O compositor paraense Waldemar Henrique (1905-1995) dedicou grande parte de sua obra para enaltecer e difundir o belo folclore de seu estado. Suas composições originalmente foram escritas para piano e solo, no entanto, dado harmonia de fácil assimilação e a beleza das melodias, suas obras tem sido regularmente arranjadas e interpretadas por corais.
"Tamba-tajá" é, sem dúvida, uma de suas mais famosas obras.
A fim de cumprir os propósitos do compositor no que diz respeito a difundir o folclore paraense e com o objetivo de fornecer conteúdo interpretativo aos corais que pretendem colocar a referida obra em seu repertório, dispomos abaixo a lenda que originou a canção.
"Há milhares anos atrás, na tribo Macuxi, havia um guerreiro forte e corajoso que se apaixonou por uma linda jovem de sua aldeia. Ela lhe correspondeu tão nobre sentimento e passadas algumas luas, uniram-se em matrimônio.
Casal tão apaixonado nunca mais existiu. Passavam sussurrando juras de amor baixinho, um para o outro. Mas eis que um dia, um estranho mal se acometeu da indiazinha, tornando-a paralítica. O índio Macuxi, para não separar-se de sua amada, teceu uma tipóia e a carregava em suas costas. Mas apesar de tantos cuidados e carinhos, ela não resistiu à enfermidade e morreu.
O guerreiro foi então à floresta e cavou um buraco à beira de um igarapé, enterando-se junto com sua adorada esposa, pois sua vida não tinha mais sentido sem ela.
Ao cair de algumas e chegando a grávida Lua Cheia, da sepultura brotou uma delicada planta, uma espécie desconhecida para os mais entendidos índios Macuxis.
Era a Tamba-tajá, planta de folhas triangulares, de cor verde, trazendo em seu verso outra folha de tamanho reduzido, onde visualizava-se um bordado de um desenho que parecia-se com o desenho de um órgão sexual feminino. A união das duas folhas, representava o grande amor do casal que nem mesmo a morte conseguiu separá-los."
Nunes Pereira forneceu a Waldemar Henrique a letra graciosa e sugestiva de uma linda e amorosa página, intitulada Tamba-tajá:
"Tamba-tajá, me faz feliz. Que meu amor me queira bem. Que o seu amor seja só meu,de mais ninguém que seja meu,todinho meu, de mais ninguém. Tamba-tajá, me faz feliz, assim o índio carregou sua macuxi para o roçado, para a guerra, para a morte, assim carregue o nosso amor a boa sorte. Tamba-tajá, me faz feliz. Que mais ninguém possa beijar o que beijei. Que mais ninguém escute aquilo que escutei, nem possa olhar dentro dos olhos que eu olhei, Tamba-tajá, tamba-tajá".
Casal tão apaixonado nunca mais existiu. Passavam sussurrando juras de amor baixinho, um para o outro. Mas eis que um dia, um estranho mal se acometeu da indiazinha, tornando-a paralítica. O índio Macuxi, para não separar-se de sua amada, teceu uma tipóia e a carregava em suas costas. Mas apesar de tantos cuidados e carinhos, ela não resistiu à enfermidade e morreu.
O guerreiro foi então à floresta e cavou um buraco à beira de um igarapé, enterando-se junto com sua adorada esposa, pois sua vida não tinha mais sentido sem ela.
Ao cair de algumas e chegando a grávida Lua Cheia, da sepultura brotou uma delicada planta, uma espécie desconhecida para os mais entendidos índios Macuxis.
Era a Tamba-tajá, planta de folhas triangulares, de cor verde, trazendo em seu verso outra folha de tamanho reduzido, onde visualizava-se um bordado de um desenho que parecia-se com o desenho de um órgão sexual feminino. A união das duas folhas, representava o grande amor do casal que nem mesmo a morte conseguiu separá-los."
Nunes Pereira forneceu a Waldemar Henrique a letra graciosa e sugestiva de uma linda e amorosa página, intitulada Tamba-tajá:
"Tamba-tajá, me faz feliz. Que meu amor me queira bem. Que o seu amor seja só meu,de mais ninguém que seja meu,todinho meu, de mais ninguém. Tamba-tajá, me faz feliz, assim o índio carregou sua macuxi para o roçado, para a guerra, para a morte, assim carregue o nosso amor a boa sorte. Tamba-tajá, me faz feliz. Que mais ninguém possa beijar o que beijei. Que mais ninguém escute aquilo que escutei, nem possa olhar dentro dos olhos que eu olhei, Tamba-tajá, tamba-tajá".
Rosana Volpatto
Disponível em: http://www.rosanevolpatto.trd.br/lendatambataja.html
Acesso em: 08.10.08
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