Depois, todos passaram
por testes psicológicos para medir quanto gostavam (e
precisavam) decertezas e estabilidade. Tiveram de dizer,
por exemplo, se concordam pouco, muito ou nada com afirmações do tipo “eu
não gosto de situações incertas” e “eu desgosto de questões que têm
várias respostas diferentes”. E, olha só, quem havia lido os romances
parecia mais aberto à ambiguidade e incertezas.
É que ler romances faz você entrar num
outro mundo – e abre sua
cabeça. Aí você conhece equestiona outras realidades, mas sem a
necessidade de tomar decisões, de ter certezas sobre questões polêmicas. “O
leitor pode até pensar como
pessoas que ele nem gosta. Você pode simpatizar com Humbert Humbert, de
Lolita, não importa quão ofensivo alguém pode achá-lo”, explica Maja
Djikic, autor da pesquisa.
“O leitor pensa através de
outros eventos, sem se preocupar com urgência e permanência, e, então,
pensa de jeitos diferentes do que até ele mesmo está acostumado a pensar – e
isso produz um efeito que abre
sua mente”, conclui.
Nenhum comentário:
Postar um comentário