Criada
há 30 anos, a Bienal do Livro do Rio é, há pelo menos 14, quando surgiu a
programação com debates e sessões de bate-papo, bem mais do que uma feira
comercial. Tornou-se um evento cultural de massa – esperam-se mais de 600 mil
pessoas em 11 dias –, voltado para todas as idades. O objetivo final, no
entanto, é o crescimento do mercado editorial, e, para isso, é preciso vender.
Pensando
nas transações internacionais, pela primeira vez será instalado no Riocentro um
salão de negócios para encontros de editores e agentes literários estrangeiros
e brasileiros. Será num mezanino no pavilhão verde e funcionará de amanhã a
sábado. Dezoito estações de trabalho foram disponibilizadas, ao custo de R$ 890
cada um, e se formou até lista de espera. Entre os confirmados, representantes
de autores, agências literárias e editoras daqui e da Alemanha, Estados Unidos,
Canadá, Chile e Gana.
“Fizemos
algo nos moldes das feiras de Frankfurt, Guadalajara e Turim, uma mesa para
cada um, como um escritório para fazer reuniões. É um lugar privativo, sem
acesso do público, pensado para facilitar os contatos”, descreve Sonia Jardim,
presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (Snel), um dos
organizadores da Bienal.
A Alemanha
é a convidada de honra e está mandando uma delegação robusta. Dos 28 autores
estrangeiros convidados, dez vêm do país. O estande alemão, concebido pelos
institutos Goethe do Rio e de São Paulo, terá workshops, performances e rodas
de conversa. Em outubro, será a vez do Brasil, na condição de homenageado, se
divulgar por lá, durante a Feira de Frankfurt – a maior do mundo.
A
programação cultural tem mais de 100 sessões. Os organizadores acreditam que o
contato com o autor estimula o público a comprar.
As
atrações foram idealizadas de forma plural. O público masculino vai se
identificar com o Placar Literário, que abordará a literatura de futebol de
clássicos como Nelson Rodrigues e José Lins dos Rego. Os adolescentes devem se
encaminhar para o Conexão Jovem e o #acampamento na Bienal, onde estarão
best-sellers dessa geração de leitores, como Eduardo Spohr e Thalita Rebouças,
além da menina catarinense Isadora Faber, que ficou famosa em todo o País por
divulgar na internet os problemas de sua escola. O Mulher & Ponto, entre
outras atrações, promove uma “leitura afetiva” da obra de Lygia Fagundes
Telles.
Na
última edição, a presença do padre-escritor Marcelo Rossi fez a Bienal bater
seu recorde: 110 mil pessoas num único dia, o que fez acabar até a água do
Riocentro. Esta edição aparentemente não tem um autor com esse potencial. Entre
os convidados, estão grandes vendedores de livros, como os norte-americanos
Nicholas Sparks, James C. Hunter, Sylvia Day e Corey May.
BIENAL DO LIVRO DO RIO Programação completa:
http://www.bienaldolivro.com.br/
Nenhum comentário:
Postar um comentário