sexta-feira, 30 de março de 2012

Entrevista com o compositor Amaral Vieira pelo Guia Erudito



Nascido em São Paulo em 1952, é um dos mais versáteis e completos músicos brasileiros de sua geração.


Após estudos musicais no Brasil com Souza Lima e Artur Hartmann, ingressou no Conservatoire Supérieur de Musique de Paris onde foi orientado por Lucette Descaves e Olivier Messiaen. Diplomado pela Faculdade Superior de Música de Freiburg, Alemanha, foi convidado pelo British Council a aperfeiçoar seus conhecimentos em Londres com Louis Kentner, que foi discípulo de um aluno pessoal de Liszt.
Suas realizações fonográficas, como compositor e/ou como intérprete, contam com mais de 120 títulos (editados em LPs, Cassetes e CDs), apresentando um vasto repertório, com ênfase especial para Liszt, e suas próprias composições, que ultrapassam 500 obras. Essas gravações estão sendo distribuídas no Brasil, Europa, Japão e Estados Unidos.

Recebeu inúmeras distinções: 10 prêmios como pianista, 17 como compositor e mais de 50 distinções em reconhecimento ao seu trabalho artístico no Brasil, França, Alemanha, Inglaterra, Hungria e Japão.
Ocupou a Presidência da Sociedade Brasileira de Musicologia no triênio 1993/1995; em 1998 o compositor tomou posse da Presidência da Sociedade Brasileira de Música Contemporânea, tendo terminado seu mandato em dezembro de 2001. Foi Presidente da Fundação Conservatório Dramático e Musical de São Paulo de 2001 a 2008.

É responsável desde 1989 (21 anos no ar) pelo programa de música sacra Laudate Dominum que vai ao ar todos os domingos na Cultura FM de São Paulo e também aos domingos na Rádio Sodré de Montevidéu (Uruguai).
Suas tournées de concertos incluíram, afora o Brasil, quase todos os países da Europa, América do Sul, Oriente Médio, China, Japão e Taiwan.

Em outubro/novembro de 2010 realizou sua nona tournée no Japão (incluindo desta vez também 4 concertos em Taiwan), chegando assim, somente no Japão, desde 1994, ao espantoso marco de 264 concertos em mais de 200 cidades.
No mês de julho de 2008, o pianista foi agraciado com o prêmio “2008 Golden Laurel Award”, outorgado pela “The Delian Society” pelo conjunto de sua obra. É a primeira vez que esta distinção é conferida a um compositor brasileiro. O prêmio é concedido uma vez ao ano a um único compositor vivo do mundo inteiro, entre os indicados por membros da sociedade e, a escolha final, ratificada por uma comissão internacional.

Em dezembro de 2010 foi apresentada, no Teatro do MASP (SP), a estréia mundial de sua “Cantata de Natal” opus 327 para solistas, coro a 4 vozes, dois pianos, saxofone, tímpano e percussão. Em abril de 2011, no Domingo de Páscoa aconteceu a estréia mundial de sua mais recente composição, a “Missa Paschalis” opus 328 para coro e orquestra, na Catedral da Sé de São Paulo.
Em junho 2011 aconteceu a estréia holandesa de seu Stabat Mater para solistas, coro e orquestra de cordas, já antes executado no Brasil e na Alemanha.

Amaral Vieira é um artista credenciado pela mais prestigiosa marca de pianos do mundo, Steinway and Sons.

Guia Erudito: Como andam os trabalhos de composição de Amaral Vieira? Teremos alguma estréia neste ano?
Amaral Vieira: O meu catálogo de composições contém mais de 500 obras nos mais variados gêneros musicais. É natural que um compositor ativo tenha os olhos voltados para o futuro e esteja sempre empenhado na criação de novas obras. No entanto, a produção já existente também requer de tempos em tempos um trabalho de ‘manutenção’. Tendo isso em mente, pretendo dedicar boa parte de 2012 à revisão e correção das minhas obras que já foram contratadas para publicação. Muitos dos meus manuscritos foram editorados digitalmente e aguardam (impacientemente) pelas devidas correções e eventuais modificações. Trata-se de um trabalho minucioso, pessoal e intransferível, que requer muito tempo e dedicação. Nesse sentido, tomei a decisão de fazer de 2012, no tocante à criação de novas obras, um ano sabático, no qual estarei inteiramente concentrado na preparação de mais de 20 títulos para o mercado editorial norte-americano e G.E.: E as gravações? Alguma previsão de um novo CD?

A.V.: Novos CDs serão lançados no exterior. A gravação holandesa do meu Stabat Mater acaba de chegar ao mercado europeu, com excelente receptividade. Estou em tratativas com o selo Sunrise Corporation de Taiwan, um dos mais importantes da Ásia, para o lançamento, possivelmente ainda neste ano, de um CD duplo contendo o repertório que toquei dois anos atrás em várias cidades daquele país. Ainda dentro do conceito de ano sabático já mencionado na resposta anterior, pretendo digitalizar, em 2012, boa parte das gravações que fiz nas décadas de 1970~1980, com especial ênfase para o resgate das obras de Liszt.asiático.
G.E.: No ano passado tivemos a estréia da Missa Paschalis e da Cantata de Natal no Brasil, que são composições que privilegiam o canto. Como foram compostas estas obras? Como foi a estréia delas aqui?

A.V.: Na realidade, a Cantata de Natal para solistas, coro e conjunto instrumental foi estreada no MASP em dezembro de 2010, poucas semanas após a volta da tournée que fiz no Japão e em Taiwan. Já a Missa Paschalis para coro e orquestra foi apresentada pela primeira vez na Catedral da Sé de São Paulo no Domingo de Páscoa de 2011. Essas duas obras deram continuidade à minha produção de obras sacras, gênero ao qual tenho me dedicado há quase 30 anos com grande afinco. Tanto a Cantata (que foi a segunda Cantata de Natal que compus) como também a Missa (a minha quarta Missa) foram obras encomendadas especialmente para as ocasiões em que foram apresentadas. Gosto muito de compor para datas específicas, como Natal e Páscoa, no caso em questão. As estréias das duas obras foram muito gratificantes e realizadas com grande profissionalismo. O coro convidado para as duas estréias foi o excelente Voz Ativa Madrigal, dirigido por Ricardo Barbosa na Cantata de Natal e por Naomi Munakata na Missa Paschalis. As interpretações foram primorosas e corresponderam às minhas expectativas.
G.E.: Também no último ano foi apresentado o seu Stabat Mater na Holanda. Você foi convidado para os ensaios finais e apresentações. Ficou contente com o resultado?

A.V.: Fiquei profundamente satisfeito com o resultado. O Coro da Cidade de Haarlem é um conjunto excepcional e um dos melhores de toda a Holanda. Dirigido pelo maestro e compositor Reyer Ploeg tem se dedicado especialmente à divulgação do repertório coral contemporâneo. Os concertos foram muito emocionantes e recebidos do modo mais caloroso possível pelas platéias, que lotaram todas as apresentações. Havia grande expectativa em relação à estréia holandesa de um Stabat Mater escrito por um compositor brasileiro. As partes vocais solistas foram interpretadas por cantores de quatro países diferentes (Espanha, Holanda, Bolívia e Islândia), o que concorreu ainda mais para o espírito cosmopolita das apresentações. Já mencionei que o CD com o meu Stabat Mater gravado pelo Coro de Haarlem chegou recentemente às lojas da Holanda e de vários países europeus. Ao lado do meu Stabat Mater, este CD contém ainda obras sacras de Morten Lauridsen e de Eric Whitacre, dois compositores contemporâneos de grande destaque internacional.
G.E.: Para a tournée de 2010 no Japão e Taiwan você compôs duas obras que foram grande sucesso de vendas: Aquarelas Japonesas e Aquarelas Taiwanesas. Conte-nos um pouco sobre estes trabalhos.

A.V.: Foi o modo que encontrei de homenagear esses dois países que tanto têm prestigiado o meu trabalho musical. Na realidade tanto as Aquarelas Japonesas como também as Aquarelas Taiwanesas utilizam melodias tradicionais muito conhecidas mundialmente. Dei a elas um tratamento pianístico bastante elaborado, para que pudessem ser apresentadas nas salas de concerto ao lado do repertório internacional erudito já consagrado. Juntamente com o CD, a partitura das Aquarelas Japonesas foi publicada pelos meus editores no Japão, Little Star Music Management. O CD taiwanês foi lançado durante a minha tournée pelo selo Sunrise Records. Para minha alegria, a acolhida que essas obras tiveram por parte das platéias do Japão e de Taiwan superaram as minhas melhores expectativas. É uma pena que esses CDs não tenham sido lançados também no Brasil
G.E.: Este ano você completa 60 anos de idade. Que apresentações marcarão esta importante data?

