José Siqueira
Entre 1928 e 1930, estudou no antigo Instituto Nacional de Música, já tendo antes recebido aulas de Paulo Silva. Estudou composição com Francisco Braga e Walter Burle-Marx, formando-se em Composição e Regência em 1933, quando se apresentou em concerto público, pela primeira vez, como compositor. Ao lado de sua carreira de compositor e regente, foi professor catedrático da então Escola Nacional de Música da Universidade do Brasil. Em 1940 fundou a Orquestra Sinfônicas Brasileira e formou-se em Direito em 1943. Viajou pelos EUA. e Canadá e, em 1949, fundou a Orquestra Sinfônica do Rio de Janeiro, de existência efêmera (2 anos).
Em 1953, viajou para Paris onde regeu a Orchestre Radio-Symphonique e freqüentou o curso de musicologia da Sorbonne. Regeu várias orquestras na Itália, Portugal e a ex-URSS. Em 1961 é um dos fundadores da Orquestra Sinfônica Nacional e, em 1967, cria a Orquestra de Câmara do Brasil. Em 1969 foi aposentado, à revelia, pela ditadura militar, devido à sua pregação democrática. Atualmente a ABM está recuperando a sua memória, através da reorganização do acervo do grande compositor. Siqueira participou da criação de várias entidades de classe e culturais, entre elas a Ordem dos Músico do Brasil. Publicou vários livros didáticos tais como Canto Dado em XIV Lições, Música para a Juventude (em quatro volumes), Sistema Trimodal Brasileiro, Curso de Instrumentação, entre outros. Seu catálogo de composições é colossal e vai desde a ópera, o oratório e a sinfonia até a música de câmara, para instrumentos solos e para voz. Toda a obra de Siqueira está vinculada a uma estética nacionalista, com forte coloração do nordeste brasileiro.
José de Lima Siqueira, ao falecer, aos 78 anos, na cidade do Rio de Janeiro, no dia 22 de abril de 1985, além de óperas, cantatas e concertos, deixou um currículo de agitador cultural incomparável. Dentre as inúmeras matérias publicadas pelos jornais na ocasião e que se referiram a sua vida e a sua obra, eis aqui transcrito o final da matéria assinada por Luiz Paulo Horta no Jornal do Brasil.
...” Além de méritos como compositor, regente e animador cultural, Siqueira deixa também a imagem de um ser humano da mais alta qualidade – professor dedicado, amigo de seus amigos e da própria música. Com pouquíssimas pessoas, neste Rio de Janeiro, a música terá uma dívida tão grande.”
Colaborou Luciana Pansa
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