segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

FICARELLI, MARIO (1935)



Obteve vários prêmios em concursos de composição no país e no exterior. Possui diversas obras editadas no Brasil, Europa e Estados Unidos, contando em seu catálogo mais de 120 obras para diversas formações desde solo, duos, trios, etc. até música sinfônica, coral e uma ópera. Dedicado também ao magistério, lecionou composição e outras disciplinas desde 1981, na Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, onde é professor Livre Docente em composição, tendo sido eleito Chefe do Departamento de Música por três mandatos. É membro da Academia Brasileira de Música desde 1994, da Sociedade Brasileira de Música Contemporânea desde 1995 e da SUISA – Zurique- Sociedade Arrecadadora de Direitos Autorais, desde 1992. Em 2006 publicou um livro de Harmonia Funcional. No segundo semestre de 2011 será lançado o livro que traduziu e revisou “Contraponto baseado sobre o sistema dodecafônico” de E. Krenek. Ainda nessa mesma data será lançado o seu método de ensino musical “Musissimphos” para prática musical de crianças em formação de orquestra, contendo 81 peças originais e 66 orquestrações de músicas do repertório original para piano, pela Editora Algol.
       
Em 1975 participou da Tribuna Internacional de Compositores, em Paris, regendo sua própria obra. Transfigurationis*), encomendada pela Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, estreou em 1981, valendo-lhe na ocasião o prêmio da APCA-Associação Paulista de Críticos de Arte, cuja obra teve a estréia européia em 1988 pela Orquestra Sinfônica Tonhalle de Zurique, e em 1992 teve três execuções pela Orquestra Sinfônica Bruckner de Linz, na Áustria.

Em 1992 estreou com sucesso sua Sinfonia No.2 “Mhatuhabh”*), em Zurique, sob a regência de Roberto Duarte frente a Orquestra Sinfônica Tonhalle a qual lhe encomendou a obra. Em 2006 essa Sinfonia foi apresentada pela Orquestra Sinfônica de Moscou. Em 1995, quando da estréia desta Sinfonia em São Paulo, com a OSESP, obteve novamente o prêmio da APCA. Ainda em 1992 compôs a 3a. Sinfonia*), na Suíça, onde residiu por um ano.   Sua estréia mundial ocorreu em abril/maio de 1998 sob a regência de Roberto Duarte a frente da OSESP - Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo. Mais uma vez a APCA outorgou-lhe o prêmio de melhor obra sinfônica de 1998. No início de 1999 compôs Concertante*) para sax alto e orquestra - encomenda do Conservatório de Tatuí-SP, aí estreada pelo renomado solista norte-americano Dale Underwood.

Em 1996, sua Missa Solene (1996) para coro e solistas infantis, órgão e percussão, foi estreada na Hungria e parcialmente executada no Vaticano com a presença do Papa João XXIII. Compôs, entre 1997 e 1998, 3 Quintetos para quarteto de cordas com oboé, com trompa e com viola*); Suite para Metais, Cordas e Tímpanos, estreada na Suíça; Prelúdio e Toccata, para violino, violoncelo e piano, lançado em CD em março de 2011; Tempestade Óssea para percussão; (gravação em CD pelo Grupo de Percussão da UNESP), além de ter sido executada em 19 cidades norte-americanas pelo Grupo PIAP em 2010; no final de 2009 foi lançada gravação em CD pelo Grupo Durum de Percussão, o Ensaio-90 para trio.

Durante o segundo semestre de 2010 atuou como Curador da Transversal da Música no Tempo para a realização de 22 concertos de música de câmara dentro do projeto de revitalização da Sala Funarte (Ministério da Cultura do Governo Federal). 

Ficarelli é verbete em inúmeras publicações, incluindo o Dicionário Grove de Música e Who’s Who in the World."

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