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A música de Mozart, ou Quantidade com Qualidade
Wolfgang Amadeus Mozart , nasceu em 27 de janeiro de 1756, em
Salzburg, Áustria. Sua formação musical começou em casa, tendo aulas com o
próprio pai, Leopold Mozart, junto com sua irmã mais velha, Maria Anna Mozart
(conhecida como Nannerl). Aos cinco anos de idade, Mozart já compunha. As
primeiras peças (K. 1-5) foram anotadas no Caderno de Nannerl (o
caderno onde Leopold anotava exercícios de música para a filha mais velha).
Em 1762, a família Mozart
iniciou uma viagem por boa parte da Europa (entre os anos de 1762 e 1773), e
nesta viagem, as crianças Mozart eram apresentadas em concertos como crianças
prodígio. Data deste grande tour uma famosa anedota sobre Mozart
(registrada em cartas da família), segundo a qual ele, durante uma visita à
Capela Sistina, ouviu o Miserere de Gregorio Allegri, uma única vez, e
copiou a música, tendo voltado outra vez à capela para corrigir pequenos erros.
Ocorre que o Miserere era guardado a sete chaves pelo Vaticano, e quem
copiasse a música era automaticamente excomungado. Porém, o feito de Mozart foi
tão marcante que lhe rendeu cumprimentos da parte do papa. Datam desta grande
viagem as primeiras óperas de Mozart, Mitridate, Re di Ponto (1770), Ascanio
in Alba (1771), Lucio Silla (1772), e também o famoso moteto Exultate,
Jubilate, K. 165. Deste período também data uma de minhas obras favoritas
do compositor, a Missa Brevis K. 65.
Entre os anos de 1773 e 1777,
Mozart viveu na Áustria, tendo se empregado como músico na corte do regente de
Salzburg. Nesta época, foram compostas inúmeras sinfonias, sonatas, quartetos
de cordas, e algumas óperas menores. Neste período, Mozart desenvolveu um
súbito interesse por concertos para violino, compondo uma série de cinco (os
únicos que ele compôs). Os últimos três, enumerados como K. 216, K. 218 e K.
219 são os mais conhecidos.
Em 1777, Mozart deixou sua
posição em Salzburg, e iniciou uma série de viagens a Augsburg, Mannheim, Paris
e Munique. Foi nesta época que Mozart apaixonou-se por Aloysia Weber (irmã da
futura esposa, Constanze Weber) e é deste período que data a conhecida Sinfonia
“Paris” (Sinfonia no. 31), bem como outra de minhas obras prediletas, a Krönungsmesse
K. 317 (Missa da Coroação).
No ano de 1781, Mozart retornou a
Viena, após o sucesso da ópera Idomeneo em Munique. Com sua
chegada em Viena, veio outro grande sucesso como compositor: a ópera Die
Entführung aus dem Serail, O Rapto no Serralho. Nesta época, Mozart
abandonou sua paixão por Aloysia Weber (que tinha se casado com o ator Joseph
Lange) e casou-se com outra das irmãs Weber, Constanze. Desta época data também
a amizade entre Mozart e Haydn, conhecido como “Pai da Sinfonia”. Além disto,
foi neste período que foram escritas Le Nozze di Figaro (As Bodas de
Figaro) e Don Giovanni, parte da bela colaboração entre Mozart e o
libretista Lorenzo da Ponte.
E foi no período vienense, em 1784, que Mozart se tornou maçom. Seu ingresso na
maçonaria exerceu forte influência sobre sua música, e em 1791, pouco tempo
antes de sua morte, ele compôs (com o libretista Emmanuel Schikaneder) a ópera Die
Zauberflöte, A Flauta Mágica. Mozart inclusive escreveu um papel, nesta
ópera, especialmente para Schikaneder: o papel de Papageno, o caçador de
pássaros.
Curiosamente, algumas das obras mais famosas de Mozart datam do último ano de
sua vida. Além de Die Zauberflöte, foram compostos nesta época o
moteto Ave Verum Corpus e o famoso Requiem, que não chegou a ser
terminado pelo próprio Mozart.
Termino com um convite para quem
não conhece música clássica, para que aproveitem esta pequena porta aberta e
espiem um pouco dentro deste mundo novo. Ou velho, como queiram.
Para quem quiser conhecer mais
sobre a obra de Wolfgang Amadeus Mozart, sugiro começar por DVDs das óperas. Há
alguns muito bons no mercado. Recomendo particularmente começar pela Flauta
Mágica ou pelas Bodas de Fígaro, das quais há bons DVDs pelos selos TDK e
Deutsche Grammophon.
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