271 trabalhos do Brasil e do exterior passaram à segunda
etapa de inscrição
A organização do
Prêmio Desterro 2013 – 4° Festival de Dança de Florianópolis recebeu em sua
primeira fase de inscrição 407 coreografias provenientes de Goiás, Mato Grosso
do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina,
São Paulo, Sergipe e Chile. Foram aprovadas 269, número recorde no evento, o
que acarretou na inédita ampliação do cronograma de apresentações,
anteriormente planejado para três horários. “Este ano, a maioria dos trabalhos
veio com muita qualidade. Como novidade, teremos duas sessões extras”, antecipa
o diretor executivo Carlos Eduardo de Andrade.
Além das
selecionadas, mais duas coreografias já tinham vaga garantida como parte da
premiação de grupos que venceram festivais parceiros. Seguindo o acordo,
automaticamente, os bailarinos poderiam participar do Prêmio Desterro com um
trabalho no gênero e com a quantidade de componentes que desejasse, sem
necessidade de avaliação e pagamento de taxas. Portanto, ao todo, estão
elencados 271 espetáculos, entre os nove gêneros competitivos: 28 balés
clássicos, 43 balés clássicos de repertório, 70 danças contemporâneas, 17
danças populares, 32 danças urbanas, 11 danças de salão clássicas, 13 danças de
salão contemporâneas, 45 de jazz e 12 sapateados. Por subgênero, são 67 solos
femininos, 39 solos masculinos, 52 duos, oito trios e 105 conjuntos (a partir
de quatro integrantes).
Diferente das
edições anteriores, quando só havia as categorias adulto e júnior, os
candidatos foram divididos em três faixas etárias: adulto, que continua a
receber bailarinos a partir dos 18 anos; sênior, criada para migrar do antigo
nível júnior quem tem entre 14 e 17 anos; e júnior, cuja idade mínima foi
reduzida para 12 anos. Desta forma, ingressaram 175 coreografias na categoria adulto,
72 na sênior e 23 na júnior. “O campo da dança júnior é muito vasto e bastante
procurado. Precisamos atender a demanda do mercado”, explica Daniel Pozzobon,
também diretor do festival. Conforme Carlos Eduardo, “sem dúvida, o objetivo
foi alcançado. Fica claro, quando observamos o numero de inscritos”.
Os aprovados,
agora, devem confirmar sua participação até o dia 15 de julho, efetuando o
pagamento da taxa de inscrição e enviando os demais documentos exigidos. O
festival será realizado de 16 a 18 de agosto, no Teatro Ademir Rosa, no Centro
Integrado de Cultura (CIC), oferecendo aos vencedores troféus, premiação total
de R$ 22 mil em dinheiro, inscrição automática na edição de 2014 e, ainda,
vagas no Passo de Arte – Competição Internacional de Dança, em Indaiatuba (SP),
e para a etapa brasileira do Youth America Grand Prix (YAGP), em São Paulo.
Balanço
A comissão
selecionadora, que avaliou os trabalhos por meio de vídeo, foi composta pelos
dançarinos, professores e coreógrafos Ralph William, diretor da Cia. Street
Evolution e idealizador do Meeting Hip Hop School & Festival, de São Paulo;
Lars van Cauwenbergh, bailarino clássico belga radicado em Jundiaí (SP), com
formação na Europa e carreira nos cinco continentes; Tindaro Silvano, premiado
em companhias de balé clássico do Brasil e da Europa, instrutor e jurado em
diversos festivais nacionais e internacionais, de Belo Horizonte; Daniel
Pozzobon, diretor executivo do Prêmio Desterro, cofundador e ex-presidente da
Associação Catarinense de Dança de Salão, de Florianópolis; e Bia Mattar,
diretora artística do Prêmio Desterro, formada em dança clássica, com incursões
pelo jazz e contemporâneo e especializada em sapateado, de Florianópolis.
Segundo Tindaro,
jurado em todas as edições anteriores, “houve um crescimento enorme dos balés
clássicos. Há bailarinos muito bem preparados”. Na opinião de Daniel, “o evento
ganhou prestígio. Com isso, aumentou o interesse de outros estilos que não
tinham tanta participação. Sem esquecer esta grande parceria com o YAGP” – que
permite escolher até quatro candidatos para concorrer em São Paulo a vagas na
etapa final em Nova Iorque. “O evento poderá dar um passo à frente no que diz
respeito a incentivar jovens talentos a continuar seus estudos em boas escolas
no Brasil e exterior”, completa o coreógrafo mineiro.
Para Bia, que
analisou todas as coreografias inscritas, são “trabalhos muito bons
tecnicamente e com alto grau de expressividade artística. Os gêneros clássico,
contemporâneo e danças urbanas virão com muita qualidade e competitividade”.
Quanto à dança de salão, separada ano passado em dois gêneros distintos – fato
inédito no País e visto positivamente pelos bailarinos –, “podemos esperar
muitos trabalhos originais com novas propostas para o palco, principalmente na
dança de salão contemporânea”, garante Daniel.
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