Que a apropriação é usada e abusada por artistas
contemporâneos não é novidade. A definição de apropriação é o uso emprestado de
elementos para a criação de uma obra de arte. Pode ser desde objetos banais até
outras obras de arte. E aí que entramos em um terreno um pouco nebuloso. Até
que ponto uma obra pode ser considerada como apropriação ou apenas plágio?
Adriana Varejão tem como marca registrada seus azulejos e às
vezes vísceras que saem das obras, e nesse caso ela os faz com incisões
apropriadas de Lucio Fontana.
Até aí tudo bem, o artista dá os créditos ao outro artista e
cria obras que condizem totalmente com o que se propõem. Aliás essa obra da
Adriana Varejão é recorde em leilão para a artista.
Agora o que dizer do Bob Dylan (que também pinta) que
simplesmente pegou fotos no Flickr e as reproduziu nas suas pinturas e disse
mentindo que seus trabalhos eram registros de suas viagens?
por último, o caso mais comentado de apropriação/plágio do
momento. O famoso artista Richard Prince perdeu na justiça uma ação movida por
Patrick Cariou. O juiz decidiu que Prince não modificou suficientemente a foto
de Cariou para poder chamá-la de uma criação sua.
Mas será que o grande fotógrafo alemão Thomas Ruff não faz o
mesmo quando pega fotos pornográficas na internet e as transformam para virar
arte:
Como visto acima, essa linha é muito tênue entre apropriação
e plágio. Dos casos acima só o do Bob Dylan que considero realmente grave.
Prince apenas errou em não dar o crédito a Cariou, mas ele fez uma intervenção
que considero importante para o trabalho dele.
De toda forma esse é assunto polêmico.
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