A região ainda não se recuperou da seca dos últimos dois anos e muitas famílias perderam seus rebanhos, o que significa que não terão recursos para comprar comida. Trabalhadores das agências de ajuda também se preocupam com a possibilidade de os doadores pensarem que se trata de uma situação rotineira, já que a crise do Oeste da África ocorre apenas seis meses depois que a capital da Somália recebeu o título de zona de fome.
"Acho que existe um risco real de as pessoas pensarem que esse tipo de coisa simplesmente acontece todos os anos", disse o gerente regional de campanha da Oxfam para o Oeste da África, Stephen Cockburn.
No início da semana, agências de ajuda revelaram que milhares de pessoas morreram sem necessidade no Chifre da África, porque os doadores demoraram demais para reagir. Os sinais de alerta existiam desde agosto de 2010, mas a ajuda não aumentou antes de julho de 2011.
"Dezenas de milhares de pessoas morreram por causa desse atraso", disse Cockburn. Os primeiros sinais da fome em Sahel foram detectados no fim do ano passado, de acordo com relatório divulgado na quarta-feira pela Oxfam e pela Save the Children. As informações são da Associated Press.
AE - Agência Estado
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