
Quem sou eu
terça-feira, 29 de março de 2011
EMESP oferece cursos livres para a Comunidade

CORAL CULTURAINGLESA em Concertos de Quaresma
segunda-feira, 28 de março de 2011
APCA entrega prêmios nesta terça aos melhores de 2010
A Associação Paulista de Críticos de Arte, APCA, entrega nesta terça-feira, dia 29 de março, os prêmios às personalidades e conjuntos que mais se destacaram na música clássica em 2010, segundo o júri formado por Camila Frésca, Tânia Pasquarelli, Irineu Franco Perpetuo, João Luiz Sampaio e Leonardo Martinelli. O grande prêmio da Associação foi concedido ao compositor Almeida Prado, recentemente falecido, e os outros premiados foram o fagotista Fábio Cury, a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, a Cia. Brasileira de Ópera, o maestro Roberto Tibiriçá, a Camerata Aberta e o jovem violonista Vitor Garbelotto.
A premiação acontece às 20h00 no Teatro Paulo Autran, no Sesc Pinheiros.
Confira abaixo a lista completa dos vencedores.
APCA 2010 - Música Erudita Grande Prêmio Almeida Prado in memoriam
Gravação - Fábio Cury, pelo CD “Velhas e Novas Cirandas: música brasileira para fagote e orquestra” (Selo CLÁSSICOS)
Grupo Musical - Orquestra Filarmônica de Minas Gerais (pela excelência de suas apresentações ao longo da temporada 2010)
Destaque da Ópera - Cia. Brasileira de Ópera (pelo pioneirismo da iniciativa realizada ao longo do ano)
Regente - Roberto Tibiriçá (por seu trabalho à frente da Sinfônica Heliópolis e Sinfônica de Minas Gerais)
Música Contemporânea - Camerata Aberta (pelo pioneirismo e excelência do trabalho realizado ao longo do ano)
Revelação - Vitor Garbelotto, pelo CD “Obra integral para violão solo, de Radamés Gnattali”
Incrições para Bolsista do Festival de Inverno de Campos de Jordão estão abertas.
Orquestra Municipal de Bertioga se apresenta em Ensaio Aberto dia 28

A Cia. Brasileira de Ópera recebe prêmio da APCA

quinta-feira, 24 de março de 2011
Coral Cultura Inglesa São Paulo, apresenta Concerto de Quaresma

Regente e Diretor Artístico: Marcos Júlio Sergl
Regente Assistente: André Guimarães
Orient.Vocal e Coord. Artística: Miriam Farina
Organista/ Pianista: Marcos Alves da Gama
Solistas:
André Guimarães, barítono
Gustavo Carvalho, tenor
Miriam Farina, soprano
27 de março de 2011
Domingo às 11h30
Mosteiro São Bento (Auditório)
Largo de São Bento, s/n, Centro
REPERTÓRIO
Ecce Panis Angelorum – Tristão Mariano da Costa
Adoremus - Tristão Mariano da Costa
O Vos Omnes – André da Silva Gomes
Matinas de Quarta-feira Santa - Tristão Mariano da Costa
Matinas de Quinta-feira – Padre Jesuíno do Monte Carmelo
Pai Nosso - Elias Álvares Lobo
Credo (da missa de Santo Antonio) – Tristão Mariano da Costa
Entrada Franca
Coral CulturaInglesa
Contato: Fernanda Tonoli
coral@culturainglesasp.com.br
(11) 3039-0575/ 7667-8775
Teatro São Pedro de São Paulo divulga sua temporada de óperas
02 e 03 de abril, às 17h
Carmen, de Georges Bizet
Regência: Emiliano Patarra
Direção Cênica: Roberto Lage
Solistas: Elenco 1 - Luciana Bueno (Carmen), Rubens Medina (Don José), Rodrigo Esteves (Escamillo) e Edna D’Oliveira (Micaela), Elisabete Almeida (Frasquita), Lídia Schaeffer (Mercedes), Eduardo Góes (Remendado), Vinicius Atique (Dancairo), Eduardo Janho-Abumrad (Zuniga) e Johnny França (Morales)
Elenco 2 - Adriana Clis (Carmen), Miguel Geraldi (Don José), Homero Velho (Escamillo) e Flávia Fernandes (Micaela), Elisabete Almeida (Frasquita), Lídia Schaeffer (Mercedes), Eduardo Góes (Remendado), Vinicius Atique (Dancairo), Eduardo Janho-Abumrad (Zuniga) e Johnny França (Morales)
Maio
27 e 29 de maio
A Viúva Alegre, de Franz Lehár
Regência: Emiliano Patarra
Concepção Cênica: William Pereira
Solistas: Gabriella Pace, Sebastião Teixeira, Edna D’Oliveira e Miguel Geraldi
Agosto
10, 11, 12, 13 e 14 de agosto
Romeu e Julieta, Charles Gounod
Regência: Luís Gustavo Petri
Direção Cênica: a definir
Solistas: Fernando Portari, Rosana Lamosa e Leonardo Neiva
Setembro
02 e 04 de setembro
Don Pasquale, de Gaetano DonizettiRegência: Vito ClementeConcepção Cênica: Enzo DaraSolistas: Fernando Portari, Rosana Lamosa e Saulo Javan
Outubro
26, 27, 28, 29 e 30 de outubro
O Guarani, de Carlos Gomes
Regência: Roberto Duarte
Direção Cênica: João Malatian
Solistas: Laura Rizzo, Inácio de Nonno e Eduardo Janho-Abumrad
Concerto de jazz abre o Ano da Holanda em São Paulo

Para isso, o governo holandês preparou uma série de atividades ligadas à cultura, à arte e ao esporte previstas ao longo de 2011.
Em São Paulo, a abertura oficial acontece com a apresentação única do pianista de jazz MichielBorstlap,nesta quinta-feira, 24, às 19h00, no Centro Cultural, CCSP.
Famoso por mesclar diferentes estilos de jazz e tido como excêntrico por suas composições e interpretações, Borstlap, aos 44 anos, é hoje um dos músicos mais prestigiados da Europa.
Começou a tocar piano aos quatro anos e aos 23 venceu o principal prêmio de sua carreira, o Thelonious Monk Award, do Instituto de Jazz homônimo, um dos mais conceituados dos Estados Unidos. Devido a sua excentricidade, Borstlap compôs, a convite do Qatar, a primeira ópera árabe do mundo. Ele venceu diversos prêmios com trilhas sonoras de filmes americanos e holandeses, como o Golden Calf Best Score, em 2008, e o Edison Jazz Award, o mais tradicional prêmio holandês para música clássica e jazz.
São Vicente abre inscrições para a Fase Municipal do Mapa Cultural Paulista

terça-feira, 22 de março de 2011
Incentivo à Cultura do Est. de São Paulo

As formas possíveis para obtenção de apoio a projetos culturais, são:
Conheça aqui os programas de Incentivo à Cultura da SEC e tenha acesso aos editais.
Sepultura junto com a Orquestra Experimental de Repertório

