Prestes a
morrer, as pessoas quase sempre dizem algumas palavras, às vezes com clareza,
outras vezes de maneira desconexa. O jornal “ABC”, de Madri, publicou as
últimas palavras de 13 grandes escritores.
Autor de
“Walden” (muito bem traduzido para o português por Denise Bottmann), Henry
Thoreau, o “pai” da desobediência civil, disse “alce” e “índio”, mas sem
apresentar um mínimo de contexto. Considerando que era apaixonado pela
natureza, suas palavras certamente têm a ver com aquilo que apreciava e/ou
admirava. A tradução é do Jornal Opção.
James Joyce
“Ninguém me
entende?”
Escritor de
uma lucidez e de uma lógica espantosas, consta que, nas proximidades da morte
(ocorrida em decorrência de uma cirurgia malfeita), Joyce estava meio maluco.
Parece que achava que Hitler havia começado a guerra para atrapalhar a
repercussão de “Finnegans Wake”. Seu livro mais famoso é “Ulysses”.
Jane Austen
“Só quero
morrer.”
Esta foi a
resposta da autora de “Razão e Sensibilidade” quando, pouco antes de morrer,
suas irmãs perguntaram-lhe o que queria.
Franz Kafka
“Mata-me! Ou
serás um assassino!”
As últimas
palavras do autor de “A Metamorfose” e “O Processo” foram para um médico que
não queria dar-lhe uma dose letal de morfina. Ele estava morrendo de
tuberculose (aos 41 anos) e mal conseguia falar.
Charlotte
Brontë
“Não vou
morrer.
É verdade?” Ele não nos separará. Nós somos muito felizes.”
Charlote
Brontë estava casada havia nove meses quando faleceu, aos 38 anos, de câncer. É
autora do romance “Jane Eyre”.
Truman
Capote
“Sou eu, sou
Buddy... Tenho frio.”
Buddy era
como chamavam o autor de “A Sangue Frio”
quando ele era menino.
Emily
Dickinson
“Eu devo ir,
o nevoeiro está aumentando.”
A poeta
norte-americana sofreu severos desmaios e esteve prostrada, em sua cama, nos
últimos sete meses de vida.
Liev Tolstói
“Amo tantas
coisas, tanta gente...”.
Em seus
últimas dias, o autor de “Guerra e Paz” deixou sua casa e viveu entre gente do
povo.
Anton
Tchekhov
“Faz muito
tempo que não bebo champanhe...”.
Pouco antes
de morrer, em seu leito, o autor de “Tio Vânia” pediu morfina e champanhe ao
seu médico.
Eugene
O’Neill
“Eu sabia,
eu sabia... Nasci num quarto de hotel e morrerei num quarto de hotel.”
O autor de
“Longa Viagem Noite Adentro” morreu de pneumonia, depois de padecer de uma
enfermidade semelhante ao Mal de Parkinson, doença que o impediu de escrever
durante anos.
Henry David
Thoreau
“Alce
americano... Índio.”
Não se sabe
o que o autor de “Walden” quis realmente dizer com suas últimas palavras.
Talvez seja mais uma referência à natureza, que amava.
Lewis
Carroll
“Afasta
essas pastilhas. Não preciso mais delas.”
O autor de
“Alice no País das Maravilhas” foi poeta, matemático e fotógrafo.
J. M. Barrie
“Não posso
dormir.”
Pouco antes
de morrer, Barrie cedeu os direitos de “Peter Pan” ao Hospital Great Ormond
Street, de Londres, que continua beneficiando-se dos direitos autorais.
Lord Byron
“Agora eu
irei dormir.”
O autor de
“As Peregrinações de Childe Harold” morreu na Grécia — vítima de uma febre —,
enquanto lutava contra os otomanos.
Euler de França Belém
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