Opereta poderá ser assistida de 17 a 27 de outubro no Antigo
Palácio da Justiça e no dia 30 no Palácio Universitário da UFRJ.
Apresentada pela primeira vez no
Brasil em língua portuguesa, começa na próxima semana a temporada do espetáculo
“Caso no Júri”, engraçadíssima criação de Gilbert & Sullivan − autores
ingleses que revolucionaram o teatro musicado. A iniciativa é uma parceria da
UFRJ com o Centro Cultural do Poder Judiciário do Estado do Rio de Janeiro
(CCPJ-Rio) e reúne estudantes, docentes e técnicos das Escolas de Comunicação
(ECO), Música (EM) e Belas Artes (EBA). Serão 10 apresentações, de 17 a 27 de
outubro, sempre de quarta a sábado, no Salão Histórico do Primeiro Tribunal do
Júri, no Centro, e também no dia 30, no Salão Pedro Calmon do Palácio
Universitário, na Urca. Todas com entrada franca
Salão Pedro Calmon: 30/10 (terça, 12h).
A montagem faz parte do projeto de extensão coordenado por
José Henrique Moreira, professor do bacharelado em Direção Teatral (ECO). O docente assina a concepção cênica e a
direção, além de ser responsável pela adaptação do libreto. Com duração de 45 minutos, a ação foi
transposta de Londres, em 1875, para o Rio de Janeiro de 1927, época em que foi
construído o Antigo Palácio da Justiça, em cujo Salão do Primeiro Tribunal do
Júri foram julgados, durante mais de oito décadas, casos de grande repercussão.
Desde a sua reabertura em 2010, após obras de restauração, o tribunal passou a
ser um espaço de memória e cultura administrado pelo CCPJ.
− Isso torna o espetáculo uma experiência única, pela
atmosfera que envolve cena e plateia, afirma o diretor. É um espaço belíssimo e
convida à reflexão sobre os verdadeiros dramas humanos, e sobre nossas
instituições de mediação de conflitos.
Humor
Comédia de costumes capaz de arrancar hoje tantas
gargalhadas do público como na época em que foi escrita, a versão tropicalizada
de “Trial by Jury” (nome original da opereta) põe em cena o julgamento de um
vigarista que largou a noiva no altar, uma mocinha de família, que sucumbiu ao
seu charme. A vítima, nem tão inocente assim, exagera as consequências do
abandono e, com boa dose de malícia, exige reparações pelo rompimento do
contrato nupcial.
Um advogado de fala empolada, um juiz atabalhoado, mais
interessado na beleza da requerente do que nos meandros do caso, e alguns
outros insólitos personagens completam o quadro de solistas. O coro, que
segundo Moreira desempenha também papel de protagonista, comenta o os
acontecimentos e acentua a dimensão cômica da peça.
− É um encontro de malandros, sintetiza com humor.
A direção musical e a coreografia do espetáculo ficam por
conta, respectivamente, dos professores Marcelo Coutinho (EM) e Marcellus
Ferreira (ECO). Desirée Bastos, docente da EBA, coordena a concepção e a
confecção dos figurinos. A Orquestra Sinfônica da UFRJ (OSUFRJ) será conduzida
por Juliano Dutra, formando do curso de regência da EM.
Os solistas também são estudantes da Escola de Música.
Marcela Duarte encarna Angelina, a requerente; Bruno dos Anjos dá vida a Edson,
o réu; Fernando Alves faz o advogado; e Cyrano Moreno e Marcelo Coutinho se
revezam no papel de juiz. Cantor
convidado, Allan Souza interpreta o meirinho e Pedro Costa (EM), o primeiro
jurado. No coro, estudantes da UFRJ e da UniRio. Ao todo um elenco de mais 30
atores e quase 40 músicos
Da opereta ao musical
“Trial by Jury” é uma das “Savoy Operas”, série de operetas
que deram origem aos típicos musicais do West End, a Broadway londrina. O nome
como acabaram conhecidas deriva do teatro construído em Londres, em 1881, pelo
empresário e produtor Richard D'Oyly Carte para encenar este gênero de
espetáculo. Escrita em 1875 e estreada
no mesmo ano no London's Royalty Theatre, é o segundo trabalho de William S.
Gilbert (libreto) e Arthur Sullivan (música) – parceria responsável por 14
criações memoráveis entre os anos 1871 e 1896. Com um tratamento musical leve e
tramas de apelo popular, alcançaram um sucesso extraordinário e influenciaram a
linguagem do teatro, do cinema e da televisão.
SERVIÇO
Salão Histórico do Primeiro Tribunal do Júri, Antigo Palácio
da Justiça. Rua Dom Manuel, 29, 2º andar, Centro - Rio de Janeiro - RJ. (21)
3133-3366, 3133-3368, ccpjrio@tjrj.jus.br. Lugares: 200. Entrada franca com
distribuição de senhas no local, meia hora antes do início de cada récita.
Salão Pedro Calmon, Fórum de Ciência e Cultura. Av. Pasteur,
250, 2º andar, Urca – Palácio Universitário do Campus da Praia Vermelha, Urca -
Rio de Janeiro - RJ. (21) 2295-2346. Lugares: 200. Entrada franca
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