A apresentação será no dia 16 de abril, ás 23h, no palco de dança, palco este que irá se fundir com o da orquestra, contando com apresentações como a da São Paulo Companhia de Dança que se apresenta junto com a Orquestra do Estado de São Paulo. Também neste palco, o Balé da Cidade apresenta em parceria com o Quarteto de Cordas a coreografia “Crônicas do Tempo”.
Nascimento de um novo maestro


Richard Perry/The New York Times
"Era uma enorme responsabilidade", diz Lehninger ao Estado, a caminho de Nova Jersey, para mais um concerto com a Sinfônica de Boston. "Mas, para mim, com certeza, foi uma noite memorável", completa, celebrando a reação da imprensa especializada. Anthony Tommasini, no Times, escreveu que o maestro foi "muito bem, regendo todas as peças com técnica impressionante, interessantes ideias musicais e energia jovial". O elogio por si só seria marcante, mas ganha novas cores quando se leva em consideração o difícil programa interpretado, que incluía a estreia de um concerto para violino do compositor Harrison Birtwistle. "É uma obra muito interessante, que reflete o estilo dos compositores experimentais que vivenciaram o movimento de música nova na Europa dos anos 60, exige grande cumplicidade entre solista e regente, pois a dificuldade está na conjunção do violino solista com a orquestra", diz.
Foi aos 12 anos que o pequeno Marcelo resolveu: seria maestro. A música não lhe era estranha. Filho de Erich Lehninger, um dos principais violinistas em atividade no Brasil, e da pianista Sonia Goulart, já estudava desde cedo violino e piano. Mas certo dia acompanhou o pai em um ensaio da Sinfônica do Estado de São Paulo, comandado por Eleazar de Carvalho. "Fiquei fascinado ao ver como um regente podia mudar a sonoridade da orquestra. E percebi que teria de trocar as 88 teclas do piano por 88 músicos!"
No Brasil, o carioca estudou regência com Roberto Tibiriçá e, em 2001, após um segundo lugar no Concurso Eleazar de Carvalho de regência, mudou-se para os Estados Unidos, onde se formou em composição e regência no Bard College. Passou então a frequentar masterclasses com importantes maestros, como Kurt Masur, Leonard Slatkin e Marin Alsop, recém-nomeada regente titular da Osesp. Ao mesmo tempo, começava a reger orquestras de pequeno porte nos Estados Unidos e, em 2007, trabalhou com a Orquestra Jovem das Américas, cujo patrono é Plácido Domingo. Notado por Masur, trabalhou ao longo de uma temporada ao seu lado. "Estive com ele nas orquestras Nacional da França, Gewandhaus de Leipzig e Filarmônica de Nova York. É um homem de grande cultura e é especial como nos ensina a enxergar a música além da partitura, revelando fatores históricos. Com ele aprendi muito o estilo e as tradições da música austríaca e germânica."
Lehninger assumiria então dois postos como assistente - na Sinfônica Nacional de Washington, com Leonard Slatkin, e na Filarmônica de Minas Gerais, com Fabio Meccheti - antes de ir trabalhar com Levine em Boston. "Com Levine, aprendi muito sobre a concepção sonora. Ele trata a orquestra sinfônica de uma forma operística, trabalhando o cantabile de cada instrumento. Ele é um homem brilhante, com um vastíssimo repertório que inclui música sinfônica e ópera, dando grande importância, também, à música contemporânea."
Como maestro assistente, Lehninger lembra que não apenas tem a chance de comandar alguns concertos, como pode acompanhar todos os ensaios do grupo, "aprendendo com os maestros e solistas, a todo instante". Ele se formou em um momento de mudança na vida das orquestras sinfônicas, que partem mais do que nunca em busca de uma nova relação com o público. Nesse sentido, acredita que o papel do maestro se transformou. "O regente é a face pública da orquestra que dirige. É uma personalidade que tem de estar comprometida em elevar a vida cultural da cidade onde trabalha, formar plateias e atuar na educação de crianças e jovens. Deve dominar diferentes estilos musicais e estar atento às necessidades e deficiências tanto da orquestra como do público, quando faz uma programação. Deve, também, ajudar a manter viva a memória musical nacional", explica. "Uma orquestra não é mais simplesmente um grupo de músicos, mas uma instituição que exerce um importante papel social. Ela precisa atuar na educação das pessoas, se preocupar em formar de plateias, ela pode e deve ser a identidade cultural de uma cidade", completa.
Hermeto Pascoal abre Horizontes Musicais

Para fazer a abertura da série Horizontes Musicais, que vai levar importantes nomes da música brasileira para concertos nos polos do Guri, o convidado é Hermeto Pascoal. O multi-instrumentista é uma das grandes referências internacionais da música brasileira.
Para o músico, "a infância é a melhor fase para ter contato com a música, pois as crianças são abertas e livres para aprender", conta, ao relembrar sua infância. Ele avisa os guris dos 17 polos que acompanharão o concerto a trazer latas com arroz, feijão ou areia para improvisar um chocalho.
A apresentação acontece no dia 22 de março, 16 horas, no Memorial da América Latina - Av. Auro Soares de Moura Andrade, 664 - Metrô Barra Funda, São Paulo.
Site oferece gratuitamente a maior coleção de partituras do mundo

segunda-feira, 21 de março de 2011
Nelson Freire: Honoris Causa da UFRJ

Honoris causa é o título honorífico concedido por universidades a “personalidades nacionais e estrangeiras de alta expressão”, como esclarece o regimento do Consuni, não necessariamente portadoras de diploma de nível superior. É a distinção máxima oferecida pela UFRJ.
A proposta partiu do Departamento de Instrumentos de Teclados e Percussão e uma comissão indicada pelo diretor da EM, André Cardoso, e formada pelos professores Sônia Goulart, Alexandre Rachid e Lúcia Dittert elaborou parecer favorável à iniciativa, prontamente aprovado pela Congregação da unidade.
Nelson Freire é, inegavelmente, um dos maiores pianistas do nosso tempo e a imprensa especializada não cessa de compará-lo a figuras lendárias como Rachmaninoff, Cortot, Hofmann, Rubinstein e Gould. Sua carreira estende-se por mais de 50 anos e já levou o artista às melhores salas de concerto do mundo. Apesar de seu enorme prestígio, o músico que nasceu em 1944 na pequena Boa Esperança, Minas Gerais, evita os esplendores da fama e da vida social mundana, dedicando-se integralmente à música. Ao longo desse tempo, jamais deixou de inspirar-se nos pianistas que o impressionaram desde garoto: Rachmaninoff, Horowitz, Rubinstein e Guiomar Novaes, com quem estabeleceu, aliás, vínculo quase mítico em relação à arte e à vida.
Sinfônica Nacional interpreta obras que homenageiam Brasília

