Há múltiplas formas de trompete, mas o empregado nas atuais orquestras sinfônicas é o chamado “moderno”. No passado, o tubo do instrumento era reto e portanto, bastante longo, com quase 2,5 m de comprimento. Foi a partir do Renascimento que se tubo pasou a ser enrolado sobre simesmo. Facilitando seu manuseio. E, desde meados do século XIX o trompete ganhou três pistões - o que lhe possibilitou produzir , cromaticamente, todos os sons que sua extensão permite, incluindo semitons.
Sem pistões, o chamado trompete “natural” só é capaz de produzir os harmônicos naturais de um som fundamental (essencialmente as notas de um acorde tonal).
Exemplares dessa espécie integram conjuntos instrumentais que se dedicam a “interpretações historicamente informadas” do repertório anterior ao século XIX - do Renascimento ao Barroco e ao Classicismo. Como era costume nesses períodos , a fim de recobrir todo a âmbito sonoro, vários instrumentos naturais (afinados de maneira distinta um doso outros) precisavam ser convocados; só assim se conseguia recobrir o campo de tessitura exigido por determinadas obras. É curioso o fato de, na primeira metade do século XVIII, os instrumentistas que recebiam melhor salário terem sido aqueles que se especializavam na execução dificílima dos pequenos e sueragudos trompetes, os clarinos. Logo depois, já na época da Haydn e Mozert, eeses intrumentos caíram em desuso e só voltaram a ser tocados pelos intérpretes “Historicistas” do século XX.
A Fisionomia do Trompete.
O trompete é um instumento de sopro de metal, que consta de um tubo - cilíndrico em três quartos de sua extensão, o qual se torna cônico, antes de terminar em um pavilhão. No outro extremo, por onde o instumento é soprado, o trompete possui um bocal (ou embocadura) em forma de taça. Os trompetes em Dó e em Si Bemol são utilizados com maior freqüência atualmente e, em ambos os instrumentos pode ser percebidos três registros distintos: grave, com sonoridade sombria; médio, com sons muito claros e brilhantes; e agudo, onde os sons podem se tornar até mesmo estridentes. Antes do metal, vários materiais foram empregados; tubo de cana, bambu, madeira ou osso, e até chifres de animais.
Na história da música ocidental, encontramos uma verdadeira pletora de obras nas quais o trompete, ou um grupo deles, desempenha papel de grande importância.
Do final do Renascimento, são especialmente extraordinárias as partituras dos Gabrielli (tio e sobrinho) para a “estereofônica” basílica de São Marcos, de Veneza. Durante o Barroco, quando o reino da música instrumental concertante expandiu-se por todoa a Europa, Torelli, Vivaldi, Handel, Bach, Telemann e Purcell, entre outros, dedicaram a ele belas obras. Já o período Clássico, entraram para o repertório dos grandes trompetistas, sobretudo, os concertos de Mozart (pai) e Haydn (os irmãos Michael e Joseph). E se durante o Romantismo o trompete foi quase esquecido, a parte um concerto de Hummel e muitas obras no gênero “divertimento leve”, no século XX ele recobrou a imaginação de compositores com força redobrada. Devemos a compositores como Stravinsky, Hindemith, Tinsné, Schimit, Ligeti, Henze, Zimmermann, Berio, Rihm, Scelci, Takemitsu e Kagel uma soma de obras originais, em que o trompete é presença preponderante.
PROGRAMA DE CONCERTO DA OSESP
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