo 450 pontos e não tenha zerado no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2012. Também é necessário ter cursado o ensino médio na rede pública, ou na particular na condição de bolsista.
Para concorrer às bolsas integrais, o candidato não pode ter renda familiar bruta mensal per capita que exceda o valor de 1,5 salário mínimo. Para as bolsas parciais, o valor é de três salários mínimos.


sexta-feira, 21 de junho de 2013

Festival Coralusp 2013

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Ospa apresenta "Réquiem" de Verdi com entrada franca


Acompanhada por seu coro sinfônico e solistas, a orquestra lembra o bicentenário do compositor italiano executando uma de suas obras-primas, sob regência do sul-coreano Shinik Hahm, na terça-feira, dia 25, na capela do Colégio Anchieta, em Porto Alegre.

Símbolo musical da soberania nacional italiana, o compositor Giuseppe Verdi (1813-1901) dedicou-se predominantemente à ópera. No ano em que se comemora o bicentenário do compositor, a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre volta a levar ao público uma das poucas obras não-operísticas de Verdi, o "Réquiem", depois de duas décadas sem apresentá-la. O 12º Concerto Oficial da Ospa será realizado na terça-feira, dia 25 de junho, às 20h30, na Igreja da Ressurreição, do Colégio Anchieta, e terá entrada franca.

Para executar esta obra grandiosa, a orquestra conta com a participação do Coro Sinfônico da Ospa e dos solistas Isabelle Sabrié (soprano), Mere Oliveira (mezzo-soprano), Paulo Mandarino (tenor) e Daniel Germano (baixo). A regência ficará a cargo do maestro sul-coreano radicado nos Estados Unidos Shinik Hahm.

As origens do "Réquiem" remetem a 1868, quando Verdi sugeriu que os mais destacados compositores italianos compusessem um réquiem para Gioachino Rossini, falecido em 13 de novembro. A obra foi concluída, mas nunca apresentada. Com o falecimento de Alessandro Manzoni, em 22 de maio de 1873, Verdi decidiu compor, sozinho, o "Réquiem" em homenagem ao amigo poeta. Este foi estreado em 1874, em Milão, e tornou-se uma obra fundamental do repertório coral.

Poucas vezes Verdi havia escrito algo que não fosse música de teatro. O resultado é que a peça chegou a ser considerada uma grande ópera litúrgica. No entanto, é perceptível que nela o compositor não faz uso dos contrastes e tensões entre os personagens tão característicos de sua obra dramática, aproveitando para explorar o contraponto em mais prolongadas passagens instrumentais.

Mais informações no site www.ospa.org.br ou pelo telefone 3222-7387.

Shinik Hahm (maestro)
Reconhecido como um dos maestros mais dinâmicos e inovadores de sua geração, o sul-coreano Shinik Hahm integra o corpo docente da Yale University, nos Estados Unidos, desde 1995. Sua atuação como regente convidado inclui concertos em países norte e sul-americanos, da Europa e da Ásia.
Entre 2010 e 2012, ocupou os cargos de diretor musical e maestro titular da KBS Orquestra Sinfônica, principal orquestra da Coreia do Sul, que leva o nome da rede de rádio e tv, à qual estava vinculada em sua origem. Com ela, Hahm realizou turnê, apresentando-se na Assembleia Geral das Nações Unidas, no Carnegie Hall e no Kennedy Center.
Ele também esteve à frente da Orquestra Filarmônica de Daejeon entre 2001 e 2006, período no qual a formação não só ganhou atenção nacional como foi aclamada internacionalmente em concertos nos Estados Unidos e no Japão.
Hahm foi vencedor do Gregor Fitelberg Concurso para Regentes, premiado no Walter Hagen Prêmio de Regência da Eastman School of Music, recebeu distinção da Shepherd Society da Rice University, e foi condecorado com a Medalha Arte & Cultura do governo sul-coreano.
Ele estudou regência na Rice University e na Eastman School os Music. É um enérgico e ávido jogador de futebol.