A regência será de Cláudio Cohen, que também dirige a orquestra na semana seguinte, dia 29, quando serão tocadas três obras do compositor que empresta seu nome ao teatro em que está sediada a orquestra: Cláudio Santoro, um dos mais importantes autores brasileiros do século XX. Após Impressões de uma usina de aço, o Concerto para piano nº 3 será interpretado com solos de Alessandro Santoro, filho do compositor.
Hoje - Dia Universal do Teatro
sexta-feira, 18 de março de 2011
Orquestra Petrobras Sinfônica abre inscrições para audição para Opera O amor das 3 laranjas de Segei Prokofiev – RJ

a) As inscrições podem ser feitas por email, por fax ou pelo correio através do envio da Ficha de Inscrição, em anexo, até o dia 11 de março de 2011, data limite da postagem.
b) Haverá uma pré-seleção a partir do material recebido e os candidatos pré-selecionados serão avisados, a partir de 15 de março, por meio de correio eletrônico ou telefone, conforme informado na Ficha de Inscrição.
c) As audições se realizarão nos próximos dias 22 e 23 de março de 2011, a partir das 18h, na sala de ensaios da Orquestra, na Fundição Progresso, Rua dos Arcos, 24, Lapa, Rio de Janeiro, RJ.
d) As Partituras de cada personagem estão disponíveis em anexo nesta página. A ópera deverá ser cantada em francês.
e) A orquestra disponibilizará um pianista acompanhador, com direito a um ensaio a combinar, para o candidato. É dado ao candidato o direito de trazer o seu próprio pianista.
f) O resultado das audições será divulgado até o dia 28 de março de 2011 exclusivamente neste site.
Endereço para postagem:
DIRETORIA ARTÍSTICA
ORQUESTRA PETROBRAS SINFÔNICA
Rua da Assembléia, 77 – 16º andar
Centro CEP 20011 – 001 /Rio de Janeiro – RJ
Telefone: 021-2551–5595. Fax: 021-2551-5508.
E-mail: diretoria.artistica@opes.com.br
Horário de atendimento: de segunda a sexta-feira, das 10h às 18h.
FESTIVAL DE MÚSICAS CONTEMPLATIVAS. Música y Patrimonio en Santiago de Compostela

