Acompanhada por seu coro
sinfônico e solistas, a orquestra lembra o bicentenário do compositor italiano
executando uma de suas obras-primas, sob regência do sul-coreano Shinik Hahm,
na terça-feira, dia 25, na capela do Colégio Anchieta, em Porto Alegre.
Símbolo musical da soberania
nacional italiana, o compositor Giuseppe Verdi (1813-1901) dedicou-se
predominantemente à ópera. No ano em que se comemora o bicentenário do
compositor, a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre volta a levar ao público uma
das poucas obras não-operísticas de Verdi, o "Réquiem", depois de
duas décadas sem apresentá-la. O 12º Concerto Oficial da Ospa será realizado na
terça-feira, dia 25 de junho, às 20h30, na Igreja da Ressurreição, do Colégio
Anchieta, e terá entrada franca.
Para executar esta obra
grandiosa, a orquestra conta com a participação do Coro Sinfônico da Ospa e dos
solistas Isabelle Sabrié (soprano), Mere Oliveira (mezzo-soprano), Paulo
Mandarino (tenor) e Daniel Germano (baixo). A regência ficará a cargo do
maestro sul-coreano radicado nos Estados Unidos Shinik Hahm.
As origens do
"Réquiem" remetem a 1868, quando Verdi sugeriu que os mais destacados
compositores italianos compusessem um réquiem para Gioachino Rossini, falecido
em 13 de novembro. A obra foi concluída, mas nunca apresentada. Com o
falecimento de Alessandro Manzoni, em 22 de maio de 1873, Verdi decidiu compor,
sozinho, o "Réquiem" em homenagem ao amigo poeta. Este foi estreado
em 1874, em Milão, e tornou-se uma obra fundamental do repertório coral.
Poucas vezes Verdi havia
escrito algo que não fosse música de teatro. O resultado é que a peça chegou a
ser considerada uma grande ópera litúrgica. No entanto, é perceptível que nela
o compositor não faz uso dos contrastes e tensões entre os personagens tão
característicos de sua obra dramática, aproveitando para explorar o contraponto
em mais prolongadas passagens instrumentais.
Mais informações no site
www.ospa.org.br ou pelo telefone 3222-7387.
Shinik Hahm (maestro)
Reconhecido como um dos
maestros mais dinâmicos e inovadores de sua geração, o sul-coreano Shinik Hahm
integra o corpo docente da Yale University, nos Estados Unidos, desde 1995. Sua
atuação como regente convidado inclui concertos em países norte e
sul-americanos, da Europa e da Ásia.
Entre 2010 e 2012, ocupou os
cargos de diretor musical e maestro titular da KBS Orquestra Sinfônica,
principal orquestra da Coreia do Sul, que leva o nome da rede de rádio e tv, à
qual estava vinculada em sua origem. Com ela, Hahm realizou turnê,
apresentando-se na Assembleia Geral das Nações Unidas, no Carnegie Hall e no
Kennedy Center.
Ele também esteve à frente da
Orquestra Filarmônica de Daejeon entre 2001 e 2006, período no qual a formação
não só ganhou atenção nacional como foi aclamada internacionalmente em
concertos nos Estados Unidos e no Japão.
Hahm foi vencedor do Gregor
Fitelberg Concurso para Regentes, premiado no Walter Hagen Prêmio de Regência
da Eastman School of Music, recebeu distinção da Shepherd Society da Rice
University, e foi condecorado com a Medalha Arte & Cultura do governo
sul-coreano.
Ele estudou regência na Rice
University e na Eastman School os Music. É um enérgico e ávido jogador de
futebol.
Isabelle Sabrié (soprano)
Premiada no Concurso Mundial de
Ópera Plácido Domingo (Viena) em 1994, Primeiro Prêmio de Ópera no
Conservatoire National Supérieur de Musique de Paris em 1992 e laureada no
Concurso Internacional de Canto de Verviers (Bélgica) em 1991, Isabelle Sabrié
começou seus estudos e concertos pela música medieval e barroca.
Gravou com o pianista Emile
Naoumoff faixa do disco "In memoriam Lili Boulanger" (Marco Polo
& Naxos), regularmente difundido pelas rádios clássicas internacionais.
Desde 2008 ela mora em Manaus,
e ensina na Universidade do Estado do Amazonas (UEA). Tem participado
ativamente da cena lírica local. Em 2012 estreou no Teatro da Paz em Belém a
sua ópera digital "A fada e o girassol", com poemas de Kalynka Cruz,
espacializando os sons na sala, com filme de animação 3D projetado. Em 2013,
durante o XVII Festival Amazonas de Ópera, interpretou as
"Illuminations", de Britten, com a Orquestra de Câmara do Amazonas,
sob regência de Marcelo de Jesus; e foi Amelia em "Ballo in
Maschera", de Verdi, com regência de Otávio Simões.