Isabelle Sabrié (soprano)
Premiada no Concurso Mundial de Ópera Plácido Domingo (Viena) em 1994, Primeiro Prêmio de Ópera no Conservatoire National Supérieur de Musique de Paris em 1992 e laureada no Concurso Internacional de Canto de Verviers (Bélgica) em 1991, Isabelle Sabrié começou seus estudos e concertos pela música medieval e barroca.
Gravou com o pianista Emile Naoumoff faixa do disco "In memoriam Lili Boulanger" (Marco Polo & Naxos), regularmente difundido pelas rádios clássicas internacionais.
Desde 2008 ela mora em Manaus, e ensina na Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Tem participado ativamente da cena lírica local. Em 2012 estreou no Teatro da Paz em Belém a sua ópera digital "A fada e o girassol", com poemas de Kalynka Cruz, espacializando os sons na sala, com filme de animação 3D projetado. Em 2013, durante o XVII Festival Amazonas de Ópera, interpretou as "Illuminations", de Britten, com a Orquestra de Câmara do Amazonas, sob regência de Marcelo de Jesus; e foi Amelia em "Ballo in Maschera", de Verdi, com regência de Otávio Simões.

Mere Oliveira (mezzo-soprano)
Mere Oliveira é formada em técnica vocal pela Escola Municipal de Música, Artes Plásticas e Cênicas Maestro "Fêgo Camargo". Atualmente, recebe orientação em interpretação do mezzo-soprano Graciela Araya (Alemanha) e realiza preparação de repertório com Vitor Philomeno. Em Buenos Aires cantou as óperas "Norma" e "La Gioconda", e no Brasil o papel-título da ópera "Carmen", bem como Zita na ópera "Gianni Scchichi", recebendo belíssimas críticas da mídia como Jornal La Nacion, Jornal Ópera 181 e Jornal La Prensa.
Atuou como solista com diversas orquestras, entre elas a Camerata Zajdenbaum, Orquestra Sinfônica da Casa de la Ópera de Buenos Aires, Orquestra Sinfônica de Trujillo, Orquestra Sinfônica do Ministério da Cultura de Montevidéu e Filarmônica Metropolitana. 
Dentre os concertos que  realizou destacam-se a  turnê pela Alemanha, Hungria e Croácia em 2010, com o Duo Cappuccino que compõe com o violonista André Simão; a abertura do Festival Lírico de Montevidéu e a abertura do Salvalírico – Festival Lírico de Salvador.

Paulo Mandarino (tenor)
Natural de Brasília, Paulo Mandarino estreou como Edgardo, na ópera "Lucia di Lammermoor", de Donizetti. Desde então apresenta-se nos principais teatros brasileiros em óperas, concertos e recitais. Em 2001, foi contemplado com a Bolsa Virtuose, do Ministério da Cultura, destinada a profissionais consagrados em suas áreas. Esta bolsa o levou a aprofundar seus estudos na Accademia Lirica Italiana, em Milão, com o tenor Pier-Miranda Ferraro. Neste período, apresentou-se em Milão, Roma, Paris, Viena e Budapeste. Neste ano de 2013, Mandarino participa ativamente das comemorações do bicentenário de nascimento de Giuseppe Verdi, atuando no XVII Festival Amazonas de Ópera como Riccardo, na ópera "Un Ballo in Maschera"; com a Ospa, no "Réquiem", e com a Orquestra Sinfônica de Sergipe, com o "Hinno delle Nazione", além de concertos e recitais.

