No mês
de Sembro a Orquestra Arte Barroca fará 4 concertos, sendo apenas o primeiro
com um repertório diferente, sem o solista convidado: Paulo Mestre,
contratenor.
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Data: 15/09/13, Domingo, 12h
- Nome
da série ou evento: Vem pro Pateo no Domingo!
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Intérpretes: Orquestra Arte Barroca. Solista convidada: Alessandra Giovanolli,
violoncelo. Solistas da orquestra: Pedro Bevilaqua, violoncelo e Paulo Henes,
violino.
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Programa: Concertos de Vivaldi
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Local: Pateo do Colegio
-
Endereço: Praça Pateo do Collegio, 2, centro, São Paulo
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Telefone: 3105 6899
- Valor
dos ingressos: Entrada Franca
Programa do Concerto para série:
vem pro pateo no domingo!
"Formada em 2007 por Paulo Henes, a Orquestra Arte Barroca tem como
proposta interpretar o repertório camerístico e orquestral dos séculos XVII e
XVIII. Com entusiasmo, estudo e idealismo, procura aperfeiçoar sua
interpretação orientando-se pelo estudo de tratados de época do período
Barroco, por meio de elementos estilísticos, históricos e biográficos. Busca
também uma sonoridade diferenciada utilizando-se de cópias de instrumentos
barrocos usados nas orquestras daquele período. Além de violinos e violas,
trabalha com outros instrumentos, como a flauta doce, e os instrumentos que compunham
o baixo contínuo, tais como violoncelo, contrabaixo e cravo e, eventualmente,
guitarra barroca e teorba. Sua pesquisa de repertório em bibliotecas da Europa
e em sites especializados procura trazer ao público obras de compositores menos
conhecidos e de execução ainda inédita".
Paulo
Henes – Spalla e Diretor Artístico
Renan
Vitoriano, Beatriz Ribeiro, Marcelo Eduardo Borges, Otávio Colella e Veridiana
Oliveira – violinos
William
Coelho e Mauro Viana – violas
Pedro
Beviláqua e Rafael Ramalhoso – violoncelos
Gilberto
Chacur – contrabaixo
Fernando
Cardoso – cravo
Participação especial
Alessandra Giovanolli – violoncelo
Alessandra Giovanolli
Nascida na Itália é diplomada em
violoncelo pelo Conservatório "Domenico Cimarosa" em Avellino,
bacharel pelo Conservatório "Luisa D’Annunzio" de Pescara e tem o
título de mestrado em música de câmara pelo Instituto "Gaetano Braga"
em Teramo, títulos obtidos em seu país natal. Na Suíça obteve mestrado em
orquestra pela Escola Superior de Música de Lucerna. Participou de master classes com: Gerhart Darmstadt,
Jaap ter Linden e Stefano Veggetti no violoncelo barroco e com
Valentin Erben (Alban Berg Quartet) em Lucerna, Suíça. Na Itália com Ivan
Monighetti e Maria Kliegel na Academia "Duchi d'Acquaviva" em Atri,
Felice Cusano em Orvieto, "Trio di Parma" na Academia
"Cinghio" de Parma, Enrico Bronzi no município de Bobbio, Enrico
Bronzi no Teatro "Cinghio" de Parma, Rocco Filippini na Academia
"Walter Stauffer" de Cremona, Radu Aldulescu na Academia de Música em Pescara. Também
com os professores Luigi Piovano, Dario De Rosa, Bernard Gregor Smith. Realizou
as seguintes “Academias”: Academia de artes e ofícios no "Teatro alla
Scala" de Milão, Itália; Academia internacional para orquestra e música de
câmara em Pommersfelden, Alemanha. Atualmente cursa no Brasil violoncelo
barroco na Emesp.
Pedro
Beviláqua
Começou
seus estudos na Escola Municipal de Música com a Professora Cecília Brucolli.
Posteriormente fez aulas com a prof. Rosana Leventhal e Gretchen Miller. É
bacharel em música pela UNESP sob a orientação do prof. Zigmund Kubala. No
violoncelo barroco fez aulas com o prof. Dimus Goudarolis e participou da
Oficina de música antiga de Curitiba, tendo aulas com o prof. Gaetano Nasilo.