A.V.: Uma bela celebração está sendo esta entrevista para o Guia Erudito! Sei que algumas homenagens estão sendo organizadas. Em Londres, haverá a estréia inglesa da minha Grande Sonata Sinfônica para piano a quatro mãos, na interpretação da pianista japonesa Kazuko Kobayashi e do pianista anglo-argentino Alberto Portugheis. Ambos já tocaram essa obra alguns anos atrás em estréia japonesa no Tokyo Bunka Kaikan, um dos principais teatros do Japão. Na Itália, o Duo di Firenze tocará em várias cidades o meu Concerto Scorpius para dois pianos, obra que tocou pela primeira vez nos Estados Unidos no Festival de San Francisco do ano passado. Um concerto em Nova York também está sendo organizado, mas não tenho ainda os detalhes. No Brasil, só estou sabendo de um concurso de piano em minha homenagem, promovido pelo Conservatório Villa-Lobos da Fundação Instituto Tecnológico de Osasco, por iniciativa da pianista Valdilice de Carvalho. Mas quero crer que os meus 60 anos serão lembrados pelas entidades e pelos músicos brasileiros. Devem estar preparando boas e agradáveis surpresas para mim. Mas ficarei sabendo somente na

OCAM – Orquestra de Câmara da USP no Ibirapuera


A OCAM, Orquestra de Câmara da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, inicia temporada de 2012 e apresenta novos integrantes. Neste concerto mostra obras dos compositores Wolfgang Amadeus Mozart (1756-1791), Joseph Haydn (1732-1809) e Johannes Brahms (1833-1897). A regência será do maestro Gil Jardim.
A OCAM foi criada em 1995 pelo maestro Olivier Toni, com o propósito de dar suporte às atividades pedagógicas desenvolvidas no Departamento de Música, propiciando, aos alunos de instrumentos, a prática necessária rumo a uma profissionalização competente. Através do programa ECA USP Santander Universidades, a OCAM, desde 2002, tem o patrocínio do Santander. A Ocam tem direção artística e regência titular de Gil Jardim.
O maestro Gil Jardim é também professor Livre Docente e Chefe do Departamento de Música da
Escola de Comunicações e Artes da USP. Realizou sua graduação no Departamento de Música da ECA-USP, tendo aulas com Olivier Toni, Gilberto Mendes, Willy Correa de Oliveira e Jean Noel Shagard, entre outros. Entre os trabalhos no exterior o maestro já dirigiu orquestras como a Brooklyn Academy of Music Symphony Orchestra, de Nova York; a Royal Phillarmonic Concert Orchestra, de Londres; a Camerata Mexicana; a Orquestra Regionalle del Lazio i Roma e a Orquestra de Camara Mayo, de Buenos Aires.
Programa:
W. MOZART……………………Divertimento para Cordas, KV 136, em Ré Maior
 J. HAYDN……………………..Sinfonia nº. 83, em Sol menor, La poule
 J. BRAHMS……………………Variações sobre um Tema de J. Haydn, Op. 56a
 ……………………Danças Húngaras no. 1, 3 e 10

Dia:
1 de abril

Horários:
Domingo, 11h
Duração:
60 min (aproximadamente)

Ingressos:
GRATUITO. Plateia externa do Auditório Ibirapuera
Classificação Indicativa:
Livre para todos os públicos

Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2012

Lançados editais para ocupação de galerias em quatro estados brasileiros

A Funarte publicou, no dia 6 de março, quatro editais do Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2012. Válidos para todo o Brasil, os editais selecionam projetos de exposições, a serem realizadas nos espaços de artes visuais de Recife (PE), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF) e São Paulo (SP).
Estão habilitadas a participar pessoas físicas, envolvidas com as artes visuais. O (a) participante pode também representar coletivos de artistas, ou pode, ainda, ser representado (a) por uma pessoa jurídica. Os editais foram  publicados no Diário Oficial da União, nº 45, Seção 3, páginas 12 a 17.
 O objetivo do Prêmio Funarte de Arte Contemporânea é estimular a multiplicidade e a diversidade de linguagens e tendências, em seus vários tipos de manifestação, estimular a produção artística e promover sua difusão, bem como a reflexão e a troca de informações por toda a comunidade ligada às artes visuais. Todas as ações ou produtos gerados pelo Prêmio serão gratuitos. Além disso, os editais do Prêmio dão ampla liberdade quanto às linguagens a serem utilizadas nos projetos, que podem ser direcionados a qualquer público.
 Os projetos com inscrição validada serão analisados por comissões de seleção independentes. Elas serão compostas de um representante da Funarte; os demais serão convidados, por notório e amplo conhecimento da produção nacional de artes visuais. A Funarte apenas acompanha e preside os trabalhos desta comissão, não influenciando no resultado final.
 Entre os resultados planejados na proposta, devem ser previstas as possíveis contribuições ao conhecimento e à difusão de processos criativos em artes visuais. Na elaboração dos projetos, devem também ser considerados a qualidade, o planejamento e a divulgação necessários para a disponibilização dos resultados à sociedade, e ainda a adequação à arquitetura e às especificidades de cada espaço.

 Acesse abaixo as informações sobre cada edital:

Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2012 – Sala Nordeste de Artes Visuais Recife

 http://www.funarte.gov.br/edital/premio-funarte-de-arte-contemporanea-2012-sala-nordeste-de-artes-visuais-recife/

Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2012 – Galpão 5 – Funarte MG

 http://www.funarte.gov.br/edital/premio-funarte-de-arte-contemporanea-2012-galpao-5-funarte-mg/

Prêmio Funarte de Arte Contemporânea 2012 – Galerias Funarte de Artes Visuais – São Paulo

http://www.funarte.gov.br/edital/premio-funarte-de-arte-contemporanea-2012-galerias-funarte-de-artes-visuais-sao-paulo/

Coleção Aplauso disponibiliza acervo digital da cultura nacional


Preservar a memória da cultura nacional e democratizar o acesso ao conhecimento são os princípios da Coleção Aplauso, lançada pela Imprensa Oficial. Neste site você encontra biografias de artistas, cineastas e dramaturgos além de roteiros de cinema, peças de teatro e a história de diversas emissoras de TV. Todo esse acervo digital pode ser acessado gratuitamente. Em um clique, você viaja pela história do cinema, da televisão e do teatro brasileiro na companhia de seus principais protagonistas. Uma ação para estudantes, pesquisadores e interessados na história da nossa cultura.

Acesse a Coleção Aplauso:

