quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Projeto "Momentos Preciosos"


O projeto “Momentos Preciosos” foi idealizado pelo Conservatório Heitor Villa Lobos, localizado no Cambuci bairro da zona leste paulista, e consistiu na realização do registro sonoro de parte da obra do compositor Flávio Romano
Scognamiglio e na apresentação do “Momentos Preciosos in Concert” concerto fechado realizado no Espaço Promon no dia 30 de outubro.
A Professora Amália Vincenzo, diretora do Conservatório e produtora do projeto, através da indicação do Maestro Rodrigo Vitta, contratou o Voz Ativa Madrigal para interpretar as obras para coral.
As orquestrações e arranjos vocais das composições para orquestra e coral tiveram a assinatura do Maestro Rodrigo Vitta, que também esteve à frente dos músicos durante todo o projeto.
Foto: Natalia Miranda - Estúdio do Gato - SP.

Músicos querem Minczuk fora da Orquestra Sinfônica Brasileira

Orquestra Sinfonica Brasileira (OSB), com a regência de Roberto Minczuk
RIO - Os 62 músicos da Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) formalizaram nesta quarta, 22, o pedido de afastamento de seu maestro e diretor artístico, Roberto Minczuk, junto à fundação que a administra. Insatisfeitos há algum tempo, os instrumentistas tomaram a decisão - unânime, segundo alguns deles -, na terça-feira, em assembléia. Apesar de garantirem que o próximo concerto, na Sala São Paulo, marcado para sábado, será realizado, eles sustentam que não aceitam mais ser regidos por Minczuk, que está no cargo desde 2005.
A insatisfação não vem de hoje, e se deve, conforme relatos informais (com medo de represálias, ninguém quer ter a identidade divulgada), ao fato de o maestro se ausentar com freqüência dos ensaios, por conta de suas múltiplas atividades - é diretor artístico do Teatro Municipal do Rio e da Filarmônica de Calgary, no Canadá.
O tratamento dispensado pelo maestro aos músicos é outro motivo de descontentamento (ele é tido como ríspido e autoritário), assim como o acordo coletivo apresentado a eles, com vigência a partir de janeiro de 2009, que prevê dedicação exclusiva à OSB, além do aumento da carga de trabalho. Eles também temem nova leva de demissões.
O maestro foi procurado pelo Estado na tarde desta quarta-feira, mas disse, através de uma assessora pessoal, que não se manifestaria enquanto não fosse oficialmente informado pela Fundação OSB sobre seu posicionamento. Na terça, Minczuk chegou a se reunir com os músicos, mas eles mantiveram sua posição. Já a assessoria da orquestra informou que o presidente da fundação, Eleazar de Carvalho Filho, chegará de Nova York nesta quinta, 13, e só então tomará conhecimento da situação.
Somente o conselho curador da OSB, formado por 12 pessoas, tem o poder de decidir sobre uma questão como essa. De acordo com a assessoria, o pedido dos músicos não havia sido formalizado até o fim da tarde de hoje. Preocupados, os instrumentistas esperam por um encontro com Carvalho Filho para expor suas razões. Fazem questão de assegurar que não se trata de uma greve, e que, portanto, tocarão normalmente no sábado (o concerto terá como convidado o violonista Yamandú Costa).
"O concerto de São Paulo vai sair de qualquer maneira. Quem pagou vai assistir a uma bela OSB", afirmou Ubiratã Rodrigues, violinista que preside a comissão dos músicos. Rodrigues prefere não dar declarações sobre os motivos que levaram ao pedido de demissão do maestro até que a fundação se pronuncie.
Uma das mais tradicionais orquestras do País, a OSB é mantida pela Vale e pela prefeitura do Rio. Há três anos, Minczuk assumiu o cargo no lugar de Yeruham Scharovsky (os músicos apoiavam outro nome). Na época, o regente disse estar realizando um sonho antigo, por ter estreado na OSB, como primeiro-trompista. Ele chegou com o status de ter sido regente associado da Filarmônica de Nova York, ter conduzido as filarmônicas de Israel e Londres e participado da revitalização da Osesp, como assistente do maestro John Neschling (hoje seu desafeto).
Conhecido por ser extremamente exigente - já foi chamado de o "Bernardinho da música erudita", na comparação com o técnico da Seleção Brasileira de Vôlei Masculino -, ele é reconhecido, por críticos e os próprios músicos, como responsável por uma melhora substancial da qualidade dos concertos da OSB. E também por ter conseguido elevar os salários.
O relacionamento com os músicos, no entanto, vem azedo há algum tempo, por conta de demissões e de seu temperamento. Minczuk foi alvo de outro pedido como o feito pelos instrumentistas da OSB, por parte dos corpos artísticos (orquestra, coro e balé) do Municipal. Os funcionários solicitaram seu afastamento também por suas ausências constantes.

