terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Vagas são para estudantes de 6 a 18 anos e as inscrições podem ser feitas nos Polos até 13/2


O Governo do Estado de São Paulo está com inscrições abertas, até 13 de fevereiro, para novos alunos nos cursos de música dos Polos do Guri da capital e Grande São Paulo. Até o final de 2012, serão implantados 10 novos polos de ensino ampliando para 18 mil o número de vagas oferecidas Os cursos são gratuitos e se destinam a crianças e adolescentes que estejam cursando o Ensino Fundamental e Médio, com idades entre 6 e 18 anos. As informações sobre disponibilidade de vagas e localização de cada polo estão disponíveis no site http://www.gurisantamarcelina.org.br.
Além da implantação, em fevereiro, de cinco novas escolas nos Centros Educacionais Unificados (CEUs) Aricanduva, Paz, Butantã, Três Lagos e Parelheiros, a unidade Brooklin, na Zona Sul, será reestruturada para atender 790 alunos.
Os interessados poderão se inscrever em aulas de canto, violão, violino, viola, violoncelo, contrabaixo, flauta transversal, clarinete, saxofone, trompete, trompa, trombone, tuba, eufônio e percussão.
Os cursos estão divididos em duas categorias. A primeira, de iniciação, é destinada a crianças de 6 a 9 anos, com duração de dois anos e duas aulas semanais. Conhecer, tocar e construir instrumentos, cantar canções brasileiras e de outros países, ampliar a percepção auditiva e desenvolvimento rítmico-motor são alguns dos temas trabalhados com os alunos.
Já para as crianças e adolescentes de 10 a 18 anos, o Guri oferece os cursos sequenciais, com até quatro aulas coletivas semanais ao longo de oito semestres. Além de estudar instrumentos específicos, neste programa os alunos têm aulas de canto coral, teoria musical e prática de conjunto.
Guri
Com mais de 50 mil alunos distribuídos por todo o Estado de São Paulo, o Guri é considerado o maior programa sociocultural brasileiro. São milhares de guris, centenas de polos e 17 anos de um trabalho que tem na música seu instrumento de transformação. O Programa é uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo e é administrado por duas organizações sociais ligadas à Secretaria de Estado da Cultura. A gestão das unidades da capital e Região Metropolitana de São Paulo, com cerca de 18 mil vagas, é realizada pela Organização Social Santa Marcelina Cultura.
Sobre a Santa Marcelina Cultura
A Santa Marcelina Cultura é responsável pela execução de dois programas de formação musical do Governo do Estado de São Paulo. Criada em 2008, a OS administra o programa Guri na região metropolitana de São Paulo e a Escola de Música do Estado de São Paulo – Tom Jobim (EMESP Tom Jobim). Com esta, organiza o Festival Internacional de Inverno de Campos do Jordão e os Grupos Jovens ligados à Escola: Orquestra Jovem do Estado, Coral Jovem do Estado, Banda Sinfônica Jovem do Estado e Orquestra Jovem Tom Jobim. Servindo como base para todos estes programas está o projeto de criar um ciclo virtuoso para a formação musical no Estado de São Paulo, combinado a um sólido projeto de inserção social, com o respaldo da tradição de ensino das Irmãs Marcelinas.
Período de inscrições: 23/1 a 13/2
Quem pode se inscrever: jovens de 6 a 18 anos matriculados no ensino fundamental e médio
Documentos exigidos: - 1 foto 3x4;
                                 - Comprovante de endereço;
                                 - RG ou certidão de nascimento do aluno.
Onde se inscrever: nos Polos do Guri espalhados pela capital e Região Metropolitana. Para obter informações sobre a localização dos polos, consulte o site http://www.gurisantamarcelina.org.br

Aulas de música por webcam popularizam-se, beneficiando professores e alunos


O patologista John McClure, de Edina, Minnesota, faz aulas de gaita de foles com um professor altamente conceituado, Jori Chisholm, cujo currículo inclui um prêmio de primeiro colocado no evento Cowal Highland Gathering de 2010, em Dunoon, Escócia. O fato de o professor viver em Seattle, a mais de 2.000 quilômetros de distância de McClure, não é problema: o médico faz as aulas com Chisholm pelo Skype.
"Posso estar de plantão, aguardando a chegada de um material de exame, e fazer uma aula com Jori", disse McClure, 50.
O Skype e outros programas de bate-papo com vídeo estão revolucionando e democratizando o mundo das aulas de música. Os estudantes cujo pool de professores potenciais antigamente se limitava àqueles que ficavam a uma distância razoável de carro hoje fazem aulas com professores que vivem do outro lado do país ou em outros continentes.
A lista de benefícios é longa: as pessoas que estudam instrumentos incomuns têm mais acesso a professores. Os pais não precisam mais levar seus filhos de carro para a aula de música --basta mandá-los para o quarto. E os professores conseguem mais trabalho.
"Já vi vídeos de pessoas ensinando a alunos em todo o mundo", disse Gary Ingle, presidente da Associação Nacional de Professores de Música. "Há pessoas que nunca teriam aulas de música, a não ser que isso pudesse ser feito on-line. Nós, professores de música, devemos encontrar os alunos, onde quer que estejam."
A conveniência de fazer aulas on-line reduz o número de aulas perdidas, disse Nick Antonaccio, dono do estúdio musical Rockfactory, de Newtown, Pensilvânia, que tem 200 alunos, 25 dos quais tendo aulas à distância.
"As pessoas que fazem aulas on-line acabam tendo uma programação de aulas mais regular", segundo ele. "Elas não precisam enfrentar nevascas. Não precisam perder uma hora só para chegar até a aula. Suas aulas não coincidem com outros compromissos, como partidas de beisebol."
Mas muitos pais ainda têm cautela sobre as aulas no laptop. Uma objeção que fazem é que o professor à distância não pode manipular os dedos do aluno. Mesmo assim, disse Antonaccio, "tivemos alunos que começaram crianças e aprenderam a tocar apenas com aulas diante da câmera".
Os professores de música estão descobrindo que as aulas on-line lhes proporcionam mais que apenas estabilidade financeira. Laurel Thomsen, professora de violino e viola, mudou-se recentemente de Monterey, Califórnia, para Santa Cruz, e continuou com todos os seus alunos pelo Skype. "Tenho cada vez menos alunos com aulas pessoais e mais e mais gente que me procura pelo Skype", contou ela.
O vídeo vem proporcionando novas oportunidades a professores adeptos da tecnologia. Neste ano, o universitário Matt Dahlberg, 22, vai se formar. Ele espera poder se sustentar dando aulas de ukulele pelo Skype. Dahlberg tem 18 alunos. "Vivo rejeitando alunos, porque ainda não posso dar tantas aulas quanto gostaria, pelo fato de ainda estar fazendo faculdade."
CATHERINE SAINT LOUIS
DO "NEW YORK TIMES"

13 livros de Fernando Pessoa para download gratuito

Fernando Pessoa

No 76º aniversário da morte de Fernando Pessoa, a Universia Brasil separou 13 obras do escritor e poeta português disponíveis em dominio público para download gratuito.
Os livros foram retirados do portal Dominio Público, biblioteca digital mantida pelo Ministério da Educação. Entre a selação estão inclusive obras de dois de seus heterônimos: Alberto Caeiro e Bernardo Soares, autores fictícios que possuem personalidade.
Acesse:

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Inscrições para cantores Voz Ativa Madrigal



Citibank Hall de São Paulo vai fechar as portas em março


Após 28 anos, o Citibank Hall, tradicional casa de shows paulistana, irá interromper definitivamente suas operações no ínicio de março. O motivo do fechamento é o vencimento do contrato de locação entre os proprietários e a produtora Time for Fun (T4F), que ocorreu em 2008, e não será renovado.
De acordo com reportagem da revista Veja, o local onde se encontra o edifício, no bairro de Moema, área nobre da capital paulista, está sendo disputado por construtoras.
Segundo a revista, a Associação Brasileira de Educação e Assistência (Abea), proprietária do imóvel, afirmou que a T4F se recusou a pagar um reajuste no valor do aluguel. No entanto, a associação nega a possível venda do terreno para uma construtora.
Em nota oficial, a assessoria do Citibank afirmou que a casa será fechada a partir de 1º de março de 2012 e que a Time For Fun (T4F) está avaliando a possibilidade de construir uma nova casa de shows.
A parceria entre o banco e a produtora controla outras duas casas: o Credicard Hall, em São Paulo, e Citibank Hall, no Rio de Janeiro.
As últimas apresentações programadas para a casa, da comédia Hermanoteu na Terra de Godá, vão ocorrer nos dias 17 e 18 de fevereiro.
Inaugurada em 1983, como Palace, a casa recebeu mais de 2.700 shows, entre eles, Tom Jobim, BB King, Jean Luc Ponty e Rita Pavone. Em 2000, já sob o comando da T4F, foi rebatizado como Directv Music Hall. Desde 2005, é conhecido como Citibank Hall.

