segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Orquestra Experimental de Repertório estreia ópera de Ravel no Dia das Crianças (SP)

'O Menino e os Sortilégios', de Maurice Ravel estreia dia 12 de outubro no Theatro Municipal São Paulo
Se, como defendem alguns teóricos, as crianças nascem más e só com a educação e a maturidade vão se tornando melhores, o protagonista da ópera “O Menino e os Sortilégios”, de Maurice Ravel, que a Orquestra Experimental de Repertório (OER) estreia, dia 12, Dias das Crianças, no Theatro Municipal São Paulo, é um bom exemplo disso.
Mimado e voluntarioso, o garoto, irritado com a mãe que o tranca no quarto por mau comportamento, quebra tudo o que encontra, além de maltratar os animais e as plantas da casa. O estrago é tão grande que até os brinquedos, os móveis, o passarinho e o casal de gatos, vitimados por sua ira, revoltam-se contra ele e resolvem se unir para dar-lhe uma lição. Assim, transformam-se em sortilégios (objetos mágicos) personificados e perseguem o menino até ele aprender as vantagens de ser bem comportado.
O compositor se encantou com esse poema de Gabrielle Colette e vislumbrou nele a oportunidade de colocar no palco, como personagens, alguns exemplares da sua coleção de bibelôs animados, pela qual tinha verdadeira adoração. “O resultado, como tudo que Ravel criou, foi maravilhoso, agradando tanto seu público alvo, as crianças, como os adultos”, afirma o maestro Jamil Maluf, responsável pela regência e direção musical do espetáculo.
Segundo ele, apesar da aparência lúdica, a obra é difícil de ser encenada e executada. “Parte desse desafio é colocar no palco oito solistas versáteis o suficiente para desempenhar os 21 papéis exigidos na peça, além de atores, bailarinos, dois corais e um grande efetivo orquestral”. O que lhe valeu, confessa Jamil, foi a experiência obtida quando encenou a ópera “João e Maria”, de Engelbert Humperdink. Assim, quem protagoniza a obra de Ravel é a meio-soprano Denise de Freitas, que também representou João na outra montagem. Os cenários, figurinos e efeitos especiais de teatro negro são da Cia. Imago, de Fernando Anhê, a mesma que trabalhou naquela produção, enquanto a direção cênica é de Lívia Sabag, que já dirigiu a ópera “Amelia al Ballo”, de Gian Carlo Menotti, também para a OER. 
Serviço:
Theatro Municipal de São Paulo. Praça Ramos de Azevedo, s/nº. Centro. Dias 12 e 16, 17h.     Dia 13, 21h. Dia 15, 20h. R$ 15 a R$ 70.                                                                                      Telefone da bilheteria: 3397-0327.                                                                                                         Funcionamento da   bilheteria: 2ª a 6ª, das 10h às 19h. Sáb., Dom. e feriados, das 10h às 17h ou até o início espetáculo.                                                                                                                                  Vendas pela Internet: www.ingressorapido.com.br/prefeitura e 11.4003 2050




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