Daniel Germano (baixo)
Especializado no Conservatorio Antonio Buzzola, em Adria (Itália), o baixo Daniel Germano estreou em 2012 como Don Basílio em montagem de "O Barbeiro de Sevilha", em Bolonha e Parma. Em 2012, foi o Primeiro Soldado na ópera "Salomé", de Strauss, no XI Festival de Belém do Pará, Don Alfonso em "Cosi Fan Tutte", no Theatro São Pedro (RS), solista da "Missa em Sol Maior" de Schubert, com a Orquestra Unisinos, em Porto Alegre, e da "Cantata BWV 82", de Bach. Em Manaus, foi um dos solistas do "Réquiem" de Mozart, sob regência de Amos Talmon. Seu repertório operístico inclui papéis como Fiesco ("Simon Boccanegra"), Sarastro ("A Flauta Mágica"), Zaccaria ("Nabucco"), Leporello ("Don Giovanni"),Banquo ("Macbeth"), Colline ("La Bohème"), Raimondo ("Lucia di Lammermoor"), Don Basilio ("Il Barbiere di Siviglia") e Figaro ("Le Nozze di Figaro").

A Ospa é uma das fundações vinculadas à Secretaria de Estado da Cultura. Os concertos da temporada 2013 são patrocinados, via Lei Federal de Incentivo à Cultura, por Vonpar, Ipiranga, Gerdau, Souza Cruz e Brasília Guaíba. A realização é da Ospa, Fundação Cultural Pablo Komlós e Secretaria de Estado da Cultura – Governo do Estado do Rio Grande do Sul.

O que: 12º Concerto Oficial da Ospa
Quando: Dia 25 de junho, terça-feira, às 20h30
Onde: Igreja da Ressurreição / Colégio Anchieta (Nilo Peçanha, 1521, Porto Alegre-RS)
Entrada franca
Programa:
Giuseppe Verdi - Réquiem
Solistas: Isabelle Sabrié (soprano), Mere Oliveira (mezzo-soprano), Paulo Mandarino (tenor) e Daniel Germano (baixo)

Participação: Coro Sinfônico da Ospa

Orquestra Sinfônica de Goias


 Concerto

                                                       
“Orquestra nos Bairros”

Numa iniciativa de enorme alcance social, esta série levará a OFG a diversas localidades de Goiânia. Os Concertos nos Bairros têm a finalidade de ampliar o acesso da população à música erudita, privilegiando regiões em que apresentações deste gênero são raramente agendadas. Acontecem nas quintas e sextas-feiras, sempre às 20h.

“Orquestra nos Bairros” Dia 21 de junho, sexta-feira, 20h

Local: Paróquia Jesus Bom Pastor- Rua Porto Alegre, Qd 27 A, Lt 17.

Jardim Guanabara 1-  Goiânia – GO.

Entrada Franca



PROGRAMA

Obras de BEETHOVEN e HAYDN.



 Alessandro Borgomanero, regência

Nascido em Roma, Alessandro Borgomanero formou-se com o título de Mestre em 1992, na Escola Superior de Música Mozarteum, de Salzburg, na classe do violinista Ruggiero Ricci. Continuou seus estudos com renomados violinistas, como Boris Belkin, Salvatore Accardo e Rodolfo Bonucci.

Apresentou-se como solista frente a várias orquestras, tais como: Orquestra de Câmara de Budapeste; Salzburg Chamber Soloists; Philadelphia Virtuosi Orchestra; London Mozart Players; Virtuosos de Salzburgo; Orquestra de Câmara de Berlim; Orquestra Sinfonietta Salzburg; Bachiana Filarmônica; Orquestra Sinfônica de Vaasa (Finlândia) e com a grande maioria das orquestras sinfônicas do Brasil.

Em 2002, realizou a primeira execução brasileira do Concerto nº 2 para violino de Schostakovich, em Curitiba. No ano de 2005, apresentou-se como solista com a Orquestra de Câmara do Kremlin, em Moscou (Rússia). Em 2009, fez a estreia mundial do concerto para violino e orquestra de Jaime Zenamon, com a Orquestra Sinfônica do Paraná. Em duo com violino e piano, e como integrante do Quarteto Mozarteum, obteve elogios do público e da crítica especializada em tournées por diferentes países como Áustria, Escócia, Inglaterra, Holanda, França, Portugal, Alemanha, Itália, Japão, Rússia, Austrália, Estados Unidos, Canadá, Peru, Argentina, Uruguai e Brasil.

