São
Paulo é a única cidade na América Latina a figurar entre os 12 maiores centros
culturais do mundo, segundo dados do World Cities Culture Report. As outras
cidades são Londres, Paris, Berlim, Nova York, Tóquio, Istambul, Johannesburgo,
Xangai, Sydney, Cingapura e Mumbai. Encomendado pela prefeitura de Londres e
divulgado em agosto, o estudo mede 60 indicativos nas áreas de literatura, cinema,
artes visuais, artes do espetáculo e em setores novos, como o de games.
Para
a economista Lidia Goldenstein, especializada em economia criativa, cultura é
"a política industrial deste século. O setor mais importante na geração de
emprego e renda na sociedade moderna". Para ela, o Brasil ainda está muito
atrasado na compreensão da economia criativa. "Aqui, isso ainda é visto
como algo circunscrito à cultura ou às políticas de inclusão social. Muito
diferente dos países que estão levando a sério, entre eles a Inglaterra e a
China, que colocou o tema no seu plano quinquenal."
São
Paulo tem números surpreendentes a exibir. Tem 869 livrarias, número superior ao de Londres (802), ou Nova York
(750). Os cinemas paulistanos recebem cerca de 50 milhões de espectadores, mais
do que Tóquio, Londres, Berlim e Cingapura. Em termos de infraestrutura, os
números são tímidos. Só existem 282 telas de cinema em São Paulo, menos do que
as cidades europeias e também Johannesburgo (368) e Xangai (670). Em número de
salas de teatro, São Paulo apresenta 116 salas, atrás de cidades como Paris,
com 353.
Já
em relação às bibliotecas, São Paulo tem um dos piores índices, com apenas 116
unidades, contra 383 de Londres, 830 de Paris e 477 de Xangai. Esses números se
refletem também na quantidade de livros emprestados por ano. Em Nova York,
foram 68 milhões de livros retirados das bibliotecas em 2010, em Paris, 47
milhões. Em São Paulo, apenas 840 mil
livros. (veja todos os dados no site da pesquisa, aqui:
http://www.worldcitiesculturereport.com/)
Nenhum comentário:
Postar um comentário