O governador Geraldo Alckmin participou nesta quarta-feira,
21, da apresentação do projeto do Complexo Cultural Luz. O espaço será um dos
mais importantes centros destinados às artes do espetáculo do país, feito
especialmente para apresentações de dança, música e ópera. Será também
peça-chave da proposta de requalificação da região da Nova Luz, estimulando a
ocupação residencial e de comércio.
O novo espaço é considerado essencial pela Secretaria de
Estado da Cultura para a consolidação do maior polo cultural da América Latina,
que reúne, em área praticamente contínua no bairro da Luz (região central de
São Paulo), a Sala São Paulo, a Tom Jobim – Escola de Música do Estado de São
Paulo, a Pinacoteca do Estado, a Estação Pinacoteca, o Museu da Língua
Portuguesa, o Museu de Arte Sacra, a Estação Júlio Prestes e o Parque da Luz.
"É uma ação importante para revitalizar toda esta
região aqui do centro expandido, aqui da região da Luz. Importante sobre o
ponto de vista de geração de emprego, consolidando São Paulo uma capital mundial
na área cultural. Importante sobre o ponto de vista da cultura. Nós teremos
aqui sala de teatro, de espetáculos com mais de 1.700 lugares, a Escola de
Música, o Centro de Dança", declarou Alckmin.
O edifício abrigará diferentes equipamentos culturais que
atendem à demanda da cidade por espaços específicos para a encenação de
musicais, óperas, shows de música popular e outras manifestações artísticas.
"O complexo é de grande importância para o
desenvolvimento cultural do estado em toda sua riqueza artística. Sua
construção caminhará paralelamente à revitalização da região da Luz e seu
entorno. Temos certeza de que, finalizada a obra, o Complexo Cultural Luz
estará inteiramente integrado não só à vida cultural da cidade, como ao
cotidiano da região em que será instalado", disse o secretário da Cultura,
Andrea Matarazzo.
A Secretaria de Estado da Cultura contratou a empresa
inglesa TPC – Theatre Projects Consultants, especializada em planejamento de
teatros e centros culturais, para definir o perfil do Complexo e detalhar seu
programa. Os técnicos estudaram e analisaram as características de São Paulo
para dimensionar um espaço único na cidade.
A missão de colocar em prática o programa proposto pela
empresa inglesa ficou a cargo do escritório suíço Herzog & de Meuron, com
expertise no projeto de empreendimentos culturais de grande porte, como o Tate
Modern (Londres) e os Museus de Arte Moderna de Miami (EUA), Guadalajara
(México) e Kolkata (Índia).
Coube aos arquitetos a concepção de um projeto com aproximadamente
70 mil m² de área construída, em um terreno de 19 mil m². O Complexo abrigará
três teatros: uma sala principal – o Grande Teatro – para apresentações de
música, teatro, ópera e dança, com 1.750 lugares; uma sala de recitais para 500
ocupantes; e um teatro experimental, com palco reversível e capacidade para 400
espectadores. Ao mesmo tempo, haverá espaço para a instalação de uma sede
definitiva da Escola de Música do Estado de São Paulo – Tom Jobim e da São
Paulo Companhia de Dança, um restaurante e áreas administrativas. O projeto
terá área para café, loja e estacionamento para 850 veículos.
O novo Complexo Cultural pretende reunir diversas expressões
artísticas, estudantes e profissionais, produção e ensaio, tudo em um mesmo
lugar. Um espaço em que diferentes gerações poderão se relacionar por meio do
trabalho, estudo, ensaios e performances. Essa é a proposta conceitual do
escritório Herzog & de Meuron: misturar e combinar várias atividades.
Outra característica do projeto é a fusão do edifício com as
áreas verdes que serão criadas no entorno. A Praça Júlio Prestes deve ser
reformada para ganhar um jardim, que funcionará como uma espécie de extensão do
Parque da Luz. Será formado assim um grande corredor verde na região central,
começando nos jardins do Museu de Arte Sacra, seguindo pelo parque da Luz, pelo
novo Complexo até chegar à Praça Princesa Isabel.
A estrutura horizontal do edifício, com altura média de 23
metros, é dividida em cinco andares. Vai ocupar todo o quarteirão localizado
entre a Praça Júlio Prestes e a Avenida Rio Branco, com laterais para a Av.
Duque de Caxias e Rua Helvétia.
O novo complexo será um centro cultural aberto e vivo. Para
isso, os arquitetos optaram pelo uso de lâminas horizontais entrelaçadas, que
promovem uma ligação dinâmica entre os espaços abertos, com várias entradas de
ar e luz. Com o intuito de ampliar a diversidade entre os espaços, as lâminas
horizontais se cruzam em pisos intermediários que favorecem a proximidade e a
visibilidade entre as diferentes partes do prédio. Uma das lâminas projeta-se
sobre a Praça Júlio Prestes resultando em uma grande rampa, que será a entrada
principal do prédio.
O próximo passo do projeto é o lançamento, previsto para
abril, da licitação para escolha da gerenciadora da obra. Para novembro, está
programada a licitação da obra propriamente dita. As obras do Complexo devem
ser iniciadas no primeiro semestre de 2013. O investimento total para a
execução do projeto está estimado em cerca de R$ 500 milhões.
Veja aqui as imagens das futuras instalações:
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