Mere Oliveira (mezzo-soprano)
Mere Oliveira é formada em
técnica vocal pela Escola Municipal de Música, Artes Plásticas e Cênicas
Maestro "Fêgo Camargo". Atualmente, recebe orientação em
interpretação do mezzo-soprano Graciela Araya (Alemanha) e realiza preparação
de repertório com Vitor Philomeno. Em Buenos Aires cantou as óperas
"Norma" e "La Gioconda", e no Brasil o papel-título da
ópera "Carmen", bem como Zita na ópera "Gianni Scchichi",
recebendo belíssimas críticas da mídia como Jornal La Nacion, Jornal Ópera 181
e Jornal La Prensa.
Atuou como solista com diversas
orquestras, entre elas a Camerata Zajdenbaum, Orquestra Sinfônica da Casa de la
Ópera de Buenos Aires, Orquestra Sinfônica de Trujillo, Orquestra Sinfônica do
Ministério da Cultura de Montevidéu e Filarmônica Metropolitana.
Dentre os concertos que realizou destacam-se a turnê pela Alemanha, Hungria e Croácia em
2010, com o Duo Cappuccino que compõe com o violonista André Simão; a abertura
do Festival Lírico de Montevidéu e a abertura do Salvalírico – Festival Lírico
de Salvador.
Paulo Mandarino (tenor)
Natural de Brasília, Paulo
Mandarino estreou como Edgardo, na ópera "Lucia di Lammermoor", de
Donizetti. Desde então apresenta-se nos principais teatros brasileiros em óperas,
concertos e recitais. Em 2001, foi contemplado com a Bolsa Virtuose, do
Ministério da Cultura, destinada a profissionais consagrados em suas áreas.
Esta bolsa o levou a aprofundar seus estudos na Accademia Lirica Italiana, em
Milão, com o tenor Pier-Miranda Ferraro. Neste período, apresentou-se em Milão,
Roma, Paris, Viena e Budapeste. Neste ano de 2013, Mandarino participa
ativamente das comemorações do bicentenário de nascimento de Giuseppe Verdi,
atuando no XVII Festival Amazonas de Ópera como Riccardo, na ópera "Un
Ballo in Maschera"; com a Ospa, no "Réquiem", e com a Orquestra
Sinfônica de Sergipe, com o "Hinno delle Nazione", além de concertos
e recitais.
Daniel Germano (baixo)
Especializado no Conservatorio
Antonio Buzzola, em Adria (Itália), o baixo Daniel Germano estreou em 2012 como
Don Basílio em montagem de "O Barbeiro de Sevilha", em Bolonha e
Parma. Em 2012, foi o Primeiro Soldado na ópera "Salomé", de Strauss,
no XI Festival de Belém do Pará, Don Alfonso em "Cosi Fan Tutte", no
Theatro São Pedro (RS), solista da "Missa em Sol Maior" de Schubert,
com a Orquestra Unisinos, em Porto Alegre, e da "Cantata BWV 82", de
Bach. Em Manaus, foi um dos solistas do "Réquiem" de Mozart, sob
regência de Amos Talmon. Seu repertório operístico inclui papéis como Fiesco
("Simon Boccanegra"), Sarastro ("A Flauta Mágica"),
Zaccaria ("Nabucco"), Leporello ("Don Giovanni"),Banquo
("Macbeth"), Colline ("La Bohème"), Raimondo ("Lucia
di Lammermoor"), Don Basilio ("Il Barbiere di Siviglia") e
Figaro ("Le Nozze di Figaro").
A Ospa é uma das fundações
vinculadas à Secretaria de Estado da Cultura. Os concertos da temporada 2013
são patrocinados, via Lei Federal de Incentivo à Cultura, por Vonpar, Ipiranga,
Gerdau, Souza Cruz e Brasília Guaíba. A realização é da Ospa, Fundação Cultural
Pablo Komlós e Secretaria de Estado da Cultura – Governo do Estado do Rio
Grande do Sul.
O que: 12º Concerto Oficial da
Ospa
Quando: Dia 25 de junho,
terça-feira, às 20h30
Onde: Igreja da Ressurreição /
Colégio Anchieta (Nilo Peçanha, 1521, Porto Alegre-RS)
Entrada franca
Programa:
Giuseppe Verdi - Réquiem
Solistas: Isabelle Sabrié
(soprano), Mere Oliveira (mezzo-soprano), Paulo Mandarino (tenor) e Daniel
Germano (baixo)
Participação: Coro Sinfônico da
Ospa
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