Em discurso após concerto de homenagem do presidente italiano ao Papa e aos sacerdote, o Papa se manifestou a respeito do assunto.
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 5 de maio de 2010 (ZENIT.org).- Bento XVI realçou o elevado valor do estudo da música no complexo processo educacional do indivíduo.
Ele o fez no último dia 29, após o concerto de homenagem que o presidente da República Italiana, Giorgio Napolitano, ofereceu ao Papa e aos sacerdotes na Sala Pablo VI do Vaticano, em razão do quinto aniversário de sua eleição como pontífice.
"O estudo da música tem um elevado valor no processo educacional do indivíduo, uma vez que produz efeitos positivos no seu desenvolvimento, favorecendo o crescimento humano e espiritual", assegurou o Pontífice.
O Papa reconheceu que "no atual contexto social, qualquer trabalho de educação parece ficar sempre mais árduo e mais problemático".
"Frequentemente, entre pais e professores, é falado das dificuldades que encontram na hora de transmitir às novas gerações os valores básicos da existência e de um comportamento correto", explicou.
"Esta situação problemática interessa tanto à escola como à família e às diversas instituições destinadas à formação", continuou.
Como resposta, "a música pode abrir as mentes e os corações à dimensão do espírito e conduzir as pessoas a elevar o olhar para as alturas, a abrir-se ao bem e à beleza absolutos, cuja fonte suprema é Deus", disse o Papa.
"A alegria do canto e da música é também um convite constante para os crentes e os homens de boa vontade a comprometerem-se a dar para à humanidade um futuro repleto de esperança", afirmou.
Por outro lado, continuou Bento XVI, "a obrigação de não tocar sozinho, mas de compor as diversas cores da orquestra, e ainda mantendo suas próprias características, se fundirem" e "a procura comum da melhor expressão, tudo isso constitui um exercício formidável, não só no âmbito artístico e profissional, mas no âmbito humano em geral".
Em seu discurso, o Papa destacou que "os jovens, embora vivam em contextos diversos, compartilham a sensibilidade dos grandes ideais da vida, mas encontram muitas dificuldades para vivê-los".
"Não podemos ignorar suas necessidades e expectativas, nem tampouco os obstáculos e ameaças que encontram", notou.
De acordo com Bento XVI, os jovens "sentem a necessidade de se aproximar dos valores autênticos como o caráter central da pessoa, a dignidade humana, a paz, a justiça, a tolerância e a solidariedade".
"Eles também procuram, às vezes de forma confusa e contraditória, a espiritualidade e a transcendência para encontrar equilíbrio e harmonia", acrescentou.
O Santo Padre valorizou a longa experiência da Escola de Música de Fiesole, cuja orquestra interpretou obras de Giovanni Battista Sammartini, Wolfgang Amadeus Mozart e Ludwig van Beethoven e agradeceu pelo concerto a Napolitano.
Concluiu o discurso pedindo a todos que rezassem por ele, de forma que, "no começo do sexto ano de pontificado, eu possa cumprir sempre meu ministério segundo a vontade do Senhor".
Por sua vez, o presidente italiano realçou que este concerto foi como um "oferecimento de serenidade" em um contexto nada "fácil" e até mesmo "áspero", em uma conversa que teve com os assistentes antes do concerto.
Napolitano disse acompanhar com "discrição" e "respeito" o modo como o Papa exercita sua "elevada missão" diariamente.
E afirmou que o concerto é a expressão de sua "proximidade intensa e afetuosa" e de todo o povo italiano.
O presidente também mostrou sua "consideração" pela contribuição na "busca pelo bem e pela concórdia" e o compromisso "espiritual e social dos sacerdotes que trabalham na Itália".
Também enfatizou a preocupação do Papa pelo progresso da Itália e pelas dificuldades e crises "sem solução", como a do "processo de paz" no Oriente Médio.
Antes do concerto, o Papa e o presidente Napolitano tiveram um encontro "em um clima de grande cordialidade", informou a presidência da República Italiana.
Eles abordaram "os principais questionamentos da atualidade internacional" e detiveram-se especialmente nas questões sobre o Oriente Médio.
O Papa evocou a Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para o Oriente Médio, que acontecerá no Vaticano de 10 a 24 de Outubro de 2010.
Napolitano ofereceu ao Papa a nova edição em italiano do "Tratado do futuro Papa Piccolomini sobre a Europa" (Europa, 1453), como mostra de seu apreço pelos esforços do Papa "de fazer progredir uma visão correta da Europa."