La ciudad de Santiago de Compostela, declarada Patrimonio de la Humanidad por la UNESCO, tiene todos los elementos necesarios para poder sumar, al placer de escuchar, el placer de contemplar. La política de recuperación del patrimonio arquitectónico llevada a cabo por el Consorcio de Santiago tiene en esta nueva edición del Festival de Músicas Contemplativas uno de sus objetivos prioritarios: dotar de una nueva dimensión a la impresionante herencia histórica y monumental de los edificios restaurados, convirtiéndolos durante unos días en escenarios de primer nivel.
“Después de cinco ediciones, no se puede entender la programación cultural de la capital de Galicia sin el Festival de Músicas Contemplativas. Una cita que va más allá de lo puramente artístico para convertirse en compromiso intelectual frente al mundo globalizado, con una vocación irrenunciable por franquear caminos, abrir diálogos y acabar con barreras de desconocimiento que se levantan entre los pueblos y las culturas. En torno a la cultura musical de distintas regiones del planeta, conjugando tradición, mito y espíritu, el festival organizado por el Consorcio de Santiago se muestra como una declaración de principios hecha desde Compostela, Patrimonio de la Humanidad y lugar de peregrinaje renovador, con la inequívoca orientación de convertirse en un lugar de encuentro musical, con voluntad de depurar lecturas simplistas sobre el devenir de las civilizaciones para ser confluencia de diálogo cultural de los que buscan entender y compartir el saber”, explica Xosé Denis, director artístico del festival.
El festival arranca el lunes 18 de abril con el grupo inglés de música antigua The New London Consort, que en la iglesia de San Agustín interpretará el Oratorio de Pascua de Bach, dirigido por Philip Picket. A partir de aquí se sucederán conciertos de grupos procedentes de Suecia, Uzbekistán, Azerbaiyán, la isla africana de Mayotte, Francia, Inglaterra, Siria, India, Holanda y Egipto. Los sonidos más orientales llegan de la mano de agrupaciones como Nodira, Fargana Qasimova o Nouredine Khourchid, acompañado este último por los conocidos monjes danzantes “derviches” de Damasco. La música tradicional de guitarra india estará representada por Vishwa Mohan y los cantos sufíes de Egipto por el Sheik Yasin Al Tuhami. Desde Mayotte, pequeña isla del Índico frente a Mozambique, llegarán las mujeres cantantes de Deba con sus cantos sufíes.
Lo mejor de la música sacra renacentista y barroca vendrá de la mano del sueco Gustaf Sjökvist y su coro de cámara y de Il Complesso Barocco, dirigido por Alan Curtis. El coro alemán Rheinische Kantorei presentará un monográfico de Bach con una selección de sus mejores motetes y el grupo de música antigua Diabolus in Musica ofrecerá un programa conformado por composiciones medievales francesas.
Un momento destacado del Festival de Músicas Contemplativas estará protagonizado por la Pasión compuesta por el estonio Arvo Pärt, creador del conocido como “minimalismo sacro”, y que sonará en la voz del fabuloso Hilliard Ensemble, que un año más regresa a Santiago con su director Christopher Bowers Broadbendt. El festival se clausura el sábado 23 de abril con The King’s Consort, que en la Capilla de Ánimas interpretará tres de los Oficios de Tinieblas compuestos en 1714 por François Couperin.
800 Aniversario de la Catedral de Santiago
Un 21 de abril de 1211 tenía lugar la solemne ceremonia de consagración de la Catedral de Santiago, presidida por el obispo Pedro Muñiz y el entonces rey de León Alfonso IX, al que acompañaron su hijo, el futuro rey San Fernando, diez obispos gallegos y portugueses y todas las personalidades eclesiásticas y civiles de León y Galicia. El acto fue sin duda el principal evento de una ciudad que en esos momentos disfrutaba de numerosos privilegios que permitieron acometer el final de las obras en la basílica, a cargo del Maestro Mateo, y ayudaron a que se implantaran en Compostela órdenes religiosas, artesanos y operarios. Todo en uno de los momentos más álgidos de las peregrinaciones a la tumba del Apóstol Santiago. 800 años después, Santiago de Compostela celebra la consagración de su Catedral con un programa cultural específico elaborado por el Consorcio de Santiago que incluye festivales de música, exposiciones y publicaciones conmemorativas. El hecho ha sido reconocido como de excepcional interés público por el Gobierno de España y además las empresas que contribuyan con el evento podrá beneficiarse de importantes exenciones fiscales y los ingresos percibidos serán destinados en su mayor parte a financiar obras de restauración en la propia Catedral de Santiago.
El color de las Ánimas
El Consorcio de Santiago inició en 2006 la recuperación del conjunto escultórico de los retablos de la Capilla de las Ánimas, que representan las diferentes estaciones del Via Crucis y fueron realizados en época neoclásica utilizando la técnica del estuco de yeso, algo insólito en el norte peninsular. Después de cuatro años de trabajo, en los que el Consorcio ha contado con la colaboración del Opificio delle Pietre Dure de Florencia, los retablos vuelven a mostrar su original policromía, devolviendo el color a unos rostros que la tradición atribuye a ciertos personajes reales que habitaban en la ciudad en el momento. La Capilla acogerá tres conciertos del festival sumándose al resto de las iglesias de Santiago, que se convierten durante la Semana Santa en privilegiados espacios de música.
Cultura y Patrimonio
El Festival de Músicas Contemplativas forma parte, como la Real Filharmonía de Galicia o el Organum Festival, de una política cultural del Consorcio de Santiago íntimamente ligada al resto de las políticas públicas de rehabilitación y conservación del patrimonio del centro histórico compostelano. Junto a programas de divulgación científica, exposiciones y una serie de publicaciones sobre Santiago y el fenómeno jacobeo, tanto este Festival de Músicas Contemplativas como otros muchos eventos del Consorcio están orientados a la dinamización cultural de una urbe con un pasado muy significativo, que atesora una vida cultural inmaterial equiparable a la riqueza de su patrimonio arquitectónico y urbanístico.
VI FESTIVAL DE MÚSICAS CONTEMPLATIVAS
Del 18 al 23 de abril de 2011Santiago de Compostela
18/04/2011
Oratorio de Pascua:
J. S. Bach y M. Praetorius
The New London Consort;
Philip PicketIglesia de San Agustín;
20:30
19/04/2011
Magnum Mysterium (Ingmar Bergman, in memoriam)
Jan Lundgren, Lars Danielsson;
The Gustaf Sjökvist’s Chamberchoir; Gustaf SjökvistIglesia de las Ánimas;
19:30
19/04/2011
In the shrine of the heart
Nodira EnsembleIglesia de la Universidad;
21:30
20/04/2011
Spiritual Music of Azerbaijan
Fargana Qasimova Ensemble
Claustro del Hotel San Francisco;
19:30
20/04/2011
Integral Motetes BWV 225-230, J. S. Bach
Rheinische Kantorei; Herman Max
Iglesia del Convento de Santa Clara;
21:30
20/04/2011
Chants soufis des femmes de Mayotte
DebaIglesia de la Universidad;
23:30
21/04/2011
Sursum Corda! Les chants de la lumière, Ecole de Notre-Dame (1170-1240)
Diabolus in Musica;
Antoine GuerberIglesia de la Orden Tercera de San Francisco;
19:30
21/04/2011
Passio, Arvo PärtHilliard Ensemble;
Christopher Bowers BroadbentIglesia de San Martín Pinario;
21:30
21/04/2011
Music and mystical rituals
Nouredine Khourchid & Derviches de Damasco
Iglesia de la Universidad;
23:30
22/04/2011
Desert SlideVishwa Mohan Bhatt & Divana
Iglesia de San Martín Pinario;
19:30
22/04/2011
Responsorios para el Jueves Santo, Gesualdo
Il Complesso Barocco;
Alan Curtis
Iglesia de las Ánimas;
21:30
22/04/2011
Music and songs sufi
Sheikh Yasin Al TuhamiIglesia de la Universidad;
23:30
23/04/2011
Trois Leçons de Ténèbres:
F.Couperin, Sainte-Colombe, Marais
The King’s Consort; Robert King
Iglesia de las Ánimas;
19:30
TCHAIKOVSKY É TCHAIKOVSKY -OSUSP, SALA SÃO PAULO, 15/03/2011- CONCERTO PARA PIANO E SINFONIA NÚMERO 5

A Sala São Paulo impressiona os novatos pela grandiosidade, uma sala de beleza ímpar. No seu palco a Orquestra Sinfônica de Universidade de São Paulo, liderada por Ligia Amadio. Seguem-se todos os protocolos do concerto, palmas em abundância à regente e ao solista. Sentados na segunda fileira ficamos muito próximos ao palco, pertinho dos banqueiros bacanas que patrocinam o pianista. Denis Khozukhin é um jovem de vinte e poucos anos. O concerto que vai executar exige sutileza e técnica precisa. Tchaikovsky amedronta muito pianista, violinista então nem se fala. O garoto impressiona pela grande poderio técnico, avança nas notas com força, dialoga com a orquestra com precisão, na medida certa. Arrisca-se nos tempos , não tem medo de errar, entra de sola na partitura e faz caretas em abundância. Ligia Amadio mostra a OSUSP em constante evolução, a sonoridade ganha seu estilo, seu trabalho começa a dar resultados. Um concerto para piano e orquestra muito bem executado.
No intervalo ouve-se o burburinho, os comentários da apresentação. Pelo ar sente-se que o respeitável publico gostou do que ouviu. Meus amigos estão radiantes, adoraram o concerto. A sinfonia número 5 não é a mais famosa de Tchaikovsky, a de número 6 é a mais tocada nas salas de concerto. Mas ela tem todas as características que fizeram de Tchaikovsky um grande compositor. Melodias agradáveis e uma orquestração equilibrada. A OSUSP mostra todas as cores dessa sinfonia, não escapam as belas nuances das madeiras e os belos coloridos das cordas. Ligia Amadio elevou a OSUSP para um novo patamar de qualidade. Com as lambanças em outras orquestras paulistas , a OSUSP é a segunda melhor orquestra do Estado de São Paulo.
Para minha surpresa meus amigos gostaram mais da sinfonia , imaginava que eles gostassem mais do concerto para piano com sua abertura grandiosa. Eu gosto mais desse concerto, mas gosto é gosto, cada um com seu. Saíram felizes da Sala São Paulo, ouviram boa música de uma orquestra em evolução. Com Tchaikovsky não tem erro, sempre agrada , afinal, Tchaikovsky é Tchaikovsky.
Escola de Música inscreve para preparatório

