O violino que ele tocava no metrô era um raríssimo Stradivarius, avaliado em mais de três milhões de dólares. A iniciativa de levá-lo incógnito ao metrô foi do jornal The Washington Post, que pretendia lançar um debate sobre valor, contexto e arte. O resultado desse experimento provoca uma instigante reflexão. Será que estamos perdendo a capacidade de olhar, ouvir e apreciar? Fechados em nossos pequenos mundos, ignoramos os tesouros que estão à nossa volta. Esses tesouros podem ser um talento que negligenciamos, relacionamentos que esquecemos de cultivar, sonhos que abandonamos na gaveta da memória. Às vezes eles assomam nos momentos mais inesperados, como o violinista vertendo sua alma na saída do metrô.
Mas nós estamos muito ocupados para ouvi-lo...
Ricardo Bellino
Colaborou: Prof. Ubaldo Rizzardo Jr
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