TCHECO
– ESCOLA NACIONAL LESTE EUROPEU – 189 OBRAS
Vida.
Compositor tcheco, Antonín Dvorák nasceu em Nelahozaves, a 8 de setembro de
1941, e morreu em Praga, a 1º de maio de 1904. Filho de um humilde comerciante,
aos oito anos Dvorák teve despertada sua vocação musical. Mas só pôde realizar
os primeiros estudos em 1853, já residindo na cidade de Zlonice. Quatro anos
depois instalou-se em Praga, onde iniciou uma vida de sacrifícios, aliviados quando foi premiado
pela composição de um hino patriótico (1873).
O
impulso decisivo para sua carreira ocorreu em 1877 quando, sob recomendação de
Brahms, os Duetos morávios foram editados na Alemanha. Desde então, os
programas de concerto no estrangeiro passaram a colocar em destaque o nome de
Dvorák. Na Inglaterra, houve uma acolhida sobremodo entusiástica - iniciada com
a apresentação das Danças Eslavas- , a ponto de quase se tornar a segunda
pátria do compositor. Várias vezes Dvorák esteve em Londres e outras cidades
britânicas regendo as próprias obras, entre estas a Sinfonia em Ré maior e o
oratório St. Ludmilla. Em 1891, a Universidade de Cambridge lhe conferiu o
título de doutorhomoris causa.
Caracterização.
Por essa época, já era numerosa a produção de Dvorák. Tinha abordado todos os
gêneros, revelando-se especialista em música de câmara. O trio Op. 90, denominado
Dumky (1891), foi logo incorporado ao repertório de todos os conjuntos
camerísticos. A posição estética do mestre tcheco também já estava definida,
inclusive em relação a seu compatriota Smetana, igualmente ligado nas fontes
folclóricas; mas enquanto este compositor sempre obedeceu às normas
tradicionais, Dvorák aparecia como um improvisador, bem menos atento às regras
de estruturação formal. Embora Smetana fosse seguidor de Liszt e Wagner – ao
passo que Dvorák é discípulo de Brahms, Schumann e, sobretudo, de Schubert –
Dvorák é bem mais rapisódico. Daí, por certo, a popularidade que alcançou no
mundo inteiro.
Popularidade,
fama, honrarias, tornam-se comuns na vida de Dvorák. Em Praga, recebe também o
título de doutor honoris causa da universidade. É nomeado professor e mais
tarde diretor do conservatório. Chega a ser nomeado membro da câmara dos pares
do império austríaco. Sua fama atravessa o Atlântico. Em 1892, Dvorák vai
dirigir o conservatório de Nova York.
Três
anos na América resultaram para Dvorák na fase mais conhecida de sua atividade
criadora. A ela pertencem obras como a célebre Sinfonia nº 5, em si menor,
chamada Do novo mundo (1893); o Quarteto em Fá maior, Op.96, arbitrariamente
apelidado The Nigger (1893); o Concerto para violoncelo e orquestra em si
menor, Op. 105 – obra-prima no gênero; e uma coletânea de peças para piano
intituladaHumoresques, das quais a sétima chegou a ser a música quase mais
tocada em todo mundo. Da fase americana de Dvorák também resultou um equívoco,
hoje esclarecido: dizia respeito ao aproveitamento do folclore dos E.U.A., em
detrimento das fontes eslavas; mas pesquisas musicológicas, levadas a efeito em
Harvard, concluíram por confirmar o original caráter eslavo da Sinfonia nº5 e
Quarteto The Nigger.
Quando
retornou a Praga, essa fidelidade às origens continuou inalterada. Dvorák
dedicou-se à composição de peças sinfônicas e óperas. E estas últimas,
principalmente, os elementos musicais e dramáticos são de pura inspiração
folclórica tcheca. A glória em vida acompanhou-o até a morte. Foi sepultado
como herói nacional.
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