Reabertura do Teatro Dulcina, Bienal de Música e conquista da Triga de Ouro estão entre os destaques
Em um ano de intensa produção, a Fundação Nacional de Artes – Funarte chega ao fim de 2011 com a execução de 100% do orçamento. A instituição, vinculada ao Ministério da Cultura, investiu mais de R$ 100 milhões em projetos nas áreas de teatro, dança, circo, música, artes visuais e artes integradas.
A reabertura de um dos mais tradicionais teatros do Rio de Janeiro, o Dulcina, está entre as ações que alcançaram ampla repercussão e tiveram o reconhecimento não só da classe artística mas também da imprensa especializada. Juntas pela primeira vez no palco, divas do teatro brasileiro como Bibi Ferreira, Nathália Timberg e Marília Pêra celebraram em “Um Brinde a Dulcina” esse momento marcante para a cultura.
A programação especial permitiu ainda levar ao público, a preços populares, peças como “Viver sem tempos mortos”, com Fernanda Montenegro, e “Uma flauta mágica”, adaptação da ópera de Mozart feita pelo inglês Peter Brook .
Outro destaque foi a vinda, pela primeira vez, ao Rio de Janeiro de uma das maiores companhias de teatro do mundo, a francesa Théâtre du Soleil. Com apoio da Funarte, a fundadora e diretora do grupo, Ariane Mnouchkine, e os atores da companhia participaram de oficinas e encontros gratuitos em diferentes cidades do país.
A música erudita também emocionou o público que pôde assistir, no encerramento da 19ª Bienal de Música Brasileira Contemporânea, a um dos mais belos concertos do ano. Sob a regência do maestro Ricardo Rocha, a orquestra e o coro da Cia. Bachiana Brasileira apresentaram, pela primeira vez no Rio de Janeiro, a “Missa de São Nicolau”, obra-prima de Almeida Prado (1943-2010).
A Funarte ampliou ainda mais sua atuação nacional, contemplando todos os Estados da Federação através de editais nos diversos segmentos: música, teatro, dança, circo, artes visuais e integradas. Além disso, programas como o Microprojetos Mais Cultura Amazônia Legal e Rio São Francisco contribuíram para descentralizar a política de fomento e aumentar o número de municípios brasileiros participantes dos projetos da instituição.
O reconhecimento ao talento e ao trabalho do artista brasileiro ultrapassou as fronteiras do país. Na Quadrienal de Praga, o Brasil conquistou a Triga de Ouro, que é o prêmio máximo do maior evento de cenografia do mundo e foi concedido ao país pelo conjunto de sua participação.
O ano de 2011 consolidou também o diálogo com a classe artística, por meio da realização de uma série de encontros. Para o presidente da Funarte, Antonio Grassi, atender às demandas de todos os setores é um desafio permanente. Mas a instituição estará sempre de portas abertas a propostas e ideias inovadoras, que valorizem e ampliem o espaço às diversas manifestações culturais de todo o país.
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