O foco do curso, marcado para começar dia seis de abril, são os vestibulares das universidades públicas.
Outras informações podem ser obtidas diretamente na Secretaria dos Cursos de Extensão, Rua do Passeio, 98, ou pelo telefone (21)2240-4638.
Coro Sinfônico da Ospa seleciona cantores

Os candidatos interessados deverão apresentar um bom preparo vocal, conhecimentos básicos de leitura de partitura, experiência em canto coral e disponibilidade de horário para ensaios e concertos.
Os ensaios são nas quartas-feiras das 19:30 às 22:00 (sopranos e tenores) sextas-feiras das 19:30 às 22:00 (contraltos e baixos) e sábados das 14:30 às 17:30 (todos).
Fundado no dia 1 de abril de 1970 e contando com 50 vozes, o Coro Sinfônico da Ospa tem a característica de ser formado por cantores amadores que dedicam parte de seu tempo livre à música. Nos últimos anos, vem desenvolvendo um trabalho de aperfeiçoamento teórico musical que qualifica cada vez mais esse grupo. Originalmente formado para colaborar nos concertos da Ospa, também integra outros projetos quando convidado. Nos anos de 2007 e 2008, participou da montagem de Carmina Burana para dois pianos e percussão, integrou projetos com a Orquestra da Universidade de Caxias do Sul, além de apresentações com acompanhamento de piano em Porto Alegre e outras cidades.
Do seu repertório constam obras de Mozart, Beethoven, Mahler, Mendelssohn, Gounod, Brahms, Bach, Haendel, Haydn, Vivaldi, Orff, Verdi, Puccini, Bizet, Rachmaninov, Stravinsky, Rimsky-Korsakov, Tchaikovsky, Mussorgsky, Borodin, entre outros.
A regência está a cargo do maestro Manfredo Schmiedt e a técnica vocal de Ricardo Barpp.
Os testes serão realizados a partir do dia 11 de março no Conservatório Pablo Komlós (Rua Desembargador André da Rocha, 50). Para maiores informações entre em contata com Rosana Rodrigues pelo telefone (051) 8578.5103 ou pelo e-mail
coro.ospa@gmail.com
Este endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.
Acesse também o site da orquestra.
Como nosso cérebro processa os sons e músicas?

Este sábado, dia 19 de março, às 15h, a Estação Ciência receberá a palestra “Do concreto ao percepto: som e música em diversas escalas”, como evento de abertura do ciclo Neuro: ciências, arte e filosofia.
O ciclo traz a cada mês convidados de destaque para abordar a relação dos mais variados temas do cotidiano com o nosso cérebro, sempre com linguagem acessível ao público leigo. Os eventos acontecem no auditório da Estação Ciência aos sábados às 15h, são gratuitos e abertos a todos os interessados, no limite de 190 vagas. Não será necessária inscrição prévia.
Os palestrantes desta edição serão Luís Stelzer, músico, bacharel em violão e autor de diversos métodos de ensino do instrumento; e Marcelo Muniz, licenciado em Física e mestrando em Neurociências e Comportamento.
Confira abaixo mais detalhes sobre o evento de março:
Resumo: Do concreto ao percepto: som e música em múltiplas escalas.
O som se impõe à nossa percepção trazendo com ele um sem-número de significados. O toque da campainha indica que alguém espera à porta, enquanto que o som de um trovão pode predizer tempestade. A estruturação dos sons permitiu a articulação de fonemas originando a linguagem falada assim como a criação da Música, ambos, construtos eminentemente humanos e apontados como predecessores do desenvolvimento cognitivo. Abordar, portanto, o universo sonoro é mergulhar num universo multidisciplinar. Tem-se, de um lado, o fenômeno físico e, de outro, o sujeito, receptor, capaz de apreende-lo segundo as características e limitações impostas pelo aparelho auditivo.
Alguns aspectos do desenvolvimento da Música, aliados a esses preceitos, serão eixo central da discussão. Embora o aparelho auditivo humano seja capaz de discernir entre diversos parâmetros das ondas sonoras que o alcançam, a discriminação das alturas tem, na construção da Música, papel protagonista. A partir da organização discreta de alturas musicais, foi construída uma linguagem que se desenvolvera por séculos.
Sobre os palestrantes:
Luís Stelzer – Bacharel em violão, exerce intensa atividade no cenário musical nacional, desenvolvendo trabalhos como violonista, arranjador e professor. Autor de diversos métodos para violão publicados pelas editoras TKT e TG. Professor do Conservatório Musical Souza Lima e do SENAC-SP lecionando violão, teoria musical e história da música. Idealizador, arranjador e regente da Orquestra de violões. Forma, juntamente com a pianista Deise Trebitz, o duo Ô de Casa.
Marcelo Muniz – Licenciado em Física pelo Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de São Paulo – IFET-SP e Mestrando em Neurociências e Comportamento pela Universidade de São Paulo. Integra o grupo Vivendo Ciência&Arte coordenado pela Profa. Maria Inês Nogueira junto ao laboratório de Neurociências da Universidade de São Paulo. Desenvolve trabalhos como músico e luthier atuando na concepção e confecção de instrumentos não convencionais e na pesquisa de interfaces alternativas para música experimental.
Serviço:
Do concreto ao percepto: som e música em múltiplas escalas.
Data: sábado, 19 de marçoHorário: 15hLocal: Estação Ciência – Auditório(Rua Guaicurus, 1394, Lapa, São Paulo)Vagas: 190, preenchidas por ordem de chegadaPúblico-alvo: todos os interessadosCusto: gratuitoMais informações: eventos@eciencia.usp.br / (11) 3871 6750
quinta-feira, 17 de março de 2011
Escola de Música da UFRJ aprova curso de cavaquinho

