O tempo não dá conta do significado desta data, ele apenas aponta para um trabalho realizado por pessoas que acreditam em suas possibilidades, em seus sonhos.
A palavra, por vezes, não traduz o que vai no coração de
quem durante quinze anos persegue um só objetivo, fazer música. Mas o que é
fazer música para nós?
Fazer música é desvincular-se de influências externas ao
processo para atender somente a música, fazer música é dedicar-se quase que
integralmente ao propósito e não ter garantia que seu objetivo será alcançado,
fazer música é comprometer-se com uma política cultural descomprometida, fazer
música é buscar o melhor de si para oferecer e, por vezes não receber nada,
fazer música é ter que ouvir pessoas solicitando que trabalhemos de graça para
o deleite alheio, fazer música é entristecer-se com o que se apresenta como
lucrativo no mercado musical, fazer música é comungar com idealistas, fazer
música é padecer economicamente em função da arte, fazer música é uma alegria
que esbarra no ego, na vaidade. Fazer música é navegar em lugares que a matéria
não proporciona, fazer música é uma busca que não alcança, fazer música é ser o
que se quer ser, fazer música é cultuar o belo, fazer música é decepcionar-se
com os nossos, fazer música é comprometimento, fazer música é metafísico, transcendental
é, acima de tudo, agregar-se ao divino.
Assim fazemos nossa música, assim queremos fazer nossa
música e assim oferecemos a vocês esta música.
Estamos felizes porque estamos aprendendo com
vocês como fazer música. Obrigado por tudo, são vocês que nos encorajam e nos possibilitam viver tão especiais momentos
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