Na maior turnê nacional da Orquestra, a cidade de Salvador está confirmada entre as sete capitais que recebem a Filarmônica de Minas Gerais
A primeira apresentação da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais será no Teatro Castro Alves (TCA), em Salvador, no dia 8 de setembro. A capital baiana abre a maior turnê nacional da Orquestra e primeira do Norte e Nordeste do Brasil. A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais prepara-se para percorrer, em 11 dias, mais de cinco mil quilômetros por sete estados das regiões Norte e Nordeste, em sua maior turnê nacional. Na bagagem dos 85 músicos viajam as partituras de O Guarani: Protofonia, de Carlos Gomes, o mais conhecido músico brasileiro do século XIX, Ruslan e Ludmila: Abertura, do russo Mikhail Glinka; a Abertura Egmont, de Beethoven, a Sinfonia n° 41, “Júpiter”, de Wolfgang Amadeus Mozart; e a bela Sinfonia n° 8 em Sol maior, do compositor tcheco Dvorák.
Os músicos da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sob a regência do seu Diretor Artístico e Regente Titular, maestro Fabio Mechetti, vão transportar o cenário erudito para alguns dos mais importantes centros culturais do Brasil. Para o público de muitas capitais, será a oportunidade de assistir ao vivo a Filarmônica de Minas Gerais, já considerada a segunda maior do país, apesar de sua pouca idade – foi criada em fevereiro de 2008.
A primeira apresentação será no Teatro Castro Alves, em Salvador, em 8 de setembro. Em seguida, no dia 10, o grupo leva a música clássica à Cine-Teatro Bangüê, em João Pessoa. Recife e Natal recebem a Filarmônica nos dias 12 e 14, respectivamente. A orquestra passará ainda por Fortaleza, no Teatro José de Alencar, no dia 16, e por Belém, no Theatro da Paz, no dia 17 – integrando a programação do 4° Festival Internacional de Ópera da Amazônia. Os preços dos ingressos vão de R$ 10 a R$ 20. Em Manaus, última capital a receber a Orquestra, a apresentação no imponente Teatro Amazonas terá ingresso a R$ 1, no projeto “Domingo de Um Real”.
A viagem dos músicos pelo Norte e Nordeste é vista por Fabio Mechetti como um descobrimento mútuo. “Primeiro, um descobrimento de nossa parte em relação ao público das cidades que visitaremos. Depois, uma oportunidade da comunidade musical do Norte e Nordeste conhecer a mais nova orquestra do Brasil, que vem estabelecendo uma nova referência nacional”, explica Fabio Mechetti, também regente titular e diretor artístico da Orquestra Sinfônica de Jacksonville, na Flórida, EUA.
A expectativa é mostrar o trabalho desenvolvido pela Filarmônica nos últimos dois anos e meio. A orquestra já foi aplaudida por mais de 170 mil pessoas em Minas Gerais e outros estados. “Esse período rendeu uma resposta fenomenal em Minas Gerais e também nas turnês anteriores que realizamos em Brasília, Goiânia, Rio, São Paulo e Campos do Jordão”, exemplifica Fabio Mechetti. “Acho importante mostrar que, a despeito das dificuldades que a música erudita brasileira vem passando há décadas, é possível, com vontade política e competência profissional, dar saltos impressionantes em direção a uma evolução substancial da música orquestral”.
A escolha das capitais que fariam parte da turnê nacional da Filarmônica de Minas Gerais seguiu critérios dos mais simples, como localização, disponibilidade das salas de concerto e datas, passando por questões totalmente técnicas, como a adequação do programa e da orquestra à estrutura dos diferentes teatros.
“Quisemos nos apresentar pela primeira vez para esse novo público com um repertório que fosse do agrado geral tanto dos apreciadores da música sinfônica quanto dos que a conhecem pouco. Muitos certamente poderão escutar uma orquestra sinfônica desse porte pela primeira vez. São, portanto, compositores que têm um apelo universal imediato como Mozart, Beethoven, Dvorák, e logicamente o nosso Carlos Gomes”, acrescenta o maestro. “Creio que o público do Norte e do Nordeste ficará tão surpreso com a qualidade e maturidade da Filarmônica, como aconteceu quando nos apresentamos na Sala São Paulo ou em Campos do Jordão. Esperamos, também, compartilhar com aqueles que nos prestigiarem momentos de grande alegria e prazer proporcionados pelo nosso trabalho”.
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