A Orquestra Sinfônica de Londres irá interpretar, no próximo mês de setembro, uma peça musical intitulada "Transits - Into An Abyss", totalmente composta por um programa informático.
Desenvolvido na Universidade de Málaga, o Íamus foi buscar o
nome à personagem da mitologia grega que conseguia perceber a linguagem dos
pássaros.
Ontem, para comemorar o centésimo aniversário do nascimento
de Alan Turing, um dos pais do computador, esta universidade do Sul de Espanha
organizou um recital onde foram tocadas várias peças compostas pelo Íamus. (ver
link no final do texto)
Francisco Vico, um dos seus criadores, explica que Íamus
compõe através de um processo de mutação dos sons e das melodias. "À
medida que a evolução decorre, as mutações alteram o conteúdo e a dimensão do
material genético (musical) primordial, resultando na criação de peças mais
elaboradas", explica o investigador.
A única intervenção humana decorre, a priori, através da definição
dos instrumentos que deverão ser usados e duração máxima para a peça a compor.
Primeiro CD em setembro
Segundo o crítico de música clássica do "The
Guardian", Philip Ball, quem admira, por exemplo, os húngaros Béla Bartók
(1881-1945) e György Liget (1923-2006) também deverá apreciar as peças
compostas por Íamus.
Para Philip Ball, "Transits - Into An Abyss"
"deverá ser a primeira obra composta por um computador suficientemente boa
para ser interpretada por instrumentistas de excelência".
O concerto da Orquestra Sinfónica de Londres deverá
acontecer em setembro, por ocasião do lançamento do primeiro CD de Íamus.
Folha Sinfônica
Folj
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