O Catálogo Köchel é um inventário das obras de Wolfgang Amadeus Mozart, organizado em ordem cronológica
(ou quase), pelo musicólogo austríaco Ludwig von Köchel
e publicado originalmente em 1862. Trata-se de uma tentativa de estabelecer não
apenas uma cronologia mas também facilitar as referências às obras de Mozart.
Mozart
começou a catalogar as suas obras somente a partir de 9 de fevereiro de 1784,
sendo que as 450 obras anteriores a essa data ficaram não catalogadas.
A
cada obra corresponde um índice
Köchel, ou seja, um número precedido da letra K
ou das letras KV (do alemão Köchelverzeichnis: "Catálogo
Köchel"). Assim, a 433ª obra do compositor (Männer suchen stets zu naschen.
Arie für Baß und Orchester)
é identificada simplesmente pelo índice K 433 ou KV 433.
O
catálogo começa com um pequeno Minueto
em Sol (K.1) e termina no célebre Requiem (K. 626).
Desde
a morte de Mozart, foram feitas diversas tentativas de catalogar suas
composições, até que, em 1862, Köchel publicou o seu Chronologisch
- thematisches Verzeichnis sämtlicher Tonwerke Wolfgang Amadé Mozarts ("Catálogo cronológico-temático completo da obra
musical de Wolfgang Amadeus Mozart"), com 551 páginas. O catálogo também
incluía as notas de abertura de cada obra (o chamado incipit).
Köchel
tentou organizar as composições em ordem cronológica, porém as obras escritas
antes de 1784 tem datação apenas aproximada. Desde a primeira publicação do
catálogo de Köchel, muitas outras peças foram encontradas. Houve também muitas correções
quanto à atribuição de autoria ou datas, o que demandou três revisões do
catálogo.
Outras
edições desse catálogo foram organizadas por Alfred
Einstein (1937) e por Franz Giegling, Gerd Sievers e
Alexander Weinmann (1964), incluindo várias correções.
A numeração de Köchel possibilita termos uma idéia da época em que Mozart escreveu uma
determinada peça. Por exemplo, para Kn > 100, divida o “n” por 25 e adicione
10, o que dará a idade estimada quando Mozart escreveu essa peça. Se
adicionarmos 1756, teremos uma idéia do ano.
Vale notar que pouquíssimas obras de Mozart foram publicadas
durante a vida do compositor; daí a maior parte delas ter um número Köchel, mas não um número de opus.
Nenhum comentário:
Postar um comentário