Foi chefe de naipe da Orquestra Jovem do Estado de São Paulo e da OCAM e
concertino das orquestras dos estados de Mato Grosso e Sergipe. Como músico da
Orquestra de Mato Grosso, participou da turnê Sonora Brasil realizada pelo
SESC, tocando em 78 cidades brasileiras. Atuou em diversos grupos como solista
como na Orquestra Jovem do Estado de São Paulo na peça "Allegro
Apassionatto" de Camile Saint-Saëns. Hoje, integra a Orquestra Arte
Barroca.
Paulo
Henes
Iniciou seus estudos com Alberto Jaffé e
posteriormente com Klaus Wustof, Paulo Bosisio e Edson Queiroz. Formou-se pela
UNESP em Bacharelado em Violino na classe de Airton Pinto. Iniciou suas
atividades com o violino barroco em 1998, sob a orientação do professor Luís
Otávio Santos. Desde então já participou do Festival Internacional de Música Antiga
de Juiz de Fora, do Curso de Música Barroca de Curitiba e do Curso de Música
Barroca de Mateus em
Portugal. Participou de máster- classes no Brasil e no
exterior com Sigiswald Kuijken, Manfredo Kraemer, Adrian Chamorro, Marino
Lagomarsino, Giuliano Carmingnolla e Vera Beths.
Programa
ANTONIO
VIVALDI (1678 – 1741)
Concerto
em ré menor para cordas e baixo contínuo RV 127
I - Allegro
II - Largo
III - Allegro
Concerto
em sol menor para 2 violoncelos, cordas e basso continuo – RV 531
I - Allegro
II - Largo
III - Allegro
Solistas: Alessandra Giovanolli e Pedro
Beviláqua - violoncelos
Concerto Ripieno (Sinfonia) em si menor para
cordas e baixo contínuo RV 168
I - Allegro
II
- Andante
III
- Allegro
Concerto
em Dó Maior
para violino, cordas e baixo contínuo RV 176
I - Allegro
II - Largo
III - Allegro
Solista:
Paulo Henes - violino
Concerto
em Dó Maior
para cordas e baixo contínuo RV 114
I - Allegro
II - Adagio
III - Ciaccona
Duração
: 60 min - Classificação indicativa livre
XXX - - - XXX - - - XXX
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Data: 20/09/13, Sexta-feira, 21h
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Intérpretes: Orquestra Arte Barroca. Solistas convidados: Paulo Mestre,
contratenor Alessandra Giovanolli, violoncelo. Solistas da orquestra: Pedro
Bevilaqua, violoncelo e Paulo Henes, violino.
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Programa: Entre o Sacro e o Profano
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Local: Espaço Escandinavo
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Endereço: Rua Job Lane, 1030, Alto da Boa Vista, São Paulo - SP
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Telefone do representante da Orquestra Arte Barroca para ingressos antecipados:
11 99535 3528, ou através do e-mail: imprensa@orquestraartebarroca.com.br
com Mauro Viana
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Valor do ingresso: R$90,00 (noventa reais)
Obs:
a renda deste evento será revertida para a Associação Travessia - Núcleo de
Pedagogia Waldorf Especial. http://www.associacaotravessia.org.br/blog/
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Lotação: 150 lugares
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Data: 21/09/13, Sábado, 20h
- Nome
da série ou evento: FAU em Concerto
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Intérpretes: Orquestra Arte Barroca. Solistas convidados: Paulo Mestre,
contratenor Alessandra Giovanolli, violoncelo. Solistas da orquestra: Pedro
Bevilaqua, violoncelo e Paulo Henes, violino.
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Programa: Entre o Sacro e o Profano
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Local: FAU Maranhão
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Endereço: Rua Maranhão, 88, Higienópolis, São Paulo - SP
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Telefone de contato: 3091 4801
- Valor
dos ingressos: Entrada franca
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Estacionamento: Grátis (aproximadamente 30 vagas)
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Lotação: aproximadamente 110 lugares
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Data: 22/09/13, Domingo, 19h45
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Horário: 19h45
- Nome
da série ou evento: Série Sacra Música
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Intérpretes: Orquestra Arte Barroca. Solistas convidados: Paulo Mestre,
contratenor Alessandra Giovanolli, violoncelo. Solistas da orquestra: Pedro
Bevilaqua, violoncelo e Paulo Henes, violino.