Disponível em: http://www.estadao.com.br/arteelazer/not_art264532,0.htm
Acesso em: 22 de outubro 2008
Colabação: Luciana Pansa

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Projeto Música Preta

No ùltimo dia 05 de outubro, o Voz Ativa Madrigal entrou em estúdio para o segundo dia de gravação do Cd do primeiro registro fonográfico do mais recente projeto do grupo, o Projeto Música Preta. As gravações iniciaram-se no dia 14 de setembro, ocasião em que o grupo gravou "Deep River" e "Amazing Grace". Neste final de semana acrescentaram-se mais três faixas ao cd, são elas: "Roll Jordan Roll", "Ride the Chariot" e "Climbin’ up the Mountain".
Conforme previsto em cronograma, as peças gravadas até o momento são à capella. No entanto este trabalho também apresentará obras que serão acompanhadas e já no próximo dia de estúdio o grupo iniciará a gravação de peças acompanhadas por piano.
Giba Estebez foi o pianista convidado para participar deste projeto e será responsável pelos arranjos para piano e também será o intérprete que acompanhará o grupo tanto nas gravações quanto nos concertos e apresentações de Negro Spiritual.


Pesquisador australiano diz que mulher de Bach compôs obras

SYDNEY - Um acadêmico australiano diz ter encontrado provas de que a mulher de Johann Sebastian Bach compôs várias das obras mais aclamadas do compositor. Depois de mais de 30 anos de pesquisas que envolveram a polícia forense, o professor Martin Jarvis diz que pode provar claramente que Anna Magdalena Wilcke, a segunda mulher de Bach, escreveu vários dos manuscritos atribuídos a seu famoso marido. "Não duvido de que os 'conjuntos de violoncelo' não foram escritos por Johann Sebastian", disse Jarvis, que também rege a orquestra de Darwin, à Reuters. O investigador de estilos musicais pessoais suspeitou do trabalho de Bach quando era estudante da Academia Real de Música de Londres. Ao tocar os 'conjuntos de violoncelo', ele se convenceu de que havia algo errado. "Em 2001, eu desconstruí os fragmentos das obras e escrevi 18 razões que provam que elas não foram compostas por Bach", disse Jarvis. Ao longo dos anos, ele disse ter encontrado dois famosos manuscritos de Bach, ambos de 1713, com a letra de Magdalena. "Considerando que encontrei manuscritos de datam de sete anos antes dela ter conhecido Bach, você tem de se perguntar se há algo errado", disse Jarvis à Reuters. Ele se convenceu quando obteve uma cópia do manuscrito. Aplicando análises forenses, ele a examinou cuidadosamente e descobriu que a inscrição "Ecrite par Madam Bachen" ("escrito por madame Bachen", em vez de "copiado por") na capa do manuscrito, na letra de um músico amigo de Bach. "Então você junta todas essas peças e parece haver provas contundentes de que ela estava envolvida", disse Jarvis. Bach se casou com Anna Magdalena em 1721 e morreu em 1750.