CIDADE DO VATICANO, quarta-feira, 5 de maio de 2010 (ZENIT.org).- Bento XVI realçou o elevado valor do estudo da música no complexo processo educacional do indivíduo.
Ele o fez no último dia 29, após o concerto de homenagem que o presidente da República Italiana, Giorgio Napolitano, ofereceu ao Papa e aos sacerdotes na Sala Pablo VI do Vaticano, em razão do quinto aniversário de sua eleição como pontífice.
"O estudo da música tem um elevado valor no processo educacional do indivíduo, uma vez que produz efeitos positivos no seu desenvolvimento, favorecendo o crescimento humano e espiritual", assegurou o Pontífice.
O Papa reconheceu que "no atual contexto social, qualquer trabalho de educação parece ficar sempre mais árduo e mais problemático".
"Frequentemente, entre pais e professores, é falado das dificuldades que encontram na hora de transmitir às novas gerações os valores básicos da existência e de um comportamento correto", explicou.
"Esta situação problemática interessa tanto à escola como à família e às diversas instituições destinadas à formação", continuou.
Como resposta, "a música pode abrir as mentes e os corações à dimensão do espírito e conduzir as pessoas a elevar o olhar para as alturas, a abrir-se ao bem e à beleza absolutos, cuja fonte suprema é Deus", disse o Papa.
"A alegria do canto e da música é também um convite constante para os crentes e os homens de boa vontade a comprometerem-se a dar para à humanidade um futuro repleto de esperança", afirmou.
Por outro lado, continuou Bento XVI, "a obrigação de não tocar sozinho, mas de compor as diversas cores da orquestra, e ainda mantendo suas próprias características, se fundirem" e "a procura comum da melhor expressão, tudo isso constitui um exercício formidável, não só no âmbito artístico e profissional, mas no âmbito humano em geral".
Em seu discurso, o Papa destacou que "os jovens, embora vivam em contextos diversos, compartilham a sensibilidade dos grandes ideais da vida, mas encontram muitas dificuldades para vivê-los".
"Não podemos ignorar suas necessidades e expectativas, nem tampouco os obstáculos e ameaças que encontram", notou.
De acordo com Bento XVI, os jovens "sentem a necessidade de se aproximar dos valores autênticos como o caráter central da pessoa, a dignidade humana, a paz, a justiça, a tolerância e a solidariedade".
"Eles também procuram, às vezes de forma confusa e contraditória, a espiritualidade e a transcendência para encontrar equilíbrio e harmonia", acrescentou.
O Santo Padre valorizou a longa experiência da Escola de Música de Fiesole, cuja orquestra interpretou obras de Giovanni Battista Sammartini, Wolfgang Amadeus Mozart e Ludwig van Beethoven e agradeceu pelo concerto a Napolitano.
Concluiu o discurso pedindo a todos que rezassem por ele, de forma que, "no começo do sexto ano de pontificado, eu possa cumprir sempre meu ministério segundo a vontade do Senhor".
Por sua vez, o presidente italiano realçou que este concerto foi como um "oferecimento de serenidade" em um contexto nada "fácil" e até mesmo "áspero", em uma conversa que teve com os assistentes antes do concerto.
Napolitano disse acompanhar com "discrição" e "respeito" o modo como o Papa exercita sua "elevada missão" diariamente.
E afirmou que o concerto é a expressão de sua "proximidade intensa e afetuosa" e de todo o povo italiano.
O presidente também mostrou sua "consideração" pela contribuição na "busca pelo bem e pela concórdia" e o compromisso "espiritual e social dos sacerdotes que trabalham na Itália".
Também enfatizou a preocupação do Papa pelo progresso da Itália e pelas dificuldades e crises "sem solução", como a do "processo de paz" no Oriente Médio.
Antes do concerto, o Papa e o presidente Napolitano tiveram um encontro "em um clima de grande cordialidade", informou a presidência da República Italiana.
Eles abordaram "os principais questionamentos da atualidade internacional" e detiveram-se especialmente nas questões sobre o Oriente Médio.
O Papa evocou a Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para o Oriente Médio, que acontecerá no Vaticano de 10 a 24 de Outubro de 2010.
Napolitano ofereceu ao Papa a nova edição em italiano do "Tratado do futuro Papa Piccolomini sobre a Europa" (Europa, 1453), como mostra de seu apreço pelos esforços do Papa "de fazer progredir uma visão correta da Europa."
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