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Programa: Entre o Sacro e o Profano
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Local: Capela da PUC
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Endereço: Rua Monte Alegre, 948, Perdizes, São Paulo - SP
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Telefone de contato: 3862 2498
- Valor
dos ingressos: Entrada franca
-
Lotação: aproximadamente 180 lugares
Programa do Concerto para os dias 20, 21
e 22/09/13
Entre o sacro e o profano
"Formada em 2007 por Paulo Henes, a Orquestra Arte Barroca tem como
proposta interpretar o repertório camerístico e orquestral dos séculos XVII e
XVIII. Com entusiasmo, estudo e idealismo, procura aperfeiçoar sua
interpretação orientando-se pelo estudo de tratados de época do período
Barroco, por meio de elementos estilísticos, históricos e biográficos. Busca
também uma sonoridade diferenciada utilizando-se de cópias de instrumentos
barrocos usados nas orquestras daquele período. Além de violinos e violas, trabalha
com outros instrumentos, como a flauta doce, e os instrumentos que compunham o
baixo contínuo, tais como violoncelo, contrabaixo e cravo e, eventualmente,
guitarra barroca e teorba. Sua pesquisa de repertório em bibliotecas da Europa
e em sites especializados procura trazer ao público obras de compositores menos
conhecidos e de execução ainda inédita".
Paulo
Henes – Spalla e Diretor Artístico
Renan
Vitoriano, Beatriz Ribeiro, Marcelo Eduardo Borges, Otávio Colella e Veridiana
Oliveira – violinos
William
Coelho e Mauro Viana – violas
Pedro
Beviláqua e Rafael Ramalhoso – violoncelos
Gilberto
Chacur – contrabaixo
Fernando
Cardoso – cravo
Participação
especial
Paulo
Mestre – Contratenor
Alessandra
Giovanolli – violoncelo
Paulo
Mestre
Natural de Curitiba (Brasil), Paulo Mestre
vem desenvolvendo importante carreira como solista. Destacando-se em
apresentações internacionais em Washington com a Camerata Antiqua de Curitiba
(da qual participou durante vários anos). Na França: em Pau, como convidado
pela UNICEF, em Paris e Metz sob a regência de Ricardo Kanji, no ano do Brasil
na França, e em turnê com o grupo Caliope no mesmo país. Com o mesmo grupo na
fundação Gulbenkian em Lisboa e Espanha; no festival de Chiquitos na Bolívia;
no Canadá, Alemanha, Israel, Costa Rica e Uruguai; e na Argentina, nas cidades
de Buenos Aires, Córdoba, Rosario e Mendoza.
No
Brasil vem atuando em Festivais de Música Antiga do Rio de Janeiro, Curitiba e
Juiz de Fora, em recitais com Marília Vargas, Nicolau Figueiredo, Marcelo
Fagerlande, Bruno Procópio ao cravo e José Luiz de Aquino organista, e como
solista de importantes orquestras dentre as quais: Orquestra Jovem das
Américas, OSESP, Sociedade Bach, Orquestra da USP, Orquestra de Câmara da
UNESP, Orquestra de Câmara da ULBRA no Rio Grande do Sul, Orquestra do Teatro
São Pedro, Orquestra Sinfônica do Rio de Janeiro, Orquestra Petrobras
Sinfônica, Orquestra Sinfônica de São Paulo, Paraíba, Pernambuco, Paraná e de
Ribeirão Preto. Com grupos especializados em Música antiga como: Armonico
Tributo (Campinas-SP), Roberto de Regina (Curitiba), Benedictus (Rio de
Janeiro), Tábula (Brasília), Calíope (Rio de Janeiro), Orquestra de Ouro Preto
(Minas Gerais).
Foi
dirigido por Roberto Minzuc, Julio Moretzsohn, Carlos Prieto, Cristina Garcia
Banegas, Monica Meira Vasquez, Ailton Scobar, Manfredo Kraemer, Ricardo Kanji,
Homero Magalhães Filho, Nicolas Rauss, Nicolau Figueiredo, entre outros.
No
terreno operístico cantou como protagonista Orfeu de Gluck, em Mendoza, como
Sperança no Orfeu de Monteverdi, no Rio de Janeiro, em Curitiba como Ptolomeu
na Opera Júlio César de Haendell. Atuou como A Bruxa na ópera Dido e Enéas de
Henry Purcell. E em ópera composta por Marcos Lucas - no Rio de Janeiro e
Brasília – O Pescador e sua Alma, no papel de Alma.
