Dias 18, 19 e 20 de novembro, enquanto a Osesp realiza mais uma turnê pela Europa, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais faz três apresentações na Sala São Paulo, dentro das séries de assinatura da Osesp, com a presença do violoncelista alemão Alban Gerhardt. O conjunto, criado em 2008 e que desde então tem como maestro titular Fabio Meccheti, vem se destacando no cenário nacional como uma de nossas melhores orquestras. A apresentação em São Paulo culmina o terceiro ano de existência da Filarmônica de Minas, que encerra a temporada com mais dois concertos em Belo Horizonte, nos dias 23 de novembro e 16 de dezembro. O primeiro, pela série Vivace, terá o mesmo programa da Sala São Paulo. O segundo, pela série Allegro, será um concerto grandioso para comemorar o nascimento de três compositores celebrados ao longo de 2010: Handel Schumann e Mahler.
A primeira peça executada pela orquestra em São Paulo será O Corsário, de Hector Berlioz. Compositor romântico do século XIX, Berlioz nasceu na França, teve aulas com Gluck, mas veio da Alemanha sua maior influência. O compositor representava a forma mais emocional do Romantismo alemão, ao estabelecer uma voluntária confusão entre o real e o imaginário.
Essa era uma das maiores características de Berlioz: suas composições eram sempre inspiradas por impressões literárias. O artista organizava sua música como ilustração de um enredo poético. O Corsário não foge desse conceito. Elaborada em 1931, a obra passou por várias revisões e foi executada pela primeira vez em 1845 com o título Lê Tour de Nice, em referencia às viagens que o compositor fez àquela cidade. Sua versão foi finalizada em 1855, com o título homônimo da obra do escritor inglês George Gordon Byron.
Em seguida, a formação interpreta o Concerto para violoncelo e orquestra do americano Samuel Barber. Conhecido como um dos mais populares compositores norte-americanos, Barber também se consagrou como intérprete talentoso e grande pianista e cantor. O Concerto para violoncelo e orquestra foi encomendado pelo maestro da Orquestra Sinfônica de Boston, Serge Koussovitzky. A estreia aconteceu em 5 de outubro de 1946 com Raya Garbousova ao violoncelo. Na época, Raya estava no auge de sua carreira e a composição impressionou pela dificuldade técnica e belos efeitos idiomáticos para o instrumento.
Após um breve intervalo, a Filarmônica encerra a apresentação com as Danças sinfônicas de Sergei Rachmaninof. A composição é vista como um mergulho nas lembranças da antiga Rússia, cidade natal do artista. Composta em 1940, a obra foi orquestrada durante uma turnê do compositor e foi executada pela primeira vez em 1941 pela Orquestra da Filadélfia. Danças sinfônicas ficou conhecida por seu colorido orquestral ímpar, grande vitalidade rítmica e lirismo intenso.
Alban Gerhardt
Nascido em Berlim, desde muito jovem Alban Gerhardt já demonstrava enorme talento musical e habilidade tanto com o violoncelo quanto com o piano. Um dos mais requisitados violoncelistas do mundo, já se apresentou com as Orquestra de Cleveland e Filadélfia, com as filarmônicas de Los Angeles, Berlim, China, Hamburgo e Oslo. recebeu o Midem Classic Awards e foi premiado três vezes com o ECHO Classic Prize pelo CD com sonatas de Max Reger, ao lado do pianista Markus Becker.
PROGRAMA
Hector Berlioz (França, 1803 – 1869)
O Corsário: Abertura, op. 21 (1855) [8 min]
Samuel Barber (Estados Unidos, 1910 – 1981)
Concerto para violoncelo, op. 22 (1945) [27 min]
- allegro moderato
- andante sostenuto
- molto allegro e appassionato
Sergei Rachmaninov (Rússia, 1873 – Estados Unidos, 1943)
Danças sinfônicas (1940) [35 min]
- non allegro
- andante con moto – tempo di valsa
- lento assai – allegro vivace
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