Agora é definitivo, o nosso simpático cavaquinho, frequentador assíduo dos grupos de choro e das rodas de samba, vai entrar para a academia. E por iniciativa da Congregação da Escola de Música (EM) que acaba de aprovar a criação do bacharelado do instrumento – o primeiro do país. Um pioneirismo que, ao lado do curso de bandolim, inaugurado em 2010, demonstra o esforço da instituição em diversificar sua gama de habilitações e em incorporar práticas musicais contemporâneas.
O curso de cavaquinho abre boas perspectivas para a emergência de um repertório novo na música de concerto, assim como possibilita o desenvolvimento de pesquisas acadêmicas voltadas para a prática do instrumento em suas diferentes vertentes. As ementas da nova habilitação do Departamento de Arcos e Cordas Dedilhadas haviam sido aprovadas no ano passado e, no último dia 14, a grade curricular e as ementas das disciplinas específicas para o bacharelado foram definidas. O projeto segue agora para análise do Conselho do Centro de Letras e Artes. A ideia é oferecer a opção já no próximo vestibular.
Instrumento muito popular no Brasil, o cavaquinho é de origem portuguesa - assim afirmam pesquisadores como Oneyda Alvarenga, Mário de Andrade e Câmara Cascudo. No livro Instrumentos Populares Portugueses (1964), de Ernesto Veiga de Oliveira, é descrito como “um cordofone popular de pequenas dimensões, do tipo da viola de tampos chatos - e, portanto, da família das guitarras europeias”. Para Gonçalo Sampaio é procedente de Braga, no Minho. Dependendo do lugar é conhecido também como braguinha, braga, machete, machetinho ou machete-de-braga, entre outros nomes.
Em Portugal é fundamental nas tunas acadêmicas, conjuntos musicais compostos de estudantes universitários que tocam pelas ruas. No Brasil, assumiu papel de destaque na música popular urbana carioca, especialmente no samba e no choro. Além desses dois países, é usual encontrá-lo também em Moçambique, Madeira, Açores, Cabo Verde e até no Havaí.
Uma curiosidade. Uma das primeiras menções literárias ao instrumento é o conto O Machete (1878) de Machado de Assis. A obra ficou muito tempo em segundo plano até que despertou recentemente o interesse de críticos como José Miguel Wisnik. Um primor de ironia e ceticismo machadianos, narra as desventuras de um músico, violoncelista, que vê sua esposa trocá-lo por um exímio executante de cavaquinho. Não resta mais nada ao marido traído, antes de enlouquecer, senão reconhecer a derrota: “ela foi-se embora, foi-se com o machete. Não quis o violoncelo, que é grave demais. Tem razão; o machete é melhor”.
Coro Jovem do Est. de São Paulo abre inscrições para vagas remanescentes

Importante: Os candidatos aprovados que não são alunos da EMESP Tom Jobim deverão se inscrever para pelo menos um dos cursos, livres ou de formação, oferecidos pela Escola.
Para Ler o edital acesse o link abaixo:
http://www.emesp.org.br/emesp/Upload/textarea/file/PS%20vagas%20remanescentes_Coral%20Jovem.pdf
quarta-feira, 16 de março de 2011
O dilema da OSB