Alessandra
Giovanolli
Nascida na Itália é diplomada em
violoncelo pelo Conservatório "Domenico Cimarosa" em Avellino,
bacharel pelo Conservatório "Luisa D’Annunzio" de Pescara e tem o
título de mestrado em música de câmara pelo Instituto "Gaetano Braga"
em Teramo, títulos obtidos em seu país natal. Na Suíça obteve mestrado em
orquestra pela Escola Superior de Música de Lucerna. Participou de master classes com: Gerhart Darmstadt,
Jaap ter Linden e Stefano Veggetti no violoncelo barroco e com
Valentin Erben (Alban Berg Quartet) em Lucerna, Suíça. Na Itália com Ivan
Monighetti e Maria Kliegel na Academia "Duchi d'Acquaviva" em Atri,
Felice Cusano em Orvieto, "Trio di Parma" na Academia
"Cinghio" de Parma, Enrico Bronzi no município de Bobbio, Enrico
Bronzi no Teatro "Cinghio" de Parma, Rocco Filippini na Academia
"Walter Stauffer" de Cremona, Radu Aldulescu na Academia de Música em Pescara. Também
com os professores Luigi Piovano, Dario De Rosa, Bernard Gregor Smith. Realizou
as seguintes “Academias”: Academia de artes e ofícios no "Teatro alla
Scala" de Milão, Itália; Academia internacional para orquestra e música de
câmara em Pommersfelden, Alemanha. Atualmente cursa no Brasil violoncelo
barroco na Emesp.
Pedro
Beviláqua
Começou
seus estudos na Escola Municipal de Música com a Professora Cecília Brucolli.
Posteriormente fez aulas com a prof. Rosana Leventhal e Gretchen Miller. É
bacharel em música pela UNESP sob a orientação do prof. Zigmund Kubala. No
violoncelo barroco fez aulas com o prof. Dimus Goudarolis e participou da
Oficina de música antiga de Curitiba, tendo aulas com o prof. Gaetano Nasilo.
Foi chefe de naipe da Orquestra Jovem do Estado de São Paulo e da OCAM e
concertino das orquestras dos estados de Mato Grosso e Sergipe. Como músico da
Orquestra de Mato Grosso, participou da turnê Sonora Brasil realizada pelo
SESC, tocando em 78 cidades brasileiras. Atuou em diversos grupos como solista
como na Orquestra Jovem do Estado de São Paulo na peça "Allegro
Apassionatto" de Camile Saint-Saëns. Hoje, integra a Orquestra Arte
Barroca.
Paulo
Henes
Iniciou seus estudos com Alberto Jaffé e
posteriormente com Klaus Wustof, Paulo Bosisio e Edson Queiroz. Formou-se pela
UNESP em Bacharelado em Violino na classe de Airton Pinto. Iniciou suas
atividades com o violino barroco em 1998, sob a orientação do professor Luís
Otávio Santos. Desde então já participou do Festival Internacional de Música
Antiga de Juiz de Fora, do Curso de Música Barroca de Curitiba e do Curso de
Música Barroca de Mateus em Portugal. Participou de máster- classes no Brasil
e no exterior com Sigiswald Kuijken, Manfredo Kraemer, Adrian Chamorro, Marino
Lagomarsino, Giuliano Carmingnolla e Vera Beths.
Sinopse
Neste programa, Entre o sacro e o profano,
a Orquestra Arte Barroca apresenta um repertório dedicado ao mestre italiano
ANTONIO VIVALDI, com peças que ilustram a diversidade de suas composições em
diversos âmbitos e atestam a natureza imaginativa do compositor em peças como o
Concerto em si menor para cordas e continuo; o “Stabat Mater” para contratenor e orquestra; o Concerto em
sol menor para dois violoncelos; e a cantata “Cessate, omai cessate” para contratenor e orquestra.
Entre
o sacro e o profano
Na linha - por vezes tênue - entre o sacro
e o profano, na Veneza da virada dos séculos XVII e XVIII havia um padre ruivo
cuja vida foi tão dispare quanto essas duas categorias tão bem diferenciadas e
opostas, pois enquanto Antonio Vivaldi - o referido padre - se fez ordenar
eclesiástico aos 25 anos, ao longo de sua vida pouco exerceu a batina, e mais
ocupou-se com os assuntos musicais e com as órfãs de onde trabalhava do que com
o serviço divino propriamente dito. Ademais, não obstante seu sucesso com o
público, recebera muitas críticas pelos seus maneirismos composicionais, mas
possuía um censo para os negócios tão agudo e mostrava tanta destreza no trato
às pessoas - principalmente aos nobres – que, assim que ficava sabendo da
passagem de algum deles pela Itália, prontamente fazia questão de bajulá-los
pessoalmente, dedicando-lhes algumas de suas obras e buscando a simpatia da
aristocracia dominante, fazendo correr seu nome pelo continente europeu.
