quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Festival de Ópera do Theatro da Paz será aberto com “Cavalleria Rusticana”




Este ano, o tradicional Festival de Ópera do Theatro da Paz, em sua 11ª edição, será bem mais longo que os anteriores: começa dia 17 de outubro, logo depois do Círio de Nazaré, e só vai terminar dia 1º de dezembro. Serão seis semanas de óperas, concertos, recitais e oficinas técnicas. “Esperamos que o XI Festival de Ópera seja o melhor de todos os realizados até agora. A programação musical, a escolha dos solistas e dos maestros convidados, além do tradicional e consolidado apoio do público, nos permitem acreditar que o evento será um enorme sucesso”, diz Gilberto Chaves, diretor geral do Festival.

A venda de ingressos para todos os espetáculos começou segunda-feira, dia 8 de outubro, nas bilheterias do teatro e quem é de fora pode adquiri-los enviando e-mail para bilheteriatp@supridados.com.br. Os valores variam entre R$ 20 e R$ 60, com direito a meia-entrada para estudantes e idosos. Apenas as óperas serão cobradas – todos os demais espetáculos e eventos serãogratuitos.

 .O festival será aberto com uma das mais famosas óperas de todos os tempos: “Cavalleria Rusticana”, de Pietro Mascagni, com récitas dias 17, 19 e 20, sempre às 20h. Será cantada por  Laura de Souza, Rinaldo Leone, Alfa de Oliveira, Rodolfo Giugliani e Luciana Tavares nos principais papéis. A regência será do maestro italiano Gian Luigi Zampieri e a direção cênica do premiado Iacov Hillel. “Cavalleria é uma das óperas que mais vezes foi encenada no Thetro da Paz. A primeira  montagem emBelém aconteceu em 1892, apenas um ano depois de ela ter sido composta. Mas as novas gerações nunca puderam vê-la aqui”, conta  Gilberto Chaves.

A segunda ópera do Festival será “João e Maria” (dias 1, 3 e 4 de novembro), com direção de Flávio de Souza, regência do maestro Jamil Maluf e os solistas Luciana Bueno, Laryssa Alvarazi, Regina Helena Mesquita, Adriana Clis, Leonardo Neiva, Luciana Tavares e Aliane Sousa. Trata-se da ópera de maior sucesso de público já montada no País: estreou há 10 anos e desde então já foi apresentada em diversas capitais brasileiras. Em São Paulo é encenada anualmente, sempre com lotações esgotadas e espectadores reclamando porque não conseguiram ingressos. A ópera é baseada no conto dos irmãos Grimm que todos conhecem: dois irmãos se perdem na floresta e durante a procura pelo caminho de volta eles encontram uma casa coberta de doces, onde mora uma bruxa malvada. Detalhe importante: pela primeira vez na história a ópera será acompanhada por uma orquestra formada exclusivamente por crianças e adolescentes: a Orquestra Jovem Vale Música, que reúne musicistas de idade entre 14 e 18 anos.

A terceira ópera é o grande desafio deste ano, por causa da sua grandiosidade e complexidade musical: “Salomé”, de Richard Strauss, dias 24, 26 e 28 de novembro. Conta a conhecida história da princesa que exigiu do padrasto Herodes a cabeça de João Batista numa bandeja de prata. “É uma obra difícil de ser interpretada, cantada e tocada. Sem dúvida é a peça mais difícil que a nossa orquestra já tocou, em qualquer época”, assinala o diretor geral. A cantora que fará o papel-título vem da Holanda: Annemarie Kremer, que já viveu a personagem em várias montagens européias. João Batista será vivido por Rodrigo Esteves, brasileiro radicado na Espanha, considerado um dos principais barítonos brasileiros da atualidade e que no ano passado participou da montagem de “Tosca” em Belém. Os demais papéis serão cantados por Paulo Queiroz, Andreia de Souza, Giovanni Tristacci, Josy Santos, Daniel Germano, Andrei Mira, Antonio Wilson Azevedo, Rodrigo Valdez, Marcos Carvalho, Marcio Carvalho, Raimundo Mira, Idaías Souto, Ytanaã Figueiredo, Nilberto Viana. Jéssica Wisniemski e Tati Helene (doppione de Salomé). A direção é de Mauro Wrona e a regência é do maestro Miguel Campos Neto.

A exemplo do que ocorreu no ano passado, quando o Festival apresentou “A Dança na Ópera”, a edição deste ano também terá um espetáculo de características inéditas: “Quando o Jazz encontra a Ópera”, apresentado pela Amazônia Jazz Band no dia 31 de outubro. Trata-se de um concerto de jazz montado exclusivamente com arranjos especiais de árias e temas de óperas famosas, como de “La Bohème” (Puccini), “Rigoletto” (Verdi) e “Carmen” (Bizet), dentre outras. Dois recitais merecem destaque: do baixo-barítono português Antônio Salgado (25 de outubro) e da soprano paraense Carmen Monarcha (25 de novembro). Salgado participa regularmente de montagem de óperas em toda a Europa e vai apresentar em Belém um recital de canções portuguesas e brasileiras, com textos de Camões a Vinícius de Moraes. Carmen Monarcha dispensa apresentações: depois do enorme sucesso obtido em São Paulo (fez trinta showa no Ginásio do Ibirapuera como solista da orquestra de André Rieu, para um público total estimado em 200 mil pessoas), ela vai fazer em Belém um recital em homenagem aos 100 Anos de compositor paraense Gentil Puget.

O XI Festival de Ópera do Theatro da Paz termina dia 1º de dezembro, com um grande concerto ao ar livre, em frente ao teatro, reunindo duas orquestras, dois corais e os principais cantores do festival.

Programacao:

Programação do IX Festival
 de Ópera do Theatro Da Paz



CAVALLERIA RUSTICANA, de Pietro Mascagni
Theatro da Paz, dias 17, 19 e 20 de outubro, às 20h

MASTER CLASS - LAURA DE SOUZA
Igreja de Santo Alexandre, dia 23 de outubro, às 19h

RECITAL LUSO-BRASILEIRO
Antônio Salgado, baixo-barítono
Igreja de Santo Alexandre, dia 25 de outubro, às 20h

QUANDO O JAZZ ENCONTRA A ÓPERA
Amazônia Jazz Band
Theatro da Paz, 31/outubro, às 20h

JOÃO E MARIA (Hänsel und Gretel), de Engelbert Humperdinck
Theatro da Paz, 1º de novembro  às 20h, 3 e 4 de novembro às 17h


CENTENÁRIO GENTIL PUGET
Carmen Monarcha, soprano
Igreja de Santo Alexandre, dia 25 de novembro às 20h

SALOME, de Richard Strauss
Theatro da Paz, dias 24, 26 e 28 de novembro às 20h


CONCERTO DE ENCERRAMENTO
Na frente do Theatro da Paz, dia 1º de dezembro às 20h


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