Louis Moreau GOTTSCHALK
Nova Orleans, EUA – 8 de maio de 1829
Rio de Janeiro, Brasil, 18 de setembro de 1869
Filho de uma haitiana com um judeu nascido em Nova Orleans ,
Gottschalk foi o primeiro pianista não europeu a fazer de sua vida uma aventura
cheia de turnês pelo mundo inteiro. Estudou piano entre 1842 e 1853 em Paris. Inquieto ,
ficou apenas um ano em seu país e, no ano seguinte aportou em Cuba, Daí em
diante, visitou praticamente todos os países da América Central e do Sul.
Gottschalk fazia uma espécie de vaivém entre cada país e os
EUA. Mas em 1865, perseguido pelos credores norte-americanos, voltou à rotina
de viagens pela América do Sul. Sua última parada foi o Brasil, onde chegou em
maio de 1869 e passou seus últimos seis meses de vida em ritmo frenético
(morreu em 18 de dezembro daquele ano
numa pensão no bairro da Tijuca, Rio de Janeiro).
E, como fazia em cada lugar que chegava, tratava logo de
compor variações sobre melodias mais conhecidas e populares, a maneira mais
rápida e eficiente de comquistar sucesso com a população local.
Foi o que fez assim que chegou no porto do Rio de Janeiro,
em maio de 1869. Resultado é esta Grande Fantasieie triunphale sobre o Hino Nacional Brasileiro, na melhor
tradição dos improvisos e paráfrases de Franz Liszt sobre as árias das óperas
mais badaladas de seu tempo. Ele decicou a obra à princesa Isabel, filha de D.
Pedro II, o monarca brasileiro, aliás, adorava esta fantasia baseada na música de Francisco Manuel da Silva. A peça
estreou num dos vários megaconcertos de que participou por aqui.
Em carta a amigos nos EUA, ele narra seu sucesso: “Os meus
concertos no Brasil são verdadeiro furor(...) o Imperador, a família Imperial e
a corte não perderam um só dos meus concertos e a minha Fantasia Triunfal agradou a D. Pedro II. Cada vez que me apresento,
tenho que tocar essa obra”
A grande pianista brasileira Guiomar Novaes adorava tocar
esta fantasia como extra em seus recitais
Programa de Concerto Osesp – set
/ out 2009. p. 78
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