Os
7 pecados capitais levam ao inferno,
os do concurso à reprovação, desânimo e desistência. Os pecados capitais são os
seguintes: gula, soberba, inveja, preguiça, ira, luxúria, avareza.
Vamos
vê-los agora em sua manifestação “concursândica”.
A gula é a pressa de passar. Como sempre digo: concurso se faz não
para passar, mas até passar. Assim, esqueça a pressa e comece a estudar com
regularidade, planejamento e antecedência. Os concursos estão vindo aos montes,
e continuarão assim. A aprovação é resultado de um processo longo, mas é algo
que você – se trabalhar direito – pode contar.
A soberba é a arrogância, o achar que já se é o “Sabe-Tudo”, o “rei
da cocada”. Muitos candidatos inteligentes e bem formados são vítimas da
soberba, ao passo que os menos capazes, mas esforçados, chegam lá, assim como
na história da corrida da lebre com a tartaruga. A humildade nas aulas, no
estudo, nas provas, em todo o processo, enfim, é o caminho para a glória.
A preguiça. Nem é preciso escrever nada. A palavra é
auto-explicativa. Mas deixe-me dizer uma coisa: eu sou meio preguiçoso. Só que
sempre fazia o que devia ser feito, quando, me imaginava desempregado e sem
grana, caso deixasse a preguiça me dominar.
A inveja acontece quando o concurseiro fica vigiando a vida, as notas
e as coisas boas que os outros possuem ao invés de ir resolver a própria vida.
É impressionante como as pessoas pecam ao se compararem com os outros e
dedicarem-se à reclamação e à autocomiseração em vez de estudarem e treinarem.
A ira representa deixar-se estourar, ou desanimar, pela enorme
quantidade de fatos que têm justificadamente esse condão: cansaço, carteiras
duras (do curso e a sua), dificuldades com a família, com a matéria, os
absurdos ou fraudes em concursos, taxas de inscrição abusivas etc. haja
paciência! (ops! Estamos falando de pecados e não de virtudes…). Nessas horas,
não adianta irar-se. O jeito é ir estudar, pois um dia a gente passa, apesar de
tudo.
A luxúria é talvez o maior pecado. Veja nela o lazer exagerado, as
viagens, passeios baladas e tudo o mais que é delicioso, um luxo, e que nos
tira tempo para estudar e treinar. Pois bem, equilibrar estudo e lazer,
administrar bem o tempo e saber estabelecer as prioridades é essencial para
chegar ao reino dos céus, digo, da nomeação.
A avareza tem duas manifestações. A primeira, do candidato, quando
economiza nos investimentos necessários para ser aprovado. Vale a pena escolher
os melhores livros, cursos e gastos, que incluem até mesmo os exames de saúde
para estar bem e enfrentar a maratona dos concursos. A segunda avareza, a pior
delas, ocorre quando o cidadão passa e deixa de utilizar o cargo e os poderes e
competências dele para o bem da coletividade. Não sejamos avaros com o país,
nem com o povo que o (e nos) sustenta. Ao passar, para não ser blasfemo, herege
ou apóstata, é preciso devolver ao povo o quanto nós custamos. Isso pode ser
feito com trabalho, eficiência, simpatia, honestidade e entusiasmo. Cumprir o
dever, e se puder, um pouco mais.
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