quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Dilma demite ministra da Cultura e anuncia nova indicação Leia mais em: Dilma demite ministra da Cultura e anuncia nova indicação



A presidente da República Dilma Rousseff demitiu na tarde de terça-feira, 11, a irmã do cantor Chico Buarque de Hollanda, a ministra da Cultura, Ana de Hollanda. Para o cargo, ela anunciou a contratação da senadora Marta Suplicy (PT-SP).
Ana de Hollanda é a 13ª ocupante da Esplanada dos Ministérios a deixar o governo. Desde a sua posse, ela é criticada por setores da área cultural, que chegaram a redigir um manifesto cobrando sua saída.
A gota d’água para a demissão foi o vazamento de uma carta enviada por Ana ao Ministério do Planejamento, no último dia 27, reclamando dos escassos recursos destinados à pasta. O encontro entre ela e Dilma, ontem, foi "rápido" e "constrangedor", segundo auxiliares da presidente.

Plano

A atitude da presidente gerou a discussão de que com o ministério dirigido por Marta, Dilma traria o apoio da bancada do PR para o candidato petista a Prefeitura de São Paulo, Fernando Haddad, tirando os aliados do principal rival: José Serra (PSDB).
A decisão de demitir Ana de Hollanda já estava tomada, mas a ideia inicial de Dilma era fazer a troca depois das eleições, no ano que vem, junto com a planejada reforma da equipe. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva a convenceu, porém, de que o melhor momento para a entrada de Marta no ministério era agora. Não sem motivo: quem assume sua cadeira no Senado é o vereador Antonio Carlos Rodrigues, suplente e dirigente do PR.
Apesar de integrar a base aliada de Dilma, o PR decidiu se coligar com Serra em represália à perda do Ministério dos Transportes, no rastro da "faxina" promovida pela presidente no ano passado. O plano de Lula e do comitê petista, agora, é desestabilizar a candidatura de Serra, deslocando uma ala do PR para Haddad. A expectativa dos petistas é que o PR faça "corpo mole" no apoio ao tucano.
Marta e Haddad negaram na terça-feira, 11, qualquer tipo de barganha política.
Ex-ministra do Turismo no segundo mandato de Lula e ex-prefeita de São Paulo (2001 a 2004), Marta nunca gostou do Legislativo e sempre desejou retornar ao governo. Ela queria ser novamente candidata a prefeita e, por imposição de Lula, foi obrigada a desistir para ceder a vaga a Haddad, no ano passado. Depois de excluída, boicotou a campanha do PT por quase dez meses.


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