Curioso acompanhar o imbróglio de repercussão internacional gerado na Orquestra Sinfônica Brasileira (OSB) pela decisão, anunciada há pouco mais de um mês, de realizar uma avaliação coletiva dos músicos em busca da excelência do conjunto, no momento em que podemos estar a menos de um ano da efetiva inauguração da casa própria da OSB na Cidade da Música. O maestro Roberto Minczuk e a direção da Fundação OSB esperam que uma “segunda chamada” seja atendida, já que 56 dos cerca de 80 instrumentistas recusam-se a participar das audições iniciadas neste dia 10 de março e estão recorrendo à justiça.
O episódio não fala só de questões artísticas ou sociais, mas da alma humana: os mecanismos de ataque e defesa gerados pelo medo e a prevenção, impeditivos do entendimento. Fala também dos métodos capitalistas neoliberais que tantas vezes se contrapõem às aspirações e direitos de indivíduos e coletividades. Fala da presença dessa voz da multidão em que se transformou a internet. Mas fala sobretudo do desejo ou necessidade de construção de um organismo sinfônico de primeira linha numa metrópole de um país emergente.
Empenhados melhorar o desempenho da orquestra (“a qualidade de gravação alcançada ainda não é aceita por produtores europeus”, informa-me a assessoria de imprensa da OSB, “porque existem deficiências muito básicas, de acertar notas, por exemplo, sem contar afinação, articulação, etc.”), seus dirigentes dão a impressão de ter agido no diapasão do comando, visando metas e resultados: em vez de proporem aos músicos e negociarem, temendo ter de adaptar essas metas, simplesmente decretaram, convocaram.
Não podem ter esquecido que uma orquestra é não só um conjunto, formado primordialmente pelos que estão tocando, mas um organismo vivo em que sintonia e harmonia são palavras-chave. Minczuk e a Fundação evidentemente consideram que uma fria política de resultados é a melhor maneira de alcançar seus objetivos; talvez tenham calculado mal a reação e a repercussão, ou decidiram enfrentá-las, mas ainda está por ver se o poder de indignação e mobilização que derrubou Hosni Mubarak tem efeito equivalente no recanto clássico brasileiro. O que se sabe é que a recusa de participar das avaliações pode implicar demissão por justa causa.
A reação defensiva dos músicos, muitos há décadas nas estantes da OSB, é compreensível. Os sinais eram de que se pretendia renovar os quadros e partir para uma nova etapa (houve oferta de um plano de demissões voluntárias). Os dirigentes, contando com o patrocínio de mais de 30 empresas, tendo desde 2006 elevado o orçamento de 6 milhões para 35 milhões de reais/ano e os salários (finalmente regularizados) para uma faixa de 6 a 11 mil reais/mês, querem gravar discos, contratar turnês, mostrar um som mais refinado nas temporadas. Haveria outra maneira de chegar lá?
A OSB tem progredido com a atual gestão, mas ainda não deu aquele salto qualitativo que lhe permita inserir-se em patamar equivalente ao da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp). Ainda há fissuras na estrutura organizacional e ranhuras no verniz musical. E, convenhamos, reformar um conjunto sinfônico com metas assim não poderia ser feito sem contrariar interesses. Sabendo-se que uma reavaliação em massa desse tipo, com seus corolários traumáticos, provavelmente não é praticada em lugar algum, caberia perguntar o que o Rio de Janeiro quer ou é capaz de aceitar, para dispor de um Cadillac sinfônico como nunca teve. E também fazer perguntas como: um salário de 11 mil reais pode assegurar dedicação exclusiva de músicos como os que se buscam no caso?
Tsunami virtual - O processo fora iniciado discretamente. Depois de uma temporada 2010 marcada pelos 70 anos de idade da orquestra, os músicos receberam nas férias uma carta convocando para a avaliação. Quem quisesse nas últimas semanas informar-se sobre o andamento do caso tinha a manifestação dos queixosos e quase nenhuma palavra dos proponentes em esparsas matérias nos jornais. Indicação suplementar de que a direção da OSB considerava – tem este direito, juridicamente – que se trata de um processo “interno”.
Mas o observador curioso podia informar-se na internet, tomada por uma avalanche de denúncias, argumentações e queixas – veja-se um apanhado no blog do jornalista britânico Norman Lebrecht. A tsunami da informação informal trouxe dados como estes (muitas vezes, como sempre na internet, sujeitos a caução):
- não se tem notícia de um processo de reavaliação interna em massa como este em orquestras de outras partes do mundo (“é ilegal” na Alemanha, afirma Gerald Mertens, do sindicato das orquestras alemãs);
- a direção da OSB alega que houve processos “informais” de contratação e não há registros legais das contratações anteriores a 2006 (segundo texto de Minczuk reproduzido por Lebrecht); que certos músicos foram contratados sem audição ou com audição em repertório simplificado; que a avaliação decidida servirá de feedback para os próprios músicos e oportunidade de re-adequação dos que sejam considerados aquém (menção específica aos mais velhos: “Temos plena consciência”, diz Minczuk a Lebrecht, “de que músicos que tocam no grupo há mais de vinte anos podem não estar tão em forma quanto os mais jovens. Ainda assim, sabemos o quanto os músicos experientes podem contribuir para a rotina da orquestra. A avaliação será considerada, como pessoalmente escrevi a todos os músicos, apenas uma parte do processo de desenvolvimento da orquestra.”)
- os músicos (pela voz do representante de sua comissão, o violinista Luzer Machtyngier) alegam que as contratações sem audição foram da discrição do próprio Minczuk e que numa orquestra o processo de avaliação interna é permanente, deve ser coletivo e não pode ser concentrado em meia hora de apresentação perante uma banca, como se propõe agora; queixam-se de não terem sido consultados e de terem recebido mera convocação para as avaliações, dois dias depois de entrarem em férias em janeiro;
- cerca de dez dos treze músicos estrangeiros convidados a formar a banca examinadora dos colegas brasileiros desistiram, assustados com o quadro de tirania e injustiça pintado pelos colegas da OSB;
- a Associação das Orquestras Britânicas informa que foi contactada por alguém da OSB com pedido de orientação para urgente convocação de músicos britânicos para audições de candidatura à orquestra brasileira;
O dilema - Um dado suplementar é a mobilização da Orquestra Sinfônica Brasileira Jovem – formada por candidatos à profissionalização e ao aperfeiçoamento – para se apresentar ao público nos primeiros meses da temporada deste ano. A iniciativa levanta questões deontológicas, além de jurídicas, trabalhistas e musicais.
O maestro Minczuk responde abaixo – insatisfatoriamente, na minha opinião – a esta questão da mobilização dos bolsistas para concertos de assinatura da orquestra num período de refundação implicando a possibilidade de demissões. Mas receio que a questão da OSB Jovem acabe ficando como um detalhe no atual processo/dilema, que resumiria assim: como transformar uma orquestra de histórico respeitável, que se aperfeiçoa mas continua aquém do melhor, num organismo pujante capaz de se destacar internacionalmente e dar muito maiores satisfações ao público nacional? Quanto a cidade o deseja e que preços está disposta a pagar?
Na Alemanha, nos Estados Unidos ou na Malásia as respostas certamente seriam outras. Seria possível reavaliar os músicos num processo negociado mais longo e menos traumático, implicando uma espécie de reconstituição do tecido interno ao longo de meses ou mesmo anos? Seria desejável? Faz sentido voltar o foco para o maestro, questionando seus métodos e/ou temperamento, seu próprio desempenho musical e profissional ou o número de semanas/ano que efetivamente dedica a este conjunto de profissionais que quer reformar radicalmente?
De minha parte, se me solidarizo com os músicos, não vou esconder que meus olhos brilham ante a perspectiva de uma OSB se alinhando com as melhores, como acontece com a Osesp desde que John Neschling e Mario Covas tiveram a coragem em 1997 de investir e fazer – é bem verdade que negociando com os músicos, até porque vigorava no caso um estatuto de direito público (et pour cause…). Abaixo, as respostas de Minczuk ao Opinião e Notícia.
- A reação de recusa dos músicos a um inédito processo de reavaliação coletiva podia ser prevista. Qual pode ter sido o cálculo, seu e da Fundação OSB?
Roberto Minczuk: Tendo em vista que estamos oferecendo uma das melhores remunerações para músico de orquestra no Brasil e provavelmente na América Latina, esperávamos que a maioria dos músicos ficasse feliz em aceitar este desafio. Trata-se de um projeto amplo, que prevê um novo regimento interno, já apresentado aos músicos, que demanda maior dedicação à OSB, participação em séries de recitais e música de câmara, gravações de CDs e DVDs, turnês e a nova sala de concertos, algo que o Rio de Janeiro espera há muito tempo.
- Não temos notícia desse tipo de processo de reavaliação em massa em outras orquestras, à parte o caso da Osesp em 1997, quando houve negociação prévia com os músicos. O objetivo na OSB agora seria um processo de “refundação” equivalente ao da Osesp naquela ocasião?
R. M.: Processos de avaliação ocorrem e ocorreram em diversas orquestras do mundo, cada um é norteado por características próprias dos conjuntos, de suas cidades, seus tipos de contratos e suas leis. Algumas orquestras são formadas por funcionários públicos, outras não. A Fundação Orquestra Sinfônica Brasileira é uma instituição privada e seus músicos são regidos pela CLT. As orquestras no Brasil estão se aprimorando, e a OSB, por sua tradição e pioneirismo, não pode ficar para trás. Nós também queremos crescer e precisaremos da colaboração e energia de todos para isto.
- Como encara as questões éticas, jurídicas e musicais levantadas pela mobilização da OSB Jovem para praticamente substituir a OSB em concertos da primeira parte da temporada 2011?
R. M.: A OSB Jovem não substituirá a OSB na temporada 2011, ela mantém sua rotina de atividades, preparando e apresentando um programa mensal. 2011 terá absolutamente o mesmo número de atividades que 2010. A OSB realiza concertos semanais com ensaios diários. As pessoas que atualmente acompanham o brilhante trabalho feito pela OSB Jovem constatam que hoje ela é uma das melhores orquestras jovens do pais. A sua participação nos concertos das séries oficiais atende a um pedido dos jovens de participar da séries oficiais da OSB, uma vez que alguns programas belíssimos feitos pela Jovem em 2010 só puderam ser apreciados por estudantes de escolas públicas em concertos fechados. Desta forma, estamos prestigiando um trabalho de formação de músicos para as mais diversas orquestras sinfônicas do país, inclusive a própria OSB. Aqui no Rio de Janeiro, o público carioca já teve o prazer de ouvir e assistir a Orquestra Jovem das Américas, a Orquestra Jovem do Festival de Verbier, a Orquestra Jovem Mahler e este ano assistiremos à Orquestra Jovem Simon Bolívar em séries oficiais de assinatura.
- Em que ponto está a questão da instalação da OSB na Cidade da Música? Quais notícias tem da efetiva inauguração do espaço?
R. M.: Acho que a Prefeitura pode responder com mais propriedade a essa questão.
Sesc Santana (SP) recebe a Orquestra Contemporânea de Olinda

