Composição mais
célebre do alemão Carl Orff e uma das mais famosas obras sinfônicas com coral
do século XX, a cantata Carmina Burana, composta em 1937, inspirou o coreógrafo
argentino Mauricio Wainrot na criação do ballet homônimo, que chega pela
primeira vez ao palco do Theatro Municipal do Rio de Janeiro – espaço da
Secretaria de Estado de Cultura – na programação artística elaborada pelo
Maestro Isaac Karabtchevsky.
O espetáculo que reúne esta coreografia e os
pas-de-deux Ecos e Chopin Nº 1, também de Wainrot, será apresentado pelo
Ballet, Coro e Orquestra Sinfônica do TM no projeto Domingo no Municipal, em 1º
de setembro, às 11h, com ingressos a R$ 1,00. Entre os solistas do ballet,
estarão a primeira bailarina do BTM Cláudia Mota e os primeiros solistas
Deborah Ribeiro, Karen Mesquita, Priscila Albuquerque, Priscilla Mota, Cícero
Gomes, Edifranc Alves, Filipe Moreira, Joseny Coutinho, Moacir Emanoel e
Rodrigo Negri. O Ballet do Theatro Municipal tem direção de Sérgio Lobato. À
frente da Orquestra Sinfônica e Coro do Theatro Municipal e do Coro Infantil da
UFRJ, que faz participação neste espetáculo, estará o Maestro convidado Abel
Rocha. A pianista Priscila Bomfim fará o solo do 2º Movimento do Concerto para
piano No.1 na coreografia Chopin Nº 1 e os cantores líricos Priscila
Duarte (soprano), Sebastião Câmara (tenor) e Homero Velho (baixo) serão os
solistas em Carmina
Burana.
Cantada em francês antigo, alemão medieval e
latim, Carmina Burana é baseada em textos poéticos do século XIII,
pertencentes ao manuscrito conhecido como Codex Latinus Monacensis, encontrado
em 1803 no convento de Benediktbeuern, na Baviera. O códex é composto por 315
composições poéticas de monges errantes, das quais o compositor extraiu algumas
canções e arranjou para orquestra e coro, estruturando a obra em prólogo e três
partes. No prólogo há uma invocação à deusa Fortuna. Na primeira parte
– Primo Vere (Primavera) – celebra-se o encontro do Homem com a Natureza.
Na segunda – In Taberna (Na Taberna)– predominam os cantos goliardescos
que celebram as maravilhas do vinho. Na terceira – Cour D’Amours (Corte de
Amores) – exalta-se o amor. Ao final, repete-se o coro de invocação à Fortuna.
A obra estreou na Ópera de Frankfurt, em 1937, e integra a trilogia completada
com Catulli Carmina (1943) e Trionfo di Afrodite (1952).
Criado para o Royal Ballet de Flanders, na Bélgica,
o ballet Carmina Burana obteve grande sucesso em sua estreia e na turnê que se
seguiu pela Europa e Ásia. Mauricio Wainrot seguiu o mesmo padrão cíclico em
sua coreografia, mantendo as cinco seções nas quais a música de Orff é dividida
– Fortuna, Primavera, Corte do Amor, Na Taberna e Fortuna. “Eu uso a música
como um todo, em cada parte o corpo de baile tem muito a dizer e dançar, como
também há diferentes solistas principais e solos importantes. Carmina Burana é
uma obra coreográfica para uma companhia de ballet inteira”, explica Wainrot.
Além do Royal Ballet de Flandres, o ballet integra o repertório de companhias
como Royal Winnipeg Ballet do Canadá, Ballet de l’Opera de Bordeaux na França,
Ballet Contemporáneo del Teatro San Martin, na Argentina, National Ballet da
Turquia e Cincinnati Ballet, nos EUA.
Chopin Nº 1 é a primeira coreografia de Wainrot
sobre a obra do compositor, o Concerto Nº 1 para piano e orquestra em mi menor,
que terá o pas-de-deux do segundo movimento apresentado neste programa: “Com
seu extraordinário romantismo, Chopin me provocou imagens e emoções profundas,
únicas, que surgiam irremediavelmente de sua maravilhosa música, para
serem trasladadas ao movimento, situações e as diferentes frases coreográficas
que formam hoje minha obra”, comenta o coreógrafo.
Criado em 1997 para o Jovem Ballet de Quebec, companhia
da escola do Les Grands Ballet Canadiens de Montreal, o pas-de-deux Ecos,
elaborado sobre a música de Samuel Barber, Adagio para Cordas, obteve grande
sucesso desde então. Renomados bailarinos, como Julio Bocca e Eleonora Cassano,
dançaram-no por quase uma década com o Ballet Argentino. Estreou em Paris, no
Palais de Sports, com Sylvianne Bayard, ganhadora do Prix de Lausanne, e seu
marido Daryl Phillips, e ainda em Buenos Aires , no Teatro Colón, com Silvina
Perrillo e Alejandro Parente. “O duo segue a linha romântica da música, é muito
lírico e é como uma relação noturna entre os seres que se encontram”, define
Mauricio Wainrot.
SERVIÇO**
DOMINGO NO MUNICIPAL
Carmina BuranaBallet, Coro e Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Programa:
Chopin Nº 1 - Concerto para piano No.1 | 2º
Movimento
Música: Frédéric ChopinCoreografia: Mauricio Wainrot
Solistas: Deborah Ribeiro / Edifranc Alves
Pianista solista: Priscila Bomfim
Ecos - Adagio para Cordas
Música: Samuel BarberCoreografia: Mauricio Wainrot
Solistas: Cláudia Mota / Joseny Coutinho
Carmina Burana
Música: Carl OffCoreografia: Mauricio Wainrot
Solistas:
Priscila Albuquerque / Rodrigo Negri
Karen Mesquita / Moacir Emanuel em Corte de Amores
Cantores Solistas
Priscila Duarte, Sebastião Câmara e Homero Velho
Desenho de Luz: Eli Sirlin
Cenógrafo: Carlos Gallardo Figurinistas: Mini Zucheri (Chopin Nº1) e Carlos Gallardo (Carmina Burana e Ecos)
Remontagem: Miguel Angel Elias e Eric Frederic
Regência: Abel Rocha
Participação
Coral Infantil da UFRJ
Direção Artística e Regência: Maria José Chevitarese
Theatro Municipal do Rio de JaneiroCoral Infantil da UFRJ
Direção Artística e Regência: Maria José Chevitarese
Praça Floriano, s/nº - Centro
Dia 1º de setembro, às 11h
Ingressos populares: R$ 1,00*
Classificação etária: Livre
Duração: 120 minutos (com intervalo)
Informações: (21) 2332-9191 GRÁTIS (21) 2332-9191 end_of_the_skype_highlighting
*Vendas somente no dia da apresentação, diretamente na entrada principal do Theatro Municipal, a partir das 10h.
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