Para a temporada de 2013 foi convidado para tocar como solista e regente com a Orquestra Sinfônica Nacional do Equador em Quito, com as orquestras de Guayaquil e Cuenca, sempre no Equador, com a Filarmônica de Florianópolis,  Sinfônica da Bahia,  Sinfônica do Teatro São Pedro, Sinfônica de Sorocaba, Sinfônica do Paraná,  Sinfônica do Teatro da Paz (Belém),  dentre outras.

Participou de concertos em diversos festivais de música, tais como: Festival de Verão de Salzburg, com a cantora Jessye Norman; Festival de Música de Edimburgo, nas Semanas Filarmônicas de Salzburg com integrantes das Orquestras Filarmônicas de Viena e de Berlim; Festival Mozart de Tóquio e Festival de Inverno de Campos do Jordão. Ministrou  masterclasses para violino na Escola Superior de Música de Viana (Portugal) e em quase todos os festivais de música do Brasil.

Gravou vários discos, por selos como Kreuzberg Records (Alemanha), Nami Records (Japão) e Classic Sound (Áustria). A sua discografia inclui dois CDs, gravados com o Mozarteum Quartett, com quartetos e quintetos de Mozart; um álbum de violino e violão e outro com peças virtuosísticas para violino e piano. Em 2011, gravou um CD com obras inéditas de compositores brasileiros para violino e cordas, como solista e diretor artístico da Camerata Filarmônica de Goiás.

Vive em Goiânia desde 1999, onde é professor de violino na Universidade Federal de Goiás. De 2003 a 2007, foi diretor artístico e regente titular da Orquestra de Câmara Goyazes, liderando-a em mais de 90 concertos por vários estados brasileiros. Como reconhecimento pelas suas realizações na área da música em Goiás, recebeu em 2006 o título de Comendador da Ordem do Mérito Anhanguera, outorgado pelo Governo do Estado. Desde 2012 é Diretor Artístico da Orquestra Filarmônica de Goiás.


             A ORQUESTRA.

A nova ORQUESTRA FILARMÔNICA DE GOIÁS, criada em janeiro de 2012, realizou cerca de 20 apresentações musicais, divididas em quatro séries de concertos no Teatro SESI, no Centro Cultural UFG, no Centro Cultural Oscar Niemeyer e no Teatro Escola Basileu França. Foram mais de 10 artistas convidados de renome nacional e internacional, que se apresentaram junto à Orquestra na Temporada de 2012, inclusive em concertos didáticos em parceria com a Secretaria da Educação e com o Teatro SESI.

Mostrando o potencial da música de concerto em Goiás, a lotação dos teatros e locais de concertos, foi sempre próxima da capacidade máxima, em quase todas as récitas, totalizando um público de, mais ou menos, 15.000 pessoas.

Foi a primeira vez na história do Estado de Goiás, que uma Orquestra apresentou a programação anual de concertos organizados numa completa, a Temporada 2012, com as séries Grandes Solistas, Concertos para a Juventude, Concertos de Câmara e Concertos Didáticos, e eventos prestigiados por maestros e solistas convidados, destacando entre eles: Emmanuele Baldini, Räiff Dantas, Fábio Cury, Laércio Diniz, Eduardo Monteiro, Luiz Garcia, Neil Thomson, Albrecht Breuninger e Ângelo Dias.

Com uma nova configuração, a Orquestra Filarmônica de Goiás iniciou o ano de 2013 com as audições e o processo seletivo, aprovando os músicos que compõem o seu quadro.

