Todos os vídeos estarão disponíveis para download na nova
versão da IPTV
Depois de cinco anos em fase experimental, a IPTV USP entra
na segunda fase de execução e promove o lançamento de cinco canais de televisão
online simultâneos. São os canais: Arte e Cultura, Saúde, Ciência, Tecnologia e
TV USP, se firmando como uma eficiente ferramenta para disseminar conhecimento
e democratizar o conteúdo produzido na universidade. A IPTV pode ser acessada
no endereço www.iptv.usp.br.
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Na primeira fase, iniciada em 2007, a IPTV (sigla para
Internet Protocol Television) tinha duas grandes marcas: a transmissão de
eventos que ocorriam na USP – como palestras, conferências e encontros – e um
acervo de vídeos feitos sob demanda. Essas modalidades permanecem e
acrescentam-se os novos canais.
Na cerimônia de lançamento, que ocorreu na última
sexta-feira, 21, o coordenador da IPTV, professor Gil da Costa Marques,
ressaltou a importância do projeto, bem como os ganhos para a comunidade em
geral. “É uma grande realização para a universidade, que colocará à disposição
da sociedade tudo o que vem produzindo”, afirma o professor. Para ele, o
conteúdo é de “uma riqueza monumental, muito grande e importante”.
Coordenadora do novo projeto da IPTV, a professora Regina
Melo Silveira adere ao discurso de Marques. “É um projeto que permite o acesso
democrático ao conteúdo que se produz na USP”, comenta, apontando para o
cumprimento de um dos papéis da universidade pública.
Todo o conteúdo será aberto, gratuito e irrestrito, exceto
alguns vídeos voltados a disciplinas específicas, como, por exemplo, uma
cirurgia em que a identidade do paciente deve ser preservada. A nova plataforma
suporta até 100 mil acessos simultâneos e todos os vídeos estarão disponíveis
para download.
Acervo e pioneirismo
Com a inauguração desta segunda fase do IPTV, a USP tem
atuação pioneira no Brasil e no mundo com relação aos canais de televisão
online. “Não conheço outras iniciativas tão ousadas em outras universidades
como esta da USP”, relata Marques. “Nos Estados Unidos isso existe, mas são
canais mais voltados para o público universitário, que mora nas faculdades.
Nosso projeto é mais voltado para a sociedade, para divulgar conhecimento e
melhorar a cultura científica do país.”
Outro ponto de destaque para o coordenador é o envolvimento
da comunidade USP na produção de conteúdo. “Temos muitos recursos aqui, vindos
da ECA, da Poli, da Medicina. É uma riqueza que nos eleva a outro patamar na
produção em nível digital”, acrescenta Marques.
Com os cinco anos da fase experimental, o acervo reúne uma
biblioteca de mais de sete mil vídeos e conta com uma integração ao Portal
e-Aulas, que coloca à disposição do público videoaulas de professores da USP.
Parte dessas aulas serão transmitidas nos canais durante a programação diária,
respeitados os critérios de interesse e complexidade.
Segundo o docente, as disciplinas devem ser “interessantes
para o público geral e não tão difíceis de entender, para que o conteúdo não
fique restrito aos acadêmicos. Temas como astronomia, artes e saúde, são temas
de interesse de todos e que podem ser facilmente compreendidos”, explica.
Canais
Todos os canais terão programação 24 horas por dia, sendo
que novos conteúdos serão gerados a cada 6 ou 8 horas, dependendo do canal.
Algumas unidades terão papel de destaques em alguns deles. O canal Saúde, por
exemplo, será gerenciado pela Faculdade de Medicina e conterá programas como
“conheça o SUS”, “saúde e mistérios” e “dia a dia com a saúde”.
Já o canal Arte e Cultura será gerido pela Escola de
Comunicação e Artes (ECA) da USP e terá uma produção diária inicial de seis
horas. Nele estão presentes manifestações de artes cênicas, artes visuais,
audiovisual, informação cultural e memória, jornalismo, e música, entre outros
temas. O canal “Tecnologia” terá forte contribuição da Escola Politénica da USP
e conta em sua grade com programas como “história da tecnologia” e “princípio
de funcionamento de equipamentos”.
O canal Ciências é um dos mais abrangentes e terá duas horas
de aulas (do Portal e-Aulas) diárias, além da produção que inclui “história da
ciência”, “biografias” e “esclarecimentos sobre desenvolvimentos científicos
recentes”.
A TV USP, que existe desde 1997, continuará com a produção
de suas reportagens e programas como Caminhos, que trata sobre turismo
alternativo, e Quarto Mundo, produzido por alunos do ensino médio em parceria
com alunos da ECA. Outros núcleos da TV USP, como o de Bauru, Ribeirão Preto e
Piracibaca também terão intensa colaboração na produção de conteúdo para o
canal.
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