ttp://aplauso.imprensaoficial.com.br/lista-livros.php

quinta-feira, 29 de março de 2012

Banda Sinfônica inicia série de concertos no MASP


A série “Domingo Sinfônico” apresenta um novo concerto, todo primeiro domingo do mês até novembro, no Auditório do Masp
A Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, corpo artístico do Governo do Estado e da Secretaria da Cultura, começa o mês de abril, na manhã do dia 1º, com a série intitulada Domingo Sinfônico, que vai apresentar ao público um total de nove concertos, sempre no primeiro domingo de cada mês, no Auditório do MASP.
Sob a regência do maestro Marcos Sadao Shirakawa, o concerto apresenta obras de compositores como Havens, Bernstein, Brahms, entre outros. E conta com a participação do contrabaixista Sérgio Oliveira como solista.
A primeira obra do programa, intitulada “Festival Overture”, foi composta pelo maestro norte-americano radicado no Brasil, Daniel R. Havens (1946), para a abertura do Festival de Campos do Jordão de 1985. Havens, inclusive, já foi maestro da Banda Sinfônica do Estado.
Na sequência as peças “Abertura em Ré”, do padre José Maurício Nunes Garcia (1767-1830), que ficou bastante conhecido por suas composições de música sacra; “Abertura para um Festival Acadêmico, Op. 80”, do alemão Johannes Brahms (1833-1897), “Exaltation – Overture for Band”, do americano James Swearingen (1953); “Comic Overture”, do espanhol Ferrer Ferrán (1966); e “Slava”, do também americano Leonard Bernstein (1918-1990).
Banda Sinfônica do Estado de São Paulo
Criada em 1989, a Banda Sinfônica do Estado de São Paulo é considerada um dos principais grupos sinfônicos do país e, em 1997, conquistou reconhecimento internacional após participar da 8º Conferência da WASBE (World Association for Symphonic Bands and Ensembles), na Áustria.
Além do repertório original e de transcrições de obras consagradas, a Banda Sinfônica tem a preocupação de executar música genuinamente brasileira e de estimular a criação de novas obras para essa formação instrumental. Parte deste trabalho está registrado nos CDs Suíte Tropical (2003) e Fantasia Amazônica (2004).
Composta por 82 músicos e reunindo instrumentos de sopro, madeiras, metais e percussão a Banda tem direção artística e regência titular do maestro Marcos Sadao Shirakawa e é administrada pelo Instituto Pensarte, Organização Social ligada à Secretaria de Estado da Cultura.
Marcos Sadao Shirakawa
Bacharel em Trombone pelo Departamento de Música da ECA-USP, estudou teoria e instrumento no Conservatório Dramático e Musical de São Paulo e no Conservatório Musical Brooklin Paulista.
Primeiro trombone da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, integrou a Orquestra Experimental de Repertório e Orquestra Sinfônica de Santo André e participou de vários Festivais de Música no Brasil- Campos do Jordão, Tatui, Prados, Argentina e Áustria.
Estudou regência com o Maestro Carlos Moreno e em 2005, atuou como Regente Convidado da I Conferência de Bandas Sinfônicas da África do Sul. Foi Regente Assistente da Banda Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo no período de 2000 à 2009.
Atualmente é Regente Titular da Banda Sinfônica do Estado de São Paulo e Regente da Banda Sinfônica de Cubatão. É também Professor de Trombone e Música de Câmara na EMESP "Tom Jobim" e Diretor do Programa BEC (Banda Escola de Cubatão).
Sérgio Oliveira
Nascido em São Paulo, iniciou seus estudos de contrabaixo no Conservatório de Tatuí com o Prof. Nicolaus Schevtschenko. Em 1983 foi premiado com uma bolsa de estudos para ingressar na Karajan Stiftung (Academia da Filarmônica de Berlin) para se aperfeiçoar com o primeiro orquestra sob a regência de maestros como: Herbert Von Karajan, Cláudio Abbado, Seiji Osawa, Carlo Maria Giulini, Ricardo Mutti, Eugen Jochum, André Previn, entre outros. Participou de gravações com a Filarmônica de Berlin, destacando-se entre elas as Sinfonias número 4 e 7 de Beethoven sob a regência de Karajan, a Sinfonia número 3 de Lutoslawisky, sob regência do próprio autor e a Sinfonia em Ré Menor de César Frank, com Carlo Maria Giulini.
Também tocou na Deutsche Oper Berlin durante um ano, participando de uma tournée pelo Japão por cinco semanas.
Retornando ao Brasil foi solista de importantes orquestras brasileira, tais como Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, Orquestra Sinfônica do Paraná, Orquestra Sinfônica de Brasília, orquestra Sinfônica de Santo André, Orquestra de Câmara de Curitiba, Orquestra de Câmara de Tatuí e Orquestra de Câmara Villa-Lobos com a qual foi solista em tournée pela Argentina. Foi também professor em diversos festivais de música: Festival de Campos do Jordão, de Londrina, de Curitiba, de Tatuí, de Poços de Caldas e do "Primeiro Festival Instrumenta Verano de Puebla" - México, ao lado de um renomado corpo docente internacional.
Atualmente exerce intensa atividade como solista e camerista atuando também como contrabaixista das seguintes orquestras; Banda Sinfônica do Estado de São Paulo, Bachiana Filarmônica e Orquestra de Câmara Villa-Lobos.
Também atua como professor da Escola de Música do Estado de São Paulo (EMESP).
Domingo Sinfônico
Dia: 01 de abril, às 11h
Local: Auditório do MASP - Av. Paulista 1578
Classificação etária: 10 anos
Capacidade: 374 lugares
Regência: Marcos Sadao Shirakawa

Concurso para Orquestra Sinfônica Municipal de Campo Grande (OSCG)


Estão abertas e vão até nove de abril as inscrições para seleção de instrumentistas para Orquestra Sinfônica Municipal de Campo Grande (OSCG), Mato Grosso do Sul. Os salários são de R$ 2.255,42 (R$ 1.695,53 e abono de R$ 559,89), para os cargos de nível superior; e R$ 623,99 para os cargos de nível médio.
Ao todo são 30 vagas para nível superior: 10 para violino, 03 para viola, 03 para violoncelo, 03 para contrabaixo, 02 para flauta, 02 para fagote, 02 para clarineta, 02 para trompa, 02 para oboé e 01 vaga para multi-instrumentista.  Para o nível médio, 06 vagas para violino, 02 vagas para viola, 02 vagas para violoncelo, 02 vagas para contrabaixo, 01 para flauta, 01 para fagote, 01 para clarineta, 01 para trompa, 01 Trompe, 01 para trombone e 01 para assistente de orquestra.
Confira aqui edital do concurso, ou pelos sites da FUNDAC/PMCG e da orquestra:
A OSCG
Criada em 2006, a OSCG desenvolve intensa atividade em Mato Grosso do Sul e já se apresentou com grandes solistas brasileiros e estrangeiros dos EUA, Itália, Coreia do Sul, Argentina, Suíça, Canadá, Paraguai, Bolívia e Uruguai, tendo executado várias primeiras audições.
Além disso, seus grupos camerísticos realizam intercâmbios em vários países da América Latina, tendo participando de festivais internacionais na Bolívia, Paraguai, Argentina e Chile.
A atuação da orquestra valoriza a música regional de Mato Grosso do Sul, com concertos que utilizam a viola caipira, ou viola brasileira, e a Viola de Cocho, e com parcerias com importantes nomes da mú­sica po­pular do estado
 

GRANDE FESTIVAL OSVALDO LACERDA


No próximo sábado, dia 31, às 18h30.
GRANDE FESTIVAL OSVALDO LACERDA
em homenagem aos seus 85 anos, que teria completado no dia 23 de Março .
Haverá tambem o lançamento de seu livro, inacabado, "CURIOSIDADES MUSICAIS " .
local : CULTURA INGLESA / VILA MARIANA
Rua Madre Cabrini, 413
promoção:
CENTRO de MÚSICA BRASILEIRA
ingressos : R $ 10,00 e R $ 5,00 ( estudantes e terceira idade )
sócios do CMB : entrada franca
duração : 1h50
programa:
Abertura por Dr. FERNANDO CUPERTINO , aluno de Osvaldo Lacerda, de 2005 a 2011

ORQUESTRA de CORDAS LAETARE - regência de MURIEL WALDMAN
Quarteto n* 1 ( transcrição do próprio autor para Orquestra de Cordas )

EUDÓXIA de BARROS - ( solos de piano ) :
Saudades de Oruro ( Valsa n* 6 )
Estudo n* 7

GILSON BARBOSA - ( oboé ) :
Improviso para oboé solo
Variações sobre "Carneirinho, carneirão" ( oboé e piano )
EUDÓXIA de BARROS ao piano

- JOSANI KEUNECKE ( mezzo Soprano ) e LENINE SANTOS ( Tenor )
acompanhados pelo pianista MARCELO PIMENTA
PROGRAMA de JOSANI KEUNECKE - mezzo soprano:
1. Bilhete àquela que ainda está por nascer (Osvaldo Lacerda / Paulo Bonfim)
2. O Menino Doente (Osvaldo Lacerda / Manoel Bandeira)
3. Canção à toa (Osvaldo Lacerda / Guilherme de Almeida)
4. Ladainha (Osvaldo Lacerda / Cassiano Ricardo)

PROGRAMA de LENINE SANTOS - tenor :
5. Duas Canções: Menina, minha menina, Trovas de Amigo (Osvaldo Lacerda / texto do folclore)
6. Minha Maria (Osvaldo Lacerda / Castro Alves)
7. A Valsa (Osvaldo Lacerda / Casimiro de Abreu)

PROGRAMA do Dueto
Josani Keunecke e Lenine Santos
ao piano: Marcelo Pimenta

8. Ponto de Mãe Sereia ( Osvaldo Lacerda / texto do folclore )
Diretoria
Eudóxia de Barros - Presidente
Fernando Cupertino - Vice-Presidente
Helena Marcondes Machado - 1ª Secretária
Fernanda Iervolino Rossini - 2ª Secretária
Sergio Rossini - 1* Tesoureiro
Tomasino Castelli - 2* Tesoureiro

FILIE-SE ao CENTRO de MÚSICA BRASILEIRA ! informações na bilheteria .

