Marcado para as 19h, no Salão
Leopoldo Miguez, o espetáculo tem entrada franca. O violinista Pedro Ramiro,
bacharelando da Escola de Música e um dos vencedores do concurso para solista
da OSUFRJ realizado no ano passado, será o solista.
O terceiro concerto de Saint
Saens foi escrito em 1880 e estreado no ano seguinte por seu amigo Pablo de
Sarasate, um dos maiores expoentes do violino de todos os tempos, a quem é
dedicado. O trabalho adota a forma clássica em três andamentos embora os seus
tempos não sigam a dinâmica canônica rápido-lento-rápido. Tendo a seu lado um
violinista capaz de aliar o lirismo romântico ao virtuosismo técnico, o
compositor pode criar uma obra que integra o repertório dos grandes
instrumentistas.
Já Mendelssohn esboçou sua
sinfonia no 4, em Lá maior, em uma estadia em Roma (1830 a 1831). Terminou-a,
porém, na Inglaterra, em 1833. A obra foi encomendada pela Sociedade
Filarmônica de Londres que a estreou a 13 de maio de 1833, com regência do
compositor. É muito provável que Mendelssohn encontrasse a fonte de inspiração
para a sua Sinfonia Italiana nas ruínas e paisagens da Itália e numa
determinada dança napolitana.
Dotado de excepcional talento
natural, Mendelssohn era já um compositor com domínio da sua arte na época em
que compôs o seu Octeto de Cordas, aos 16 anos. Aos 20, prestou um inestimável
serviço à história da música chamando atenção para obra de Bach, que passara
por um esquecimento de mais de um século.
Por coincidência, viria a
Falecer em Leipzig ̶ a cidade em que o mestre do barroco havia
terminado a vida. Morreu em 1847, com apenas 38 anos. Este alemão de Hamburgo,
que foi contemporâneo de Chopin, Schumann, Liszt, Wagner e Verdi, deixou-nos
uma obra em que o sabor clássico está mais presente do que na dos seus contemporâneos.
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