Anthony Hopkins
Hopkins sempre teve aptidão pela música clássica. Começou a
compor aos 6 anos de idade. Fã de Elgar e de Beethoven, ele era incentivado
pela mãe, cujo maior sonho era que o garoto se tornasse um grande pianista. Seu
caminho acabou se esbarrando no cinema, e o talento artístico contribuiu para
que ele construísse uma carreira de sucesso, cujo auge foi atingido na década
de 1990. Hopkins, vencedor do Oscar de melhor ator por “O Silêncio dos
Inocentes” (1992), é um dos mais respeitados atores de Hollywood.
Anthony Hopkins, no entanto, nunca se desgarrou de suas
raízes musicais. Quando dirigiu seu segundo filme (“August”, de 1996), chamou o
compatriota George Fanton para compor a trilha. Fanton estava ocupado com
outros projetos, mas topou ajudá-lo. No fim, o próprio Hopkins acabou compondo
o tema do filme. Inicialmente chamada de “August”, a música foi mais tarde
renomeada para “Margam”, em homenagem à sua cidade natal, no País de Gales. Em
2007, compôs mais uma para o cinema: “Schizoid Salsa” entrou na trilha sonora
de “Slipstream”, também dirigido por ele.
Em janeiro deste ano, a Orquestra Sinfônica de Birmingham
(Inglaterra) gravou nove de seus trabalhos originais e trilhas de filmes em um
CD, lançado pela rádio britânica Classic FM. Uma das faixas é “Margam”.
“Stella” é inspirada na mulher dele, que o convenceu a não desistir do hobby, e
“Amerika” em sua terra adotiva, os Estados Unidos.
É provável que a oportunidade de tocar no Brasil tenha sido
fruto de sua convivência com Fernando Meirelles, diretor brasileiro que
trabalhou com Hopkins no longa “360″, previsto para estrear no país no dia 18
de maio. Meirelles reconhece o talento musical de seu protagonista. Tanto que o
convidou a compor o tema de seu personagem. “Em uma tarde, ele foi a um estúdio
em Londres e trouxe a peça pronta”, admira-se o diretor. Trata-se de uma obra
para violão, tocada por ele mesmo – que revelou ser também um
multi-instrumentista.
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