Toda a obra de OSVALDO LACERDA está sendo digitalizada , a longo prazo, pela ACADEMIA BRASILEIRA de MÚSICA ( vendas@abmusica.org.br )

MAM abre mostra do fotógrafo alemão Wolfgang Tillmans


Apaixonado pelas estrelas, o alemão Wolfgang Tillmans, de 43 anos, adotou lentes e telescópio para observar os astros ainda na infância. No entanto, seu olhar não se fixou apenas no céu e logo se voltou também ao caos aqui embaixo. Principal opositor da Escola de Düsseldorf - movimento fotográfico dos anos 1970, que se baseia numa organização lógica e matemática do universo -, Tillmans apresenta o mundo de forma esteticamente bela e limpa, mas repleta de diversidade. De olho no cotidiano, com foco em pessoas e objetos, seu trabalho nem sempre parece ter sentido, como a vida contemporânea. É essa visão que estampa a partir desta terça-feira a grande sala do MAM (Museu de Arte Moderna) na primeira exposição individual do artista na América do Sul.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Morre aos 88 anos no Rio o escritor Millôr Fernandes

Millôr Fernandes

Escritor morreu em casa, em Ipanema, na Zona Sul do Rio. Ele teve falência múltipla dos órgãos, segundo filho.
O escritor carioca Millôr Fernandes morreu aos 88 anos, às 21h de terça-feira (27), em casa, em Ipanema, na Zona Sul do Rio de Janeiro. Segundo Ivan Fernandes, filho do escritor, ele teve falência múltipla dos órgãos e parada cardíaca.
De acordo com a família, o velório está marcado para quinta-feira (29), das 10h às 15h, no cemitério Memorial do Carmo, no Caju, na Zona Portuária. Em seguida, o corpo será cremado.

Em 2011, o escritor chegou a ser internado duas vezes na Casa de Saúde São José, no Humaitá, Zona Sul. Na época, a assessoria do hospital não detalhou o motivo da internação a pedido da família.
Escritor, jornalista, desenhista, dramaturgo e artista autodidata, Millôr começou a colaborar com a revista "O Cruzeiro" aos 14 anos, conciliando as tarefas de tradutor, jornalista e autor de teatro. No final dos anos 1960, tornou-se um dos fundadores do jornal "O Pasquim", reconhecido por seu papel de oposição ao regime militar.

Escreveu nos anos seguintes diversos tipos de peças e se tornou o principal tradutor das obras de William Shakespeare no país.
Atualmente ele mantinha um site pessoal em que escrevia textos de humor e cartuns, além de reunir seus trabalhos dos últimos 50 anos. Seu perfil no Twitter já contava com mais de 285 mil seguidores.

Música no Palácio

Centro Cultural do Palácio da Justiça Federal

A comunidade da Escola de Música (EM) acaba de ganhar mais um espaço para apresentação, fruto de parceria firmada com o Centro Cultural do Palácio da Justiça Federal (CCPJ). Os primeiros concertos ocorrerão em abril, “apostando na diversidade”, define o professor Eduardo Biato, que se despede da direção do Setor Artístico. Quem assume é o professor João Vidal que, para isso, deixou a chefia do Departamento de Música de Conjunto. O projeto segue até o final do ano, com programação também em setembro, novembro e dezembro.
Na abertura, os professores Eduardo Monteiro e Clara Albuquerque dedicam o programa aos “Bach na Corte de Frederico, o Grande, Rei da Prússia (1712-1786)”. Vão apresentar obras de Johann Sebastian e Carl Philip Emmanuel Bach, compostas para o rei, em comemoração aos 300 anos de seu nascimento:

- Apaixonado pelas artes da música e da guerra, Frederico, o Grande, tinha sob contrato um time que incluía os maiores compositores da época. O mais notável de todos era Carl Philip Emmanuel Bach. Já seu pai, Johann Sebastian, não teve a mesma sorte. Suas tentativas de sedução do “rei flautista” por meio de composições dedicadas a ele (Oferenda Musical) e a seu secretário pessoal, também flautista (Sonata em mi maior) não conseguiram reverter a opinião do monarca sobre o velho Bach, a de que se tratava de um compositor esteticamente ultrapassado. O concerto apresenta composições que expressam bem o drama que os dois Bach vivenciaram na visita que Johann Sebastian fez a seu filho em Berlim no ano de 1747 - informa o professor Eduardo.

Os recitais ocorrem sempre às 19h, no CCPJ, à rua Dom Manuel 29, Centro -RJ.

Quinhentos contos de fadas são descobertos na Alemanha

Textos inéditos reunidos por historiador estavam guardados em arquivo há 150 anos

Todo um novo mundo de animais mágicos, príncipes valentes e bruxas malvadas veio à tona com a descoberta de 500 contos de fadas ionéditos, que estavam guardados em um arquivo na cidade de Regensburg, na Alemanha, há mais de 150 anos. As histórias fazem parte de uma coleção de mitos, lendas e contos reunida pelo historiador local Franz Xaver von Schönwerth (1810–1886) na mesma época em que os Irmãos Grimm coletaram os contos de fadas que até hoje encantam crianças e adultos ao redor do mundo. As informações são do jornal britânico “The Guardian”.

 No ano passado, a curadora cultural da região de Oberpfalz Erika Eichenseer publicou uma seleção dos contos de fadas da coleção de Von Schönwerth, batizando o livro de “Prinz Roßzwifl”, dialeto local para “escaravelho”. Esse tipo de besouro enterra suas posses mais valiosas, como seus ovos. Para Eichenseer, é um paralelo perfeito para os contos de fadas, que ela considera conter o tesouro mais valioso para o homem: o conhecimento e a sabedoria do passado que revelam muito sobre o desenvolvimento humano, testando nossos limites e nossa redenção.
Von Schönwerth passou décadas entrevistando camponeses, trabalhadores e criados sobre hábitos locais, tradições, costumes e história, colocano no papel o que, até então, só era passado adiante no boca-a-boca. Em 1885, Jacob Grimm declarou sobre ele: “Não há nenhum outro lugar na Alemanha inteira onde alguém esteja coletando (folclore) tão precisamente, aprofundadamente e com um ouvido tão sensível”. Grimm foi tão longe que chegou a dizer ao rei Maximiliano II, da Baviera, que a única pessoa que poderia substituir o trabalho dele e do irmão seria Von Schönwerth.

 Von Schönwerth compilou sua pesquisa em um livro chamado “Aus der Oberpfalz – Sitten und Sagen”, que saiu em três volumes em 1857, 1858 e 1859. Os livros nunca tiveram sucesso e caíram na obscuridade.
Ao pesquisar o trabalho de Von Schönwerth, Eichenseer encontrou 500 contos de fadas, muitos dos quais inéditos em outras coletâneas de histórias europeias. Por exemplo, há um conto sobre uma donzela que escapa de uma bruxa ao se transformar em um lago. A bruxa então bebe toda a água, engolindo a jovem, que usa uma faca para escapar. Mas a coleção também inclui versões locais para histórias conhecidas por crianças do mundo todo, como Cinderella e Rumpelstiltskin, que aparecem em várias versões diferentes pela Europa.

Von Schönwerth era um historiador e registrou com fidelidade o que escutou, sem fazer nenhuma tentativa de dar um verniz literário às histórias. É aí que seu trabalho se diferencia do dos Irmãos Grimm. Mas, segundo Eichenseer, esse registro factual dá charme e autenticidade ao material. O que ela acha mais prazeroso nos contos é o fato de que eles estarem em estado bruto. “Não há nenhuma tentativa de romantizar, interpretar ou desenvolver seu próprio estivo”, explicou a curadora ao jornal inglês.

Eichenseer afirmou que os contos de fadas não são só para crianças. “Seu principal propósito é o de ajudar os jovens em seu caminho para a vida adulta, mostrando-lhes que os perigos e desafios podem ser superados com virtude, prudência e coragem”.

 Em 2008, Eichenseer ajudou a fundar o Franz Xaver von Schönwerth Society, um comitê interdisciplinar dedicado a analisar e publicar os trabalhos do historiador. Ela está ansiosa para disponibilizar as histórias em outras línguas. Atualmente, as histórias estão sendo traduzidas para o inglês por Dan Szabo.