Na programação da Temporada 2013, estão previstas 42 apresentações musicais em todo o Estado de Goiás, inclusive em bairros de Goiânia, entre as séries concertos no Teatro Goiânia, no Teatro SESI e no Centro Cultural Oscar Niemeyer, além de concertos especiais. Teremos 25 artistas, de renome nacional e internacional, que se apresentarão com a OFG para um público de, aproximadamente, 30.000 pessoas. Entre eles destacam-se: André Micheletti, Alex Klein, Daniel Guedes, Flavio Gabriel, Jean Louis Steuerman, Ricardo Castro, Carlos Moreno e João Carlos Martins.


O ano de 2013 será promissor e propagará os sons da OFG pelos mais variados espaços e públicos.

A luz da evolução


Um pouco a título de provocação, um pouco para tentar mostrar que ganhosincrementais podem fazer uma grande diferença, escrevi para a edição impressa da Folha de sábado a coluna "Os médicos e Darwin" em que sustentei que mesmo um profissional de saúde mal equipado e mal formado --os médicos cubanos que o governo pretende trazer para os rincões do Brasil-- é capaz de salvar vidas. Isso é especialmente verdade em nichos ecológicos como a Amazônia, onde doenças fáceis de identificar e de tratar, como diarreias e infecções agudas, ainda são uma importante causa de óbito.
Usei o bom e velho Darwin para lembrar os médicos de que, mesmo sem ser plenamente funcional, uma protoasa já ajuda seu dono a planar e pode fazer com que ele não se machuque tanto numa eventual queda. Esquilos voadores são a prova viva de que isso funciona.
Como um assunto puxa o outro, comprei e li "Why We Get Sick: The New Science of Darwinian Medicine" (por que nós adoecemos: a nova ciência da medicina darwiniana), do médico Randolph Nesse e do biólogo George Williams. Trata-se de um clássico na matéria, publicado no já longínquo ano de 1996.
De lá para cá, saíram muitas novas obras sobre esse tema. Eu próprio já comentei algumas delas nesse espaço, como "Supernormal Stimuli" (estímulos supernormais), de Deirdre Barrett, e "The Wild Life of Our Bodies" (a vida selvagem de nossos corpos), de Rob Dunn.
Apesar de trazer algumas informações desatualizadas, "Why We Get Sick" permanece uma leitura importante. É uma obra suficientemente geral para abordar as diferentes vertentes da medicina darwiniana e funciona também como um manifesto dessa ciência emergente. É até um pouco frustrante constatar que ela avançou menos do que seria desejável nestas últimas duas décadas.
Com efeito, análises darwinianas penetraram todas as esferas do mundo acadêmico, incluindo o bastião das humanidades. Hoje encontramos comentários evolucionistas até sobre arte, literatura e filosofia. Os resultados, é claro, são desiguais. Na medicina, entretanto, que é por definição uma ciência biológica, a invasão foi surpreendentemente menor. A maioria das faculdades ainda não ministra uma disciplina específica. Uma possível explicação é que médicos costumam interessar-se mais pelo como tratar do que pelas causas profundas das moléstias. Não dá para afirmar que isso seja um mal, mas pode haver situações em que deixar de compreender a gênese do problema nos faz abordá-lo de forma errada. É um pouco isso que Nesse e Williams procuram mostrar.
Um exemplo eloquente é o da miopia. Ela é claramente hereditária --algo em torno de 80%-- e extremamente prevalente. Estima-se que de 800 mil a 2,3 bilhões dos 7 bilhões de terrestres (de 11,5% a 33%) tenham algum problema refrativo, entre os quais a miopia é o predominante.
Considerando que míopes sem óculos somos praticamente inválidos, como é possível que um gene desses não tenha sido eliminado pela seleção natural? Como é que feras, precipícios e a total falta de pontaria não acabaram com os míopes na Idade da Pedra?
