terça-feira, 18 de dezembro de 2012

O império de Barenboim: um maestro pela paz



Enquanto o Oriente Médio experimenta uma trégua entre Israel e os extremistas do Hamas, o pianista e regente Daniel Barenboim continua sua incansável busca pela integração de judeus, árabes e palestinos.
Ao completar 70 anos no mês passado, ele anunciou a criação, em Berlim, de uma academia para a formação de jovens músicos daquela região.
Trata-se de mais uma empreitada de Barenboim, nomeado embaixador da paz pela ONU, premiado e condecorado pelos projetos musicais que toca em Israel, nos territórios palestinos e na Europa.
A revista "Spiegel" chama de "império Barenboim" seu conjunto de escolas, orquestras e fundações.
Nascido na Argentina, Barenboim adquiriu as cidadanias espanhola, israelense e palestina. É tido como o único israelense no mundo com a nacionalidade palestina.
Para a nova academia, o dirigente recebeu da Alemanha, sua pátria adotiva, 20 milhões de euros (R$ 54 milhões). Outros oito milhões podem vir de doações particulares.
A partir de 2015, cerca de 60 bolsistas terão ali aulas de música, história e filosofia. Depois de formados, devem integrar a Orquestra Divã Ocidental-Oriental, criada pelo maestro há mais de dez anos, com sede em Sevilha.
A imprensa alemã aclamou a iniciativa. Só algumas instituições de Berlim torceram o nariz, como os teatros, que penam com a falta de verba que impera na cidade. Veja Daniel Barenboim regendo a Orquestra Divã Ocidental-Oriental em bit.ly/dbarenboim.

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