Jazz Sinfônica dá início a temporada de apresentações no Auditório do Ibirapuera

ZIMBO TRIO

A série Jazz + contará com 16 apresentações ao longo do ano; os primeiros concertos acontecem em 30 e 31 de março, às 21h A Orquestra Jazz Sinfônica, corpo artístico do Governo de São Paulo, começa em março uma nova série dentro de sua temporada 2012. A série Jazz + contará com 16 apresentações ao longo do ano, sempre no Auditório do Ibirapuera. Para abrir a programação, o conjunto recebe como convidado o Zimbo Trio, em concertos nos dias 30 (sexta-feira) e 31 (sábado), às 21h.
Sob a regência do maestro João Maurício Galindo, o grupo, que conta com uma formação sinfônica acrescida de instrumentos de uma big-band, vai apresentar repertório composto essencialmente por obras de Amilton Godoy, pianista do Zimbo Trio – que tem ainda como integrantes Pércio Sápia, na bateria, e Mário Andreotti, no contrabaixo acústico.
O encerramento do espetáculo fica por conta da suíte de “Canção do Amor”, de Antonio Carlos Jobim (1927-1994) e Vinícius de Moraes (1913 – 1980). Os ingressos custam R$20 (inteira) e R$ 10 (emai-entrada) e podem ser comprados na bilheteria do auditório e no site da Tickets for Fun.
SOBRE A JAZZ SINFÔNICA
Desde sua criação em 1990, a Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo se propõe a dar um tratamento sinfônico à música popular brasileira e universal. Sua formação é bastante singular, pois une a orquestra nos moldes eruditos a uma big-band de jazz, produzindo uma sonoridade ímpar. Esta característica tem lhe conferido protagonismo na criação de uma nova estética orquestral brasileira. Quem teve a primazia de transpor as melodias populares de compositores como Luiz Gonzaga, Tom Jobim ou Pixinguinha para a grandiosidade do som sinfônico foi Cyro Pereira, o grande maestro dos Festivais da Record da década de 60 e fundador da orquestra. Ele criou o repertório fundamental da orquestra. Depois dele, a Jazz Sinfônica formou uma equipe de orquestradores de excelência, que trabalham diariamente para a formação do seu repertório. A lista de músicos brasileiros e internacionais que já dividiu o palco com a Jazz Sinfônica é imensa: Tom Jobim, Gal Costa, João Bosco, Diane Schuur, Dee Dee Bridgewater, Paquito d`Rivera, entre muitos outros. O Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo é João Maurício Galindo e Fábio Prado é seu regente adjunto. Desde janeiro de 2012, a orquestra é administrada pela Organização Social de Cultura Instituto Pensarte.
SOBRE JOÃO MAURÍCIO GALINDO
João Maurício Galindo, um dos mais ativos diretores de orquestra brasileiros, está à frente da Orquestra Jazz Sinfônica do Estado de São Paulo há 11 anos, levando em seu currículum a honra de ter sido convidado a assumir este posto pelos próprios músicos da Orquestra.
Embora envolvido em diversas outras atividades, tem a Jazz Sinfônica como centro de suas atenções, por acreditar ser ela o mais importante centro de criação musical da atualidade em nosso país. Mais do que reger concertos, dirigir a Jazz Sinfônica é estabelecer conexões com grandes intérpretes, compositores e arranjadores de todo o mundo, promovendo a criação de um repertório novo e estimulante.
Além deste trabalho com a Jazz Sinfônica, Galindo é também Regente Titular da Orquestra Sinfônica do Conservatório de Tatuí. Foi regente da Orquestra Amazonas Filarmônica, da Orquestra Sinfônica Jovem do Estado de São Paulo, e atuou como convidado frente a muitas outras, como a Sinfônica de Campinas, Sinfônica do Paraná, Petrobrás Sinfônica do Rio de Janeiro, Filarmônica de Belgrado, Sinfônica de Bari (Itália) e Orquestra Sinfônica de Roma.
Foi também regente da Orquestra de Alunos dos Festivais de Campos do Jordão em 1998, 2000 e 2002.
Acreditando que a boa música não deve ser privilégio de elites, empenha-se em levá-la a um número cada vez maior de pessoas. Assim, mantém dois programas radiofônicos de sucesso na Rádio Cultura de São Paulo, "Pergunte ao Maestro", e "Encontro com o Maestro". Na TV Cultura apresenta o "Pré-Estréia".
Foi um dos criadores da série de concertos infantis beneficentes "O Aprendiz de Maestro", realizada há 10 anos na Sala São Paulo, produzida pela "TUCCA", associação que cuida de crianças e adolescentes com câncer. Em 2009 publicou pela Melhoramentos o livro "Música, pare para ouvir".
Com muitos anos dedicados à atividade pedagógica, Galindo é um dos maiores especialistas brasileiros em ensino de instrumentos de cordas, tendo trabalhado nessa atividade no Sesc e no Projeto Guri. Foi também professor do Instituto de Artes da Unesp.
Galindo é Bacharel em Composição e Regência pela UNESP, e mestre em musicologia pela USP.

ZIMBO TRIO
O ZIMBO TRIO nasceu em 1964, no auge do movimento de renovação da música brasileira. Inicialmente formado pelos músicos e amigos Amilton Godoy (piano), Rubens Barsotti (bateria) e Luiz Chaves ( contrabaixo), hoje conta com os novos integrantes PÉRCIO SÁPIA (bateria) e MARIO ANDREOTTI (contrabaixo acústico).
Com a nova formação, que traz de volta o contrabaixo acústico ao trio, a novidade é poder conferir, pela primeira vez na história do grupo, um repertório autoral baseado em composições do Amilton Godoy, além da justa homenagem a vários grandes compositores brasileiros, que povoaram o seu universo , durante essas quase cinco décadas de vida, em músicas eternizadas na memória popular.
Talentosos e criativos, sem se despersonalizarem com os modismos e várias correntes musicais, que se impuseram nesses quarenta e sete anos, o Zimbo Trio traduz um dos mais conceituados trabalhos de grupo, cujo elo entre seus componentes é a entrega total à música.
Desde a concepção musical, passando pelo excelente repertório, a técnica apurada de execução e os arranjos elaborados, esses músicos excepcionais comprovam que a unidade pode ser atingida pela integração das diferenças, resultando em harmonia muito própria e estável. A música instrumental brasileira, sem dúvida, tem no Zimbo Trio um suporte de sua identidade.

Entre as milhares de apresentações, vale ressaltar os trabalhos do Zimbo com orquestras sinfônicas do Brasil, Venezuela, Argentina, Uruguai, Colômbia e as apresentações no Phillarmonie de Berlin, Town Hall e outros.
O ZIMBO TRIO é um dos grupos instrumentais mais premiados em quatro décadas, tendo em sua galeria muitos prêmios, tais como: Troféu Imprensa, Roquete Pinto, Pinheiro de Ouro, Chico Viola, Índio de Prata, Cândido Mendes, Festival Honda Nueva,VIIº Prêmio Sharp de Música, Prêmio Tim de Música 2008 categoria Melhor Grupo Instrumental, entre outros.
Esse trabalho, influenciador de tantos músicos e grupos, está registrado em cinquenta e um discos gravados, e lançados no Brasil e em outros vinte e dois países.
O grupo lançou, em agosto de 2011, seu primeiro Box composto dos seis primeiros LPs do Trio, de 1964 a 1969. O CD de número 51 foi gravado em novembro de 2011 no Teatro FECAP e tem o título de ¨Zimbo Trio Autoral¨, que caracteriza perfeitamente a nova fase do grupo.

ORQUESTRA JAZZ SINFÔNICA
Dia: 30 e 31 de março, às 21h
Local: Auditório do Ibirapuera
Classificação etária: 10 anos
Duração: 75 minutos
Capacidade: 806 lugares

Ingressos: Na bilheteria do Auditório Ibirapuera e através do site da Tickets for Fun (www. ticketsforfun.com.br) ou no telefone 4003-5588

Bilheteria: Não abre Segunda-feira.
Terça a Quinta: das 11h às 18h
Sexta: das 11h às 22h
Sábado: das 9h às 22h
Domingo: das 9h às 20h

Festival reúne arte urbana de sete países


O que Senegal, Nova York, Paraguai, França, Canadá, Chile e Brasil tem em comum? Todos serão representados por algum artista no Festival Internacional Essencia 2012, que acontece de 27 de março a 3 de abril em São Paulo. A iniciativa do coletivo de arte Essencia pretende reunir artistas urbanos renomados num espaço dinâmico, de intercâmbio cultural.
Os encontros acontecerão em diferentes comunidades pelas várias regiões de São Paulo e tem como objetivo o compartilhamento de experiências e a exposição da arte como ferramenta de transformação. Haverão debates, pintura de murais, exposições de arte, workshops e shows.
Artistas Internacionais:
Keur Gui (Senegal), Fou Malade (Senegal), DJ Alla (Senegal), Kemp (Senegal), Sogui (Senegal), Manel (Senegal), Dao (Nova York), Perle (França), Oz (Paraguay), Mr. Zyp (Chile)

terça-feira, 27 de março de 2012

STF decide que músico não precisa de registro para exercer profissão


BRASÍLIA - O Supremo Tribunal Federal (STF) dispensou os músicos do registro na Ordem dos Músicos do Brasil como pré-requisito para o exercício da profissão. A decisão foi tomada no julgamento de uma ação proposta pela ordem em Santa Catarina contra um músico que não tinha a carteira da instituição. O profissional havia obtido no tribunal local o direito de trabalhar sem registro - e, com isso, sem o pagamento das anuidades.
No julgamento, os ministros ressaltaram que uma forma de arte não necessita de registro profissional para ser manifestada. Eles enquadraram a situação no direito constitucional da liberdade de expressão. E compararam o caso ao diploma de jornalista, que teve sua exigência banida pela Corte em 2009, pelo mesmo motivo.
- A música é uma arte, algo sublime, próximo da divindade. Tem-se talento para a música, ou não se tem - afirmou a relatora, ministra Ellen Gracie.