Memorial da América Latina promove curso "História da Arte da America Latina"

O Centro Brasileiro de Estudos da América Latina (CBEAL) é uma das principais divisões da Fundação Memorial da América Latina e tem como missão fomentar a pesquisa sobre o continente latino-americano. O CBEAL realiza cursos, seminários e palestras. O resultado dessas atividades de extensão acadêmica serve de base para a publicação de livros e da revista Nossa América.
Cursos/palestras em 2011
História da Arte da América Latina – Módulo 1: Mesoamérica
A região onde surgiram as civilizações Olmeca, Asteca, Maia, Tolteca e outras é a chamada Mesoamérica. O curso apresentará noções arqueológicas, etnológicas e antropológicas desses povos para possibilitar o conhecimento de sua arte. Ele será ministrado pelo jornalista, ensaísta e crítico de arte Alberto Beuttenmüller que, entre outras ocupações, foi curador da 14ª Bienal de São Paulo e da 1ª Bienal Latino-americana).O módulo 2 desse curso, no 2º semestre, abordará a arte da América Latina no séc. XX. São 16 aulas, com carga horária de 48 horas-aula, às segundas-feiras, das 19 às 22 horas.
4 de abril a 18 de julhoTaxa única de inscrição: R$ 250,00.Inscrições abertas.Mais informações no site http://www.memorial.sp.gov.br/ou pelo e-mail: cursos@memorial.sp.gov.br e telefone (11) 3823-4780.
Guri preenche vagas remanescentes até 18/03

Os interessados poderão se inscrever em aulas de canto, violão, violino, viola, violoncelo, contrabaixo, flauta transversal, clarinete, saxofone, trompete, trompa, trombone, tuba, eufônio e percussão.
Os cursos estão divididos em duas categorias. A primeira, de iniciação, é destinada a crianças de 6 a 9 anos, com duração de dois anos e duas aulas semanais. Conhecer, tocar e construir instrumentos, cantar canções brasileiras e de outros países, ampliar a percepção auditiva e desenvolvimento rítmico-motor são alguns dos temas trabalhados com os alunos.
Já para as crianças e adolescentes de 10 a 18 anos, o Guri oferece os cursos sequenciais, com aulas coletivas diárias de segunda a sexta-feira ao longo de oito semestres. Além de estudar instrumentos específicos, neste programa os alunos têm aulas de canto coral, teoria musical e prática de conjunto.
Para verificar a disponibilidade de vagas remanescentes em cada Polo, basta entrar em contato com a unidade de interesse, pessoalmente ou por telefone. A localização dos 50 Polos da Grande São Paulo está disponível na página http://www.gurisantamarcelina.org.br/polos.aspx
terça-feira, 15 de março de 2011
Com ingressos esgotados para os concertos, Osesp abre ao público ensaio geral da “9ª de Beethoven”

O ensaio aberto precede uma série de quatro apresentações que a Osesp realiza sob a regência de Rafael Frühbeck de Burgos, no próprio dia 17 à noite e nos dias 18 e 20, na Sala São Paulo (com ingressos esgotados), e no dia 19 às 18h30 no Parque da Independência, em frente ao Museu do Ipiranga.
As apresentações contam com as participações solistas de Susanne Bernhard (soprano), Denise de Freitas (contralto), Donald Litaker (tenor) e Jochen Kupfer (baixo-barítono); e o repertório tem ainda a estreia mundial da Fanfarra sobre motivos do Hino nacional brasileiro, de Edino Krieger.
Audições da OSB viram polêmica em blog internacional

Na primeira menção, em 6 de março, Lebrecht chamou a atenção para a mobilização que a audição estava tendo nas redes sociais da internet, especialmente no facebook. O jornalista menciona o protesto de diversos músicos em preencher de preto as suas fotos no perfil do facebook, bem como a carta aberta do oboísta Alex Klein ao maestro Roberto Minczuk, que pede a reconsideração da imposição da audição interna.
Conforme escreve Lebrecht, trata-se de uma questão de caráter mais “interno e trabalhista, de importância apenas local para as condições dos músicos no Brasil – embora alguns comentários na minha página do facebook, de músicos de outros países, indiquem níveis de intensa solidariedade e condenação do processo de reaudição.” E o jornalista segue: “Mas o fato de os músicos usarem o facebook como veículo de protesto confere ao assunto uma importância que extrapola a questão local e que demonstra que a administração da orquestra não pode atropelar cruelmente os opositores. O caso poderia sinalizar uma nova fase na negociação musical”.
Nos dias seguintes, o blog postou a resposta do maestro Roberto Minczuk, diretor artístico da OSB, a réplica da Comissão dos Músicos da OSB, bem como diversos outros comentários.
Em fevereiro, a Fundação OSB anunciou uma série de medidas que teriam como finalidade o aprimoramento artístico do conjunto. Além de novas regras para cálculo da remuneração dos músicos – que segundo a Fundação OSB elevaria os rendimentos para até R$ 11 mil – e audições internacionais para a contratação de novos instrumentistas, a direção também decidiu reavaliar os membros atuais da orquestra, o que gerou o protesto. Os músicos não concordam com uma avaliação de perfórmance em um teste de 30 minutos, que seria típica para novos instrumentistas. Segundo a comissão dos músicos, “os músicos certamente aceitariam um programa de ‘avaliação de perfórmance’ desde que os critérios utilizados fossem os mesmos de instituições sérias [...]. Nesse caso, a avaliação leva em conta a perfórmance dos músicos em um determinado período (por exemplo, anual) e seria obrigatoriamente sujeita à revisão pelos chefes de naipe e o maestro. A avaliação não poderia nunca ser reduzida a uma apresentação individual, que pode ser influenciada por inúmeros fatores”.
Em sua carta, o maestro Roberto Minczuk esclarece que “a avaliação servirá para consertar alguns antigos problemas”. E segue: “Não há, por exemplo, registros escritos para as admissões feitas antes do ano de 2006. É sabido que muitas vezes as audições foram feitas de forma bastante informal, sem seguir padrões que garantiriam imparcialidade e isenção. Elas não foram feitas “atrás do biombo” e o repertório, para nenhuma das posições, era suficientemente exigente. Há na orquestra músicos que foram contratados sem nenhuma audição formal, mesmo em posições importantes, o que gerou muitas reclamações entre os próprios músicos”.
Ainda segundo o blog de Norman Lebrecht, a violinista alemã Isabelle Faust, que seria um dos cinco convidados internacionais que participariam do júri de reavaliação, não participará de nenhum processo de audição e apenas se apresentará como solista da orquestra, em 11 de maio.