O compositor
britânico John Tavener, um dos mais importantes do último século no Reino
Unido, morreu em sua casa de Dorset (sudoeste da Inglaterra) aos 69 anos,
informou nesta terça-feira (12) seu selo fonográfico, Chester Music.
O
prestigiado músico, cuja "Song for Athene" foi interpretada no
funeral, em 1997, da princesa Diana, morreu "tranquilamente" em seu
domicílio na cidade de Child Okeford, segundo um comunicado.
O
diretor-gerente da Chester Music, James Rushton, descreveu o artista, conhecido
por sua grande espiritualidade e suas obras de música sacra, como "uma das
mais inspiradas e únicas vozes na música dos últimos 50 anos".
"Seu
trabalho é uma das contribuições mais significativas à música clássica em
nossos tempos", afirmou Rushton.
"Para
todos aqueles afortunados que o conheceram, John era um homem de profundas
crenças, enorme calor pessoal, lealdade e humor", acrescentou.
Tavener teve
uma saúde delicada durante boa parte de sua vida e, em 2007, sofreu um infarto
que o obrigou a passar quatro meses na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Em 1979, o
músico sofreu um acidente vascular cerebral, enquanto em 1990 foi diagnosticado
a síndrome de Marfan, uma doença hereditária que afeta o coração.
CARREIRA
Tavener
começou sua carreira nos anos 60 com o selo Apple Records dos Beatles e em
breve se transformou em um dos poucos compositores clássicos contemporâneos
cuja música foi popularizada entre um público mais amplo.
Em 1992,
"The Protecting Veil", uma composição para violoncelo e cordas, se
manteve durante várias semanas no topo das listas de sucessos.
Outros
trabalhos muito populares são "A New Beginning", que foi tocada para
dar as boas-vindas ao novo milênio na festa de Nochevieja de 1999 na Cúpula do
Milênio, em Londres, e "Eternity's Sunrise".
Foi indicado
duas vezes, em 1992 e 1997, aos prêmios Mercury da música e recebeu o título de
"sir" no ano 2000.
Tavener se converteu
em seguidor da Igreja ortodoxa russa em 1977 e via sua música como uma maneira
de chegar a Deus, segundo declarou.
Apesar de
sua frágil saúde, o músico, que deixa mulher, Maryanna, e três filhos, seguiu
compondo e neste ano estreou três novas peças no festival internacional de
Manchester, no norte da Inglaterra
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