Em seu voto, a ministra ressaltou os incisos 9 e 13 do artigo 5º da Constituição Federal. "É livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença", diz o primeiro. "É livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, atendidas as qualificações profissionais que a lei estabelecer", afirma o outro dispositivo.
Hoje, músicos que se apresentam em estabelecimentos devem portar a Ordem dos Músicos do Brasil. Para obter o registro, o profissional deve ser submetido a provas teóricas e práticas - o que muitas vezes dificulta a vida de músicos que não tiveram educação formal.

VICTOR HUGO TORO rege com a Sinfônica Municipal obras de Henrique Oswald, José Siqueira e João Gomes


PROJETO MEMÓRIA MUSICAL
APRESENTA
OBRAS SINFÔNICAS INÉDITAS DE HENRIQUE
OSWALD, JOSÉ SIQUEIRA E JOÃO GOMES DE ARAÚJO

Curador do Projeto Memória Musical, o violinista Erich Lehninger participa do concerto como solista do Concerto para violino e orquestra, de José Siqueira
Serão dois concertos, com a Orquestra Sinfônica Municipal e o Coral Lírico, sob regência do maestro Victor Hugo Toro − no Theatro Municipal, na sexta-feira 27 de Abril, às 21 horas, e no domingo, 29 de Abril, às 11 horas.

Henrique Oswald, José Siqueira e João Gomes de Araújo são os compositores escolhidos em nova edição do Projeto Memória Musical. Liderado pelo violinista Erich Lehninger e pela Nery Cultural, desde 1998 o projeto vem resgatando e editando obras de compositores brasileiros.
Nesta que é a oitava edição do Projeto Memória Musical, obras restauradas desses três compositores e até aqui inéditas serão apresentadas em dois concertos da Orquestra Sinfônica Municipal, sob regência de Victor Hugo Toro, nos dias 27 e 29 de Abril:

"Festa", de Henrique Oswald
"Paisagem Sonora - Concerto para violino e orquestra", de José Siqueira − sendo Erich Lehninger o solista e "Sinfonia nº 4", de João Gomes de Araújo.

Trabalho de Garimpo − O Projeto Memória Musical é resultado de pesquisas do violinista e maestro Erich Lehninger, e da iniciativa empresarial da Nery Cultural.
O projeto vem resgatando manuscritos de compositores da música erudita brasileira e colocandoos ao alcance de músicos nacionais e internacionais − de 1998 até hoje foram recuperadas e restauradas partituras de 24 obras sinfônicas, de compositores como Alberto Nepomuceno, Leopoldo Miguez, Lorenzo Fernandez, Brasílio Itiberê, Francisco Mignone, Alexandre Levy, Hekel Tavares, Radamés Gnattali e Guerra Peixe, além dos antes mencionados.
Erich Lehninger afirma que, em mais de 140 anos de produção de música erudita no País − é a partir dos anos 1870 que efetivamente começa a música sinfônica brasileira −, não há no Brasil edições razoáveis nem mesmo das peças mais famosas do vasto e valioso repertório brasileiro. Ele acrescenta: "Também não existem edições musicologicamente elaboradas com relatos críticos sobre as fontes. É um trabalho de garimpo e muitos dos velhos manuscritos encontram-se em precário estado de conservação, o que significa o risco de perda desse inestimável acervo".

 "Nosso projeto transforma manuscritos de difícil manuseio e leitura em um conjunto de partituras digitalizadas e totalmente revisadas, possibilitando a execução das obras por orquestras do Brasil e de outros países", diz Anna Nery de Castro, diretora da Nery Cultural.
Ela conta que depois de digitalizadas e revisadas, essas “obras-primas que estavam na gaveta” são enviadas para o Banco de Partituras de Música Brasileira, da Academia Brasileira de Música, onde podem ser obtidas por todos os interessados − através do site abmusica.org.br ou email para bancodepartituras@abmusica.org.br.

Além disso, as obras recuperadas são sempre apresentadas em concertos, como acontece agora.
O Projeto Memória Musical tem apoio do ProAC-Lei Estadual de Incentivo à Cultura, Governo do Estado de São Paulo.

Ritmos marcantes, memoráveis − Henrique Oswald (Rio de Janeiro, RJ, 1852 - Rio de Janeiro, RJ, 1931), compositor, pianista e concertista, pode ser considerado o mais refinado, aristocrata e austero dos grandes românticos brasileiros.
 Em 1868 foi para Florença, na Itália, onde viveu por mais de 30 anos e escreveu a maior parte de sua obra. Regressou ao Brasil em 1903, para substituir Alberto Nepomuceno como diretor do Instituto Nacional de Música, mas logo em 1906 demitiu-se para dedicar-se ao ensino do piano e à composição. Suas obras, sobretudo seus trios, quartetos e quintetos são notáveis pela perfeição de feitio e equilíbrio.

 Um dos mais importantes compositores brasileiros da virada dos séculos 19/20, por jamais ter se engajado ao nacionalismo acabou sendo relativamente esquecido. O fato é que hoje se conhece sua obra pianística e um pouco de suas peças de câmara, mas quase nada das obras para orquestra.
 É o caso do poema sinfônico "Festa", escrito em 1885, sua segunda obra orquestral. A peça tem ritmos marcantes, memoráveis, utilizando, com um toque pessoal, recursos do impressionismo francês − na maneira de instrumentar, no modo de organizar o material harmônico, melódico, contrapontístico. Composição para grande orquestra, a obra tem ainda a participação de um coro, cantando uma letra de caráter cívico.

Nacionalismo nordestino − José de Lima Siqueira (Conceição, PB, 1907 - Rio de Janeiro, RJ, 1985) foi maestro e compositor e teve intensa presença como líder da classe musical brasileira − fundou, entre outras entidades, a Academia Brasileira de Música, a Ordem dos Músicos do Brasil e a Orquestra Sinfônica Brasileira. Foi professor da Escola de Música da Universidade do Brasil (hoje da UFRJ).
Siqueira teve brilhante carreira como compositor e regente no Brasil e no Exterior, regendo intensivamente nos Estados Unidos (Orquestra da Filadélfia), Europa e União Soviética − esteve por várias vezes em Moscou, a partir do momento em que, por sua militância comunista, o regime militar de 1964 o aposentou.

Sua produção soma cerca de 300 composições, de todos os gêneros, e nas quais usa uma linguagem nacionalista regional: óperas, sinfonias oratórios, poemas sinfônicos, obras concertantes, peças de camara e solo, e ainda dezenas de canções. Utiliza sem rodeios uma linguagem nacionalista regional em obras de excelente fatura técnica.
Seu "Concerto nº 3 para violino e orquestra", composto em 1972, foi dedicado a um dos maiores virtuoses soviéticos do século 20, Leonid Kogan. O concerto leva o subtítulo “Paisagem Sonora” e foi escrito para grande orquestra. No concerto o solista será Erich Lehninger.

José Siqueira foi um nacionalista fortemente enraizado no universo nordestino. "É relativamente conservador estilisticamente, mas tem uma maestria admirável", afirma o Erich Lehninger, músico que tem uma experiência direta com Siqueira, tendo tocado suas sinfonias com regência do próprio compositor.
Brasilidade latente − João Gomes de Araújo (Pindamonhangaba, SP, 1846 - São Paulo, SP, 1943), professor, regente e compositor, viveu sucessivamente em sua cidade natal, no Rio de Janeiro, em Milão (Itália) e finalmente em São Paulo − em 1906 participou do grupo que fundou o Conservatório Dramático e Musical de São Paulo, tornando-se professor da instituição por muitos anos. Dedicou-se intensamente à composição, sendo autor de várias óperas, missas, marchas, canções e ainda de seis sinfonias, estas escritas entre 1899 e 1923.

 Sua Sinfonia n° 4, obra em quatro movimentos, foi composta 1904 e revela uma “brasilidade latente”, produto do momento de transição do romantismo para o nacionalismo. As linhas melódicas, por exemplo, parecem querer assumir-se como brasileiras, apesar da moldura europeia.