THEATRO DA PAZ - BELÉM (PA)

Este belíssimo teatro, herança do ciclo da borracha, vai abrigar, em novembro de 2011, o Festival de Ópera de Belém.
Theatro da Paz - fachadaO Theatro da Paz, originalmente chamado Theatro Nossa Senhora da Paz, teve se nome dado pelo Bispo da época, Dom Macedo Costa, em homenagem ao fim da guerra do Paraguai. O nome, porém, foi modificada a pedido do próprio Bispo, ao ver que o nome de “Nossa Senhora” seria indigno de figurar na fachada de um espaço, onde havia apresentações mundanas e sem representação eclesiástica alguma.
Localiza-se na cidade de Belém, no estado do Pará. Foi construído com recursos auferidos da exportação de látex, durante o Ciclo da Borracha. Atualmente, é o maior teatro da Região Norte e um dos mais luxuosos do Brasil. Com cerca de 130 anos de história, é considerado um dos teatros-monumentos do país.
Possui linhas neoclássicas e a pedra fundamental do edifício, em 3 de março de 1869, foi lançada pelo bispo que lhe deu o nome. Foi a primeira casa de espetáculos construída na Amazônia e tem características grandiosas: 1.100 lugares, acústica perfeita, lustres de cristal, piso em mosaico de madeiras nobres, afrescos nas paredes e teto, dezenas de obras de arte, gradis e outros elementos decorativos revestidos com folhas de ouro.
Theatro da Paz - hallO teatro sofreu alterações na sua fachada, após a grande reforma de 1904. Por exemplo, foi retirada uma coluna do pátio frontal superior do Teatro, pois eram em número de 7, o que feria os preceitos arquitetônicos do período neo-clássico, que pede numero par de colunas em frontarias.
Cobrado pela Sociedade Artística Internacional, que mantinha o Teatro, o Governador da época, Augusto Montenegro, mandou demolir a fachada, que era um pátio coberto, e reconstruí-la recuando a fachada e retirando uma coluna. No vácuo que ficou à mostra, antes preenchido por pequenas janelas, mandou colocar bustos simbolizando as artes: Dança, Poesia, Música e Tragédia e, ao centro, o brasão de armas do estado do Pará, para fortalecer a simbologia republicana que estava enfim instaurada. Entretanto, suas linhas arquitetônicas gerais foram mantidas.
Com projeto do engenheiro pernanbucano José Tibúrcio Pereira Magalhães, foi construido por Calandrine de Chermont com pequenas alterações introduzidas pela repartição de Obras Públicas. Ficou pronto em 1874, mas, devido a denúncias contra os construtores, um inquérito foi aberto e o teatro só foi inaugurado após a conclusão do mesmo.
Theatro da Paz - hallCom o drama de Adolphe d’Ennery, “As duas órfãs”, no dia 16 de fevereiro de 1878, o Teatro da Paz foi aberto ao público, ao som da orquestra sinfônica do maestro Francisco Libânio Collas. O espetáculo foi organizado pela companhia de Vicente Pontes de Oliveira. O contrato durou cinco anos e fez de Vicente Oliveira o encarregado pela iluminação, decoração, coreografia e acessórios de cena no teatro, além de organizador das apresentações que se seguiram.
Mas a apresentação de óperas, que fizeram a fama do teatro no Brasil e na Europa, só começaram dois anos depois, em 1880, com a encenação de “Ernani”, de Verdi, título muito apreciado à época. Só naquele ano,  a temporada teve mais oito peças líricas, incluindo “O Guarani”, de Carlos Gomes, reapresentada em 1882, quando foi regida pelo próprio autor. As temporadas anuais de ópera aconteceram ininterruptamente até 1907, com a presença de cantores como Bidu Sayão, Carlo Bulterini, Leonilde Gabbi, Franco Cardinali, Giulio Ugolini, Maria Peri e Inocente De Anna, criador de “Lo Schiavo”, de Gomes.
O Teatro da Paz, no dizer de Leandro Tocantins, “é um monumento neoclássico por excelência“. Nas laterais, pátios cercados de colunas, escadas que dão acesso à Praça da República. As cadeiras são de palhinha, (não de almofada), seguindo o formato de ferradura. No saguão, há dois bustos talhados em mármore de carrara: José de Alencar e Gonçalves Dias, introdutores do indianismo no Brasil. No salão nobre, ao lado de espelhos de cristal,  estão os bustos dos maestros Carlos Gomes e Henrique Gurjão.
Theatro da Paz - interiorAli, Carlos Gomes encenou sua mais famosa ópera, O Guarany, e a bailarina russa Ana Pavlova passou com suas sapatilhas. O decorador desse cenário privilegiado foi o italiano Domenico de Angelis que, posteriormente, decorou o Teatro Amazonas, de Manaus. Ele foi também o autor do belo painel representando os deuses gregos Apolo e Diana no cenário amazônico, que fica no teto da sala de espetáculos. Dele também era o teto de jover, perdido por causa de uma infiltração. Esse teto foi repintado em 1960 por outro artista italiano, Armando Baloni.
Durante o Ciclo da Borracha, as mais famosas companhias líricas se apresentaram ali. O teatro viveu momentos inesquecíveis, Com o declínio do Ciclo da Borracha, porém, o Teatro da Paz passou por maus momentos.
Em 2002, sofreu grande reforma onde as redes elétrica e hidráulica foram trocadas, assim como o sistema de ar condicionado. Os camarins foram duplicados e as salas de ensaio e administrativas ganharam visual moderno e adequado. O piso do palco, que era fixo, recebeu quarteladas – sistema de praticáveis móveis que permite a utilização de vários planos.
Os degraus de acesso de artistas ao palco, onde certa feita a atriz Fernanda Montenegro levou um tombo memorável, foram substituídos por rampas suaves e seguras. O fosso da orquestra ganhou novo tratamento acústico e mais espaço, graças à eliminação dos pilares que sustentavam o antigo piso. Os novos pianos – um Yamaha Grand Concert e um Steinway – ganharam sala climatizada e elevadores especiais de acesso ao palco. E o sistema de iluminação cênica passou a ser controlado por computador.
Enfim, o Theatro da Paz está pronto a abrigar eventos, como este Festival de Ópera que dará muitas alegrias aos amantes do gênero.
Antônio Rodrigues
Opera&Ballet

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Quer se formar em teatro de graça? Saiba como


SÃO PAULO – A partir de 1º de fevereiro, o SESI-SP iniciará as inscrições para os cursos gratuitos de iniciação teatral oferecidos pelos Núcleos de Artes Cênicas (NACs) da entidade. Neste ano, cada uma das 16 unidades responsáveis pelo projeto ofertará 120 vagas para cursos livres, totalizando 1.920 vagas em todo o estado.
Para o curso semestral (de 05 de março a 30 de junho), com carga horária de 2 horas semanais, cada núcleo formará quatro turmas de 25 alunos. A configuração dos grupos pode variar entre as unidades para o atendimento dos públicos infantil, adolescente e adulto.
Para as 20 vagas remanescentes, cada unidade abrirá processo seletivo, conduzido pelo orientador de Artes Cênicas local, para o curso de Múltiplas Linguagens. Nas aulas o aluno trabalhará com técnicas específicas, como dança-teatro, teatros narrativo e performático entre outros (os temas abordados variam de acordo a unidade).
Quer se formar em teatro de graça? Saiba como aqui
SESI-SP dispõe de 1.920 vagas gratuitas para cursos introdutórios em artes cênicas,  distribuídas em 16 unidades de todo o  estado de São Paulo. Os interessados deverão se inscrever a partir de 1º de fevereiro na unidade de preferência.
O início das atividades está previsto para 5 de março de 2012
Com duração de um ano (de 5 de março a 30 de novembro, com recesso na segunda quinzena de julho) e carga horária de 6 horas semanais, o curso é destinado a pessoas com vivências em artes cênicas.
As aulas serão realizadas nos Centros de Atividades do São José dos Campos, Birigui, Campinas (Amoreiras), Osasco, Vila Leopoldina (capital), Piracicaba, Rio Claro, Santo André, Mogi das Cruzes, Itapetininga, Marília, Mauá, Santos, Sorocaba, São José do Rio Preto e Vila das Mercês (capital).
Os interessados devem procurar a Secretaria Única de umas das unidades para fazer a matrícula de acordo com o seguinte calendário: para os cursos semestrais, de 1º a 15 de fevereiro, o atendimento é exclusivo aos beneficiários da indústria; e a partir de 16 de fevereiro, as vagas remanescentes serão abertas à comunidade; e para o curso anual, as inscrições estarão abertas de 1 a 15 de fevereiro de 2012.
Núcleo de Artes Cênicas
Os Núcleos de Artes Cênicas, que existem há 24 anos no SESI-SP oferecem atividades gratuitas aos participantes. Seu principal objetivo é o de utilizar a linguagem teatral como ferramenta para a conscientização individual, melhorando a qualidade de vida dos participantes e colaborando para o exercício da cidadania devido à abertura de horizontes que a produção artística proporciona.
SERVIÇO
Inscrições para os Núcleos de Artes Cênicas
Local: 16 unidades do SESI-SP: São José dos Campos, Birigui, Campinas (Amoreiras), Osasco, Vila Leopoldina (capital), Piracicaba, Rio Claro, Santo André, Mogi das Cruzes, Itapetininga, Marília, Mauá, Santos, Sorocaba, São José do Rio Preto e Vila das Mercês (capital).
Inscrições na Secretaria Única da unidade: para os cursos semestrais, de 1º a 15 de fevereiro, o atendimento é exclusivo aos beneficiários da indústria; e a partir de 16 de fevereiro, as vagas remanescentes serão abertas à comunidade; e para o curso anual, as inscrições estarão abertas de 1 a 15 de fevereiro de 2012.
s interessados devem apresentar CPF, RG ou certidão de nascimento. (Menor de idade deve estar acompanhado dos pais ou responsável legal)
Datas das aulas: de 5 de março a 30 de junho, para o curso semestral; e de 5 de março a 30 de novembro para o curso anual.
Informações: (11) 3528-2000
A inscrição e o curso são gratuitos

3 mil livros para download no site da USP

Praça do Relógio
A USP tem um site que disponibiliza 3.000 livros para download. Ao entrar no www.brasiliana.usp.br o internauta encontra livros raros, documentos históricos, manuscritos e imagens que são parte do acervo da Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin, doada à universidade.
Há planos de aumentar o catálogo para 25 mil títulos e incluir primeiras edições de Machado de Assis e de Hans Staden.

José Siqueira

José Siqueira

A cadeira nº 8 da ABM foi alocada para José Siqueira como co-fundador, depois que o efetivo da Academia se reduziu de 50 para 40 cadeiras. A vastíssima obra deste compositor paraibano (Conceição, PB 1907 - Rio de Janeiro, 1985), sua importância como educador e o papel de liderança que ele exerceu no meio musical de sua época, colocam-no como uma das grandes figuras da música brasileira no século XX. Durante toda sua juventude Siqueira atuou em bandas de música de várias cidades do interior da Paraíba (o seu pai fora o mestre da Banda Cordão Encarnado, em sua cidade natal). Veio para o Rio em 1927, ingressando na Banda Sinfônica da Escola Militar, como trompetista.

Entre 1928 e 1930, estudou no antigo Instituto Nacional de Música, já tendo antes recebido aulas de Paulo Silva. Estudou composição com Francisco Braga e Walter Burle-Marx, formando-se em Composição e Regência em 1933, quando se apresentou em concerto público, pela primeira vez, como compositor. Ao lado de sua carreira de compositor e regente, foi professor catedrático da então Escola Nacional de Música da Universidade do Brasil. Em 1940 fundou a Orquestra Sinfônicas Brasileira e formou-se em Direito em 1943. Viajou pelos EUA. e Canadá e, em 1949, fundou a Orquestra Sinfônica do Rio de Janeiro, de existência efêmera (2 anos).

Em 1953, viajou para Paris onde regeu a Orchestre Radio-Symphonique e freqüentou o curso de musicologia da Sorbonne. Regeu várias orquestras na Itália, Portugal e a ex-URSS. Em 1961 é um dos fundadores da Orquestra Sinfônica Nacional e, em 1967, cria a Orquestra de Câmara do Brasil. Em 1969 foi aposentado, à revelia, pela ditadura militar, devido à sua pregação democrática. Atualmente a ABM está recuperando a sua memória, através da reorganização do acervo do grande compositor. Siqueira participou da criação de várias entidades de classe e culturais, entre elas a Ordem dos Músico do Brasil. Publicou vários livros didáticos tais como Canto Dado em XIV Lições, Música para a Juventude (em quatro volumes), Sistema Trimodal Brasileiro, Curso de Instrumentação, entre outros. Seu catálogo de composições é colossal e vai desde a ópera, o oratório e a sinfonia até a música de câmara, para instrumentos solos e para voz. Toda a obra de Siqueira está vinculada a uma estética nacionalista, com forte coloração do nordeste brasileiro.

José de Lima Siqueira, ao falecer, aos 78 anos, na cidade do Rio de Janeiro, no dia 22 de abril de 1985, além de óperas, cantatas e concertos, deixou um currículo de agitador cultural incomparável. Dentre as inúmeras matérias publicadas pelos jornais na ocasião e que se referiram a sua vida e a sua obra, eis aqui transcrito o final da matéria assinada por Luiz Paulo Horta no Jornal do Brasil.

...” Além de méritos como compositor, regente e animador cultural, Siqueira deixa também a imagem de um ser humano da mais alta qualidade – professor dedicado, amigo de seus amigos e da própria música. Com pouquíssimas pessoas, neste Rio de Janeiro, a música terá uma dívida tão grande.”
Colaborou Luciana Pansa

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Piano dobrável

Os designers Yun Jin-yeong & Jeong Seong-hun criaram uma versão, no mínimo curiosa, de um piano. O Flat Packing é um piano conceitual que pode ser dobrado e que permite aos seus donos transportá-lo e armazená-lo com enorme facilidade.
Seu visual mistura elementos clássicos e modernos, o que pode agradar a muitos músicos e colecionadores. Com medidas de 1860 x 150 x 1550 mm, ele caberia em vários lugares e facilitaria a locomoção para shows, por exemplo.

Cultura e Sustentabilidade

Seminário em Porto Alegre discute a Cultura como pilar estratégico do desenvolvimento sustentável
O papel da cultura na busca pelo desenvolvimento sustentável será o tema do seminário “Cultura e Sustentabilidade, Rumo à Rio+20”. O encontro, que acontece no próximo domindo, dia 29, na Casa de Cultura Mário Quintana, em Porto Alegre, faz parte das atividades paralelas ao Fórum Social Temático e servirá como preparatória para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20.
Os painéis vão contar com a participação de representantes do Ministério da Cultura (MinC). “A cultura como pilar estratégico da sustentabilidade” será o tema abordado pelo secretário-executivo do MinC, Vitor Ortiz, durante a mesa de abertura do evento. Participarão ainda dos debates o secretário de Políticas Culturais Sérgio Mamberti; a secretária de Economia Criativa Cláudia Leitão; o assessor especial da Presidência do IPHAN, Luiz Philippe Torelly, além de convidados vindos do exterior, casos do parlamentar espanhol Jordi Martí (vereador e delegado de Cultura da Câmara Municipal de Barcelona) e da socióloga boliviana Sarela Paz (doutora em antropologia social). Além deles, especialistas em administração, economia, antropologia e economia criativa vão compor a mesa de debates.
A ideia central das discussões é a da Cultura como pilar que permeia os outros três pontos de apoio do desenvolvimento sustentável: o econômico, o social e o ambiental. Os debates incluirão a consolidação dos direitos culturais; a garantia da diversidade e de uma dimensão cultural do desenvolvimento; o reconhecimento e o impulso à economia criativa como alternativa nos novos modelos de desenvolvimento.
O seminário servirá para reforçar a “Carta da Cultura Rio+20″, documento que será apresentado pelo  MinC na Rio+20, em junho próximo.
Programação:
9h30 às 10h30 – Mesa de Abertura: “Cultura: pilar estratégico da sustentabilidade”
Vitor Ortiz – secretário-Executivo do Ministério da Cultura
Luiz Philippe Torelly – assessor Especial da Presidência do IPHAN
Jéferson Assumção – secretário-Adjunto de Estado da Cultura do RS
Jordi Martí – vereador e delegado de Cultura da Câmara Municipal de Barcelona/Espanha
11h às 13h – Debate: “O pontenSocial da Cultura”
Alfredo Wagner – mestre e doutor em Antropologia Social, Pesquisador da Universidade Federal do Amazonas
Eliana Bogéa – coordenadora de projetos estratégicos da Secretaria Municipal de Saneamento e Infraestrutura de Ananindeua/Pará
Sarela Paz –socióloga, mestre e doutora em Antropologia Social – Bolívia
13:00 – 14:30 – Intervalo para almoço
14:30 – 16:30 – Debate: “A dimensão econômica do desenvolvimento cultural”
Cláudia Leitão – secretária de Economia Criativa do Ministério da Cultura
Lala Deheinzelin – especialista em Economia Criativa e Desenvolvimento Sustentável, coordenadora do movimento internacional Crie Futuros – São Paulo/SP
Leandro Valiati – economista, mestre em Urbanismo com ênfase em Economia da Cultura, doutorando em Economia do Desenvolvimento. Porto Alegre/ RS
16:30 – 17:00 – Intervalo
17:00 – 19:00 Debate: “Diversidade e Sustentabilidade”
Sérgio Mamberti  – secretário de Políticas Culturais do Ministério da Cultura
Jussara Cony – secretária de Estado do Meio Ambiente – Porto Alegre/RS
Justo Werlang – mestre em Administração, membro do Conselho da Fundação Gaia – Porto Alegre/RS
Serviço:
Casa de Cultura Mário Quintana – Porto Alegre/RS
Domingo, 29/01, a partir das

Últimos dias para se inscrever no edital do Museu Alfredo Andersen

Museu Alfredo Andersen

Até o dia 27 de janeiro, artistas que tenham tido, ao longo da trajetória artística, vínculo com o Ateliê de Arte do Museu Alfredo Andersen como orientador, aluno, palestrante ou ministrante de workshop podem se inscrever no edital de ocupação dos espaços expositivos no msueu para o ano de 2012.

O interessado deve enviar via Correios ou entregar pessoalmente no Museu a ficha de inscrição, acompanhada do portfólio da exposição pretendida. O prazo é até 27 de janeiro de 2012. O edital completo e a ficha estão disponíveis aqui.

A seleção será realizada por uma comissão especializada. O resultado sai no dia 6 de fevereiro, no site da SEEC e do Museu Alfredo Andersen. Uma das contrapartidas dos artistas selecionados é participar de encontros com a comunidade dentro da Coordenação de Arte-Educação e do Ateliê de Arte do Museu.

O espaço tem por objetivos catalogar, conservar, expor e divulgar a obra do artista, resgatar a memória de Andersen como pintor e educador; pesquisar a vida e obra daqueles que com ele estudaram e dar continuidade ao trabalho de promoção cultural iniciado por Andersen, oferecendo cursos e organizando mostras e seminários sobre arte.

Serviço
Edital de abertura de ocupação dos espaços expositivos do Museu Alfredo Andersen.
Data: de 12 de dezembro de 2011 a 27 de janeiro de 2012
Edital e ficha de inscrição aqui
Informações: (41) 3222-8262 / 3323-5148

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Voz Ativa abre inscrições para novos cantores

EM promove Concurso Nacional de Composição

      
As inscrições para o concurso vão de 18 de janeiro a 16 de março de 2012
A Escola de Música (EM) divulgou hoje, 18/01, as normas do 1º Concurso Nacional de Composição da UFRJ, evento que integra o XXVI Panorama da Música Brasileira Atual. Podem participar compositores brasileiros, natos ou naturalizados, com idade de até 35 anos em três categorias: obras destinadas à Orquestra Sinfônica da UFRJ, ao Trio UFRJ (violino, violoncelo e piano) e composições acusmáticas sobre suporte.
As inscrições vão até 16 de março e cada candidato poderá se inscrever em apenas uma dessas categorias. As obras precisam ser inéditas e com duração entre seis e 12 minutos. Além disso, o concorrente deverá enviar partitura editorada da obra concorrente, utilizando pseudônimo. No caso de composição acusmática, o formato é CD-Áudio (44.1KHz, 16-bits, estéreo).
O concurso distribuirá um total de R$ 6 mil em prêmios. O vencedor da peça escrita para orquestra sinfônica receberá R$ 3 mil, os ganhadores das outras duas categorias, R$ 1.500 cada. As três obras serão também executadas no XXVI Panorama, que acontece de 24 de maio a 1º de junho na EM.
O evento é uma iniciativa do departamento de composição e os membros da comissão julgadora não terão acesso aos nomes dos concorrentes, nem terão seus nomes revelados até o dia da publicação do resultado, previsto para seis de abril.
A ficha de inscrição preenchida e a documentação devem ser endereçadas ao Setor Artístico da EM, Rua do Passeio, 98, Centro, Rio de Janeiro, RJ. Mais detalhes podem ser obtidos no regulamento do concurso, que pode ser baixado a partir do link respectivo, ou através do e-mail composicao.musica.ufrj@gmail.com Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.
Francisco Conte  

Os muitos e modernos caminhos da música

Ro­drigo Cic­chelli Vel­loso

Com­po­sitor, Ro­drigo Cic­chelli Vel­loso é do­cente da EM e atu­al­mente também produz e apre­senta “Ele­tro­a­cús­ticas” – pro­grama que vai ao ar às quartas-feiras, à meia-noite, na Rádio MEC FM (98,9 MHz). Ao Le­o­poldo, apre­sentou um pa­no­rama dos ca­mi­nhos per­cor­ridos e do de­bate ainda pre­sente quando o tema é a mú­sica in­ti­tu­lada mo­derna.
 Qual a origem e as prin­ci­pais ca­rac­te­rís­ticas da mú­sica mo­derna?
A mú­sica que surge na se­gunda me­tade do sé­culo pas­sado foi pro­fun­da­mente mar­cada por um grande ím­peto van­guar­dista e por uma cres­cente frag­men­tação es­té­tica. Não se pode, por­tanto, falar em um único “mo­vi­mento”, mas em vá­rias es­colas de pen­sa­mento con­tras­tantes, por vezes an­tagô­nicas. A ci­dade alemã de Darms­tadt, onde um fer­vi­lhante curso de verão reunia a nata da mú­sica nova do pós-guerra, foi ine­ga­vel­mente o prin­cipal polo de ges­tação e di­fusão das ideias e téc­nicas com­po­si­ci­o­nais que mar­caram a van­guarda in­ter­na­ci­onal. Em li­nhas ge­rais, diria que os traços mais mar­cantes são a busca da con­so­li­dação de mé­todos com­po­si­ci­o­nais pós-to­nais. A via se­rial talvez tenha sido a mais in­flu­ente e do­mi­nante. O uso de tec­no­lo­gias ele­tro­e­le­trô­nicas também tem des­taque a partir do final dos anos 1940, bem como as ino­va­ções em no­tação e as téc­nicas ins­tru­men­tais es­ten­didas. Mas é pre­ciso com­pre­ender estas e ou­tras no­vi­dades téc­nicas como o re­sul­tado de po­si­ci­o­na­mentos es­té­ticos muitas vezes di­ver­gentes.
 Pode apre­sentar um pa­no­rama das prin­ci­pais cor­rentes do pe­ríodo?
Olhando a uma dis­tância de mais de 50 anos, eu des­ta­caria: a Ge­ração de Darms­tadt, com Stockhausen, Boulez, Berio e muitos ou­tros, que se no­ta­bi­li­zaram pela ge­ne­ra­li­zação do prin­cípio se­rial, seja na pro­dução de mú­sica ins­tru­mental ou ele­trô­nica; o ad­vento da mu­sique concrète (em 1948), cri­ação do com­po­sitor e pes­qui­sador francês Pi­erre Scha­effer, de pro­fundo im­pacto e con­sequên­cias, não só para o fazer mu­sical, mas também por co­locar em questão e es­tender o pró­prio con­ceito de es­cuta e do que é um som mu­sical; e o ex­pe­ri­men­ta­lismo norte-ame­ri­cano, tão bem sin­te­ti­zado pela fi­gura de John Cage, que in­cor­porou ao te­cido com­po­si­ci­onal o acaso e a in­de­ter­mi­nação, co­lo­cando em xeque a noção do que é mú­sica. Houve di­versos des­do­bra­mentos destas “ma­trizes” prin­ci­pais (muitas vezes como re­ação a elas!), que de resto eram de certa forma an­tagô­nicas. Com re­flexos ainda nos dias de hoje, eu cha­maria a atenção para o pós-se­ri­a­lismo, com des­taque para os com­po­si­tores da Nova Com­ple­xi­dade, a mú­sica al­go­rít­mica (de Xe­nakis ao vi­de­o­game!), as nu­me­rosas ra­mi­fi­ca­ções da mú­sica ele­tro­a­cús­tica, o mi­ni­ma­lismo, a mú­sica es­pec­tral, mul­ti­mídia... Houve também ten­dên­cias “res­tau­ra­doras”, mo­vi­mentos de re­to­mada da to­na­li­dade, ne­or­ro­mân­ticos, neo-isso, neo-aquilo... A lista é muito longa!
 No Brasil, quais os ca­mi­nhos e com­po­si­tores mais re­pre­sen­ta­tivos?
Aqui, onde já se com­punha mú­sica do­de­cafô­nica nos anos 1940, os anos 1950 foram mar­cados pela mu­dança de ori­en­tação dos com­po­si­tores li­gados ao Mú­sica Viva de Ko­ell­reutter, que foram pro­fun­da­mente in­flu­en­ci­ados pelas di­re­trizes do II Con­gresso In­ter­na­ci­onal de Com­po­si­tores e Crí­ticos Mu­si­cais re­a­li­zado em Praga, em 1948. Dentre elas, des­ta­camos a con­de­nação aos “ex­cessos ex­pe­ri­men­tais” e o in­cen­tivo a que os com­po­si­tores en­fa­ti­zassem suas cul­turas na­ci­o­nais. O na­ci­o­na­lismo, por­tanto, ganha novo ím­peto e se re­a­firma como ten­dência do­mi­nante aqui por muitos anos, pas­sando a perder força a partir dos anos 1980, com o de­sa­pa­re­ci­mento pau­la­tino de seus prin­ci­pais re­pre­sen­tantes. Ini­ci­a­tivas de re­no­vação e van­guarda vão pi­pocar aqui e ali, com o pes­soal do Mú­sica Nova de São Paulo, as ge­ra­ções que surgem a partir dos anos 1960, o Grupo de Com­po­si­tores da Bahia, muitos em in­ter­câmbio com o que se fazia fora do Brasil. Im­pos­sível des­tacar apenas al­guns nomes! Mas, para não deixar a per­gunta in­tei­ra­mente sem res­posta, men­ci­o­nemos Jocy de Oli­veira e Jorge An­tunes – que ce­le­bram em 2011 cin­quenta anos de pro­dução mu­sical com re­cursos ele­tro­a­cús­ticos e se in­serem nas ten­dên­cias de cunho mais re­no­vador do es­pectro mu­sical.
 Qual a im­por­tância da mú­sica mo­derna?
Mas de qual mú­sica mo­derna es­tamos fa­lando? A ad­je­ti­vação nos faz ga­nhar em pre­cisão con­cei­tual (mú­sica es­to­cás­tica não é mú­sica se­rial, que não é con­creta, sendo todas elas mo­dernas), tor­nando o ob­jeto mais dis­tante, par­ti­cu­la­ri­zando-o num de­ter­mi­nado as­pecto. Mas esta também passa a ser uma outra mú­sica, num mundo em que a noção do que seja ela se frag­mentou. Assim, as mú­sicas mo­dernas são, ao mesmo tempo, um fenô­meno his­tó­rico e con­tem­po­râneo, assim como as mú­sicas an­tigas, com seus mo­vi­mentos de re­no­vação ins­tru­mental. A volta ao pas­sado não deixa de ser, pa­ra­do­xal­mente, uma re­no­vação em re­lação ao que se fazia ainda há pouco. E, no li­mite, como já apontou Nor­bert Elias, o tempo não existe em si. As mú­sicas serão mo­dernas se es­ti­verem sendo feitas agora e se ti­verem a ca­pa­ci­dade de in­flu­en­ciar as novas ge­ra­ções de com­po­si­tores, a quem ca­berá atri­buir a estas mú­sicas a sua im­por­tância.
Maria Celina Machado    

Seca pode matar 1 milhão de crianças na África


Pela terceira vez na última década, a seca retornou ao árido Oeste da África, levando a fome para milhões de pessoas. Agências de ajuda internacional alertam que, se nenhuma ação for tomada agora, a região conhecida como Sahel deve entrar em crise. Mais de 1 milhão de crianças em oito países afetados devem enfrentar neste ano níveis de desnutrição que ameaçam suas vidas, de acordo com o Fundo Infantil das Nações Unidas.

A região ainda não se recuperou da seca dos últimos dois anos e muitas famílias perderam seus rebanhos, o que significa que não terão recursos para comprar comida. Trabalhadores das agências de ajuda também se preocupam com a possibilidade de os doadores pensarem que se trata de uma situação rotineira, já que a crise do Oeste da África ocorre apenas seis meses depois que a capital da Somália recebeu o título de zona de fome.
"Acho que existe um risco real de as pessoas pensarem que esse tipo de coisa simplesmente acontece todos os anos", disse o gerente regional de campanha da Oxfam para o Oeste da África, Stephen Cockburn.
No início da semana, agências de ajuda revelaram que milhares de pessoas morreram sem necessidade no Chifre da África, porque os doadores demoraram demais para reagir. Os sinais de alerta existiam desde agosto de 2010, mas a ajuda não aumentou antes de julho de 2011.
"Dezenas de milhares de pessoas morreram por causa desse atraso", disse Cockburn. Os primeiros sinais da fome em Sahel foram detectados no fim do ano passado, de acordo com relatório divulgado na quarta-feira pela Oxfam e pela Save the Children. As informações são da Associated Press.
AE - Agência Estado

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Reforma ortográfica – Dicas para não errar II

(continuação)
- Nova Regra
HIFEN – MESMA VOGAL: Agora se utiliza hífen quando a palavra é formada por um
prefixo terminado em vogal + palavra iniciada pela mesma vogal.
-Como era
microondas, microônibus, antiibérico, antiinflamatório, antiinflacionário, antiimperialista,
arquiinimigo, microorgânico.
- Como fica
micro-ondas, micro-ônibus, anti-ibérico, anti-inflamatório, anti-inflacionário, antiimperialista, arqui-inimigo, microorgânico.
Obs:
A exceção é o prefixo “co”, que permanece sem hífen: cooperação, coobrigar, coordenar.

- Nova Regra
HIFEN – VOGAL DIFERENTE: Não se utiliza mais o hífen em palavras formadas por um prefixo terminado em vogal + palavra iniciada por outra vogal.
- Como era
auto-afirmação, auto-ajuda, autoaprendizagem, auto-escola, autoestrada, auto-instrução, contraexemplo, contra-indicação, contra-ordem, extra-escolar, extra-oficial, infra-estrutura, intraocular, intra-uterino, neoexpressionista, neo-imperialista, semi-aberto, semi-árido, semiautomático, semi-embriagado, semi-obscuridade, supra-ocular,
ultra-elevado.
- Como fica
autoafirmação, autoajuda, autoaprendizabem, autoescola, autoestrada, autoinstrução,
contraexemplo, contraindicação, contraordem, extraescolar, extraoficial, infraestrutura, intraocular, intrauterino, neoexpressionista, neoimperialista, semiaberto, semiautomático, semiárido, semiembriagado, semiobscuridade, supraocular, ultraelevado.

Obs:
Esta regra não se encaixa quando a palavra seguinte iniciar por “h”: anti-herói, anti-higiênico, extrahumano, semi-herbáceo etc.
- Nova Regra
Não se usa mais hífen em compostos que, pelo uso, perdeu-se a noção de composição.
- Como era
manda-chuva, pára-quedas, páraquedista, pára-lama, pára-brisa, pára-choque.
- Como fica
mandachuva, paraquedas, paraquedista, paralama, parabrisa, pára-choque.
Obs:
O uso do hífen permanece em palavras compostas que não contêm elemento de ligação e constituem unidade sintagmática e semântica, bem como naquelas que designam espécies botânicas e zoológicas: beija-flor, couve-flor, erva-doce, ano-luz, azul-escuro, médico-cirurgião, conta-gotas, guarda-chuva, segunda-feira, tenente-coronel, mal-me-quer, bem-te-vi etc.
OBSERVAÇÕES GERAIS SOBRE O HÍFEN
- O uso do hífen permanece
Em palavras formadas com prefixos “pré”, “pró”, “pós” (quando acentuadas graficamente), “ex” (no sentido de “já foi”), “vice”, “soto”, “sota”, “além”, “aquém”, “recém” e “sem”.
- Exemplos
pré-natal, pró-europeu, pós-graduação, ex-presidente, vice-prefeito, soto-mestre, além-mar, aquém-oceano, recém-nascido, sem-teto.
- O uso do hífen permanece
Em palavras formadas por “circum” e “pan” + palavras iniciadas em VOGAL, H, M ou N.
- Exemplos
pan-americano, circum-navegação, circum-murado, circum-hospitalar.
- O uso do hífen permanece
Com os sufixos de origem tupi-guarani “açu", “guaçu” e “mirim”, que representam formas adjetivas.
- Exemplos
amoré-guaçu, anajá-mirim, capim-açu.
ATENÇÃO: Ainda há casos controversos não citados no Acordo que dependerão de orientação da Academia Brasileira de Letras (ABL): Sub-bibliotecário ou subibliotecário? Coabitar ou co-habitar?...
O QUE REPRE S ENTAM AS MUDANÇAS NA LÍNGUA PORTUGUE SA
1) SIMPLIFICAÇÃO E UNIFICAÇÃO:
As novas regras representam uniformidade de uso na Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP): Brasil, Portugal, Angola, Moçambique, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Timor Leste (total de oito países).
2) VANTAGEM ECONÔMICA (ou ECONÓMICA):
Um livro escrito em um desses países lusófonos pode ser comercializado em outro sem necessidade de revisão e reimpressão. Também facilita a redação de documentos oficiais entre esses países.
3) VANTAGEM POLÍTICA:
Com a implantação do Acordo, espera-se que a língua portuguesa seja reconhecida pela ONU (Organização das Nações Unidas) como uma língua de padrão internacional, pois entre as línguas mais faladas no mundo, a portuguesa é a única que não é unificada. A Língua Portuguesa é considerada a quinta língua mais utilizada no planeta (240 milhões de pessoas, das quais 190 milhões são brasileiras).
4) LINGUAGEM FALADA x LINGUAGEM ESCRITA:
O Acordo é meramente ortográfico e, portanto, não afeta a língua falada.
5) PALAVRAS ALCANÇADAS PELA REFORMA:
Estima-se que a reforma afete entre 0,5 a 2% das palavras da língua portuguesa. A mudança em Portugal será maior, pois no Brasil as últimas reformas ocorreram em 1943 e 1971, enquanto em Portugal a última aconteceu em 1945 e, com isso, muitas diferenças continuaram.
6) PONTOS CONTROVERTIDOS:
Ainda há alguns pontos controvertidos, principalmente em relação ao emprego do hífen, que o Acordo não esclarece.
7) FASE DE TRANSIÇÃO:
Até dezembro de 2012, os concursos públicos, as provas escolares e vestibulares deverão considerar como corretas as duas formas ortográficas da língua: a antiga e a nova.
8) LIVROS DIDÁTICOS:
O acordo entrou em vigor em janeiro de 2009, mas será introduzido obrigatoriamente nos livros escolares a partir de 2010.
9) DISPOSITIVO LEGAL:
No Brasil, o Acordo foi promulgado pelo Decreto 6583, de 29/09/2008, mas foi inicialmente redigido no ano de 1990, em Lisboa. Somente agora, entretanto, o Acordo é finalmente implementado..

Prof. Nelson Guerra,
disponível em www.folhadirigida.com.br.

Edital de Seleção do Mestrado Profissional em Preservação do Patrimônio Cultural 2012


Mediante manifestações de interesse, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional – Iphan informa que o Edital de Seleção do Mestrado Profissional em Preservação do Patrimônio Cultural 2012 será divulgado no primeiro semestre, para o ingresso dos candidatos selecionados no dia 1º de agosto de 2012.
O Mestrado Profissional em Preservação do Patrimônio Cultural é um Programa do Iphan, que deu continuidade ao Programa de Especialização em Patrimônio do Iphan (PEP), cuja formação em nível de pós-graduação integra atividades práticas supervisionadas e aulas teórico-metodológicas com o objetivo de especializar profissionais de diversas áreas do conhecimento para atuarem no campo da Preservação do Patrimônio Culural.
Os candidatos selecionados receberão bolsas de estudos para participarem, ao longo de dois anos, das práticas de preservação nas unidades do Iphan, supervisionados pelos técnicos da Instituição, e de atividades que visam ao aprendizado teórico-metodológico, através de módulos de aulas, oficinas e seminários nacionais, que reúnem todos os alunos, de leituras dirigidas e seminários internos nas unidades de lotação. Para obtenção do grau de mestre é exigida a apresentação de um trabalho, a ser defendido perante uma banca examinadora, orientado pelo corpo docente do Mestrado, cujo objeto de estudo é definido a partir de uma questão identificada no cotidiano das práticas supervisionadas.

Paço das Artes inaugura 1ª Temporada de Projetos 2012 com a exposição Instável (SP)


O Paço das Artes, instituição da Secretaria de Estado da Cultura, inaugura a 1ª edição da Temporada de Projetos 2012 com Instável, o projeto curatorial selecionado de Douglas de Freitas. A abertura, no dia 25 de janeiro, a partir das 18h, é gratuita e integra a programação especial de comemoração do aniversário da cidade de São Paulo. No mesmo dia, às 17h, acontece o Projeto Portfólio, um encontro aberto em que o público poderá aprofundar o contato com o trabalho e a pesquisa do curador selecionado.
Esta é a 10ª edição do programa, consagrado por revelar novos artistas, curadores e críticos. Para a edição de 2012, recebeu mais de 400 projetos do Brasil e do exterior. “A Temporada de Projetos chega a dez edições cumprindo seu objetivo de abrir espaço para a produção jovem e fomentar a arte contemporânea”, afirma Priscila Arantes, curadora e diretora técnica do Paço das Artes. Foram selecionados nove projetos artísticos individuais e um de curadoria, que serão expostos ao longo de 2012 em quatro etapas.
Douglas de Freitas, de São Paulo, abre a Temporada de Projetos 2012 com projeto de curadoria Instável, que traz obras de Ana Paula Oliveira, Laura Belém, Laura Vinci, Marcelo Moscheta, Geórgia Kyriakakis, Maurício Ianês e Marina Weffort. O foco do projeto, segundo Freitas, é “reunir artistas de distintas gerações, que em suas produções lidam com a instabilidade sob diferentes aspectos”.
Para compor a tônica da exposição, o curador selecionou instalações (Ainda Não, de Ana Paula de Oliveira; Helenas e coordenadas, de Geórgia Kytiakakis; Untitled, Maurício Ianês; e Mona Lisa, de Laura Vinci), vídeos (Maré, de Marcelo Moscheta; Naufrágio, de Laura Belém) e desenhos (Marina Weffort).
Sobre a Temporada de Projetos
Ação pioneira no Brasil, criada em 1997, a Temporada de Projetos se tornou um celeiro de artistas, críticos e curadores. Ao participarem dessa ação, os artistas têm a oportunidade de serem avaliados por crítica, público e classe artística. Desde seu surgimento, já alçou ao cenário cultural mais de uma centena de profissionais, entre artistas, curadores e críticos, contabilizando mais de cinquenta exposições.
Entre os nomes de artistas que despontaram ao longo da trajetória da Temporada de Projetos, estão Gisela Motta, Leandro Lima, Lia Chaia, Daniela Kutschat, Rejane Cantoni, Ricardo Carioba, Raquel Kogan, Cine Falcatrua, Ana Holck, Marcellvs L., Débora Bolsoni. No campo da curadoria, destacaram-se Christine Mello, Kiki Mazzucchelli e Érika Fraenkel. Sua realização também contribuiu para o fortalecimento da jovem crítica, com contribuições de Fernando Oliva, Juliana Monachesi, José Augusto Ribeiro, Cauê Alves, Paula Alzugaray, Daniela Maura Ribeiro, Guy Amado, Fernanda Albuquerque e Daniela Castro.
Projeto 5 X 5
Paralelamente à Temporada de Projetos 2012, o Paço das Artes inaugura, em 25 de janeiro, o Projeto 5 X 5, que traz a produção contemporânea de artistas latino-americanos de 5 países - Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e México –, investigadas a partir de 5 temas distintos - história, arquivo, identidade, memória e colonização. Este último tema é o mote desta primeira edição, no Paço das Artes, que apresenta uma exposição individual do artista chileno Patrick Hamilton (Ultramar Sur), acompanhada por uma mostra coletiva composta por 5 vídeos escolhidos pelo artista (Copa América).
1ª edição da Temporada de Projetos 2012
Abertura: 25 de janeiro de 2012, a partir das 18h |Gratuita e aberta ao público
Projeto Portfólio: 25 de janeiro de 2012, às 17h | Gratuito e aberto ao público
Visitação: 26 de janeiro a 01 de abril de 2012. Terças a sextas, das 11h30 às 19h; sábados e domingos, das 12h30 às 17h30 | Gratuita
Local: Paço das Artes
Endereço: Avenida da Universidade, nº 01, Cidade Universitária, São Paulo
Tel: (11) 3814-4832 |Site: www.pacodasartes.org.br
Acesso e elevador para cadeirantes. Ar condicionado
Núcleo educativo
Informações e agendamento de visitas orientadas para grupos
Tel: (11) 3814-4832 / ramal 4
Fonte: Assessoria de imprensa - Paço das Artes

Inscrições para Centros Culturais estão abertas em Vinhedo (SP)


 Até o dia 4 de fevereiro estão abertas as inscrições para novos alunos nos 23 cursos oferecidos gratuitamente pelo Centro Cultural da Capela e pelo Centro Cultural da Vila João XXIII, inaugurado em 2011, ambos coordenados pela Secretaria de Cultura e Turismo da Prefeitura.
Já o Centro Cultural central, na Rua Monteiro de Barros, só receberá novos alunos após o término das obras no local, cuja data não foi informada.
Os cursos oferecidos nos dois Centros Culturais vinhedenses são os seguintes. Artes: pintura a óleo sobre tela, desenho e pintura, desenho artístico, mangá, cerâmica, escultura e patchwork; Dança: ballet, dança do ventre, dança de Salão, sapateado (vagas só no Centro Cultural da Vila João XXII), jazz, alongamento, hip hop, capoeira e teatro e Música: trompete, musicalização infantil, coral infantil, juvenil e adulto, técnica vocal, teoria musical, violão e prática de orquestra.
Os documentos necessários para inscrição são: cópia do comprovante de residência, cópia do RG ou certidão de nascimento do aluno e uma foto 3x4. O Centro Cultural da Vila João XXIII fica na Rua Papa Pio XII, s/nº, na Vila João XXIII; e o Centro Cultural da Capela na Rua José Ferragut, 32, no Jardim Bela Vista.
Os horários para inscrições nos dois locais são: de segunda-feira a sexta-feira das 8h às 13h e das 14h às 18h; e aos sábados, das 8h30 às 12h. As inscrições estão divididas por cursos.

Veja abaixo a tabela com os dias e horários
Centro Cultural da Capela
De 23 a 26 de janeiro: matrículas aos cursos de artes.
Em 27, 28, 30 e 31 de janeiro: matrículas aos cursos de dança, capoeira e teatro.
De 1 a 4 de fevereiro: matrículas aos cursos de música.
Centro Cultural da Vila João XXIII
De 23 a 26 de janeiro: matrículas aos cursos de música.
Em 27, 28, 30 e 31 de janeiro: matrículas aos cursos de artes.
De 1 a 4 de fevereiro: matrículas aos cursos de dança, capoeira e teatro.

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Inscrições para aulas de ballet, jazz e teatro são oferecidas pela Secretaria de Cultura de Arujá- (SP)

A Secretaria de Cultura de Arujá receberá de 24 de janeiro a 3 de fevereiro inscrições de quem deseja participar dos cursos de ballet, jazz e teatro. Os cursos são oferecidos gratuitamente na Oficina Cultural, porém, as vagas são limitadas.
Para as turmas de ballet e jazz, podem se inscrever crianças e adolescentes com idade entre 7 e 17 anos. As aulas serão nos períodos da manhã e da tarde, duas vezes por semana: às segundas e sextas-feiras ou às terças e quintas-feiras.
Já as crianças de 4 a 6 anos podem participar da turma baby class, que terá aulas às quartas-feiras, de manhã e a tarde. O grupo de teatro, por sua vez, é voltado para quem tem mais de oito anos de idade e terá encontros às segundas e quintas-feiras, às quartas-feiras ou ainda às terças e sextas-feiras.
Para efetuar a inscrição, os responsáveis pelo aluno devem levar à Oficina Cultural documentos obrigatórios: foto 3x4 recente, cópia do comprovante de endereço atualizado, cópia da certidão de nascimento e atestado médico.
A Oficina está localizada na Rua Rodrigues Alves, nº 90 (rua da Câmara Municipal). Outras informações podem ser obtidas pelo telefone (11) 4651 1261.

Reabertura da biblioteca Mário de Andrade, com atividades gratuitas no aniversário de SP!

No dia 25 de janeiro será realizada a apresentação musical “Chorando Jazz”, uma exposição dedicada à metrópole e visitas monitoradas a cada duas horas, para que o público possa conhecer as instalações da biblioteca, no edifício construído ao estilo art déco, pelo arquiteto francês Jacques Pilon, na década de 1930, e que passou por reformas e modernizações.

Reforma ortográfica – Dicas para não errar I.

Abaixo informações sobre as novas regras da reforma ortográfica. Este texto está dividido em duas partes, a conclusão será editada amanhã, acompanhe.
ALFABETO
- Nova regra
O alfabeto é agora formado por 26 letras.
- Como era
O K, o W e o Y não eram consideradas letras do nosso alfabeto.
- Como fica
Essas letras serão usadas em siglas, símbolos, nomes próprios, palavras estrangeiras  e seus derivados: kg, watt, megabyte, taylorista.
TREMA
- Nova Regra
Não existe mais o trema, a não ser em casos de nomes próprios e seus derivados:
Bündchen, Müller, mülleriano.
- Como era
agüentar, argüição, bilíngüe, cinqüenta, conseqüência, delinqüir, eloqüência, freqüência, freqüente, lingüiça , lingüista, pingüim, qüinqüênio, tranqüilo
- Como fica
aguentar, arguição, bilíngue, cinquenta, consequência, delinquir, eloquência, frequência, frequente, linguiça, linguista, pinguim, quinquênio, tranquilo
Obs.:
Como a reforma só modifica a comunicação escrita (e não a falada), cabe a cada um de nós saber quando não pronunciar o “u” (exemplos: foguete, guitarra, queijo) e quando pronunciá-lo (veja exemplos acima), pois não cabe mais o uso do trema para diferenciá-los.
ACENTUAÇÃO
- Nova Regra
Os ditongos abertos “ei” e “oi” não são mais acentuados em palavras paroxítonas (palavras que têm acento tônico na penúltima sílaba).
- Como era
assembléia, bóia, colméia, geléia, idéia, platéia, boléia, panacéia, hebréia, paranóia, jibóia, heróico, paranóico.
- Como fica
assembleia, boia, colmeia, geleia, ideia, plateia, boleia, panaceia, hebreia, paranoia, jiboia, heroico, paranoico.
Obs.:
Nas palavras oxítonas e monossilábicas o acento continua para os ditongos abertos “ei” e “oi”. (assim como “eu”): anéis, papéis, constrói, herói, dói, rói, céu, chapéu.
- Nova Regra
Nas palavras paroxítonas, não se usa mais o acento no “i” e no “u” tônicos quando
vierem depois de um ditongo.
- Como era
baiúca, bocaiúva, cauíla, feiúra.
- Como fica
baiuca, bocaiuva, cauila, feiura.
Obs:
Se a palavra for oxítona e o “i” ou o “u” estiverem em posição final (seguidos ou não de s), o acento permanece: tuiuiú, tuiuiús, Piauí.
- Nova Regra
Não existe mais o acento diferencial em palavras homógrafas (as que possuem a mesma escrita e pronúncia).
- Como era
pára (verbo), péla (substantivo e verbo), pêlo (substantivo), pêra (fruta), pólo (substantivo), côa (verbo coar)
- Como fica
para (verbo), pela (substantivo e verbo), pelo (substantivo), pera (fruta), polo (substantivo), coa (verbo coar).
Obs.1:
O acento diferencial ainda permanece no verbo “pôr” (para diferenciar da preposição “por”) e na forma verbal “pôde” (3ª pessoa do Pretérito Perfeito do Indicativo do verbo poder) para diferenciar de “pode” (Presente do Indicativo do mesmo verbo).
Obs.2:
Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos “ter” e “vir”, assim como de seus derivados. ele tem / eles têm; ela vem / elas vêm; você retém / vocês retêm.
Obs.3:
É facultativo o uso do acento circunflexo na forma verbal “dêmos” (presente do subjuntivo) para diferenciar de “demos” (pretérito perfeito do indicativo), assim como é facultativo para diferenciar as palavras forma/fôrma: Em muitos casos convém usar: Qual é a forma da fôrma do bolo?

- Nova Regra
Não se acentua mais a letra “u” nas formas verbais gue, que, gui, qui.
-Como era
argúi, apazigúe, averigúe, enxagúe, obliqúe.
- Como fica
argui, apazigue,averigue, enxague, oblique.
- Nova Regra
Os hiatos “oo” e “ee” não são mais acentuados.
-Como era
abençôo, enjôo, perdôo, vôo, corôo, côo, môo, povôo, lêem, dêem, crêem, vêem, descrêem, relêem, revêem.
- Como fica
abençoo, enjoo, perdoo, voo, coroo, coo, moo, povoo, leem, deem, creem, veem, descreem, releem, reveem.
- Nova Regra
É facultativo assinalar com acento agudo as formas verbais de pretérito perfeito do indicativo, na primeira pessoa do plural (nós), para as distinguir das correspondentes formas do presente do indicativo.
-Como era
Nós amamos, louvamos, falamos, dizemos, guerreamos (pretérito perfeito do indicativo).

- Como fica
Nós amamos/amámos, louvamos/louvámos, falamos/falámos, dizemos/dizémos, guerreamos/guerreámos (pretérito perfeito do indicativo)
Atenção:
Continue não acentuando demos (pretérito perfeito do verbo dar).
- Nova Regra
Levam acento agudo ou circunflexo as palavras proparoxítonas cujas vogais tônicas estão em final de sílaba e são seguidas das consoantes nasais “m” ou “n”.
-Como era
acadêmico, anatômico, cênico, cômodo, econômico, fenômeno, gênero, topônimo, tônico.
- Como fica
académico/acadêmico, anatómico/anatômico, cénico/cênico, cómodo/cômodo, económico/econômico, fenómeno/fenômeno, género/gênero, topónimo/topônimo, tónico/tônico.
- Nova Regra
Da mesma forma, recebem o acento agudo ou circunflexo as palavras paroxítonas terminadas em ditongo quando as vogais tônicas são seguidas das consoantes nasais “m” ou “n”.
-Como era
Amazônia, Antônio, blasfêmia, fêmea, gêmeo, gênio, tênue, patrimônio, matrimônio.
- Como fica
Amazónia/Amazônia, António/Antônio, blasfémia/blasfêmia, fémea/fêmea,gémeo/gêmeo, génio/gênio, ténue/tênue, património/patrimônio, matrimónio/matrimônio.

Obs.:
Para os dois últimos casos, o que ocorrerá, na prática, é o uso do acento circunflexo pelos brasileiros, e do agudo pelos lusitanos, como ocorria antes do Acordo.


HIFENIZAÇÃO
- Nova Regra
HIFEN – RR e SS:
O hífen não é mais utilizado em palavras formadas de prefixo terminado em vogal + palavra iniciada por “r” ou “s”, sendo que essas letras devem ser dobradas.
- Como era
ante-sala, ante-sacristia, auto-retrato, anti-social, anti-rugas, arqui-romântico, arqui-rivalidae, auto-regulamentação, auto-sugestão, contra-senso, contra-regra, contra-senha, extra-regimento, extra-sístole, extra-seco, infra-som, ultra-sonografia, semi-real, semi-sintético, supra-renal.
- Como fica
antessala, antessacristia, autorretrato, antissocial, antirrugas, arquirromântico, arquirrivalidade, autorregulamentação, contrassenha, extrarregimento, extrassístole, extrasseco, infrassom, inrarrenal, ultrarromântico, ultrassonografia, suprarrenal
Obs:
Nos prefixos sub, hiper, inter e super, permanece o hífen se a palavra seguinte for iniciada por “h” ou “r”: sub-hepático, hiper-realista, hiper-requintado, hiper-requisitado, inter-racial, inter-regional, inter-relação, super-racional, super-realista, hiper-história, super-homem, inter-hospitalar.