Ela faz filmes e projeções de slides que embaralham
realidade e ficção. Ele faz da vida uma performance e desaparece meses a fio
para construir seus trabalhos. Tamar Guimarães e Paulo Nazareth são os dois
artistas brasileiros, além de Arthur Bispo do Rosário, morto em 1989, escalados
para a mostra principal da Bienal de Veneza, que começa em junho deste ano.
Paulo Nazareth está 'reinventando a performance' com
caminhadas
Obra de Tamar Guimarães se constrói a partir de 'pensamento
nômade'
Tanto ela quanto ele nasceram em Minas Gerais e ganharam o
mundo, conquistando curadores como Hans Ulrich Obrist (que levou obras dos dois
à sua mostra na Casa de Vidro, em São Paulo), Adriano Pedrosa (que trabalhou
com Guimarães em seu Panorama da Arte Brasileira em 2009), e Gunnar Kvaran, que
chamou Nazareth para a próxima Bienal de Lyon.
Guimarães, que vive e trabalha em Copenhague, na Dinamarca,
chama a atenção pela construção cuidadosa de diálogos e enredos em seus
filmes-obras, quase todos calcados em clássicos da literatura, da filosofia e
do cinema. Há quase três décadas fora do país, Guimarães tem o que alguns
críticos chamam de "olhar forasteiro" para temas do Brasil.
SILAS MARTÍ
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