É aqui que as coisas começam a ficar complicadas e interessantes. A miopia tem um importante componente genético, mas também é fortemente determinada pelo ambiente. Ela provavelmente inexistia na Idade da Pedra, assim como é extremamente rara entre os poucos caçadores-coletores que ainda restam no planeta. Sua incidência é muito maior nas sociedades industrializadas do que nas tradicionais. Por que?
A hipótese de Nesse e Williams era a de que havia algo no processo de alfabetização que facilitava o surgimento da miopia naqueles que tinham genes que os predispunham para isso. "[Estudos mais recentes]":http://www.aaojournal.org/article/S0161-642000363-6/abstract sugerem que o gatilho não está na alfabetização, mas na quantidade de luz solar a que a criança é exposta. Quanto mais tempo ela passa em ambientes internos, maiores as chances de desenvolver o problema.
Isso já basta para mostrar que não dá muito certo pensar a miopia como uma doença clássica, isto é, compreendida como um ou mais genes defeituosos que codificam uma característica maladaptativa. Faz mais sentido interpretá-la como uma variação genética que provavelmente traz alguma vantagem adaptativa ainda desconhecida, mas que, interagindo com as mudanças ambientais que experimentamos nos últimos séculos, se tornou desvantajosa. Como desenvolvemos também óculos, lentes de contato e cirurgias refrativas, ela não chega a ser fatal para seus portadores. De toda maneira, essa perspectiva darwinina não apenas nos permite entender melhor o fenômeno como até cogitar de estratégias preventivas, baseadas na exposição à luz solar.
Coisas semelhantes valem para muitas outras doenças e condições, que, à luz do darwinismo, deixam de ser mistérios médicos para tornar-se narrativas biológicas. Moléstias cardíacas e o mal de Alzheimer, por exemplo, também estão associados a certos genótipos -o ApoE4 parece facilitar o surgimento de ambos--, que devem trazer vantagens para seus portadores. Como o homem do Pleistoceno quase nunca tinha problemas do aparelho circulatório (a comida era escassa, magra, e o regime de exercícios, intenso) e raramente chegava à idade de apresentar sintomas de Alzheimer, esses genes foram mantidos. E continuam a sê-lo, já que as dificuldades tendem a aparecer apenas depois da fase reprodutiva, período em que a seleção já não atua.
Esse tipo de abordagem permite "insights" valiosos para pensar quase tudo, de cânceres a alergias e doenças mentais, passando pelo enjoo das grávidas, engasgos a corrida contra os micróbios (que estamos condenados a perder), além da senescência. Sugere, também, que pesquisemos melhor condutas que hoje aplicamos acriticamente. A febre, além de ser desagradável, pode matar e causar sérios problemas de saúde, mas não podemos esquecer que ela é um eficaz mecanismo de defesa contra infecções, que até répteis tentam emular quando estão doentes. Sem jamais deixar de dar antitérmicos a quem precisa, valeria a pena investigar o que perdemos ao fazê-lo.
De um modo geral, a medicina evolutiva ensina que muitas das doenças são provocadas por genes que jamais serão eliminados do "pool" genético da humanidade porque conferem benefícios numa fase anterior. Mudanças ambientais podem torná-los mais ou menos "doentios". Há uma outra família de problemas que têm origem nas soluções de compromisso que a natureza produziu ao longo de nossa evolução. As dores nas costas que acometem humanos, por exemplo, são consequência direta de termos decidido andar sobre duas pernas.
Seria um tremendo erro se os profissionais de saúde abandonassem o caráter instrumental da medicina e passassem a dar mais atenção a teorias totalizantes do que a terapias e ao controle clínico das moléstias, mas certamente não faria mal se procurassem também pensar as doenças e disfunções com que se deparam sob um prisma darwinista. Podem descobrir coisas muito interessantes, que eventualmente abrirão novas possibilidades terapêuticas. Afinal, como dizem Nesse e Williams parafraseando o grande geneticista Thodosius Dobzhansky, "nada em medicina faz sentido, exceto à luz da evolução".

hélio schwartsman