Camprodón, Espanha – 28 de maio de 1860
Cambo-les-Bains, França – 18 de maio de 1909
Um talento inato: Issac Albéniz deu seu primeiro recital em Barcelona, aos quatro anos de idade. Levado par estudar em Paris aos 10, mas, desatento, é recusado pelo professor. Foge de casa aos doze, embarca num navio como clandestino para a América do Sul e, durante um ano passa por Buenos Aires, Montevidéu, Rio de Janeiro, Cuba, Porto Rico, Nova York, São Francisco. Retorna para a Espanha em 1873. Estuda piano no Conservatório de Bruxelas, onde se destaca pelo mau comportamento e pelas inúmeras faltas, o que lhe impede de terminar o curso com um primeiro prêmio! Percorre a Europa Central aperfeiçoa-se com Franz Liszt.
A vida de Albéniz é um turbilhão impossível de ser resumido. Além de seu prodigioso talento com intérprete. Foram significativos os encontros com Felipe Pedrell, que animava um projeto de música nacional e o levou a se inspirar nas tradições sonoras da Espanha, e seus vínculos com a França, originados a partir de contatos próximos cdom Fauré, Chausson, d’Indy, Dukas, Debussy e Ravel.
Sua grande obra-prima é a Suíte Ibérica. Claude Rostand resume seu espírito: “Primeiro, uma riqueza abundante, uma densidade, que conferem uma grande dificuldade de execução à obra. E isso não provém tanto do virtuose que Albéniz era, mas de sua generosidade que o conduzia, como notou Debussy, a ‘jogar música pelas janelas’. Por isso, não se pode considerar essas composições como páginas de virtuosidade transcendente, à maneira errada de tantos intérpretes, mas como quadros, paissagens, dos quais é preciso reproduzir todas as cores em suas menores pinceladas, independente de toda rotina adquirida.”
Programa de Concerto Osesp – set / out 2008. p. 82
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