Ed
Motta é a principal atração de evento que trará Mulatu Astatke ao Rio.
Ah,
o Leblon. Praia, glamour, o Jobi, IPTU extorsivo... Só faltava o jazz, que
chegou há cinco anos à Rua Dias Ferreira. Mas música instrumental se cria no
meio da rua? Robson Nacif, da organização do Leblon Jazz Festival, cuja sexta
edição começa hoje, garante que agora, sim.
—
Nossa intenção era formar um público — diz ele. — Acho que hoje já temos uma
plateia cativa.
O
festival chegou a anunciar uma lenda, o multi-instrumentista etíope Mulatu
Astatke, de 69 anos, mas ele acabou adiando sua vinda.
—
Mulatu tem uma turnê marcada para a Europa e a Ásia — conta Robson. — Ele viria
ao Rio antes, mas sua produção preferiu preservá-lo de tantas viagens. Ele
confirmou sua vinda no dia 20 de janeiro, feriado de São Sebastião, quando
teremos uma edição especial do festival na Praia do Leblon.
Sendo
assim, o Leblon Jazz Festival começa hoje, às 21h, no Vizta, no hotel Marina
Palace, com o pianista Gilson Peranzzetta. Amanhã, às 22h, o festival chega ao
Esch Café, com a apresentação de Dino Rangel (guitarra) e Marcel Powell
(violão).
O
festival em sua faceta tradicional, de shows gratuitos, acontece no sábado, a
partir das 13h, quando um cortejo musical liderado pela Monte Alegre Hot Street
Band percorrerá toda a Rua Dias Ferreira, onde estará o palco.
—
Os músicos têm a missão de arregimentar o público pelas ruas — empolga-se o
produtor.
As
apresentações começam em seguida, com o saxofonista Joel Ferreira e seu
quarteto, que terão como convidados o violoncelista Lui Coimbra e a rapper
gaúcha Lica Tito. Em seguida, tocam o grupo mineiro Dibigode Instrumental, o
carioca Bondesom, o Iconili, também mineiro, e o carioca Afro Jazz.
Na
ausência de Mulatu, o festival arrumou um show raro, de um artista pouco
frequente nos palcos: Ed Motta reunirá uma banda para tocar “The Dwitza
Project”, show que reúne seus dois discos instrumentais, “Dwitza”, de 2002, e
“Aystelum”, de 2005.
—
É um show que me leva a um transe — define Ed, que tocará teclados à frente de
um sexteto. — É muito mais fácil do que tocar música pop.
O
transe instrumental está marcado para as 20h30m.
Leia
mais sobre esse assunto em
http://oglobo.globo.com/cultura/festival-de-jazz-gratuito-vai-ganhar-as-ruas-do-leblon-6664073#ixzz2BdRkFeqV
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