Nascido
em 1678, herdou o ofício do pai, músico e violinista, mas devido à fragilidade
social da profissão, procurou ordenar-se padre pela melhor posição garantida, a
fim de livrar-se da pobreza e conquistar estabilidade econômica que lhe
permitisse cuidar unicamente de música. Em 1703, foi admitido como professor de
“violino e viola all'inglese” no orfanato “Pio Ospedale della Pietà”, lá
trabalhando por quase toda sua vida. Apesar de suas constantes viagens a
negócios, encontrou nas “scuole” as situações ideais para desenvolver sua arte,
lecionando e escrevendo músicas para as jovens órfãs, as quais a executavam com
maestria. Estas eram grandes virtuoses e musicalmente perfeitas, o que permitia
combinações timbrísticas inéditas a partir dos instrumentos que as moças
tocavam.
“Em Veneza existem conventos onde as
mulheres tocam órgão e outros instrumentos e cantam, tão maravilhosamente, que
em nenhum outro lugar do mundo poder-se-ia encontrar semelhante doce e
harmoniosa canção”. Até o filósofo Rousseau discorreu sobre o orfanato, em
visita feita à laguna veneziana: “Música que me parece melhor que a operística
é a que se ouve nas “scuole”. Todos os domingos, na capela de cada uma,
executam-se, durante as vésperas, motetos com grande coro e grande orquestra,
compostas e dirigidas pelos maiores maestros da Itália e interpretadas
exclusivamente por moças, que ficam em tribunas ocultas”. Aliás, as tribunas
tiveram de ser de tal modo ornadas até o ponto em que pouco se podia ver das
jovens musicistas, a fim de evitar os olhares languidos dos rapazes e
instigando-lhes a imaginação em meio aos ofícios religiosos. Vivaldi tinha
tanto apreço pelas suas “Figlie di Choro” (como eram chamadas) que escreveu
para elas a maior parte de sua música, e neste meio se encontram as peças que
ouviremos neste programa, que traz a dualidade vivida pelo homem e sua obra.
Vivaldi
via no domínio do concerto solista o resultado do confronto entre ordem e
liberdade, e contribuiu de modo decisivo para a exaltação da individualização
do ser, e à medida que dispunha de musicistas tão talentosas, confiou-lhes este
Concerto para 2 violoncelos, uma demonstração do elevado grau de destreza
técnica que as moças do orfanato alcançavam. Enquanto o Concerto se situava num
contexto menos especifico e podia incluir o ofício religioso, o teatro, os
concertos públicos e privados, as Sinfonias (“Sinfonie” ou “Ripieni”) eram
basicamente obras “avanti l’opera”, ou seja, destinadas a anteceder um “drama
per musica”, mas também podiam não manter relações temáticas ou liames de
qualquer espécie com as obras que prefaciavam. Escritas em páginas separadas,
eram transferidas livremente de uma ópera antiga para uma mais nova, e faziam a
festa de estrangeiros que visitavam os centros operísticos e adquiriam cópias
de sinfonias como lembrança. Assim como o Concerto, a Sinfonia possuía o mesmo
esquema formal tripartido - rápido, lento, rápido - mas cultivava um virtuosismo
turbulento e uma maior densidade sonora, enquanto o primeiro era mais refinado,
brilhante e delicado em
conjunto. A ausência de um solista virtuoso permitiu a
Vivaldi concentrar-se mais nas riquezas de detalhes do conjunto e nas questões
puramente musicais. Graças a imprecisões nas designações do compositor, ambos
os gêneros podem, contudo, confundir-se, conquanto se tratavam de composições
para orquestra de cordas e baixo contínuo. Correspondente pela forma à
“Abertura italiana”, a Sinfonia caracteriza-se pela extrema vivacidade e
energia rítmica dos andamentos extremos, em contraste com a serena e inspirada
melodia do movimento central, e afirma o estilo severo contrapontístico visando
efeitos de virtuosismo do conjunto.