Serviço:
PROJETO MEMÓRIA MUSICAL
Theatro Municipal de São Paulo
Sexta-feira, 27 de Abril, 21 horas
Domingo, 29 de Abril, 11 horas
Orquestra Sinfônica Municipal
Coral Lírico Municipal
Regente Victor Hugo Toro
 
Programa
HENRIQUE OSWALD (1852-1931)
Festa

 JOSÉ SIQUEIRA (1907-1985)
Paisagem Sonora - Concerto n° 3 para violino e orquestra
Devagar / Andantino / Allegretto
Solista: Erich Lehninger

 JOÃO GOMES DE ARAÚJO (1846-1943)
Sinfonia n° 4 em dó menor
Allegro moderato / Andante cantabile / Scherzo / Allegro finale

Theatro Municipal de São Paulo (1.533 lugares)
Praça Ramos De Azevedo s/nº, Centro, tel. 3397-0327

INGRESSOS
R$ 60,00 [setor 1], R$ 40,00 [setor 2], R$ 20,00 [setor 3]
Duração: 75 minutos
Indicação etária: não recomendado para menores de 7 anos
Realização: Nery Cultural

Convite em causa própria

Senado Federal

Pelo  menos um terço (nove) dos 27 senadores titulares da Comissão de Educação e  Cultura, que aprovou convite para ouvir a ministra Ana de Holanda amanhã, é  dono de emissoras de rádio e televisão ou tem laços estreitos com as empresas.  Boa parte tem débitos altos com o Escritório Central de Arrecadação e  Distribuição (Ecad), alvo da inquirição à ministra.

Esse  vínculo elimina o indispensável quesito da imparcialidade dos interrogadores  no cumprimento do objetivo do convite - o de teoricamente esclarecer supostos  delitos do órgão arrecadador. Trocando em miúdos, não recolhedores de direitos  autorais usam os mandatos para transferir da órbita privada para a do Estado a  discussão de dívidas empresariais, cujo foro adequado para o questionamento é  o Judiciário.
O  autor do requerimento preside a fracassada CPI do Ecad, que não consegue  quórum para funcionar. Recorreu à Comissão de Educação, gentilmente cedida  pelo senador Roberto Requião (PMDB-PR), condenado pela Justiça Federal a  ressarcir a TV Educativa do Paraná por uso político da emissora.

O  relator da CPI, Lindbergh Farias (PT-RJ), defensor da estatização do Ecad, tem  como primeiro suplente o sociólogo Emir Sader, desafeto declarado da ministra  que o demitiu da presidência da Fundação Casa de Rui Barbosa, após rejeitar  publicamente sua nomeação para o cargo.
Ao  interesse dos devedores de direitos autorais, somam-se os do núcleo digital do  PT, empenhado em vilanizar os autores pelos ônus do acesso às suas obras  através dos grandes provedores de Internet, e que sonham com a volta de Juca Ferreira à pasta.
João Bosco Rabello

segunda-feira, 26 de março de 2012

Voz Ativa Madrigal – 15 anos – Fábio Cunha.

Fábio Cunha.

Hoje, como já comunicado anteriormente, iniciamos nossa singela e sincera homenagem a todos os cantores, colaboradores e amigos que efetivamente contribuíram para nossa trajetória.
Hoje lembramos de Fábio Cunha, primeiro tenor que teve breve passagem pelo Voz Ativa.
Fábio Cunha, embora tenha participado da estreia do grupo, não continuou no projeto por conta de compromissos que tinha com o grupo de cantores da Igreja Batista, onde também atuava.

Possuidor de agudos fáceis, sua musicalidade era nata e sua voz, apesar de nunca ter sido trabalhada tecnicamente, era firme e afinada, recursos conquistados pela prática, visto que desde muito cedo começou a cantar na igreja.
Fato marcante na participação deste cantor no projeto foi que desde de que se desligou do grupo, nunca mais fez contato, postura incomum em nossa história visto que para além da música, o grupo sempre cultivou entre os cantores um forte laço de amizade.

Fábio Cunha foi o primeiro cantor a se desligar do Voz Ativa Madrigal, participou somente da primeira apresentação realizada dia 19 de março de 1997, no Café Brasil, motivo pelo qual não temos material fotográfico deste cantor.
Embora breve, sua participação foi importante dado a responsabilidade de fazer música coral em ambiente pouco comum para esta prática artística. Embora o repertório escolhido comungasse com a ambientação, a tarefa não foi fácil e o gratificante resultado só foi possível dado ao comprometimento que todos os cantores tiveram nos ensaios que anteciparam nossa primeiro compromisso.
Ao Fábio Cunha nosso carinho. 

Mais 30 universidades são suspeitas de terem 'inflado' as notas do Enade


Ministério da Educação observou grandes disparidades nas notas das instituições

Além da Universidade Paulista (Unip), outras 30 instituições são suspeitas de fraudes para inflar as notas no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), uma das ferramentas de avaliação do ensino superior. O Ministério da Educação (MEC) descobriu grandes disparidades nas notas dessas universidades de um ano para o outro.
Questionado, o MEC não revelou a lista das instituições. Também não há definição sobre quais serão as providências em relação a esses casos, mas o ministério afirmou que vai "agir com o mesmo rigor" que demonstrou com a Unip. O Estado apurou que o assunto tem sido tratado com cautela, porque a pasta não teria estrutura para uma intervenção mais decisiva em todas essas instituições.

Os casos não foram descobertos agora pelo MEC. Já eram conhecidos pela pasta ainda na gestão do ministro Fernando Haddad (PT), que deixou o cargo em janeiro. A pasta não informou exatamente quando apurou as possíveis irregularidades e por que não tomou providências até agora ou se já pediu esclarecimentos às instituições.
As suspeitas recaíram sobre as universidades porque elas apresentaram melhoras consideradas incoerentes nos índices do exame. Esse salto nos índices foi o que ocorreu com a Unip.

Inflar. Conforme o Estado revelou no início do mês, a Unip apresentou grandes saltos nas notas de alguns cursos. No curso de Nutrição, por exemplo, a nota subiu 207% do Enade de 2007 para o de 2010, muito acima da melhora na média nacional, de 25%. Segundo especialistas, seria impossível transformar e melhorar um curso superior em um prazo tão curto.
Para inflar as notas no exame, a Unip é acusada de lançar mão de um esquema para que apenas os melhores alunos façam a prova. Quanto menor o número de inscritos, melhor é o resultado da instituição. Estudantes de desempenho acadêmico médio para baixo ficam com notas em aberto na época em que as instituições devem fazer as inscrições dos alunos para o Enade.

Em 2010, estavam aptos a fazer o exame alunos do último ano que tivessem completado pelo menos 80% da carga horária do curso até o dia 2 de agosto. Com as notas em aberto, os piores não completam 80% da carga horária e só os melhores da classe fazem o exame.
A Unip nega selecionar os melhores alunos para os exames. Atribui a melhora no Enade à criação de uma comissão para analisar os cursos.

O MEC não sabe se as outras 30 instituições usaram a mesma estratégia da Unip, mas as suspeitas vão nessa direção. O Enade é feito pelos calouros e formandos do ensino superior para avaliar os estudantes. O exame também compõe o conceito de qualidade das graduações. Grande parte das universidades do País usam o desempenho no Enade em peças publicitárias para atrair novos alunos.
Mudanças. Após as denúncias, o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, alterou as regras do próximo Enade para tentar conter tentativas de fraudes.

Além dos alunos que se formarem em dezembro de 2012, como previa a norma atual, terão de fazer a prova, em novembro, estudantes que concluírem o curso seis meses depois, em agosto de 2013. Isso resolveria o problema de postergar a formatura de um grupo de alunos por um semestre para fazer com que só os melhores façam o exame.

O MEC também estuda medida que diz respeito a alunos transferidos de uma universidade a outra no último ano da graduação. A ideia é fazer com que a nota do estudante seja atribuída à instituição onde ele estava originalmente matriculado. A medida visa a evitar que universidades reprovem em massa estudantes de baixo desempenho antes do Enade.
O Estado de S.Paulo

Simpósio sobre formação de professores na Bahia abre inscrições


Salvador - Com o objetivo de potencializar a formação docente no estado, a Uneb organiza – nos dias 5 e 6 de julho – o II Simpósio Baiano de Licenciaturas (SBL). O evento será realizado na sede do Instituto Anísio Teixeira (IAT), na Avenida Luís Viana Filho (Paralela), em Salvador.
A iniciativa, gratuita e aberta ao público externo, está com inscrições abertas para submissão de trabalhos até o dia 20 de abril. Os interessados devem preencher formulário eletrônico de acordo com as normas estipuladas pela comissão organizadora do simpósio.
Aqueles que desejam participar como ouvintes devem se inscrever entre os dias 11 e 30 de junho. O evento é franqueado a docentes, discentes, servidores e funcionários das instituições de ensino superior (IES) públicas.