Disponível em: http://www.estadao.com.br/arteelazer/not_art253331,0.htm
Acesso em: 10.10.08
Colaboração: Luciana Pansa

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Giba Estebez


Giba Estebez é reconhecido pianista de jazz. Possuidor de intensa carreira participou de projetos ao lado de consagrados nomes da MPB e é atualmente um dos mais importantes pianista popular de sua geração.
De sólida formação acadêmica (Licenciatura plena em música, Bacharelado em composição, Pós- graduação em música popular brasileira.), além de trabalhos como pianista, tem se dedicado a arranjos (foi responsável pelos arranjos e pela direção musical do último cd da cantora Claudete Soares e recentemente acompanhou a cantora Lucinha Lins em temporada de shows) e a composições não só para seu instrumento, mas também para grupos de câmera e formações sinfônicas. Seu trabalho composicional atual é focado em gêneros e estilos pós tonais.
Giba Estebez será responsável pelos arranjos de piano e também será o intérprete que acompanhará o Voz Ativa nas gravações e nos concertos e apresentações na primeira fase do projeto "Música Preta", fase dedicada ao Negro Spiritual.
Conheça um pouco mais do trabalho de Giba Estebez acessando o link abaixo.

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Oquestra Sinfônica Nacional faz sua estréia no exterior

A Orquestra Sinfônica Nacional, sob regência da maestrina Ligia Amadio , fez seu primeiro concerto internacional no último dia 25/09, desde que foi criada, em 1961. O concerto foi realizado no Teatro Avenida, em Buenos Aires, para um público de 2.000 pessoas. É uma espécie de pré-estréia da turnê internacional que o conjunto fará em junho de 2009, passando por Paris, Lisboa e Roma. A viagem tem apoio da diplomacia brasileira e representa um importante intercâmbio cultural para o país. Assim, o grupo retoma a missão de sua fundação, que é a de levar música brasileira para o exterior.
A solista convidada para as apresentações foi a pianista Linda Bustani. Uma prévia do repertório pôde ser conferida no dia 21/09, em concerto realizado no Teatro Municipal do Rio. O programa mescla peças de Heitor Villa-Lobos (Bachianas brasileiras nº 7) e Alberto Ginastera (Ollantay), ícones dos dois países, Brasil e Argentina. Traz ainda três danças de Camargo Guarnieri e o concerto para piano e orquestra, em sol, d o francês Maurice Ravel.
A regente conhece bem a platéia argentina. Já foi convidada para reger no Teatro Colón, atualmente em reformas, inúmeras vezes. A inclusão da peça de Ginastera é uma homenagem ao compositor, cuja produção – considerada completa por incluir obras para diversos instrumentos, orquestra, balé e ópera – influenciou até o rock progressivo de bandas como Yes, Genesis, Emerson Lake & Palmer e Pink Floyd

Jornal do Brasil
Disponível em: http://www.jbonline.com.br/ / Acesso em: 03.10.2008

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Origem do Oratório

Em 1575, a Igreja de Santa Maria in Valicella, recém-construída no bairro romano de Parione, foi designada pelo Papa Gregório XIII como sede de uma nova congregação, cuja direção foi confiada a Filippo Neri, depois beatificado. Grande educador, promovendo sempre leituras da Bíblia em cujos círculos homens do povo se misturavam a intelectuais e mucisistas, São Filippo percebeu o enorme poder da música como ferramenta de divulgação da fé e criou o hábito, em sua igreja, de apresentar aos fiéis os laudi spirituali, em que várias vozes cantavam em coro cantando histórias de fundo religioso e espiritualista. Com o tempo, essas peças foram se tornando mais longas e mais elaboradas e se constituíram num gênero com características próprias, que assumiu o nome da comunidade onde surgiu. Como o núcleo de Neri se denominava Congregazione Dell’ Oratorio, aquele tipo de espetáculo passou a chamar oratório.
Assim como a ópera, o oratório contava uma história, através do canto de solistas e coro apoiado por uma orquestra. Mas, ao contrário da ópera, não fazia uso de enenação, cenários e figurinos. Em seus inícios os argumentos eram de cunho espiritual e religioso. Os oratórios de compositores católicos narravam vidas de santos, enquanto os escritos por protestantes tinham textos extraídos diretamente da Bíblia. Depois, incorporaram argumentos seculares.
Florescente no período barroco, o oratório encontra em Georg Friedrich Handel um dos seus maiores expoentes. (...)

Sergio Casoy
(Pesquisador de música lírica e professor conferencista da História da Ópera na ECA/USP)
Programa de concerto OSESP – Setembro 2008