terça-feira, 8 de setembro de 2009

Claudio Monteverdi - História da Música

Claudio Monteverdi (1567-1643)

Filho de Baldassarre Monteverdi e de Maddalena Zignani, Claudio Monteverdi foi conduzido, muito jovem, às aulas do principal musico de Cremona, Marco Antonio Ingegneri, mestre de capela da catedral da cidade e com apenas dez anos já fazia parte do coro da catedral de Cremona. O jovem Monteverdi já tinha noções de contraponto, viola e canto, bem como da tradição polifônica flamenga.
Aos quinze anos, em 1582, Monteverdi estreou como compositor com vinte e três motetos sacros a três vozes, intituladas Sacra Cantiunculae que foram seguidos, em 1584, por uma coleta de Cançonetas a três vozes. Em Veneza, em 1587 Monteverdi publica o Primo Libro de Madrigali [Primeiro Livro de Madrigais] a cinco vozes e em 1590 o Secondo Libro de Madrigali.
Em 1511 os Gonzaga de Mântua conseguem concluir a sua capela da corte e passaram a se cercar de músicos ilustres e, em 1590, também Monteverdi foi chamado a fazer parte da orquestra da corte como violista, sendo o ilustre madrigalista flamengo Jaches de Wert contratado como mestre de Capela.
Em 1592, imprimiu o seu Terzo LIbro de Madrigali dedicado ao duque Vincenzo I Gonzaga. Em 1596 Benedetto Pallavicini assume como mestre de capela, cargo que, conforme uma carta do próprio Monteverdi, teria sido fruto de invejas e intrigas da corte.
Em 1599 casou-se com Claudia Cattaneo, cantora do duque de Mântua e filha de um violista. Duas viagens à Hungria e à "Fiandra" [antigo país na região da Bélgica, do qual a capital era Bruges] acompanhando os Gonzaga, permitiram a Monteverdi alargar e aprofundar os seus conhecimentos sobre a produção polifônica fora da península.
Quando em 1601 morre Pallavicino, Claudio Monteverdi se torna "maestro de la camera et de la chiesa sopra la musica" [mestre de câmara e da igreja no que se refere à música] e, simultaneamente, cidadão de Mântua.
Quando em 1601 morre Pallavicino, Claudio Monteverdi se torna "maestro de la camera et de la chiesa sopra la musica" [mestre de câmara e da igreja no que se refere à música] e, simultaneamente, cidadão de Mântua.
Em 1603 publica o seu Quarto Libro de Madrigali e em 1605 o Quinto Libro de Madrigali. No meio tempo, em Veneza, Giovanni Maria Artusi, mestre de contraponto bolonhês, publicava um libelo com o título L'Artusi ovvero delle imperfettioni della musica moderna [De Artusi sobre as imperfeições da música moderna] investindo contra os madrigais de Monteverdi definidos como "aspri all'udito e poco piacevoli" [de audição áspera e desagradável].
Em 1607 lança uma das suas maiores composições Orfeo primeira ópera de Monteverdi; em setembro do mesmo ano, morre a sua esposa Claudia.
Em 1608, por ocasião das núpcias de Francesco Gonzaga com Margherita di Savoia, o duque encomenda Arianna com texto de Rinucci; da opera perdida, restou apenas o célebre Lamento di Arianna que Monteverdi publicou em 1623.
Em 1610 cuida da edição a seus vozes de Vespro della Beata Vergine [Vésperas da Beata Virgem] uma obra sacra de extraordinária força de expressão ao mesmo tempo em que contém um substrato musical passível de definir como profana.
Com a morte do duque Vincenzo Gonzaga, ocorrida em 1612, cessam também os encargos de Monteverdi na corte, o qual, aos quarenta e cinco anos de idade, aceita assumir o cargo de mestre de capela na catedral de São Marcos, em Veneza, vago com a morte de Giulio Cesare Martinengo.
Em 1614 publica o seu Sesto LIbro de Madrigali. Em 1615 compõe, para a corte de Mântua, o balé Tirsi e Ciori e La favola di Peleo e Teti [a fábula de Peleas e Teti] (incompleto). Em 1619 compõe o Settimo Libro de Madrigali. No carnaval de 1624, para o conde veneziano Girolamo Moncenigo, escreve o Combattimento di Tancredi [Combate dos Tancredos] e Clorinda. Em 1638 sai o Ottavo Libro dei Madrigali Guerrieri et Amorosi [Oitavo Livro de Madrigais Guerreiros e Amorosos] e em 1640 em Veneza, vem à luz a Selva morale e spirituale [Selva Moral e Espiritual]. Em 1641 com o Ritorno di Ulisse in Patria [Retorno de Ulisses à Pátria] e L'incoronazione di Poppea [A Coroação de Poppea] alcança-se o cume da produção Monteverdiana. A tragédia se mistura ao quotidiano, o cômico com o patético.
Esgotado pelo esforço exigido por estas partituras, ele se concede seis meses de licença, que utilizou para viajar às principais cidades Italianas.
Depois de nove dias de doença em 29 de novembro de 1643 falecia em Veneza um dos maiores expoentes da música de todos os tempos.

Tradução - Guiomar Torgan

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