Escritor
baiano vai ocupar cadeira 23, vaga após a morte de Luiz Paulo Horta
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RIO - A
Academia Brasileira de Letras elegeu, na tarde desta quinta-feira, no Palácio
Trianon, o romancista baiano Antônio Torres como o mais novo imortal, para
ocupar a cadeira 23, vaga desde agosto, com a morte do jornalista Luiz Paulo
Horta. Antônio Torres, que já havia se candidatado outras três vezes, é o
primeiro romancista eleito pela instituição em dez anos.
Torres foi
eleito com 34 dos 39 votos possíveis, dos quais 2 foram em branco. A eleição
contou com 20 imortais presentes, em sessão presidida pela acadêmica Ana Maria
Machado. Dezesseis imortais votaram por carta e três se abstiveram.
- Fizeram
sorrir uma velha criança! - disse Antônio Torres após o anúncio do resultado. -
Me sinto feliz por sentar na cadeira que foi de Jorge Amado, um dos escritores
que mais me apoiaram no começo da carreira, e também de Machado de Assis, de
quem sempre fui leitor. Estou em estado de graça, isso é resultado de uma longa
estrada.
Desde que a
vaga foi aberta, em agosto, os boatos já diziam que, dessa vez, a ABL pretendia
eleger um ficcionista. Nas últimas duas eleições, por exemplo, foram escolhidos
a jornalista e militante social Rosiska Darcy de Oliveira e o ex-presidente
Fernando Henrique Cardoso.
Os últimos
escritores de ficção a entrar para a ABL, Ana Maria Machado e Moacyr Scliar,
foram eleitos em 2003. A última vez em que Torres se candidatou a uma vaga de
imortal foi em 2011, justamente para a cadeira vaga depois da morte de Scliar.
Naquele ano, porém, o escolhido pelos imortais foi o jornalista Merval Pereira,
colunista do GLOBO.
- Sou
leitora de Antônio Torres há muito tempo, e amiga dele. Estou muito feliz -
disse a presidente da casa Ana Maria Machado. - (O fato de não ter entrado
nenhum romancista nos últimos anos) É um sinal de que não existem romancistas
preponderantemente romancistas. Os romancistas hoje são ensaístas, jornalistas,
tradutores.
O romancista
baiano nasceu em um povoado chamado Junco, no interior da Bahia. Trabalhou como
repórter no começo da carreira, em Salvador e São Paulo, e publicou seu
primeiro romance, “Um cão uivando para a lua”, aos 32 anos. Em 1976, publicou o
livro que é considerado sua obra-prima: “Essa terra”, história com elementos
autobiográficos sobre a imigração nordestina para o Sul e Sudeste.
O romance
foi traduzido para o francês em 1984, ajudando a divulgar a obra de Torres
internacionalmente. Hoje, ele tem livros publicados em Cuba, Argentina, França,
Alemanha e Estados Unidos, entre outros países. Em 1998, foi condecorado pelo
governo francês com a ordem “Chevalier des arts e des lettres”, por suas obras
publicadas no país. Torres já ganhou o prêmio Machado de Assis (2000) e o
Zaffari e Bourbon (2001). Além de 11 romances, publicou um livro de contos, um
livro infantil e um de crônicas, perfis e memórias. Sua obra é editada pela
Record.
A cadeira 23
foi apontada pelo imortal Antonio Carlos Secchin com detentora de uma
"tradição narrativa", por ter pertencido primeiro a Machado de Assis
— um dos fundadores da instituição. Mais tarde, seria ocupada também por Jorge
Amado e Zélia Gattai. O patrono da cadeira é José de Alencar.
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