A segunda edição do simpósio − iniciativa promovida pelo Fórum Estadual Permanente de Apoio à Formação Docente (Forprof), da Secretaria estadual da Educação (SEC) – vai debater o tema Política de formação de professores da educação básica.

A programação reúne conferências, painéis, mesas redondas, comunicações orais e oito grupos de trabalho que vão envolver professores e pesquisadores de todo o país. Destaque para a participação de Iria Brzezinski, presidente da Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação.

sexta-feira, 23 de março de 2012

Anthony Hopkins faz planos para reger orquestra na cidade

Anthony Hopkins

O ator britânico Anthony Hopkins, 74 anos, está fazendo planos para diminuir o ritmo do cinema e se dedicar mais à música. E isso inclui uma apresentação em São Paulo, tratada ainda como sigilosa. Está em negociação uma apresentação do ator como regente da Orquestra Bachiana do SESI, inicialmente agendada para a primeira semana de setembro, na Sala São Paulo. Hopkins já atuou como regente algumas outras vezes.
Hopkins sempre teve aptidão pela música clássica. Começou a compor aos 6 anos de idade. Fã de Elgar e de Beethoven, ele era incentivado pela mãe, cujo maior sonho era que o garoto se tornasse um grande pianista. Seu caminho acabou se esbarrando no cinema, e o talento artístico contribuiu para que ele construísse uma carreira de sucesso, cujo auge foi atingido na década de 1990. Hopkins, vencedor do Oscar de melhor ator por “O Silêncio dos Inocentes” (1992), é um dos mais respeitados atores de Hollywood.
Anthony Hopkins, no entanto, nunca se desgarrou de suas raízes musicais. Quando dirigiu seu segundo filme (“August”, de 1996), chamou o compatriota George Fanton para compor a trilha. Fanton estava ocupado com outros projetos, mas topou ajudá-lo. No fim, o próprio Hopkins acabou compondo o tema do filme. Inicialmente chamada de “August”, a música foi mais tarde renomeada para “Margam”, em homenagem à sua cidade natal, no País de Gales. Em 2007, compôs mais uma para o cinema: “Schizoid Salsa” entrou na trilha sonora de “Slipstream”, também dirigido por ele.

Em janeiro deste ano, a Orquestra Sinfônica de Birmingham (Inglaterra) gravou nove de seus trabalhos originais e trilhas de filmes em um CD, lançado pela rádio britânica Classic FM. Uma das faixas é “Margam”. “Stella” é inspirada na mulher dele, que o convenceu a não desistir do hobby, e “Amerika” em sua terra adotiva, os Estados Unidos.
É provável que a oportunidade de tocar no Brasil tenha sido fruto de sua convivência com Fernando Meirelles, diretor brasileiro que trabalhou com Hopkins no longa “360″, previsto para estrear no país no dia 18 de maio. Meirelles reconhece o talento musical de seu protagonista. Tanto que o convidou a compor o tema de seu personagem. “Em uma tarde, ele foi a um estúdio em Londres e trouxe a peça pronta”, admira-se o diretor. Trata-se de uma obra para violão, tocada por ele mesmo – que revelou ser também um multi-instrumentista.


Governo apresenta projeto do Complexo Cultural Luz


Edifício projetado pelo escritório suíço de arquitetura Herzog & De Meuron será o maior complexo cultural da América Latina, além de peça-chave da proposta de revitalização do bairro da Luz

O governador Geraldo Alckmin participou nesta quarta-feira, 21, da apresentação do projeto do Complexo Cultural Luz. O espaço será um dos mais importantes centros destinados às artes do espetáculo do país, feito especialmente para apresentações de dança, música e ópera. Será também peça-chave da proposta de requalificação da região da Nova Luz, estimulando a ocupação residencial e de comércio.
O novo espaço é considerado essencial pela Secretaria de Estado da Cultura para a consolidação do maior polo cultural da América Latina, que reúne, em área praticamente contínua no bairro da Luz (região central de São Paulo), a Sala São Paulo, a Tom Jobim – Escola de Música do Estado de São Paulo, a Pinacoteca do Estado, a Estação Pinacoteca, o Museu da Língua Portuguesa, o Museu de Arte Sacra, a Estação Júlio Prestes e o Parque da Luz.

"É uma ação importante para revitalizar toda esta região aqui do centro expandido, aqui da região da Luz. Importante sobre o ponto de vista de geração de emprego, consolidando São Paulo uma capital mundial na área cultural. Importante sobre o ponto de vista da cultura. Nós teremos aqui sala de teatro, de espetáculos com mais de 1.700 lugares, a Escola de Música, o Centro de Dança", declarou Alckmin.
O edifício abrigará diferentes equipamentos culturais que atendem à demanda da cidade por espaços específicos para a encenação de musicais, óperas, shows de música popular e outras manifestações artísticas.

"O complexo é de grande importância para o desenvolvimento cultural do estado em toda sua riqueza artística. Sua construção caminhará paralelamente à revitalização da região da Luz e seu entorno. Temos certeza de que, finalizada a obra, o Complexo Cultural Luz estará inteiramente integrado não só à vida cultural da cidade, como ao cotidiano da região em que será instalado", disse o secretário da Cultura, Andrea Matarazzo.
A Secretaria de Estado da Cultura contratou a empresa inglesa TPC – Theatre Projects Consultants, especializada em planejamento de teatros e centros culturais, para definir o perfil do Complexo e detalhar seu programa. Os técnicos estudaram e analisaram as características de São Paulo para dimensionar um espaço único na cidade.

A missão de colocar em prática o programa proposto pela empresa inglesa ficou a cargo do escritório suíço Herzog & de Meuron, com expertise no projeto de empreendimentos culturais de grande porte, como o Tate Modern (Londres) e os Museus de Arte Moderna de Miami (EUA), Guadalajara (México) e Kolkata (Índia).
Coube aos arquitetos a concepção de um projeto com aproximadamente 70 mil m² de área construída, em um terreno de 19 mil m². O Complexo abrigará três teatros: uma sala principal – o Grande Teatro – para apresentações de música, teatro, ópera e dança, com 1.750 lugares; uma sala de recitais para 500 ocupantes; e um teatro experimental, com palco reversível e capacidade para 400 espectadores. Ao mesmo tempo, haverá espaço para a instalação de uma sede definitiva da Escola de Música do Estado de São Paulo – Tom Jobim e da São Paulo Companhia de Dança, um restaurante e áreas administrativas. O projeto terá área para café, loja e estacionamento para 850 veículos.

O novo Complexo Cultural pretende reunir diversas expressões artísticas, estudantes e profissionais, produção e ensaio, tudo em um mesmo lugar. Um espaço em que diferentes gerações poderão se relacionar por meio do trabalho, estudo, ensaios e performances. Essa é a proposta conceitual do escritório Herzog & de Meuron: misturar e combinar várias atividades.
Outra característica do projeto é a fusão do edifício com as áreas verdes que serão criadas no entorno. A Praça Júlio Prestes deve ser reformada para ganhar um jardim, que funcionará como uma espécie de extensão do Parque da Luz. Será formado assim um grande corredor verde na região central, começando nos jardins do Museu de Arte Sacra, seguindo pelo parque da Luz, pelo novo Complexo até chegar à Praça Princesa Isabel.

A estrutura horizontal do edifício, com altura média de 23 metros, é dividida em cinco andares. Vai ocupar todo o quarteirão localizado entre a Praça Júlio Prestes e a Avenida Rio Branco, com laterais para a Av. Duque de Caxias e Rua Helvétia.
O novo complexo será um centro cultural aberto e vivo. Para isso, os arquitetos optaram pelo uso de lâminas horizontais entrelaçadas, que promovem uma ligação dinâmica entre os espaços abertos, com várias entradas de ar e luz. Com o intuito de ampliar a diversidade entre os espaços, as lâminas horizontais se cruzam em pisos intermediários que favorecem a proximidade e a visibilidade entre as diferentes partes do prédio. Uma das lâminas projeta-se sobre a Praça Júlio Prestes resultando em uma grande rampa, que será a entrada principal do prédio.

O próximo passo do projeto é o lançamento, previsto para abril, da licitação para escolha da gerenciadora da obra. Para novembro, está programada a licitação da obra propriamente dita. As obras do Complexo devem ser iniciadas no primeiro semestre de 2013. O investimento total para a execução do projeto está estimado em cerca de R$ 500 milhões.

Veja aqui as imagens das futuras instalações: