sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Recesso


Comunicamos que estaremos em férias durante o mês de janeiro, motivo pelo qual não publicaremos matérias em nosso blog.
Participamos que no início de fevereiro retomaremos nossas atividades normalmente. 
Desejamos boas férias a todos e reiteramos nossos votos de um super 2013.

Cristina Souza 
Secretária

Feliz 2013

Um balanço crítico.



Caros Leitores,

Mais um ano se finda e continuamos juntos, o que nos envaidece e alegra.

Este ano foi um ano incomum para o Voz Ativa, que perdeu precocemente um dos pilares do projeto, o baixo Flávio Augusto. Não pertencia mais ao grupo de cantores, mas participava ativamente de questões em que sua colaboração se tornava necessária.  Havemos então de agradecermos por termos tido a oportunidade de seu convívio.

Tivemos, no decorrer desse ano, importantes acontecimentos e contratos.

No final do ano, a partir de meados de setembro nossa agenda foi bastante solicitada e chegamos ao último mês do ano fazendo uma média de 07 apresentações por semana, se considerarmos concertos, apresentações e os dias em que o grupo trabalhava na Av. Paulista, não as intervenções, se as considerássemos o número subiria para aproximadamente 52 apresentações por semana. Infelizmente, por razões que fogem do nosso entendimento, como foi noticiado no facebook e em alguns periódicos, fomos impedidos de terminarmos nosso contrato com o Banco Itaú por conta de uma sentença do Ministério Público (leia matéria do dia 20 de dezembro neste blog).

Todos os anos damos detalhes numéricos de nossa trajetória durante o período, mas este ano quero reconstituir o ano que ora se finda com olhar crítico de quem faz e vive de arte em nosso país.
Sob qualquer foco que se de como analítico relativo ao trabalho do Voz Ativa a fim de torna-lo objeto de base para planejamento futuro, não podemos lamentar, se não por fatos isolados, o resultados alcançados.  A parte estatística está mais do que resolvida, e se não para pouquíssimas pessoas este resultado tem efetiva importância. Mas a arte, embora seja a fonte de renta do nosso trabalho, cambaleia perigosamente no que diz respeito a dar mínima sustentação a grande parte dos que dela se ocupam.

Não vamos aqui apontar os graves e constantes problemas que acumulados fazem da profissão músico no Brasil uma atividade quase utópica. Somente os que creem verdadeiramente no que fazem se lançam nesta maratona diária na busca de rendimentos oriundos somente de seu trabalho com arte. Estes todos estamos mais do que familiarizados, mais do que conscientes. Penso que estamos em momento propício para iniciarmos um movimento de juntarmos esforços objetivando propor alternativas que resultem em consistentes bases para uma plataforma que sustente a profissão músico no Brasil.

Nossa classe não é efetivamente formada por músicos, é formada por cantores, violinistas, violonistas, trambonista, pianistas, organistas, enfim, se analisarmos é uma das classes mais desunidas do profissionalismo brasileiro. O que parece importar é que consigamos um cache e que se o colega não conseguiu é problema dele, como se fosse possível conseguir todos os caches que aparecem, desta forma somos um dia privilegiados e outros reféns do que estabelecido está. 

De imediato não nos iludamos de que o valor do cache é o principal foco de um trabalho que busca os resultados que esperamos alcançar, é talvez o menor dos problemas, pois está mais do que provado que valor de cache tem muito a ver com “costa quente”, mas também com competência, e sabemos que uma das atividades que mais promove a possibilidade de charlatões auto se qualificarem profissionais é, talvez, a música.

Precisamos sim de uma representatividade organizada que nos permita reconhecermo-nos representados e os órgãos que se propõe a esta tarefa atualmente estão fora desta possibilidade. Precisamos antes de tudo nos conhecer, músicos só conhecem músicos que fazem parte do seu nicho de trabalho e/ou se dedicam a mesma ocupação, assim cantores conhecem cantores, cordas conhecem cordas, metais conhecem metais, como determina a estrutura social, também nos dividimos em tribos e, por conta disso, nos tornamos mais fracos.

É uma proposta que possivelmente pouco aproveitaremos do produto e nenhum de nós colherá todos os frutos, mas não é de nós que estamos falando, nós já nos acostumamos com a sempre “ovacionada” injustiça e prática orçamentária no que se refere à sustentabilidade da cultura e arte. Somos o produto do que estabelecido está, vivemos cotidianamente reclamando e deitamos a cabeça em nosso travesseiro preocupados com a terrível instabilidade que nos ronda permanentemente. Além dessa preocupação ao que parece a única que interessa é arrumar argumentos para continuar reclamando.

Não proponho milagre, proponho uma alavancada de dimensões preocupantes a quem tira vantagem da atual situação, de projeção reconhecida, um novo olhar sobre a nossa profissão. Um olhar que não assustem os pais quando os filhos manifestam vontade de serem músicos. Loucura, mas o primeiro quesito para ser verdadeiramente artista é ter um grau bastante considerável de loucura, ainda mais em se tratando de Brasil.

Se meu olhar se voltar somente para o projeto Voz Ativa Madrigal, talvez não identifique atualmente um momento propício para iniciar um movimento com esse objetivo porque hoje temos certa instabilidade no mercado o que de certa forma nos tira da lamentável posição da maioria absoluta dos músicos deste país.

Mas se me pedissem um conselho no sentido de iniciar ou não um projeto que se assemelha ao nosso não tenho certeza que incentivaria tal iniciativa dado aos muitos e desestimuladores percalços que lidamos até hoje simplesmente porque a própria população, por incrível que parece, não tem consciência que ser músico é uma profissão como qualquer outra e, porquanto, é necessário que se remunere o músico, prova disto é o número de pessoas que pedem para os músicos trabalharem de graça.

Não é causa própria, graças. É sim uma sincera preocupação em sairmos deste marasmo artístico que vivemos permanentemente, mas assumamos a nossa parte no descaso que permanentemente nos ronda. É necessário que nos articulemos certos de que a continuidade de nossa profissão não depende deste movimento, mas também certos de que podemos torná-la, quando nada, menos sacrificante.  Somos necessários tanto quanto são as mais almejadas ocupações profissionais deste país e somos sem dúvida uma das mais almejadas.

Precisamos que o ensino em todas as suas etapas ofereça ferramentas suficientes para que todos os cidadãos tenham referências que possibilitem que ele avalie se um trabalho musical é de bom nível artístico ou não, se é bem ou mal feito. Um dos nossos grandes problemas é que a população por não possuir estas referências trabalhos de nível duvidoso, apenas para ser educado, são vendidos por valores baixos prejudicando àqueles que se dedicam seriamente a esta atividade.

Se questionarem o que proponho como solução para tudo isto teria uma só resposta, proponho que juntos busquemos esta solução, não é tarefa fácil e muito menos breve, precisamos estar profundamente embasados para não desmoronarmos diante dos confrontos que certamente teremos, desde o dono do barzinho até poderosas instituições.

Estou disposto a dedicar parte do meu tempo para a causa, se alguém mais estiver proponho que nos articulemos a fim de levar a efeito o que tanto nos interessa, para isto basta que entremos em contato uns com os outros.

Todavia, para além de tudo o que aqui exponho e proponho esta o sincero desejo de que o próximo ano continue a nos engrandecer e com saúde, paz, tranquilidade, sinceridade, honestidade e amor nossos sonhos se tornem realidade. Feliz Ano Novo. 

Ricardo Barbosa
Dez/2012

Tati Olsen – Voz Ativa 15 anos



Uma coisa é certa, é muito difícil especificar o que mais atrai a Tati no universo musical, o mais próximo que se pode chegar disso é dizer, acertadamente, a Tati é louca por música, pronto, mas do que isso é aventurar-se.
Possuidora de uma voz de médios e graves presentes, tem correndo em suas veias um vínculo muito forte com a música, todavia, a arte, principalmente àquela que exige a presença do artista tem lugar reservado em suas predileções, por isso, além de uma atuação presente com compromissos musicais, se dedica também ao teatro.
Tati chegou ao Voz Ativa por intermédio do Projeto Enfoque Vocal.menina, mas já cheia de si. Não precisa conhecê-la muito para identificar um ser ferozmente guerreiro e ao mesmo tempo de uma amabilidade contagiante.
No início, ao que parecia, fazia erudito por obrigação e MPB por gosto, mas quando mais se enfronhava com a música erudita mais se apaixonava e mais sedentamente procurava recurso para ser interprete deste gênero. 
Bem humorada brincava com tudo e com todos e raríssimas vezes se indispôs com alguém, dentro do grupo nunca, o que mostra uma ambientação agradável e prazerosa entre ela e outros cantores, mas não se engane, sua amabilidade e seu excelente humor desaparecem rapidamente quando enfrenta contundentes situações, é do tipo que “Roda a Baiana”.
Acreditar em si é uma de suas características, é capaz de abandonar tudo o que está fazendo para poder colocar em prática um projeto e mergulha fundo em suas próprias histórias, aliás  algumas delas vividas no Voz Ativa e, certamente, o passo mais importante de sua vida, iniciou-se dentro do grupo, pois foi em nosso ambiente que iniciou o namoro com Shauan Bencks, então tenor do grupo e hoje seu marido.
Tati, ou Tatão para os mais chegados, é singular em quase tudo. É daquelas pessoas que amam mas não são reféns do amor. Vive. mas não se compromete com condutas sociais dogmatizadas. Procura a experiência para alicerçar valores. É um grande ser que se comporta como um pequeno pássaro que livremente procura onde pousar.
Um abraço carinhoso, um sorriso franco, um beijo gostoso é assim que recebe os amigos e é desta forma que a guardamos e nos oferecemos a ela.  Obrigado Tatão por tudo que você fez com sua garra e determinação em favor do nosso projeto. A você nosso eterno carinho. 

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Ministério Público proíbe apresentações do Voz Ativa Madrigal na Av. Paulista


No início desta semana o Banco Itaú recebeu notificação e comunica que por determinação do Ministério Público, a partir do próximo dia 21 de dezembro, sexta-feira, estão proibidas as participações do Voz Ativa Madrigal no Projeto Natal Itaú Personnalité na Av. Paulista.

Na alegação apresentada pela SET, Secretaria de Transito de São Paulo, destinada e acatada pelo Ministério Público, consta que além de grande prejuízo causado ao trafego nas Av. Paulista e Ministro Rocha de Azevedo e,  por consequência,  em todo arredor, promovido pela invasão nas referidas vias pelo público, há evidente risco  para as pessoas interessadas em assistir as apresentações do grupo e se colocam fora da calçada e aos transeuntes que se veem obrigados a transitar pelas Avenidas visto que todo o passeio está tomado pelo público em todas as esquinas.

Nas últimas apresentações do Voz Ativa Madrigal a CET, órgão responsável pela organização e fiscalização do transito na cidade de São Paulo, esteve no local objetivando possibilitar as apresentações, mas não obteve sucesso dado ao número de pessoas interessadas que insistiam em ocupar as avenidas a fim de assistir as apresentações.

“Além do evidente sucesso outro importante fator colaborou para o quadro atual. Duas instituições instaladas na Av. Paulista que tradicionalmente disputavam a atenção do público com o Natal Itaú Personnalite não apresentaram projetos esse ano ficando assim todos os turistas com uma única atração na avenida”, avalia Jean Pierre, produtor da Harmonia Promoções e e responsável pela organização e execução do projeto.

Reconhecem a legitimidade da ação do Ministério Público e da CET aqueles que estiveram no local e presenciaram o impressionante número de pessoas interessadas em assistir as apresentações do grupo, muito maior do que a capacidade do passeio público em abrigá-las.

"Lamentavelmente não há nada que se possa fazer diante da imprevista situação, ficando assim prejudicados àqueles que programavam visita ao local." conclui o Maestro Ricardo Barbosa,  

Além de fazer bem para a alma, música ajuda no tratamento de algumas doenças



Quem nunca gritou de alegria quando começou a tocar sua canção preferida? Ou então se sentiu mais animado depois que ouviu aquela música alegre? Ou ainda colocou uma musiquinha calma só para relaxar? Pois é, dá pra sentir que a música faz bem para a alma. O legal é descobrir que ela também faz bem para o corpo, ajudando inclusive no tratamento de várias doenças. É isso que faz a musicoterapia.
Dá pra sentir no corpo as alterações que a música causa: dependendo do ritmo, a respiração se torna mais calma ou mais ofegante, a pressão sanguínea aumenta ou diminui, os batimentos cardíacos se tornam mais fortes ou mais leves. E isso já foi comprovado em vários estudos, como os divulgados pela American Music Therapy Association-AMTA, dos Estados Unidos, e pela World Federation of Music Therapy-WFMT, localizada em Gênova, na Itália.
Além disso, a música fala diretamente ao sistema límbico do cérebro (região responsável pelas emoções, pela motivação e pela afetividade), contribuindo para a socialização e até mesmo aumentando a produção de endorfina. Por isso, pode ser usada no combate à depressão, ao estresse, à ansiedade; no alívio dos sintomas de doenças como hipertensão e câncer; e no tratamento de pacientes com dores crônicas.
Terapia da música
Reconhecendo todo esse poder terapêutico da música é que surgiu a musicoterapia. A prática, que utiliza músicas, sons e movimentos com fins terapêuticos, já é adotada em diversos hospitais, clínicas e centros de reabilitação para a integração física, psicológica e emocional.
“No Brasil, a maioria das APAEs e Centros de Reabilitação utilizam a musicoterapia como parte de seu trabalho. Ela vem sendo implantada nos Centros de Referência de Assistência Social e nos Centros de Atendimento Psiquiátrico para adultos e crianças, e também nos Hospitais e Centros de Neurologia, em ONGs e em escolas especiais”, aponta a musicoterapeuta Magali Dias, secretária geral da União Brasileira de Associações de Musicoterapia-UBAM.
A musicoterapia ainda é utilizada em empresas, para melhorar o desempenho dos funcionários, em spas, para auxiliar na redução da ansiedade, em escolas, ajudando na concentração e no aprendizado dos alunos, e em centros de atenção aos idosos, contribuindo para a socialização e para a prevenção e tratamento de doenças.
Trilha sonora
Um dos pontos mais interessantes da musicoterapia é que não há uma receita pré-definida de tratamento. A terapia é estabelecida em conjunto com o musicoterapeuta e o paciente, de acordo com suas necessidades e seus objetivos. E é o próprio paciente que escolhe as músicas, segundo seu próprio repertório pessoal. Isso permite que tenha uma maior interação com suas emoções e, caso a terapia seja em grupo, a aproximação com o coletivo.
“A música ou o ritmo escolhido é aquele que vem da solicitação do paciente, do usuário ou do aluno. Não existe uma música para isto ou para aquilo outro. A música tem que ter significado para quem a escuta e trabalha com ela”, destaca Magali.
Muitas pessoas acreditam que há um ritmo certo para cada função: relaxar, animar, ou até ajudar a se concentrar. Mas não é bem assim. O repertório pode ser variado, indo do rock ao jazz, passando por moda de viola ou MPB. Isso porque as músicas são escolhidas pelo paciente, e vão depender do seu gosto.
“As músicas só fazem efeito se elas têm uma conexão especial para quem as ouve. Podemos usar diferentes tipos de ritmos, do erudito ao rock. Não há uma regra preestabelecida e nem uma receita pronta dizendo use tal ritmo para isso ou aquilo, mas sim uma sintonia entre cliente e profissional”, afirma Cláudia Murakami, pedagoga e musicoterapeuta da Vita Clínica.
Depois de estabelecido o repertório, o tratamento é feito em uma sala especial, com acústica adequada, e as sessões (individuais ou em grupo) incluem música e recursos sonoros variados como vozes, instrumentos e ruídos. O musicoterapeuta avalia então a reação do paciente diante de cada som, documenta tudo e vai comparando os resultados com seu projeto inicial. Os resultados, de acordo com os profissionais, já podem ser sentidos logo após dez dias.
Música no combate a doenças
A musicoterapia vem sendo muito utilizada no combate ao estresse. Isso porque, como fala diretamente ao emocional, ela ajuda a relaxar e promove uma sensação de bem-estar. “A música, quando é relaxante para a pessoa, ajuda muito a combater não somente o estresse, mas também ansiedade, angústia, depressão e insônia, pois faz com que o cérebro libere endorfinas e serotoninas, proporcionando prazer e sensação de bem-estar”, explica Cláudia.
Além disso, um estudo apresentado este ano na American Society of Hypertension-ASH, apontou que a música pode até mesmo baixar a pressão arterial e o ritmo cardíaco – o que traria outros benefícios além do relaxamento, como ajudar no tratamento de hipertensos e atuar na prevenção de doenças cardiovasculares.
A música também vem sendo uma grande aliada no tratamento da dor. Pesquisa realizada pela Cleveland Clinic Foundation, nos Estados Unidos, comprovou que ouvir música pode ter efeitos benéficos no tratamento de dores crônicas, como as causadas pelo câncer. Por isso a musicoterapia já está sendo usada pelo Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer-GRAAC como parte do tratamento.  “O que ocorre é a troca do foco da dor, ou seja, afasta-se da mente a sensação de dor e diminui-se gradativamente a ansiedade que a dor provoca no paciente”, explica Cláudia.
Apesar de ouvir música ser prazeroso e relaxante, é importante ressaltar que não dá pra fazer musicoterapia sozinho em casa. Isso só é alcançado com o trabalho com um profissional. “Só um musicoterapeuta pode conduzir uma sessão de musicoterapia, senão será apenas uma recreação com música. Nossa formação é voltada para que tenhamos todas as ferramentas teóricas e práticas para desenvolver este trabalho”, enfatiza Magali.
Mesmo sem efeitos terapêuticos, ouvir música apenas por lazer ou relaxamento também tem efeitos benéficos. Como cada pessoa tem seu próprio repertório musical (aquelas músicas que de alguma forma marcaram nossa vida) é possível fazer uma coletânea com as que lembram momentos especiais e prazerosos (como o primeiro beijo, aquela viagem inesquecível, o nascimento de um filho) e ouvir em casa, no trânsito, ou mesmo durante uma pausa no escritório. Especialistas apontam que isso ajuda – e muito – a restabelecer a calma e o bem-estar.

Festival canadense recebe inscrições de documentários



Estão abertas, até 11 de janeiro, as inscrições para o festival Hot Docs, dedicado exclusivamente ao gênero documentário, que acontece entre os dias 25 de abril e 5 de maio em Toronto, no Canadá.
O festival considera curtas-metragens os filmes com duração até 30 minutos, longas-metragens os filmes mais extensos que 60 minutos, e médias os filmes com duração entre 30 e 59 minutos. É necessário que os filmes tenham sido finalizados em 2012, sejam completamente inéditos na cidade de Toronto e contenham legendas ou dublagem em inglês.
A taxa de inscrição, no valor de 33,90 dólares canadenses para curtas e 118,65 dólares canadenses para longas e médias, dá direito à inscrição do filme também no Doc Shop, mercado de negócios promovido pelo festival, e sua inclusão durante 12 meses no Doc Shop Online, a plataforma na internet, aberta a compradores, distribuidores, programadores de festivais e agentes de vendas.
Uma vez selecionada a obra, é a curadoria do festival que determinará se a mesma será exibida na mostra competitiva internacional ou nas seções não-competitivas.
Os ingressos e pacotes promocionais de entradas para as sessões do Hot Docs já estão à venda.
Saiba mais no site www.hotdocs.ca.

MIS-SP lançará mensalmente filmes de novos diretores brasileiros



O Museu da Imagem e do Som de São Paulo (MIS-SP) vai abrir seu auditório mensalmente para o lançamento de dois a cinco filmes realizados por diretores brasileiros e selecionados por meio da convocatória Cine MIS.
Podem ser inscritos curtas, médias e longas-metragens inéditos, de todos os gêneros, captados em qualquer formato, que ainda não tenham sido exibidos em projeções públicas no município de São Paulo
As inscrições são gratuitas e podem ser efetuadas durante todo o ano de 2013, pessoalmente no MIS ou via Correios.
O MIS oferece o evento de lançamento dos filmes selecionados, com assessoria de imprensa e convite eletrônico.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

MIS-SP abre convocatória para programa de dança


Desde 1/12 estão abertas as inscrições da convocatória do Dança no MIS, programa mensal do Museu da Imagem e do Som de São Paulo, com curadoria de Natalia Mallo, que  leva ao público performances site-specific e sessões de videodança.
Em 2013, a programação do Dança no MIS irá abrigar até 10 trabalhos selecionados por meio da convocatória. As apresentações, com entrada gratuita para o público, acontecem entre março e dezembro, aos sábados, em datas a serem definidas.
Podem ser inscritos projetos de artistas de qualquer área dentro da linguagem da dança, sem restrições de técnica, estilo ou escola. Haverá prioridade para trabalhos que integrem a dança à linguagem audiovisual em qualquer suporte (vídeo, fotografia, novas tecnologias, games, entre outros).
Os interessados devem criar um projeto coreográfico para algum dos espaços disponíveis no MIS dentro do conceito de site-specific (no qual a obra dialoga com o espaço, buscando se relacionar com seus aspectos  singulares: arquitetura, topografia, iluminação, matriz cultural, discurso etc). É possível se inscrever em duas categorias: solo/pequenos grupos (de até três pessoas); e grupos (a partir de quatro pessoas).
As inscrições para a seleção do programa Dança no MIS são gratuitas e podem ser feitas até 31 de janeiro de 2013.
O formulário de inscrição deve ser acessado no site www.mis-sp.org.br.

Mercado de entretenimento deve passar por transformação


O mercado de entretenimento já fala em ajustes para 2013, segundo informa reportagem do jornal Valor Econômico. As mudanças estratégicas vão desde negociações mais intensas para baixar o valor dos cachês dos artistas internacionais a um aumento no número de cidades das apresentações para diluir custos, tentando expandir para além do tradicional circuito Rio-São Paulo.
“Nos últimos dois anos houve uma onda de bonança: real valorizado [isso é bom para shows cotados em dólar]; excesso de crédito e o resto do mundo quebrado. Mas o cenário agora mudou: a economia anda de lado, o real foi desvalorizado e o consumidor está na ressaca do excesso de crédito que recebeu”, avalia Leo Ganem, presidente da Geo Eventos.
Nesta semana, a T4F comunicou à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) que o resultado do quarto trimestre teria impacto negativo pelas performances abaixo do esperado. Pesou a desaceleração da economia e a desvalorização cambial de 20%.
Nos últimos meses, os ingressos no Brasil (em dólar) estavam superando significativamente o de outros países.
Dentre as estratégias do CEO do Rock in Rio, Luis Justo, está a contratação de artistas que vão fazer uma turnê pós-evento, além de ampliar cada vez mais a edição em outros países. Assim, consegue fechar com o artista para tocar em uma “rede” de festivais, a cachês mais convidativos

Crenças e atitudes do produtor cultural


A maioria dos 500 entrevistados se consideram realizadores de projetos (25%), responsáveis por tirá-los do papel, mas carentes de estrutura e apoio (22%), que acreditam que têm uma atividade difícil, que exige muita dedicação e esforço. 19% têm clareza sobre suas atribuições e se veem executando o trabalho com ética e postura profissional.
Mas os produtores culturais são iguais em atitudes e crenças?
Considerando como percebem a atividade, o mercado e seu próprio trabalho, a pesquisa propõe uma classificação em cinco perfis: o idealista (32%), o desiludido (28%), o alienígena (18%), o profissional (13%) e o produtor por acaso (9%).
O idealista acredita na cultura como meio de transformar a sociedade e acha que investir na área significa fazer arte. Afirma ter compreendido que grande parte da sua dificuldade em conseguir patrocínio para seus projetos é não conhecer marketing, comunicação e economia.
O desiludido vê as empresas como rivais e não como parceiras. Tem muita dificuldade na comercialização de seus projetos porque não compreende que há uma lógica para o patrocínio. Alega não ter tempo para planejamento e acredita que o produtor cultural tem que ser um bom executor de tarefas.
O alienígena tem a cultura como um meio de vida. Não entende a paixão pela profissão como essencial para exercê-la. Também não tem um posicionamento definido em relação ao mercado e se envolve pouco com investidores. Ele é o próprio negócio: exerce todas as funções, produtor, empresário e administrador, o que o leva a ter dificuldade em trabalhar com equipes.
O profissional compreende sua relação com o patrocinador, enxerga parceria. Acredita que o investidor entende o valor cultural e que está interessado em vários tipos de projetos e não apenas com o marketing da empresa. Mais voltado para o planejamento e menos para atividades burocráticas e operacionais.
O produtor por acaso começou na atividade por uma oportunidade. Viabiliza seu trabalho por meio da prática, do operacional. Assim, não valoriza o planejamento nem a formação acadêmica. Não exerga a cultura como um meio de transformação da sociedade, portanto é o menos envolvido com projetos que tenham continuidade.
Para Kuru Lima, diretor executivo da Cria! Cultura e diretor de programas como o Conexão Vivo, de maneira geral, existem esse diferentes tipos de produtores no Brasil. “Mas, como toda classificação e tentativa de enquadramento, possui limitações, não pode ser levada ao pé da letra. Há características mais acentuadas, tais quais as descritas, mas existe também nuances de cada perfil em cada produtor”, alerta.
Para ele, talvez não haja um produtor “puro sangue” dentre os cinco perfis sugeridos. “Dependendo do seu momento de vida e do projeto em que se encontra envolvido, cada um desses perfis pode estar mais aflorado. Acredito no profissional de produção em permanente processo de transição e evolução”, diz.
Erik Heimann Pais, assessor artístico do Conservatório de Tatuí, concorda. “Apesar de enxergar sim, em um primeiro momento, esses cinco diferentes perfis nos produtores culturais, tenho me deparado frequentemente com os que apresentam mais de uma das características ao mesmo tempo. Por exemplo, são comuns os contatos de produtores ‘idealistas-por acaso’ ou ‘alienígenas-desiludidos’”, conta.
Ele explica que, em geral, pela pauta do Conservatório de Tatuí não ser considerada atrativa comercialmente, mas sim como meio de promover o trabalho pelo circuito cultural-artístico do Estado, ele se relaciona constantemente com produtores idealistas e envolvidos em projetos culturais sem fins lucrativos, com alto índice de paixão e envolvimento com o projeto. “É notável a diferença entre os produtores dessa linha de atividade cultural com os produtores profissionais de artistas e/ou espetáculos comerciais.”
Contextos - Para Erik, produtores-artistas e produtores que possuem um envolvimento com o projeto que produzem são muito melhores de trabalhar do que aqueles que só visam o lucro que pode ser obtido pelo espetáculo. Por outro lado, os mais difíceis de trabalhar são aqueles que, apesar de trabalharem profissionalmente, não possuem formação, estratégia e muitas vezes, bom senso. “A imprevisibilidade advinda da insegurança do profissional que não sabe ao certo o que fazer, porém se esconde atrás do status de produtor, é de longe a mais perigosa para a boa execução de um projeto artístico-cultural”, alerta.
Para Kuru, é preciso olhar o ambiente, o contexto, o específico. “Assumindo que podemos classificá-los da forma sugerida, cada um deles terá um papel importante para um determinado projeto ou momento de um grupo artístico, comunidade, empresa”, afirma.
Ele aponta ainda que a implantação de uma ação, projeto, programa ou política cultural exigirá profissionais de produção com múltiplas inquietações e habilidades. Além disso, outras características interpessoais ou comportamentais podem ser igualmente importantes ou complementares, como resiliência, fidelidade e alteridade.
“Expertise não se limita ao universo da erudição. Não é melhor o produtor excelente em gestão administrativa e planejamento que aquele extremamente eficiente na execução de determinada função prática. Na maioria dos casos, são profissionais complementares. A complexidade está em alocar tais recursos e combiná-los corretamente, convocá-los para exercer determinados papeis aos quais se enquadram ou não, ou ainda, financiar projetos adequados a seus perfis.”
Ele exemplifica: um produtor que melhor se relacione e mais compreenda a dinâmica do investimento cultural privado, e, portanto, capaz de obter grandes financiamentos, pode não ser o que maior eficácia possua no atendimento de demandas culturais legítimas de um determinado setor cultural ou comunidade.

MAM SP anuncia calendário de exposições para 2013



O Museu de Arte Moderna (MAM) de São Paulo anunciou na última semana sua programação de exposições para 2013.
Em outubro, acontecerá o 33º Panorama da Arte Brasileira, tradicional mostra bienal do museu, desta vez sob curadoria de Lisette Lagnado. O mote da exposição seria, segundo disse o curador do museu, Felipe Chaimovich, ao jornal O Estado de S. Paulo, “a relação de arquitetura museológica e arte contemporânea”, com abertura para ensejos “utópicos” como parte do projeto.
Duplas formadas por arquitetos e artistas produzirão obras para este “Panorama reflexivo”, talvez um pouco conceitual. Para Chaimovich, arquitetura é um tema brasileiro, diretamente ligada ao “projeto de vanguarda” no Brasil e fundamental para a arte que vem dos anos 1960 até hoje.
O MAM quer ainda trazer para o Brasil as cinco peças que a escultora Maria Martins (1894-1978) exibiu em 1943 na exposição Amazonia, em Nova York. “Com essas obras, que estão nos EUA, ela ficou conhecida pelos surrealistas”, disse Chaimovich. A retrospectiva de Maria Martins está prevista para ocorrer entre julho e setembro.
A exposição Circuitos Cruzados, prevista para ocorrer entre janeiro e março, colocará em diálogo obras dos acervos do MAM e do Centro Georges Pompidou de Paris. Mostra de cunho “político”, com destaque para videoinstalações – entre elas, de Bruce Nauman e Nam June Paik -, e que tem um dos temas a questão da vigilância, foi concebida por Paula Alzugaray e Christine Van Assche.
Outra exposição coletiva, marcada para julho, é Mitologias – Arte Contemporânea Jovem, projeto da curadora Kiki Mazzuccheli.
Das grandes individuais, entre abril e junho, acontecem simultaneamento a mostra de Alex Vallauri, com curadoria de João Spinelli, e a exibição de fotografias que o americano Christopher Makos fez do artista pop Andy Warhol travestido.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Músico indiano Ravi Shankar morreu nos Estados Unidos aos 92 anos



O músico indiano Ravi Shankar morreu na terça-feira (11) no condado de San Diego, no sul da Califórnia, aos 92 anos, segundo um comunicado conjunto da fundação que leva seu nome e do seu selo fonográfico, o East Meets West Music.
"Com grande tristeza escrevemos para informar que Pandit Ravi Shankar, marido, pai e alma musical, faleceu", afirma o comunicado assinado por Sukanya e Anoushka Shankar, esposa e filha do músico.
Shankar, pai da cantora Norah Jones, estava doente desde o último ano de problemas respiratórios e cardíacos, uma condição que o levou a submeter-se na quinta-feira (6) passada a uma intervenção cirúrgica para substituir uma válvula cardíaca.
"Embora a operação tenha sido bem-sucedida, a recuperação acabou sendo difícil demais para o músico de 92 anos", diz a nota.
"Infelizmente, apesar dos esforços dos cirurgiões e dos médicos que cuidaram dele, seu corpo não foi capaz de suportar o esforço da operação. Estivemos ao seu lado quando morreu", declararam a mulher e a filha.

No Amapá, projeto forma a primeira Orquestra Quilombola do Brasil



A comunidade quilombola do Curiaú, localizada a 12 quilômetros do centro de Macapá, ganhou uma nova sonoridade. A música erudita conquista meninos e meninas que há quatro meses se encontram aos fins de semana na Escola José Bonifácio, com o maestro Elias Sampaio. Em meio a rica cultura musical marcada pelo tradicional marabaixo e batuque, surge a primeira Orquestra Quilombola do Brasil.
A iniciativa foi do próprio maestro, que por meio da Associação Educacional e Cultural Essência (AECE), teve no ano passado o projeto selecionado pelo edital da empresa de telefonia Oi, com um valor de R$ 160 mil. “O projeto foi contemplado no ano passado, mas como foi uma doação e o Estado nunca havia recebido uma doação, o governador teve de criar um decreto para podermos acessar esse recuso. Com o empecílio, somente este ano conseguimos dar início aos trabalhos”, conta a diretora do projeto Heloisa Batista.
O projeto intitulado Sistema de Bandas e Orquestras do Estado do Amapá, tem como objetivo disseminar a música pelos bairros carentes da capital. “O primeiro local escolhido foi à comunidade do Curiaú, mas, em toda a capital, há outros sete pólos com o projeto”, ressalta Heloisa.
Na comunidade do Curiaú participam 100 crianças, mas, 60 fazem parte da orquestra quilombola e 40, são crianças do ensino infantil, ainda processo de musicalização. A orquestra fez sua primeira apresentação no dia 25 de outubro na quadra da escola.
O maestro Elias Sampaio contou que este não é um trabalho de profissionalização musical. “É um trabalho de inclusão dessas crianças que não teriam acesso a uma orquestra. Nós estamos levando isso a elas, e quem sabe, formando multiplicadores dessa iniciativa”, explica o maestro.
A iniciativa da AECE pretende até o final de 2013 formar 20 orquestras pela capital atendendo cada vez mais crianças. “Tem sido muito gratificante realizar este trabalho aqui na comunidade. No começo tivemos uma pequena resistência, por se tratar de estilo musical diferente da realidade cultural delas, mas as crianças têm gostado, e os pais também. Isso é uma satisfação muito grande”, confessa o maestro Elias.
Para o pequeno Alexandre Sousa, 12 anos, que escolheu o clarinete como instrumento é uma grande alegria participar da orquestra. “Eu sempre gostei muito de música, e nem tive muita dificuldade para aprender.
Agora eu quero ser músico e tocar por aí”, anima-se Alexandre.

O império de Barenboim: um maestro pela paz



Enquanto o Oriente Médio experimenta uma trégua entre Israel e os extremistas do Hamas, o pianista e regente Daniel Barenboim continua sua incansável busca pela integração de judeus, árabes e palestinos.
Ao completar 70 anos no mês passado, ele anunciou a criação, em Berlim, de uma academia para a formação de jovens músicos daquela região.
Trata-se de mais uma empreitada de Barenboim, nomeado embaixador da paz pela ONU, premiado e condecorado pelos projetos musicais que toca em Israel, nos territórios palestinos e na Europa.
A revista "Spiegel" chama de "império Barenboim" seu conjunto de escolas, orquestras e fundações.
Nascido na Argentina, Barenboim adquiriu as cidadanias espanhola, israelense e palestina. É tido como o único israelense no mundo com a nacionalidade palestina.
Para a nova academia, o dirigente recebeu da Alemanha, sua pátria adotiva, 20 milhões de euros (R$ 54 milhões). Outros oito milhões podem vir de doações particulares.
A partir de 2015, cerca de 60 bolsistas terão ali aulas de música, história e filosofia. Depois de formados, devem integrar a Orquestra Divã Ocidental-Oriental, criada pelo maestro há mais de dez anos, com sede em Sevilha.
A imprensa alemã aclamou a iniciativa. Só algumas instituições de Berlim torceram o nariz, como os teatros, que penam com a falta de verba que impera na cidade. Veja Daniel Barenboim regendo a Orquestra Divã Ocidental-Oriental em bit.ly/dbarenboim.

Cinema digital em destaque no CCSP



"Mostra Internacional de Cinema Digital – Cinema BIT" traz seleção de filmes produzidos no cenário Mumblecore

O Mumblecore é um gênero cinematográfico independente americano caracterizado pela apropriação dos novos meios digitais pelos diretores, o que possibilita produzir e divulgar o filme de maneira barata.
Os realizadores desse gênero, à margem da indústria de cinema hollywoodiana, constroem filmes que têm como base os diálogos e as relações interpessoais, promovendo a aproximação do espectador com a obra. Para isso, a câmera na mão, o uso de closes e o naturalismo buscado nas cenas são ferramentas indispensáveis.
A Mostra Internacional de Cinema Digital – Cinema BIT, uma parceria entre a Prefeitura de São Paulo, o Centro Cultural São Paulo e a Maria João Filmes, traz até o CCSP uma parte do que é produzido nesse cenário.
Filmes como "Momento de Impacto", "Dia noite dia noite" e "O Planeta Solitário", da diretora Julia Loktev, "Indie Game – o filme", vencedor do prêmio de melhor documentário dramático no festival de Sundance, um dos maiores do cinema independente, além de "O labirinto de Kubrick", um documentário que apresenta as teorias por trás da obra O Iluminado, do diretor Stanley Kubrick, fazem parte da Mostra.
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segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Quando você se isola por muito tempo, seu cérebro muda – e passa a ser mais difícil socializar novamente



Um estudo da Universidade de Buffalo e da Escola de Medicina Monte Sinai (ambas dos Estados Unidos), publicado no site da revista Nature Neuroscience, revelou que isolar-se do convívio social por um período prolongado pode provocar alterações cerebrais que levam a mais isolamento.
No experimento, ratos adultos foram isolados por oito semanas para que chegassem a um estado semelhante ao da depressão. Depois desse período, eles foram apresentados a um rato que nunca haviam visto antes. Apesar de serem normalmente sociáveis, aqueles que tinham sido isolados não mostraram qualquer interesse em interagir e evitaram o novo animal.
Mas as mudanças não foram só no comportamento. A análise de tecido cerebral dos ratos isolados revelou que os níveis de produção de mielina no córtex pré-frontal, uma região do cérebro responsável pelo comportamento emocional, social e cognitivo, estava significativamente menor. A mielina, também chamada de matéria branca do cérebro, é um material gorduroso que envolve os axônios dos neurônios e lhes permite uma condução mais rápida e eficaz de impulsos nervosos.

Cérebro adaptável

O nosso cérebro é capaz de se adaptar às mudanças ambientais e às experiências dos indivíduos (é a chamada plasticidade cerebral) e isso todo mundo já sabia. Mas, até então, se pensava que os neurônios eram as únicas estruturas que sofriam alterações. O estudo mostrou, porém, que isso também ocorre em outros tipos de células, como as envolvidas na produção da mielina – nesse caso, a tensão do isolamento social interrompe a sua atividade. Alterações similares ocorrem em distúrbios psiquiátricos, como esclerose múltipla e depressão.
A parte boa é que um período de integração social foi o suficiente para reverter as consequências negativas do isolamento e restaurar essa produção de mielina. Nada como manter umas boas amizades e frequentar umas reuniões sociais para fazer você se sentir melhor, né não?
Agora, a expectativa é que o estudo ajude a entender melhor o papel da mielina e da interação social no tratamento de distúrbios psiquiátricos, bem como o mecanismo de adaptação do cérebro.

Acordo MinC e Petrobras



As duas instituições públicas firmaram parceria para redução de gastos nas futuras seleções do Programa Petrobras Distribuidora de Cultura
 Ministério da Cultura (MinC) firma acordo de cooperação técnica com a Petrobras Distribuidora S.A. para análise e seleção de projetos culturais inscritos na seleção pública de cultura da estatal. O programa da Petrobras é o maior edital público destinado ao financiamento da circulação de peças teatrais no país.
Com o acordo, apenas os projetos pré-selecionados pela comissão de seleção da Petrobras vão ser submetidos à análise do MinC. O foco desta parceria é o alinhamento de procedimentos e diretrizes públicas, viabilizando a redução de gastos com análises desnecessárias.
As inscrições para o edital Programa Petrobras Distribuidora de Cultura já estão abertas e vão até o dia 4 de janeiro de 2013, no site da empresa

FAURÉ, GABRIEL (1845-1924)


 ESCOLA NACIONAL FRANCESA

Vida. Compositor francês, Gabriel Fauré nasceu em Pamiers, a 12 de maio de 1845 e morreu em Paris, a 4 de novembro de 1924. Foi nomeado organista da igreja de Saint-Sauveur, em Rennes, depois na Madeleine. Sua obra-prima é o Réquiem Op. 48, inteiramente diferente do de Berlioz: nada dos desesperos do juízo final, mas uma pacificação do Dies irae, uma promessa de acesso in paradisum.

Lieder. Intimismo, recolhimento, discrição, serenidade, definem a atividade criadora de Fauré. Por isso mesmo, deu preferência aos Lieder e à música de câmara, gêneros banidos pelos operistas. Entre os vários ciclos de Lieder destacam-se La Chanson d`Ève (1907-1910; A Canção de Eva), Le fardin clos (1915-1918; O Jardim fechado), com versos de Charles van Lerberghe. Anteriores a estes, é o ciclo de nove melodias sobre textos de Verlaine, La Bonne chanson (1891-1892: A Boa canção).

Música de câmara. Em sua derradeira fase,  Fauré alcançou um estágio de verdadeira sabedoria. O Quarteto para cordas em mi menor, Op. 121 (1924) – seuopus ultimum – é um exemplo. Escreveu mais dois Quartetos para piano: Op. 15 e Op. 45 (1879 e 1886); dois Quintetos para cordas e piano: Op. 89 e Op. 115 (1921 e 1923); o Trio para violino, violoncelo e piano, Op. 120 (1923); o Quarteto para cordas em mi menor, Op. 121 (1924); duas Sonatas para violino e piano: Op. 13, em Lá maior, e Op. 108, em mi menor (1876-1917); duas Sonatas para violoncelo e piano: Op. 109, em ré menor, e Op. 117, em sol menor (1918 e 1922).


sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

III Festival CONTINUUM



A revista CONTINUUM, uma das principais publicações de arte e cultura do país, celebra o lançamento do seu 40º número no dia 15 de dezembro, com a terceira edição do Festival CONTINUUM, no Itaú Cultural.
O festival conta com uma oficina de serigrafia no sábado à tarde, ministrada pelo grupo de artistas da Base-V, que já colaborou com a revista anteriormente. No mesmo dia, às 20h, acontece o show Tinindo e Trincando, em homenagem aos 40 anos do disco Acabou Chorare, dos Novos Baianos. Com banda de apoio de formação inédita, o espetáculo traz os convidados especiais Rhaissa Bittar, banda O Terno, Mauricio Pereira e o violinista Ricardo Herz.
Veja mais informações na matéria.

III Festival Continuum
sábado 15 de dezembro 2012
das 15h às 18h
Oficina de ilustração Serigrafia no Papel com Base-V
Arena
10 vagas [esgotado]
às 20h
Show Tinindo e Trincando em homenagem aos 40 anos do disco Acabou Chorare, dos Novos Baianos
com Mauricio Pereira, O Terno, Rhaissa Bittar e Ricardo Herz
Sala Itaú Cultural – 247 lugares
[ingressos distribuídos com meia hora de antecedência]
Entrada franca
[livre para todos os públicos] L

Itaú Cultural | Avenida Paulista 149 Paraíso São Paulo SP [próximo à estação Brigadeiro do metrô]
informações 11 2168 1777 | youtube.com/itaucultural | twitter.com/itaucultural |facebook.com/itaucultural | atendimento@itaucultural.org.br

Jazz Concert 2012 – A grande noite do Jazz no MASP



 Em tom de brincadeira, o clarinetista, saxofonista e bandleader paulistano Tito Martino anuncia para 15 de dezembro, no MASP, o Concerto de Jazz do fim do mundo.  Mas sériamente, já é tradição: há mais de 10 anos, Tito Martino organiza um Concerto de Jazz para encerrar a temporada.  Esses Jazz Concerts agitaram os palcos do Theatro Municipal, do Teatro São Pedro, do Memorial da América Latina; este ano, a festa é novamente no prestigioso Grande Auditório do MASP.  O que caracteriza as apresentações do Tito Martino Jazz Band é o bom humor, a musicalidade, a liberdade das improvisações individuais e coletivas:  o publico se emociona e diverte com a alegria autentica produzida pelos sons incrivelmente animados do conjunto. O Jazz clássico de raiz é entretenimento, sim, é diversão, mas é também um tesouro cultural, pleno de história, anedotas, sensualidade, espiritualidade, emoção, alegria, melancolia, poesia, paradoxos, imprevistos, fantasia e dura realidade; e é isso tudo que o Tito Martino Jazz Band quer repartir com o seu publico.

No programa, improvisações originais dos próprios intérpretes, como é de lei no Jazz autentico, sobre temas que também foram tocados pelos pioneiros Louis Armstrong, Duke Ellington, Bennie Goodman, Charlie Parker. E algumas composições recentes de Tito Martino, presentes em seu CD “JAZZ JUBILEE” que poderá ser adquirido no foyer do MASP.

TITO MARTINO toca profissionalmente clarinete e saxofones no Brasil desde 1960, participou em Festivais de Jazz nos Estados Unidos e na Europa. Sua fotografia foi publicada com elogios no Washington Post e no New York Times.   Produziu e apresentou programas de Jazz na TV-2 e na  Rádio Cultura, gravou oito LP’s e cinco CD’s,  tocou em memoráveis Jam-Sessions com Oscar Peterson, Teddy Wilson, Cat Anderson, Bob Wilber, Bob Haggart, Frank Rosolino, figuras mitológicas do jazz. Tocou JAZZ DE RAIZ com Hermeto Paschoal, Elis Regina, e com o Maestro Diogo Pacheco.

O Jazz Concert 2012 é uma forma alegre e criativa de encerrar a temporada de Jazz do ano e ao mesmo tempo de gratificar o numeroso e caloroso publico de Jazz, que acompanha o Tito Martino Jazz Band, desde sua  formação há 20 anos.


15 DE DEZEMBRO SÁBADO 20H30
JAZZ CONCERT 2012
TITO MARTINO JAZZ BAND e convidados
MASP, Grande Auditório
Av. Paulista, 1578
Fone: (11) 3251-5644
Ingressos R$ 60 e R$ 30,
À venda somente na bilheteria do MASP, a partir de 4/12.

Estudo aponta São Paulo como um dos 12 principais centros de arte no mundo



São Paulo é a única cidade na América Latina a figurar entre os 12 maiores centros culturais do mundo, segundo dados do World Cities Culture Report. As outras cidades são Londres, Paris, Berlim, Nova York, Tóquio, Istambul, Johannesburgo, Xangai, Sydney, Cingapura e Mumbai. Encomendado pela prefeitura de Londres e divulgado em agosto, o estudo mede 60 indicativos nas áreas de literatura, cinema, artes visuais, artes do espetáculo e em setores novos, como o de games.

Para a economista Lidia Goldenstein, especializada em economia criativa, cultura é "a política industrial deste século. O setor mais importante na geração de emprego e renda na sociedade moderna". Para ela, o Brasil ainda está muito atrasado na compreensão da economia criativa. "Aqui, isso ainda é visto como algo circunscrito à cultura ou às políticas de inclusão social. Muito diferente dos países que estão levando a sério, entre eles a Inglaterra e a China, que colocou o tema no seu plano quinquenal."

São Paulo tem números surpreendentes a exibir. Tem 869 livrarias, número  superior ao de Londres (802), ou Nova York (750). Os cinemas paulistanos recebem cerca de 50 milhões de espectadores, mais do que Tóquio, Londres, Berlim e Cingapura. Em termos de infraestrutura, os números são tímidos. Só existem 282 telas de cinema em São Paulo, menos do que as cidades europeias e também Johannesburgo (368) e Xangai (670). Em número de salas de teatro, São Paulo apresenta 116 salas, atrás de cidades como Paris, com 353.

Já em relação às bibliotecas, São Paulo tem um dos piores índices, com apenas 116 unidades, contra 383 de Londres, 830 de Paris e 477 de Xangai. Esses números se refletem também na quantidade de livros emprestados por ano. Em Nova York, foram 68 milhões de livros retirados das bibliotecas em 2010, em Paris, 47 milhões. Em São Paulo, apenas  840 mil livros. (veja todos os dados no site da pesquisa, aqui: http://www.worldcitiesculturereport.com/)

1º Festival Movimento Elefantes encerra 2012 com 6 horas de música instrumental, 8 big bands e 160 músicos



Em 16 de dezembro, domingo, às 14h, acontece, no Centro Cultural Rio Verde o 1º Festival Movimento Elefantes. Neste dia, 8 das 14 big bands do coletivo subirão ao palco do Centro Cultural Rio Verde para apresentar 6 horas de música instrumental, são elas: Big Band da Santa,  Speakin' Jazz Big Band, Orquestra HeartBreakers, Orquestra Urbana Arruda Brasil, Banda Jazzco, Grupo Comboio, Projeto Coisa Fina e Soundscape Big Band. O repertório será de composições autorais e standards do jazz.
Durante o evento o coletivo, também,  irá promover o Click Elefantes 2012 - foto histórica com os 160integrantes do Movimento Elefantes.
Prêmio Economia Criativa, expansão e lançamentos marcaram 2012
O festival é a comemoração do frutífero ano de 2012, quando o coletivo recebeu do Ministério da Cultura, o Prêmio Economia Criativa na categoria Gestão de Empreendimentos. O Movimento Elefantes foi contemplado em 40º lugar entre 100 selecionados no edital de fomento à iniciativas empreendedoras e inovadoras. O prêmio ratifica o modelo de gestão do coletivo e os três anos de ações colaborativas para difundir a música instrumental brasileira.
A expansão do coletivo, outro motivo de comemoração, agregou ao Movimento Elefantes mais quatro big bands - Ensemble Cayowaá, Nelsinho Gomes & NG8 Project, Orquestra Urbana Arruda Brasil e Speakin' Jazz -, todas se apresentam no festival.
O Movimento Elefantes também celebra outras realizações que aconteceram no ano, como por exemplo, os dois lançamento de CDs de bandas do coletivo: “Solistas” (Projeto Meretrio) e “ Narrativas de Sovrevivência” (Grupo Comboio).

Programação - 1º Festival Movimento Elefantes

14h - Big Band da Santa
15h - Speakin' Jazz Big Band
16h- Orquestra HB
17h - Orquestra Urbana Arruda Brasil
17h45 – Click Elefantes - Foto histórica 2012
18h30 - Banda Jazzco
19h30 - Grupo Comboio
20h30 - Projeto Coisa Fina
21h30 - Soundscape Big Band

Movimento Elefantes
Formado no início de 2009, o Movimento Elefantes é um coletivo de bandas de sopro (orquestras ou big bands) integrado por dez grupos paulistas: Banda Urbana, Projeto Coisa Fina, Projeto Meretrio, Big Band da Santa, Reteté Big Band, Grupo Comboio, Soundscape Big Band, Orquestra HB, Banda Savana e Banda Jazzco.
É também uma iniciativa inédita, sendo a primeira vez que um coletivo de big bands se reúne para difundir e formar público para a música instrumental por meio de ações colaborativas.
Todos os grupos trabalham com músicas autorais, além de interpretarem grandes compositores brasileiros, latinos e do jazz, entre os quais se destacam Moacir Santos, Duke Ellington e Thad Jones.  Apesar de contarem com uma formação instrumental parecida (saxofones, trompetes, trombones, baixo, guitarra, piano e bateria), cada grupo tem uma sonoridade e trajetória particular.
O grupo mais novo tem 4 anos (Projeto Meretrio) enquanto o mais velho, 36 (Banda Jazzco). Todos os grupos já rodaram pelas principais casas do circuito musical da cidade de São Paulo e por muitos festivais, teatros, SESCs e SESIs Brasil afora.
O Movimento Elefantes tem mobilizado o circuito de música instrumental também por ações divulgadas na internet.  O   Coletivo  tem site  próprio  e  está nas principais mídias sociais como o Twitter e o Facebook. O Movimento também exibe shows, por internet, ao vivo, pelo site http://www.shownaweb.com/
http://www.movimentoelefantes.com/
http://twitter.com/movelefantes

Histórico
Durante o primeiro ano de existência, o movimento estabeleceu parcerias com teatros, casas de show e bares paulistas, criando um circuito alternativo de música instrumental.
A Sala Crisantempo, o Teatro da Vila, o Centro Cultural Rio Verde e o Centro Cultural São Paulo são alguns dos lugares que receberam  os Elefantes, em temporadas  nas quais apresentaram um ou dois grupos diferentes a cada semana.
Ainda em 2009, foi o lançamento do DVDê – Movimento Elefantes no evento Estação Catraca Livre, no Centro Cultural Rio Verde. O material partiu da compilação de 1 videoclipe de cada banda pertencente ao coletivo até então. O resultado  traz   9 videoclipes  alinhavados pelo roteiro do diretor Pedro Dantas.
Em 2010, o Movimento teve como objetivo principal a disseminação da música instrumental na capital paulistana e, durante o ano todo, organizou shows às segundas-feiras no Teatro da Vila e no segundo semestre lançou um CD por mês, de cinco de suas Big Bands, no Museu da Casa Brasileira.
Em 2011 o coletivo deu seqüência às apresentações no Teatro da Vila, às segundas-feiras e recentemente inaugurou mais uma temporada – no Espaço Cultural Serralheria – com intuito de ampliar o circuito de música instrumental para o bairro da Lapa. Com isso, hoje, o Movimento Elefantes tem duas apresentações fixas na noite paulistana onde mostram o repertório e novas composições das Big Bands.
O valor  cobrado pelo ingresso, na maioria dos shows, fica a critério do público, em uma proposta que ficou conhecida como "Pague quanto vale" - cada espectador contribui  no final da apresentação com a quantia que desejar  - uma iniciativa que valoriza a democratização e o livre acesso à cultura.

Serviço:
1º Festival Movimento Elefantes
Dia 16 de dezembro, domingo, de 14h às 22h30
Local: Centro Cultural Rio Verde
Rua Belmiro Braga, 181
Duração: 6 horas
Ingresso: R$ 20 na porta ou R$ 15 pra quem confirmar presença no evento do facebook
Indicação de faixa etária – Livre
Estacionamento não conveniado