Carlos Gomes o patrono da nossa sociedade Brasileira de
Artes Cultura, o insigne maestro campineiro foi o maior gênio da música no
cenário brasileiro e mundial.
Antonio Carlos Gomes, o famoso Tonico de Campinas como era
carinhosamente chamado, ou ainda o Tonico Carlos Gomes ou o Tonico Campineiro,
que nasceu nesta cidade de Campinas, Estado de São Paulo, ali na atual Rua
Regente Feijó, no dia 11 de julho de 1836, era filho de Manuel José Gomes, o
“Maneco Músico”, mestre da Banda Musical de Campinas, e de Da. Fabiana Jaguarí
Gomes.
Foi exatamente com seu pai e seu irmão Santa Gomes que
Carlos Gomes aprendeu os primeiros conhecimentos musicais e, demonstrando suas
tendências predestinadas que o levaram a ser o maior gênio dessa arte em nosso
país, conforme constatamos dos ilustres biógrafos Enzo Silveira, Alberto J.
Robbe, João Batista de Sá ( Joluma Brito ) e outros.
Seus estudos instrumentais começaram com o piano, depois o
violino, mais tarde clarinete e harmonia, e finalmente o triângulo ( o ferrinho
) como assim o denominava, chegando a tocar e cantar como participante do Coro
da Igreja de Nossa Senhora do Carmo, que no corrente ano comemora o seu Bi –
Centenário, juntamente com a fundação da cidade de Campinas.
Em 1854, com 18 anos de idade, escreveu sua primeira
cantada, obra sacra, e, em 1856, assumiu a maestria da Banda Musical de
Campinas, em substituição ao seu pai, o estimado maestro “Maneco Músico”; em
1857 foi para São Paulo, onde no convívio acadêmico, fez sua primeira
composição em homenagem aos acadêmicos da Faculdade de Direito do Largo São
Francisco denominado “Hino à Mocidade Acadêmica”; em 1858/1859 escreveu a sua
segunda cantada; no mês de junho, embarcou para o Rio de Janeiro onde
matriculou-se no conservatório Nacional de Música, do qual era seu diretor, o
grande compositor do nosso Hino Nacional, maestro Francisco Manuel da Silva,
recebendo ensinamentos dos maestros Giocchino Gianini e outros professores
daquele Conservatório, quando passou a adquirir maiores conhecimentos da arte
musical que o colocaram à frente das mais importantes produções musicais da
época; em 1859 em tornar o público sua “Cantada” na Academia de Belas Artes,
teve o ensejo de conhecer e ser apresentado ao Imperador D. Pedro II quem
posteriormente, lhe deu proteção e ajuda; em 1860 passou a regente da Orquestra
Imperial do Conservatório Musical; em 1860/1861 produziu a sua primeira ópera “
A noite do Castelo”, que levou à efeito no Teatro Lírico do Rio de Janeiro em
11 de março de 1861; em 1862 foi condecorado pelo Governo Imperial com o Grau
de Cavaleiro com a ordem da Rosa, recebendo logo a seguir, nesse mesmo ano dos
Campineiros, uma coroa de louros e uma batuta de regência, bem como do maestro
Francisco Manuel, uma outra batuta de ouro , em nome da Orquestra Imperial,
honrarias que, naquela altura, já o classificava como um gênio da Música; em
1863 compôs a sua segunda ópera “Joana de Flandres”, que representou sua
ascensão aos píncaros da glória, recebendo como mérito do Imperador D. Pedro
II, o prêmio de viagem de estudos à Europa ( Alemanha e Itália ), para onde
embarcou no dia 8 de dezembro daquele ano, sediando-se em Milão; em 1864 compôs
“ Se Sá Minga” que foi levada à cena no Teatro Carani em 1870, com a
denominação de “Nela Luna”; nesse mesmo ano ultimou a sua composição iniciada
em 1859 denominada “ Quem Sabe”; em 1868/1870, compôs a célebre e conhecida
ópera “O Guarani”, que foi levado à cena no tradicional Teatro Scala, de Milão
( Itália ), no dia 19 de março de 1870 e no Brasil em 2 de dezembro do mesmo
ano com absoluto e estrondoso sucesso, tanto lá como cá; em 1870, ainda, foi o
nosso querido Tonico consagrado pelo maior nome da música da Itália, na época,
que foi o grande Giuseppe Verdi; em 1873 produziu a “Fosca”; em 1874 compôs
“Salvatore Rosa” e iniciou nesse ano “Colombo”, que concluiu em 1892; em
1878/1879 produziu “Maria Tudor”; em 1888 compôs em homenagem aos bravos negros
do Brasil, a peça “Lo Schiavo”; em 1891 ultimou a sua composição “Condor”e, no
interregno de tempo de 1878 a 1892, produziu mais os seguintes trabalhos
musicais, alguns inacabados: “Hino Militar de Milão”; “Moema”; “Leonora”;
“Mosqueteiro do Rei”, e outros.
.......Carlos Gomes teve como seus protetores, mestres e
incentivadores os seguintes homens da época: Theodoro Langard: Conselheiro
Albino José Barbosa de Oliveira; Bitencourt Sampaio; Francisco Manuel da Silva;
Manuel Banedira; Luiz Alves de Lima e Silva, o Duque de Caxias; o Imperador D.
Pedro II; André Rebouças; Salvador de Mendonça; Giuseppe Verdi; Giacchino
Gianini; Lauro Sodré; Bertino Miranda; Marcelino da Silva; Antônio Marçal;
Paulino de Brito, Senador Antônio Lemos; e muitos outros.
.......No dia 16 de setembro de 1896, faleceu em Belém do
Pará, onde fora dirigir o Conservatório Musical daquele Estado, morrendo
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