As
peças vocais representam uma boa parcela da produção musical de Vivaldi, e
sejam dedicadas ao teatro ou à Igreja, novamente atestam o gênio universal do
compositor em sua diversidade, pois enquanto seu “Stabat Mater” é uma espécie
de cantata sacra carregada de lirismo composta a partir de um poema medieval
que descreve a angústia da Virgem Maria durante a crucifixão, “Cessate, omai
Cessate” é a típica cantata secular corrente nos século XVII e XVIII em termos
de texto e música, onde predomina a temática arcadista. No “Stabat Mater”, a compadecida
meditação da Virgem Maria ao pé da cruz é de expressão contrita e oferece vasto
alcance para a descrição, sendo em Vivaldi mais “impressionista” do que mera
imitação em sons, procurando referenciar-se principalmente aos sentimentos.
Assim o é também o texto de “Cessate, omai cessate”, sendo a música uma breve
sequência de recitativos e árias onde a natureza é descrita pelas sensações
provocadas pelos pastores e pastoras lamentando os amores perdidos por seres
“desumanos” e “ingratos”. As qualidades reflexivas da música são retratadas
também pela sua escrita instrumental bastante pictórica, bem em conformidade
com o texto.
De modo
geral, Vivaldi costumava dedicar páginas muito mais insólitas às mezzo-soprano
e contralto do que às soprano, provavelmente para livrar sua “protegida”
“Annina d'il prete rosso” - Anna Girò, cantora e “acompanhante predileta” até o
fim de sua vida - dos enroscos públicos, segundo as más línguas da época. A
agilidade exigida do timbre grave apresenta grande dificuldade para a emissão,
o que faz com que essas peças sejam facilmente adaptadas para vozes “castrati”,
cujas possibilidades técnicas superiores são atestadas por inúmeras partituras
que a época lhes confiou. Sem necessitar recorrer à prática criminosa da
castração como maneira de preservar a bela voz aguda de jovem, atestaremos aqui
a eficiência e a doçura da voz de contratenor - o equivalente moderno do
“castrato” barroco, dotada de altíssimo diapasão, sem esforço artificial e
naturalmente cheio de energia.
Impetuosidade
rítmica, brilho e sensualidade estão entre as principais características da
produção musical vivaldiana. É notável no seu plano composicional a
interferência de procedimentos teatrais na música instrumental e vice-versa,
quase como uma dramatização da música instrumental. Pode-se notar esta
inclinação principalmente nos movimentos lentos de suas composições, onde o
caráter cantabile predomina. Intensamente vivida e tão em harmonia com o clima
de Veneza e com o erotismo velado que flutuava inevitavelmente no “Ospedale”,
as obras compostas para o orfanato não se destinavam à posteridade: nasciam
livres, efêmeras, frutos da ocasião ou da fantasia, bem em conformidade com o
“city mood” veneziano, “(...) onde tudo segue a moda, (…) onde a música do ano
anterior já não encontra ouvinte...”.
Texto
de: Ricardo Tanganelli
Entre
o sacro e o profano
ANTONIO VIVALDI (1678 – 1741)
CONCERTO RIPIENO (SINFONIA) em si
menor para cordas e basso continuo
– RV 168
I.
Allegro
II.
Andante
III.
Allegro
STABAT MATER (circa. 1727) para Alto (Contratenor),
cordas e basso continuo – RV
621
I.
Stabat mater dolorosa
II.
Cujus animam gementem
III.
O quam tristis et afflicta
IV.
Quis est homo
V.
Quis non posset contristari
VI.
Pro peccattis suae gentis
VII.
Eia mater, fons amoris
VIII.
Fac ut ardeat cor meum
IX.
Amen
Paulo
Mestre -
Contratenor
CONCERTO
em sol menor para 2 violoncelos, cordas e basso
continuo – RV 531
I.
Allegro (moderato)
II.
Largo
III.
Allegro
Alessandra Giovanolli e Pedro Beviláqua -
violoncelos
CESSATE,
OMAI CESSATE – Cantata
em sol menor para Alto (Contratenor), cordas e basso continuo – RV 684
I.
Largo e sciolto
II.
Larghetto
III.
Andante
IV.
Adagio
V.
Allegro
Paulo
Mestre -
Contratenor
Duração
: 60 min - Classificação indicativa livre
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