A Camerata Aberta apresenta, no dia 14 de setembro, o
concerto Pierrot Lunaire no SESC Belenzinho, às 21 horas. Sob regência do
maestro francês Guillaume Bourgogne, o espetáculo tem participação especial da
soprano francesa Sylvie Robert. Esta obra de Arnold Schoenberg, que está
completando 100 anos, é considerada um marco inaugural da música moderna.
O programa do espetáculo tem ainda peça de Silvio Ferraz e
obras para voz e ensemble de Anton Webern, além de composições de Claudio
Santoro na voz do tenor Tiago Pinheiro.
A Camerata Aberta é um grupo estável de músicos professores
da Escola de Música do Estado de São Paulo (EMESP Tom Jobim), dedicado à música
contemporânea. Alguns de seus integrantes são músicos atuantes na cena erudita
brasileira. Já se apresentou em diversos locais em São Paulo, no Festival de
Campos do Jordão, no Concertgebouw de Amsterdã (Holanda), Americas Society de
Nova Iorque (EUA), em Bruxelas (Bélgica) e na Sala Cecília Meireles no Rio de
Janeiro. A Camerata ganhou o Prêmio APCA 2010 de Música Contemporânea pelo
pioneirismo e excelência do trabalho ao longo do primeiro ano de existência. Em
2012, lançou seu primeiro CD, Espelho D’Água, pelo Selo SESC.
Pierrot lunaire, de Arnold Schoernberg, composta em 1912,
foi encomendada pela atriz Albertine Zehme, que se apresentava nos cabarés de
Berlim. Frau Zehme era especialista em melodrama, gênero teatral alemão em que
um monólogo é declamado sobre um acompanhamento instrumental. Ela apresentou a Schoenberg o ciclo de textos
intitulado Pierrot Lunaire, do poeta belga Albert Giraud, em versão alemã de
Otto Erich Hartleben, que ela desejava declamar. E Schoenberg lhe entregou uma
verdadeira obra-prima: um ciclo de 21 canções, para voz, flauta/piccolo,
clarinete/clarone, violino/viola, violoncelo e piano, de forma que a
instrumentação de cada uma das canções nunca se repete.
Programa: Cinco Cânones Sobre Textos Latinos, op. 16 e Cinco
Canções Sagradas, op. 15, de Anton Webern; Toada II: Largo, de Silvio Ferraz;
Agrupamento em 10, de Claudio Santoro; Pierrot Lunaire, op. 21, de Arnold
Schoenberg.
Concerto: Camerata Aberta em Pierrot Lunaire
Regência: Guillaume Bourgogne
Soprano: Sylvie Robert
Tenor: Tiago Pinheiro
Dia 14 de setembro. Sexta-feira, às 21 horas
SESC Belenzinho - www.sescsp.org.br/belenzinho
Rua Padre Adelino, 1000 – Belenzinho/SP - Tel: (11)
2076-9700
Sala de Espetáculos II (120 lugares). Duração: 1h30.
Classificação etária: de 12 anos
Ingressos à venda pela rede INGRESSOSESC: R$ 20,00
(inteira); R$ 10,00 (usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos,
estudantes e professores da rede pública de ensino). R$ 5,00 (trabalhador no
comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes).
Guillaume Bourgogne
Guillaume Bourgogne estudou nos conservatórios de Lyon, sua
cidade natal, e de Paris. Venceu em primeiro lugar o prêmio de regência
orquestral tendo Janos Fürst como professor. Atualmente, é codiretor artístico
do Ensemble Cairn (Paris) e integrante do Conselho Artístico da Camerata
Aberta. É frequentemente convidado a reger orquestras como a Orquestra
Gulbenkian (Portugal), Filarmônica de Seul, Nacional de Bordéus-Aquitânia,
Filarmônica de Nice e outras. Além de reger o repertório dos séculos XIX e XX,
também conduz grupos de música contemporânea como o Court-Circuit,
L’Itinéraire, Ensemble TIMF e Contrechamps. Participa de festivais no mundo
todo, como Festival de Inverno de Campos do Jordão (Brasil), Festival d’Art Lyrique
(França), Festival Internacional Tongyeong (Coreia), Música Viva (Portugal),
Ars Musica (Bélgica), Darmstadt Ferienkurse (Alemanha) e Borealis (Noruega),
entre outros.
Sylvie Robert
Nascida na França, onde estudou no Conservatório Nacional
com os professores Elisabeth Söderström, Camille Maurane e Elisabeth
Schwarzkopf, Sylvie Robert vive, há dez anos, na Argentina, onde canta
regularmente com orquestras e músicos locais. Estreou canções de Gerardo
Gandini, Francisco Kröpfl, Marta Lambertini, Fabian Panisello e Claudio
Alsuyet, e participou de estreias argentinas de obras de Webern, Cage, Schelsi,
Birtwistle, Boulez, entre outros. Cantou o monodrama La Dame de Montecarlo de
Francis Poulenc com direção cênica de Alfredo Arias. Foi convidada pela Universidade
de Santander (Espanha) e vários museus na Europa para realizar concertos em
homenagem a pintores com o pianista Dimitri Vassilakis. Em 2010, foi convidada
pela Faculdade da França para recital em homenagem a Lichtenberg. Desde 2011,
leciona na Cité de La Musique (França), a partir de um convite feito pelo
Ensemble InterContemporain. Conquistou o prêmio France Musique em 2012.
Tiago Pinheiro
Graduado clarinetista, especializou-se em canto na Berklee
College of Music. Dirigiu o grupo Beijo do Coralusp, que atuou em shows e
gravações ao lado de artistas como Marlui Miranda e Gilberto Gil. Foi solista
em diversas obras sinfônicas, entre as quais: Carmina Burana de C. Orff e
Paixão segundo São João de J. S. Bach. Integrou o coro da OSESP, entre 2000 e
2001. É regente titular do Coral Paulistano do Teatro Municipal de São Paulo e
conduziu o grupo em performances como O Mundo do Espírito, de Benjamin Britten,
e Dido e Enéas, de Henry Purcell, esta última em parceria com o Teatro da
Vertigem. Lançou CD pela Dabliú Discos e participou da produção francesa do CD
O Amor Brazileiro - Modinhas e Lundus do Brasil Imperial, com o grupo Vox
Brasiliensis, com quem excursionou pela Europa. Fez a direção musical e foi um
dos protagonistas da Ópera das Pedras, espetáculo de Denise Milan, promovido
pelo SESC, com música de Clarice Assad e André Mehmari. Atua ao lado dos grupos
Vox Brasiliensis, Novoovonovo e do Núcleo Hespérides.
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