Enquanto
o Oriente Médio experimenta uma trégua entre Israel e os extremistas do Hamas,
o pianista e regente Daniel Barenboim continua sua incansável busca pela
integração de judeus, árabes e palestinos.
Ao
completar 70 anos no mês passado, ele anunciou a criação, em Berlim, de uma
academia para a formação de jovens músicos daquela região.
Trata-se
de mais uma empreitada de Barenboim, nomeado embaixador da paz pela ONU,
premiado e condecorado pelos projetos musicais que toca em Israel, nos
territórios palestinos e na Europa.
A
revista "Spiegel" chama de "império Barenboim" seu conjunto
de escolas, orquestras e fundações.
Nascido
na Argentina, Barenboim adquiriu as cidadanias espanhola, israelense e
palestina. É tido como o único israelense no mundo com a nacionalidade
palestina.
Para
a nova academia, o dirigente recebeu da Alemanha, sua pátria adotiva, 20
milhões de euros (R$ 54 milhões). Outros oito milhões podem vir de doações
particulares.
A
partir de 2015, cerca de 60 bolsistas terão ali aulas de música, história e
filosofia. Depois de formados, devem integrar a Orquestra Divã
Ocidental-Oriental, criada pelo maestro há mais de dez anos, com sede em
Sevilha.
A
imprensa alemã aclamou a iniciativa. Só algumas instituições de Berlim torceram
o nariz, como os teatros, que penam com a falta de verba que impera na cidade.
Veja Daniel Barenboim regendo a Orquestra Divã Ocidental-Oriental em
bit.ly/dbarenboim.
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